A Batalha de Montes Claros, foi travada em 17 de Junho de 1665, em Montes Claros perto de, Borba, entre Portugueses e Espanhóis.
Batalha de Montes Claros | |||||||
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Guerra da Restauração | |||||||
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Combatentes | |||||||
Portugueses | Espanhóis | ||||||
Comandantes | |||||||
Marquês de Marialva | Marquês de Caracena | ||||||
Forças | |||||||
20,500 combatentes | 15,000 infantes 7600 cavaleiros |
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Preparam-se os espanhóis para um ataque que tudo levasse de vencida,
mas por seu lado os governantes portugueses tomaram todas as cautelas e
providências indispensáveis para a defesa do reino. Calculando que a
tentativa de invasão seria feita através das fronteiras do Sul, isto é pelo Alentejo, foi nessa província que se tomaram as maiores precauções. Três mil e quinhentos homens foram sem demora enviados de Trás-os-Montes, constituindo quatro terços de infantaria e catorze companhias de cavalaria.
Simão de Vasconcelos e Sousa levou de Lisboa trezentos cavaleiros e dois mil infantes e Pedro Jacques de Magalhães apresentou-se com mil e quinhentos soldados de infantaria e quinhentos de cavalaria. O conjunto representava um reforço de sete mil e oitocentos homens, o que dotava António Luís de Meneses, Marquês de Marialva com o comando total de vinte mil e quinhentos combatentes. O Marquês de Caracena havia planeado nada menos do que ocupar Lisboa, tomando em primeiro lugar Vila Viçosa e a seguir a cidade de Setúbal. Então pôs em movimento o seu exército, que se compunha de quinze mil infantes, sete mil e seiscentos cavaleiros e as guarnições de catorze canhões e dois morteiros. Tendo ocupado Borba
que encontraram despovoada, os espanhóis atacaram Vila Viçosa que
embora mal fortificada, ofereceu aos ataques do inimigo uma resistência
inquebrantável.
Entretanto, o exército português avançava para socorrer a praça, mas
foi resolvido pelo comando que as tropas se detivessem em Montes Claros,
a aproximadamente meio caminho entre Vila Viçosa e Estremoz.
O general espanhol ao saber da proximidade do exército português, deu
ordens imediatas para que as forças de que dispunha marchassem ao
encontro do adversário. Carregando em massa, a cavalaria espanhola abriu
brechas nos terços de infantaria da primeira linha, mas foi recebida
com uma chuva de metralha disparada pela artilharia comandada por D. Luís de Meneses. Os esquadrões de Castela, obrigados a recuar refizeram-se e lançaram segunda carga sobre o terço de Francisco da Silva Moura, causando a morte deste e de mais trinta soldados portugueses.
O Marquês de Marialva não estava disposto a ceder terreno ou a perder
o ânimo. Sob as suas ordens, as brechas abertas pela cavalaria
espanhola foram colmatadas, enquanto a artilharia não cessava de fazer
fogo sobre os castelhanos. Uma segunda carga igualmente impetuosa,
conseguiu no entanto levar os cavaleiros espanhóis até ao mesmo ponto
onde fora detida a primeira, mas as perdas sofridas foram de tal ordem
que tiveram de deter-se também, sem que a segunda linha portuguesa
comandada pessoalmente pelo Marquês de Marialva, tivesse sequer sido
molestada. O Conde de Schomberg
esteve prestes a cair em mãos espanholas, quando um tiro abateu o
cavalo que ele montava. O espanhóis que pareciam ter contado com a fúria
dos primeiros ataques em massa, executados em especial pela cavalaria,
viram-se em situação de perigo. Deram ainda uma terceira carga, mas o
ímpeto inicial tinha-se perdido e o desânimo apoderava-se deles. Ao cabo
de sete horas de luta, os atacantes começaram a debandar, e o próprio
general Caracena, reconhecendo que a batalha estava perdida, fugiu para Juromenha, de onde seguiu depois a caminho de Badajoz.
Pode considerar-se que a batalha de Montes Claros decidiu
definitivamente a independência de Portugal, que seria reconhecida pela Espanha três anos mais tarde, ao firmar-se entre os dois reinos a paz no Tratado de Lisboa de 1668. A batalha de Montes Claros foi a última das cinco grandes vitórias que Portugal contra os espanhóis na Guerra da Restauração, sendo as restantes: Montijo, Linhas de Elvas, Ameixial e Castelo Rodrigo.
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