Pequeno meu, sem roupas nem sapatos,
Que olhais no céu?
-São sonhos, meu senhor!
Cá na Terra, rente ao chão,
Plantam-se prédios e não amor.
O ar é frio, muito frio e
Por fora de mim nunca rio
Mas, dentro de mim ainda mora o coração e
A palma da minha mão é rica,
É rica esta ocasião, e embora pouco possa
Oferecer, ofereço o sorriso a quem passa.
Se alguém sorrir para mim
Aquecerei a minha alma e ao frio
De fora, darei o fim.
Acaba-se a desgraça, esquecer-me-ei de mim!
Poesia de João Carlos Silva Ribeiro
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