sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Saudades (açorianas) de Coimbra




Saudadinha (Popular açoriana)

Ó Tirana saudade
Ó Tirana saudade
Ó Tirana saudade
Saudade, ó minha saudadinha
Foste nada no Faial
Foste nada no Faial
Foste nada no Faial
No Faial baptizada na Achadinha

Saudade onde tu fores
Saudade onde tu fores
Saudade onde tu fores
Saudade leva-me podendo ser
Que eu quero ir acabar
Que eu quero ir acabar
Que eu quero ir acabar
Saudade onde tu foras morrer

A saudade é um luto
A saudade é um luto
A saudade é um luto
Um amor, um amor, uma paixão
É um cortinado roxo
É um cortinado roxo
É um cortinado roxo
Que me morde, que me morde o coração.


S. Macaio (Popular açoriana/José Afonso)

S. Macaio, S. Macaio deu à costa
Ai deu à costa nos baixos da Urzelina

Toda a gente, toda a gente se salvou
Ai se salvou, só morreu uma menina

S. Macaio, S. Macaio deu à costa
Ai deu à costa naponta dos Mosteiros

Toda a gente, toda a gente se salvou
Ai se salvou, só morreu dois passageiros

S. Macaio, S. Macaio deu à costa
Ai deu à costa nas pedras da Fajazinha

Toda a gente, toda a gente se salvou
Ai se salvou, só morreu uma galinha

S. Macaio, S. Macaio deu à costa
Ai deu à costa nos baixos do Maranhão

Toda a gente, toda a gente se salvou
Ai se salvou, só o S. Macaio não


Canção Longe (Popular açoriana/José Afonso)

Ó meu bem se tu te fores
Como dizem que te vais
Deixa-me o teu nome escrito
Numa pedrinha do cais

Quando o mê mano se foi
Sete lenços encharquei
mai la manga da camisa
e dizem que não chorei

Meu amor vem sobre as ondas
Meu amor vem sobre o mar
Ai quem me dera morrer
Nas águas do teu olhar


Os Bravos (Popular açoriana/José Afonso)

Eu fui à terra do bravo
Bravo meu bem, para ver se embravecia
Cada vez fiquei mais manso
Bravo meu bem, para a tua companhia

Eu fui à terra do bravo
Bravo meu bem,com meu vestido vermelho
O que eu vi de lá mais bravo
Bravo meu bem, foi um mansinho coelho

As ondas do mar são brancas
Bravo meu bem,e no meio amarelas
Coitadinho de quem nasce
Bravo meu bem, para morrer no meio delas


O sol perguntou à lua (Popular açoriana)

O Sol perguntou à Lua
O Sol perguntou à Lua
Quando'a, quando havera amanhacer
Quando'a, quando havera amanhacer

À vista dos olhos teus
À vista dos olhos teus
Que vem, que vem o Sol cá fazer
Que vem, que vem o Sol cá fazer

E o Sol préguntou à Lua
quando havera amanhacer


Lira (Popular açoriana)

Morte que mataste Lira
Morte que mataste Lira
Morte que mataste Lira
Mata-me a mim, que sou teu!

Morte que mataste lira
Mata-me a mim que sou teu
Mata-me com os mesmos ferros
Com que a lira morreu

A lira por ser ingrata
Tiranamente morreu
A morte a mim não me mata
Firme e constante sou eu

Veio um pastor lá da serra
À minha porta bateu
Veio me dar por notícia
Que a minha lira morreu


San Macaio (popular)

San Macaio, San Macaio deu à costa,
Ai deu à costa nos baixos da Urzelina;
Toda a gente, toda a gente se salvou,
Ai se salvou, só morreu uma menina.

San Macaio, San Macaio deu à costa,
Ai deu à costa lá na Ponta dos Mosteiros;
Toda a gente, toda a gente se salvou,
Ai se salvou, só morreu dois passageiros.

San Macaio, San Macaio deu à costa,
Ai deu à costa, deu à costa na fundura;
Quebrou-se-lhe, quebrou-se-lhe o tabuado,
Ai ficou só, ficou só na pregadura.

San Macaio, San Macaio deu à costa,
Ai deu à costa na Baía da Feiteira;
Toda a gente, toda a gente se salvou,
Ai se salvou, só morreu uma feiticeira.

San Macaio, San Macaio deu à costa,
Ai deu à costa nas pedras da Fajãzinha;
Toda a gente, toda a gente se salvou,
Ai se salvou, só morreu uma galinha.

San Macaio, San Macaio já é velho,
Ai já é velho e também é marinheiro;
Andava, andava sempre perdido,
Sempre perdido por causa do nevoeiro.

San Macaio, San Macaio deu à costa,
Ai deu à costa nos baixos do Maranhão;
Toda a gente, toda a gente se salvou,
Ai se salvou, só o San Macaio não.

1 comentário:

Anónimo disse...

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