O incêndio no Museu Nacional foi um incêndio de grandes proporções que atingiu a sede do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro,
na noite de 2 de setembro de 2018, destruindo quase a totalidade do
acervo histórico e científico construído ao longo de duzentos anos, e
que abrangia cerca de vinte milhões de itens catalogados. Além do seu
rico acervo, também o edifício histórico que abrigava o Museu, antiga residência oficial dos Imperadores do Brasil, foi extremamente danificado com rachaduras, desabamento de sua cobertura, além da queda de lajes internas.
(...)
Os três andares do edifício foram bastante destruídos e o teto desabou. Segundo o vice-diretor do museu, Luiz Fernando Dias Duarte, toda a coleção da Imperatriz Teresa Cristina, os afrescos de Pompeia, o Trono do Rei do Daomé, assim como os acervos linguísticos foram perdidos.
Entre os itens que se estimam destruídos pelo fogo está o fóssil humano
mais antigo encontrado no Brasil, achado em 1974 e batizado de Luzia. As coleções de paleontologia que ali se encontravam incluíam o Maxakalisaurus topai, um dinossauro encontrado em Minas Gerais e o primeiro de grande porte montado no Brasil. O acervo de etnologia contava com artefatos da cultura afro-brasileira, africana e indígena, como objetos raros do Tribo tikuna, além de itens polinésios, assim como o trono do rei africano Adandozan (1718-1818), doado pelos seus embaixadores ao príncipe regente, futuro D. João VI, em 1811.
O museu era atualmente administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, possuía caráter acadêmico e científico e era um reconhecido centro de pesquisa em história natural e antropológica na América Latina.
Todo o trabalho de cerca de 90 pesquisadores que ali conduziam suas
pesquisas foi perdido. Todo o Arquivo Histórico, que se encontrava
armazenado num ponto intermediário do edifício, foi destruído, assim como duas exposições em duas áreas da frente do prédio principal. O levantamento completo dos danos ainda não pôde ser realizado dada a intensidade do fogo no local e o risco de explosões.
Uma parte do acervo não se encontrava no prédio em chamas e não foi
afetada. No entanto, o fogo terá consumido tudo o que se encontrava em
exposição. O Zoológico do Rio de Janeiro, localizado muito próximo do local tampouco foi atingido. Os quatro seguranças que se encontravam trabalhando no local conseguiram escapar e não houve registo de vítimas.
Meteorito do Bendegó, encontrado em 1784, resistiu ao incêndio
in Wikipédia
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