Descoberta
Super-rato viveu em Timor-Leste
Investigador australiano identificou fósseis de uma espécie que se extinguiu ali há mil a dois mil anos.
Pesava seis quilos, era enorme. Era mesmo o maior rato conhecido até hoje. Trata-se de uma nova espécie do género Coryphomys, mas só agora, já depois de extinta, ela foi descoberta, graças a uma série de achados fósseis. O maior rato de sempre (pelo menos, até agora) viveu até há cerca de mil a dois mil anos em Timor-Leste. Foi aí, numa caverna nas montanhas, que os seus restos fossilizados foram encontrados.
O estudo dos fósseis foi feito por uma equipa coordenada pelo australiano Ken Aplin, da Commonwealth Scientific and Industrial Research (CSIRO), e os resultados foram publicados no último número do Bulletin of the American Museum of Natural History.
Os cientistas estudaram várias "colecções de fragmentos de ossos de animais encontrados em contextos arqueológicos em Timor- -Leste, entre 1968 e 2002", como escrevem no seu artigo. Isso permitiu-lhes identificar não só o maior rato de sempre alguma vez descoberto como também outras 11 novas espécies de roedores, de menores dimensões. Mesmo assim, oito delas andavam por um peso médio de um quilo.
Aquela região "foi um hot spot na evolução dos roedores e queremos atenção internacional para a conservação naquela zona", afirmou Ken Aplin num comunicado da CSIRO sobre a descoberta.
Os roedores constituem 40% da diversidade dos mamíferos no mundo, sublinham os investigadores, notando que estes animais são "um elemento-chave dos ecossistemas, são importantes para a conservação dos solos e a dispersão de sementes". Por isso, nota Ken Aplin, "manter a biodiversidade entre os ratos é tão importante como proteger baleias ou aves".
A datação por carbono dos fragmentos de ossos do novo rato gigante mostrou que ele sobreviveu até há mil ou mesmo dois mil anos atrás, tal como aconteceu com todos os outros descobertos nas mesmas escavações.
"As populações que viveram na ilha de Timor durante mais de 40 mil anos caçaram e comeram ratos ao longo de todo esse período, mas as extinções só ocorreram mais recentemente", afirmou o coordenador da equipa. "Pensamos que isso mostra que havia um modo de vida sustentável em Timor até há cerca de mil ou dois mil anos, e isso põe também em evidência a ideia de que as extinções não são inevitáveis numa ilha."
A extinção do maior roedor de sempre na ilha de Timor, e provavelmente noutras ilhas indonésias na zona, admite a equipa, terá resultado de abate de floresta em larga escala para a agricultura. "Isso só seria possível com a introdução de ferramentas de metal nas práticas agrícolas", nota o investigador.
NOTA: esta notícia é claramente um exagero - se os paleontólogos pudessem investigar o tamanho de alguns roedores que constituem a nossa classe política, a começar pelos ministros e ex-ministros, mudavam logo de opinião...
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