domingo, agosto 23, 2020

O patriota escocês William Wallace foi executado há 715 anos

Estátua de William Wallace na entrada do Castelo de Edimburgo
     
William Wallace (Elderslie, circa 1270  — Londres, 23 de agosto de 1305) foi um guerreiro escocês que liderou seus compatriotas na resistência na dominação inglesa imposta rei inglês Eduardo I. O seu nome em gaélico medieval era Uilliam Uallas e em gaélico escocês atual é Uilleam Uallas.
Recentes biógrafos situam o seu nascimento em Ellerslie, Ayrshire, ainda que a tradição oral o situe em Elderslie, Renfrewshire. Venceu o exército de Eduardo I de Inglaterra na batalha conhecida como "Batalha da ponte de Stirling" ou "Stirling Bridge". Pouco depois da sua sua terrível execução, a independência da Escócia pode ser restabelecida por Robert the Bruce. A sua participação foi decisiva na Guerra da Independência Escocesa, quando a monarquia, no decorrer dos conflitos incessantes entre os clãs, viu as tropas de Eduardo I avançarem para a total subjugação do reino. Wallace venceu os ingleses em várias batalhas, culminado com o nascimento do estado escocês.
Tornou-se muito conhecido após ser biografado no filme Braveheart ( O Desafio do Guerreiro), dirigido e estrelado por Mel Gibson. William Wallace é, certamente, um herói para os escoceses.
   
A queda
Pouco se sabe a respeito da verdadeira captura de Wallace, além do facto de que ela foi realizada pelo escocês John Mentieth (ou, como dizem algumas fontes, por um servo de Mentieth). Assim, no dia 3 de agosto de 1305, crê-se que sir John Mentieth capturou William Wallace em algum lugar perto de Glasgow. Mentieth havia estado do lado da liberdade dos escoceses algum tempo antes, mas sucumbiu a Eduardo I. Como recompensa, foi feito xerife de Dumbarton. Em relação ao filme Braveheart - O desafio do guerreiro, embora não haja indicação de que Wallace estava a caminho para encontrar Robert the Bruce quando foi traído, o filme foi preciso ao retratar a traição por um de seus próprios conterrâneos. Wallace foi levado para Londres imediatamente e chegou lá a 22 de agosto. Na manhã seguinte, foi levado pelas ruas de Fenchurch, onde as multidões zombavam dele e lhe atiravam comida e pães podres, haja vista que os ingleses haviam sido levados a acreditar que Wallace era um impiedoso fora-da-lei, que havia matado ingleses inocentes, e que deveria ser punido.
No Westminster Hall, Wallace ficou diante do tribunal designado pelo rei Eduardo I, que o obrigou a ficar em uma plataforma e usar o que alguns acreditavam ser uma coroa de espinhos. Além de traição, Wallace foi acusado do assassinato do xerife de Lanark, Hazelrig, oito anos antes. As acusações eram lidas e a sentença pronunciada, como era costume, uma vez que os marginais, estando fora da lei, não tinham direitos. Wallace não teve oportunidade de falar em sua própria defesa e a sentença foi executada imediatamente: Wallace foi amarrado com couro e arrastado por diversos quilómetros, até Smithfield.
   
A execução
Primeiro Wallace foi enforcado até ficar quase inconsciente, e então, amarrado a uma mesa, estripado, e as suas entranhas, queimadas, ainda presas a ele. Provavelmente foi também castrado e, então finalmente, foi libertado do seu sofrimento inimaginável, pela decapitação. O seu corpo foi esquartejado, e os pedaços, enviados para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling. A sua cabeça foi colocada num pique na Ponte de Londres, de modo que todos a vissem, como advertência para outros possíveis "traidores".
   

Sem comentários: