Um dia
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, maio 14, 2008
Um poema...
terça-feira, maio 13, 2008
Post roubado ao Blog Bandeira ao Vento...
Como comportar-se num concerto
Leve sempre um cachecol comprido que o faça notado, de preferência em linho e numa cor forte. O importante é que não condiga com nada que traga vestido. Diga que perdeu a conta às constipações que apanhou naquela sala «com a merda do ar condicionado» e deixe no ar a possibilidade de um processo judicial. Acrescente qualquer coisa sobre o mal que «aquilo» faz à voz dos cantores líricos e os efeitos deletérios que tem na afinação das cordas de tripa. Nunca use gravata, a não ser que tencione vender automóveis no intervalo: uma gravata dar-lhe-á o ar de quem está ali com bilhetes oferecidos por uma multinacional de restauração. Acene brevemente para o solista quando ele entrar, apenas o suficiente para que os vizinhos do lado pensem que o conhece. Com todas as luzes apontadas ele mal conseguirá ver-lhe a cara, pelo que, com sorte, corresponderá com um sorriso e um aceno de cabeça. Se o solista for um homem e cometer esse erro, ignore-o com soberba. Se for mulher, atire-lhe um beijo e grite com voz rouca «ti aspetto dopo il concerto, cara mia». Se o leitor for do belo sexo, aja exactamente da mesma maneira. Antes do início do concerto, tussa bastante e deixe cair o programa ao chão duas ou três vezes, fazendo algum ruído; durante o concerto, tussa quanto baste e deixe cair o programa ao chão duas ou três vezes, fazendo algum ruído. Tomá-lo-ão por um conhecedor blasé cujo grau de exigência o condena a uma inevitável desilusão. Em dois ou três pontos aleatórios do programa, bufe e murmure «inacreditável». A admiração por si converteu-se já em profundo respeito, medo até: é agora um Dr. House da música erudita. Não estrague tudo cometendo o erro de acompanhar a música com movimentos de cabeça ou batendo o pezinho. Mantenha-se hirto e boceje de vez em quando, pigarreando sempre. No fim do concerto, se constatar que a audiência se levanta de forma espontânea (o que acontece quase sempre nos mais badalados), permaneça sentado e bata algumas palmas em ritmo de condescendência. Nunca aplauda em primeiro lugar, a não ser que conheça o programa de trás para frente e saiba exactamente quando termina a obra. Nesse caso, tente ser o primeiro a fazê-lo. Se alguém se antecipar, verifique se o seu rival traz um cachecol comprido. Se sim, grite um «Bravo!». Se não, olhe-o com desdém e abane a cabeça em sinal de reprovação. Se constatar que ninguém aplaude de pé, levante-se e aplauda com veemência. Em dois minutos, toda a plateia estará em pé, imitando-o. Se não estiver, faça como Charles Ives e chame-lhes maricas.
in Blog Bandeira ao Vento - post do cartoonista José Bandeira
NOTA: É pena que não existam textos destes para votações em Escolas... Para quem não sabe quem é o melhor cartoonista português, uma pérola saída da sua cabeça e pena:
Cravo & Ferradura, DN, 26.4.2008
Leve sempre um cachecol comprido que o faça notado, de preferência em linho e numa cor forte. O importante é que não condiga com nada que traga vestido. Diga que perdeu a conta às constipações que apanhou naquela sala «com a merda do ar condicionado» e deixe no ar a possibilidade de um processo judicial. Acrescente qualquer coisa sobre o mal que «aquilo» faz à voz dos cantores líricos e os efeitos deletérios que tem na afinação das cordas de tripa. Nunca use gravata, a não ser que tencione vender automóveis no intervalo: uma gravata dar-lhe-á o ar de quem está ali com bilhetes oferecidos por uma multinacional de restauração. Acene brevemente para o solista quando ele entrar, apenas o suficiente para que os vizinhos do lado pensem que o conhece. Com todas as luzes apontadas ele mal conseguirá ver-lhe a cara, pelo que, com sorte, corresponderá com um sorriso e um aceno de cabeça. Se o solista for um homem e cometer esse erro, ignore-o com soberba. Se for mulher, atire-lhe um beijo e grite com voz rouca «ti aspetto dopo il concerto, cara mia». Se o leitor for do belo sexo, aja exactamente da mesma maneira. Antes do início do concerto, tussa bastante e deixe cair o programa ao chão duas ou três vezes, fazendo algum ruído; durante o concerto, tussa quanto baste e deixe cair o programa ao chão duas ou três vezes, fazendo algum ruído. Tomá-lo-ão por um conhecedor blasé cujo grau de exigência o condena a uma inevitável desilusão. Em dois ou três pontos aleatórios do programa, bufe e murmure «inacreditável». A admiração por si converteu-se já em profundo respeito, medo até: é agora um Dr. House da música erudita. Não estrague tudo cometendo o erro de acompanhar a música com movimentos de cabeça ou batendo o pezinho. Mantenha-se hirto e boceje de vez em quando, pigarreando sempre. No fim do concerto, se constatar que a audiência se levanta de forma espontânea (o que acontece quase sempre nos mais badalados), permaneça sentado e bata algumas palmas em ritmo de condescendência. Nunca aplauda em primeiro lugar, a não ser que conheça o programa de trás para frente e saiba exactamente quando termina a obra. Nesse caso, tente ser o primeiro a fazê-lo. Se alguém se antecipar, verifique se o seu rival traz um cachecol comprido. Se sim, grite um «Bravo!». Se não, olhe-o com desdém e abane a cabeça em sinal de reprovação. Se constatar que ninguém aplaude de pé, levante-se e aplauda com veemência. Em dois minutos, toda a plateia estará em pé, imitando-o. Se não estiver, faça como Charles Ives e chame-lhes maricas.
in Blog Bandeira ao Vento - post do cartoonista José Bandeira
NOTA: É pena que não existam textos destes para votações em Escolas... Para quem não sabe quem é o melhor cartoonista português, uma pérola saída da sua cabeça e pena:
Cravo & Ferradura, DN, 26.4.2008
Música para desanuviar...
E, já agora, aqui ficam mais dois videoclips unidos pela estética - ou será por mais alguma coisa...?
Shania Twain - Man, I Feel Like A Woman!
Robert Palmer - Addicted To Love
segunda-feira, maio 12, 2008
História da Engenharia Geográfica em Portugal
Na próxima quarta-feira, dia 14 de Maio, pelas 16h00, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e a Ordem dos Engenheiros apresentam a palestra "História da Engenharia Geográfica em Portugal", pelo Comandante António Costa Canas, da Escola Naval.
A entrada é gratuita.
A entrada é gratuita.
Sinopse
A engenharia em Portugal, tal como noutros países, nasceu no seio da instituição militar. Os conhecimentos técnicos das diferentes áreas da engenharia foram sendo desenvolvidos para fazer face a necessidades específicas dos militares. Ao longo do século XIX, assiste-se a uma tentativa de separação da engenharia militar das engenharias «civis» (no sentido de engenharias não militares, e não no sentido restrito que hoje esta tem). A história da engenharia geográfica é um bom exemplo deste processo, que culmina com a proposta de um militar, e um dos mais notáveis «engenheiros geógrafos» portugueses, Gago Coutinho, para a criação de um curso de engenharia geográfica completamente civil.
Esta palestra marca o início de um ciclo de actividades que o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra desenvolverá em colaboração com a Ordem dos Engenheiros.
Esta palestra marca o início de um ciclo de actividades que o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra desenvolverá em colaboração com a Ordem dos Engenheiros.
Contactos:
Museu da Ciência
Laboratorio Chimico
Largo Marquês de Pombal
3000-272 Coimbra
Telefone : 239 854 350
Fax: 239 854 359
www.museudaciencia.pt
geral@museudaciencia.pt
Nota: Este é o post n.º 1.200 do nosso Blog...!
Museu da Ciência
Laboratorio Chimico
Largo Marquês de Pombal
3000-272 Coimbra
Telefone : 239 854 350
Fax: 239 854 359
www.museudaciencia.pt
geral@museudaciencia.pt
Nota: Este é o post n.º 1.200 do nosso Blog...!
Sismo na China - dados da IUGS
Earthquake Details
Magnitude 7.9
Date-Time
- Monday, May 12, 2008 at 06:28:00 UTC
- Monday, May 12, 2008 at 02:28:00 PM at epicenter
Location 31.099°N, 103.279°E
Depth 10 km
Region EASTERN SICHUAN, CHINA
Distances
- 90 km (55 miles) WNW of Chengdu, Sichuan, China
- 145 km (90 miles) WSW of Mianyang, Sichuan, China
- 360 km (220 miles) WNW of Chongqing, Chongqing, China
- 1545 km (960 miles) SW of BEIJING, Beijing, China
Source USGS NEIC
Sismo na China - notícia do Público
Falha nas comunicações e noite podem piorar a situação
Sismo na China: último balanço eleva para 8500 número de mortos em Sichuan
12.05.2008 - 16h53 AFP, Reuters
O forte sismo que hoje abalou a China já fez 8533 mortos, só na província de Sichuan, no sudoeste, onde foi o epicentro do abalo, anunciou o governo central, citado pela agência Nova China. Contudo, com o passar das horas, espera-se que este número cresça ainda mais.
Para além de Sichuan, as províncias de Gansu, no noroeste, Yunnan e Chongqinf, no sudoeste, foram também muito afectadas pelo abalo.
Várias fontes referem, ainda, milhares de feridos. Algumas testemunhas locais têm dado conta do desmoronamento de vários edifícios. Só em Beichuan, que conta com 160 mil habitantes, 80 por cento das construções ficaram devastadas.
Além disso, cerca de 900 crianças foram surpreendidas pelo sismo, pelo que ficaram soterradas debaixo de várias escolas que ruíram. A agência Nova China confirma a morte de 50, até ao momento.
Na mesma província, duas fábricas de produtos químicos ficaram destruídas e 80 toneladas de amoníaco foram libertadas. O incidente levou à evacuação de seis mil pessoas, mas algumas estão debaixo dos escombros.
O sismo ocorreu cerca das 14h30 (06h30 em Lisboa), a uma profundidade de dez quilómetros, e foi sentido em várias cidades da China e ainda em Banguecoque, capital da Tailândia, a 3300 quilómetros de distância. O Instituto Americano de Geofísica informou que o sismo atingiu 7,8 de magnitude na escala de Richter, depois de se ter falado em 7,5 e da agência Nova China referir 7,6. O tremor de terra foi sentido a milhares de quilómetros, nomeadamente em Shanghai e em Pequim onde, imediatamente depois da hora de almoço, os funcionários abandonaram os edifícios para regressar a casa com medo de repetições. Os abalos foram, ainda, sentidos em Hong Kong e em Taipei, na ilha de Taiwan.
Antes mesmo de conhecer a amplitude da catástrofe, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, qualificou o sismo como um “desastre”, em entrevista à televisão central.
O aeroporto internacional da cidade, que tem mais de dez milhões de habitantes, está temporariamente encerrado. No entanto, de acordo com um jornalista da televisão chinesa CCTV, os transportes públicos estão a funcionar normalmente e a rede eléctrica também está operacional.
O presidente, Hu Jintao, ordenou a mobilização máxima das equipas de socorro. Assim, o exército foi enviado para auxiliar o “governo local e avaliar a situação” para que possam coordenar as operações da melhor forma, explicou um oficial do exército popular de libertação, Tian Yixiang.
Um novo abalo fez-se sentir cerca das 14h30 (06h30 de Lisboa) em Pequim, mas a magnitude não ultrapassou os 3,9 de magnitude, noticiou a agência Nova China. Neste incidente não se registou nenhuma vítima nem danos materiais. As várias instalações que vão acolher os jogos olímpicos não foram danificadas, de acordo com o comité de organização do evento.
A China é frequentemente afectada por sismos. Um dos mais mortíferos registou-se em 1976 em Tangshan, nordeste, e fez 200 mil mortos, apesar de fontes ocidentais garantirem que esse número chegou aos 700 mil.
in Público - ler notícia
Sismo na China: último balanço eleva para 8500 número de mortos em Sichuan
12.05.2008 - 16h53 AFP, Reuters
O forte sismo que hoje abalou a China já fez 8533 mortos, só na província de Sichuan, no sudoeste, onde foi o epicentro do abalo, anunciou o governo central, citado pela agência Nova China. Contudo, com o passar das horas, espera-se que este número cresça ainda mais.
Para além de Sichuan, as províncias de Gansu, no noroeste, Yunnan e Chongqinf, no sudoeste, foram também muito afectadas pelo abalo.
Várias fontes referem, ainda, milhares de feridos. Algumas testemunhas locais têm dado conta do desmoronamento de vários edifícios. Só em Beichuan, que conta com 160 mil habitantes, 80 por cento das construções ficaram devastadas.
Além disso, cerca de 900 crianças foram surpreendidas pelo sismo, pelo que ficaram soterradas debaixo de várias escolas que ruíram. A agência Nova China confirma a morte de 50, até ao momento.
Na mesma província, duas fábricas de produtos químicos ficaram destruídas e 80 toneladas de amoníaco foram libertadas. O incidente levou à evacuação de seis mil pessoas, mas algumas estão debaixo dos escombros.
O sismo ocorreu cerca das 14h30 (06h30 em Lisboa), a uma profundidade de dez quilómetros, e foi sentido em várias cidades da China e ainda em Banguecoque, capital da Tailândia, a 3300 quilómetros de distância. O Instituto Americano de Geofísica informou que o sismo atingiu 7,8 de magnitude na escala de Richter, depois de se ter falado em 7,5 e da agência Nova China referir 7,6. O tremor de terra foi sentido a milhares de quilómetros, nomeadamente em Shanghai e em Pequim onde, imediatamente depois da hora de almoço, os funcionários abandonaram os edifícios para regressar a casa com medo de repetições. Os abalos foram, ainda, sentidos em Hong Kong e em Taipei, na ilha de Taiwan.
Antes mesmo de conhecer a amplitude da catástrofe, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, qualificou o sismo como um “desastre”, em entrevista à televisão central.
O aeroporto internacional da cidade, que tem mais de dez milhões de habitantes, está temporariamente encerrado. No entanto, de acordo com um jornalista da televisão chinesa CCTV, os transportes públicos estão a funcionar normalmente e a rede eléctrica também está operacional.
O presidente, Hu Jintao, ordenou a mobilização máxima das equipas de socorro. Assim, o exército foi enviado para auxiliar o “governo local e avaliar a situação” para que possam coordenar as operações da melhor forma, explicou um oficial do exército popular de libertação, Tian Yixiang.
Um novo abalo fez-se sentir cerca das 14h30 (06h30 de Lisboa) em Pequim, mas a magnitude não ultrapassou os 3,9 de magnitude, noticiou a agência Nova China. Neste incidente não se registou nenhuma vítima nem danos materiais. As várias instalações que vão acolher os jogos olímpicos não foram danificadas, de acordo com o comité de organização do evento.
A China é frequentemente afectada por sismos. Um dos mais mortíferos registou-se em 1976 em Tangshan, nordeste, e fez 200 mil mortos, apesar de fontes ocidentais garantirem que esse número chegou aos 700 mil.
in Público - ler notícia
Para recordar - música para Geopedrados...
Negras como a noite
Com mãos de veludo
Negras como a noite
Tu deste-me tudo
E eu parti
Um homem trabalha
Do outro lado do rio
Com as suas duas mãos
Repara o navio
Está sozinho e triste
Mas tem de aguentar
Já falta tão pouco
Para poder voltar
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez
Com adeus começa
Outro dia igual
Ficou a promessa
Escondida no lençol
Negras como a noite
Vindas de outra terra
As mãos de veludo
Estão à sua espera
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez
Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés
Álbum: Dados viciados (1997)
domingo, maio 11, 2008
Tempestade eléctrica sobre vulcão em erupção
Relâmpagos iluminam a zona em volta do vulcão de Chaiten, no Chile, vistos de Chana, cerca de 30 km a norte. Foto: Carlos Gutierrez/Reuters
in Público on-line
in Público on-line
sábado, maio 10, 2008
Revista Super Interessante de Maio
Diz, no seu site de divulgação e assinaturas, o seguinte:
Aborda todos os meses, de uma forma séria mas acessível, os grandes temas da actualidade científica, em artigos profusamente ilustrados e com infografias que tornam fácil o que antes parecia difícil. Da história à tecnologia espacial, da matemática à filosofia, do ambiente à saúde, dos computadores ao comportamento humano, todos os assuntos cabem na Super Interessante.
É, actualmente, a única revista em Portugal cujo tema central é a divulgação, e isso diz tudo.
Este mês ainda está melhor: texto sobre Pterossauros com ilustrações excelentes, outro texto sobre a água e ainda um outro sobre Megalitismo, uma das minhas áreas preferidas da Arqueologia e Pré-História...
A não perder...
A não perder...
Mapas no Live Search Maps da Microsoft
A Microsoft criou um site com mapas que é fantástico...!
http://maps.live.com/
A título de exemplo, eis o Departamento de Ciências da Terra na vista 3D Bird's Eye:
Para aceder a mapa com esta imagem, clicar AQUI.
sexta-feira, maio 09, 2008
Música para distrair os incautos
Dedicadas a todos os nossos leitores, em especial aos da Escola Correia Mateus, aqui ficam dois vídeos musicais, com a curiosidade de se saber que o primeiro serviu de base (musical) para o segundo...
Jona Lewie - Stop The Cavalry
David Jordan - Sun goes down
NOTA: Por acaso aprecio bastante os dois vídeos e as músicas têm bastante a ver com a situação actual das Escolas portuguesas...
quinta-feira, maio 08, 2008
I Jornadas Científicas de Espeleologia na SIC
A SIC fez um slide-show com as melhores fotos envolvidas e premiadas no Concurso de Fotografia das Jornadas - está visível aqui:
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/vida/slideshows/20080504+Jornadas+de+Espeleologia.htm
Quanto à notícia que deu no Jornal da Tarde de 05.05.2008, está visível aqui:
Basta clicar na imagem do filme para este aparecer...
PS - Aparece o texto completo da notícia nesse mesmo site. Para memória futura fica aqui neste post:
Em Portugal há cada vez mais interessados em grutas e cavernas. A espeleologia - a ciência que estuda o passado geológico, histórico e cultural das grutas e cavernas - foi mote para um encontro que reuniu em Leiria 220 estudiosos.
O fascínio do Homem sobre o que escondem as cavidades naturais vem de longe. Talvez por isso, haja cada vez mais pessoas a querem entrar em grutas. São os curiosos que querem aventura. Algo bem diferente da espeleologia.
A espeleologia é uma actividade risco acrescido: o meio é inóspito, a humidade é elevada, o terreno acidentado. Respirar não é um privilégio adquirido; é antes uma tarefa que deve ser executada com inteligência.
A década de 1980 ficou no entanto marcada por acidentes em grutas. "São jovens que se aventuram para dentro das grutas na descoberta do desconhecido, mas que não têm o equipamento, as técnicas e o enquadramento necessário. Nessas circunstâncias, o risco é grande", avisa Gabriel Mendes.
No entanto, além da integridade física, é necessário salvaguardar outros interesses, sobretudo "o património único que está depositado em cada caverna". Nestas cavidades estuda-se o passado geológico, mas também biológico e cultural. Afinal, as grutas foram o primeiro abrigo do homem.
Porque a gruta não é habitat do Homem, mas é ainda assim património da Humanidade.
As jornadas científicas que Leiria acolheu de 1 a 4 de Maio reuniram 220 pessoas de várias nacionalidades. O objectivo foi "direccionar a actividade espeleológica exploratória como suporte à ciência", conclui Gabriel Mendes.
Quanto à notícia que deu no Jornal da Tarde de 05.05.2008, está visível aqui:
Basta clicar na imagem do filme para este aparecer...
PS - Aparece o texto completo da notícia nesse mesmo site. Para memória futura fica aqui neste post:
Tesouros bem escondidos
Leiria recebeu as primeiras Jornadas Científicas de EspeleologiaEm Portugal há cada vez mais interessados em grutas e cavernas. A espeleologia - a ciência que estuda o passado geológico, histórico e cultural das grutas e cavernas - foi mote para um encontro que reuniu em Leiria 220 estudiosos.
Bruno Fraga Braz - Jornalista
O fascínio do Homem sobre o que escondem as cavidades naturais vem de longe. Talvez por isso, haja cada vez mais pessoas a querem entrar em grutas. São os curiosos que querem aventura. Algo bem diferente da espeleologia.
A espeleologia é uma actividade risco acrescido: o meio é inóspito, a humidade é elevada, o terreno acidentado. Respirar não é um privilégio adquirido; é antes uma tarefa que deve ser executada com inteligência.
A década de 1980 ficou no entanto marcada por acidentes em grutas. "São jovens que se aventuram para dentro das grutas na descoberta do desconhecido, mas que não têm o equipamento, as técnicas e o enquadramento necessário. Nessas circunstâncias, o risco é grande", avisa Gabriel Mendes.
No entanto, além da integridade física, é necessário salvaguardar outros interesses, sobretudo "o património único que está depositado em cada caverna". Nestas cavidades estuda-se o passado geológico, mas também biológico e cultural. Afinal, as grutas foram o primeiro abrigo do homem.
Porque a gruta não é habitat do Homem, mas é ainda assim património da Humanidade.
As jornadas científicas que Leiria acolheu de 1 a 4 de Maio reuniram 220 pessoas de várias nacionalidades. O objectivo foi "direccionar a actividade espeleológica exploratória como suporte à ciência", conclui Gabriel Mendes.
Não há problema, porque a Ministra raramente vai às Escolas...
Resultado de levantamentos feitos pelas direcções regionais
Ministério da Educação revela que 59 por cento das escolas têm amianto
08.05.2008 - 12h32 PÚBLICO
Actualmente, 59 por cento das escolas têm coberturas de chapas de fibrocimento que contêm amianto, segundo um estudo baseado nos levantamentos realizados pelas direcções regionais de Educação, de Novembro do ano passado. A ministra Maria de Lurdes Rodrigues recusou prestar declarações, segundo a TSF.
Segundo o “Diário de Notícias”, este levantamento surgiu em resposta a um requerimento da deputada Heloísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes” sobre a existência de amianto nas escolas. No entanto, o ministério não adianta o número de escolas que investigou.
A resposta ao partido diz também que “os valores de partículas de amianto [em suspensão] estão muito abaixo do valor legalmente admitido”.
Segundo uma resolução da Assembleia da República de 2003 o Governo deve ter uma listagem com os edifícios públicos que contenham amianto.
in Público on-line - ler notícia
Ministério da Educação revela que 59 por cento das escolas têm amianto
08.05.2008 - 12h32 PÚBLICO
Actualmente, 59 por cento das escolas têm coberturas de chapas de fibrocimento que contêm amianto, segundo um estudo baseado nos levantamentos realizados pelas direcções regionais de Educação, de Novembro do ano passado. A ministra Maria de Lurdes Rodrigues recusou prestar declarações, segundo a TSF.
Segundo o “Diário de Notícias”, este levantamento surgiu em resposta a um requerimento da deputada Heloísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes” sobre a existência de amianto nas escolas. No entanto, o ministério não adianta o número de escolas que investigou.
A resposta ao partido diz também que “os valores de partículas de amianto [em suspensão] estão muito abaixo do valor legalmente admitido”.
Segundo uma resolução da Assembleia da República de 2003 o Governo deve ter uma listagem com os edifícios públicos que contenham amianto.
in Público on-line - ler notícia
quarta-feira, maio 07, 2008
Festival Europeu da Terra no Geopark Naturtejo
Via mailing-list da GEOPOR:
Caros colegas:
O Festival Europeu da Terra, organizado anualmente pela Rede Europeia de Geoparques sob os auspícios da UNESCO, decorre simultaneamente em 33 geoparques espalhados por 13 países da Europa com o objectivo de celebrar o património da Terra através de actividades geoturísticas e educativas. Milhares de pessoas reúnem-se nos muitos eventos que decorrem em cada um dos geoparques, incluindo seminários, actividades com escolas, visitas guiadas, exposições, documentários, …. Vem celebrar connosco a paisagem do Geopark Naturtejo e descobrir 600 milhões de anos de patrimónios sem limites…
O Festival decorre entre os dias 24 de Maio e 8 de Junho, sendo este ano composto por 25 eventos multidisciplinares com ênfase para a Geologia. Destaca-se a abrir o geo-jantar no geo-restaurante Petiscos & Granitos, dia 24 de Maio. Os geólogos que quiserem participar e que queiram partilhar estórias de vida pela noite dentro, salientando o valor das geociências para a sociedade, não pagam!!! As inscrições já se encontram abertas e são limitadas...mais pormenores em:
http://www.geoparknaturtejo.com
e
http://www.naturtejo.com/conteudos/pt/festival_terra.php
Não se esqueçam, participem...e passem a palavra a outros eventuais interessados.
Tudo pelo melhor
Carlos Neto de Carvalho
Geopark Naturtejo da Meseta Meridional
Geopark Naturtejo da Meseta Meridional
e-Terra - nova revista já disponível
Via mailing-list da GEOPOR:
O 5º volume (especial) da "e-Terra" já está "online"; reúne 10 artigos apresentados no VI Congresso Ibérico de Geoquímica / XV Semana de Geoquímica (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal, 16-21 July 2007):
Geochemistry of Volcanic Rocks from Faial Island (Azores)
Machado A., Azevedo J.M.M., Almeida D.P.M. & Chemale Jr. F.
Evaluation of geochemical conditions favourable for the colloid-mediated uranium migration in a granite fracture
Albarran N.; Alonso U., Missana T., García-Gutiérrez M. & Mingarro M.
Transferência do urânio no sistema água-solo-planta (Lactuca sativa L.) na área mineira da Cunha Baixa
Neves O., Abreu M.M. & Vicente E.M.
Los leucogranitos equigranulares del Domo del Tormes (Zona Centro Ibérica): discriminación geoquímica mediante Biplot Canónico y significado petrogenético
López-Plaza M., López-Moro F.J., Vicente-Tavera S. & Vicente-Villardón J.L.
Arsenic in the Iberoamerican region. The IBEROARSEN Network and a possible economic solution for arsenic removal in isolated rural zones
Morgada M.E., Mateu M., Bundschuh J. & Litter M.I.
Geochemical characterisation of sediments from marginal environments of Lima Estuary (NW Portugal)
Cardoso R., Araújo M.F., Freitas M.C. & Fatela F.
Contamination factors of the groundwater of the Ervedosa region (NE Portugal)
Novais H., Pereira M.R., Patinha C. & Silva E.F.
Impacto de la geoquímica en la salud: una aproximación basada en estudios de casos de ecosistemas tropicales en la República Dominicana
Hernández A.J., Alexis S., Viscayno C. & Pastor J.
Study of the volcano-sedimentary nature of the Serro formations – Silurian terranes of Serra de Arga – Minho (Northern Portugal)
Dias P.A. & Leal Gomes C.
Geochemical Characterization of Holocene Sediments of Santo André Alluvial Plains (SW Portugal)
Moreira S.C.C., Freitas M.C., Araújo M.F., Andrade C. & Cruces A.G.
O 5º volume (especial) da "e-Terra" já está "online"; reúne 10 artigos apresentados no VI Congresso Ibérico de Geoquímica / XV Semana de Geoquímica (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal, 16-21 July 2007):
Geochemistry of Volcanic Rocks from Faial Island (Azores)
Machado A., Azevedo J.M.M., Almeida D.P.M. & Chemale Jr. F.
Evaluation of geochemical conditions favourable for the colloid-mediated uranium migration in a granite fracture
Albarran N.; Alonso U., Missana T., García-Gutiérrez M. & Mingarro M.
Transferência do urânio no sistema água-solo-planta (Lactuca sativa L.) na área mineira da Cunha Baixa
Neves O., Abreu M.M. & Vicente E.M.
Los leucogranitos equigranulares del Domo del Tormes (Zona Centro Ibérica): discriminación geoquímica mediante Biplot Canónico y significado petrogenético
López-Plaza M., López-Moro F.J., Vicente-Tavera S. & Vicente-Villardón J.L.
Arsenic in the Iberoamerican region. The IBEROARSEN Network and a possible economic solution for arsenic removal in isolated rural zones
Morgada M.E., Mateu M., Bundschuh J. & Litter M.I.
Geochemical characterisation of sediments from marginal environments of Lima Estuary (NW Portugal)
Cardoso R., Araújo M.F., Freitas M.C. & Fatela F.
Contamination factors of the groundwater of the Ervedosa region (NE Portugal)
Novais H., Pereira M.R., Patinha C. & Silva E.F.
Impacto de la geoquímica en la salud: una aproximación basada en estudios de casos de ecosistemas tropicales en la República Dominicana
Hernández A.J., Alexis S., Viscayno C. & Pastor J.
Study of the volcano-sedimentary nature of the Serro formations – Silurian terranes of Serra de Arga – Minho (Northern Portugal)
Dias P.A. & Leal Gomes C.
Geochemical Characterization of Holocene Sediments of Santo André Alluvial Plains (SW Portugal)
Moreira S.C.C., Freitas M.C., Araújo M.F., Andrade C. & Cruces A.G.
terça-feira, maio 06, 2008
Professores emigrantes
Recebido, via e-mail da GEOPOR, do Doutor Paulo Legoinha:
Face às dificuldades e obstáculos em Portugal, jovens licenciadas em Ensino de Ciências da Natureza (FCTUNL) procuram prosseguir carreira de ensino no sistema educativo inglês. Ver em:
Que sejam bem sucedidas!
Saudações geológicas.
Face às dificuldades e obstáculos em Portugal, jovens licenciadas em Ensino de Ciências da Natureza (FCTUNL) procuram prosseguir carreira de ensino no sistema educativo inglês. Ver em:
Que sejam bem sucedidas!
Saudações geológicas.
Observar Mercúrio
Observatório Astronómico de Lisboa
Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa
OBSERVANDO MERCÚRIO
Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa
OBSERVANDO MERCÚRIO
Dos oito planetas do Sistema Solar, apenas cinco podem ser observados a olho nú. Um destes planetas é Mercúrio, um objecto elusivo que nunca se afasta suficientemente do Sol de forma a permitir uma boa observação. No entanto, durante este mês, todos os apaixonados por Astronomia terão condições excelentes para o poder observar.
Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, foi baptizado com o nome do deus romano encarregue de levar as mensagens a Júpiter, pois aparentava mover-se mais depressa do que os outros planetas. Para além de não possuir satélites naturais, depois da despromoção de Plutão a planeta anão, Mercúrio passou a ser o planeta mais pequeno do Sistema Solar. Dada a sua proximidade do Sol e a inexistência de atmosfera, as temperaturas à superfície deste planeta variam entre os -184 ºC à noite e os 482 ºC ao meio dia.
Na sua órbita em torno do Sol, Mercúrio aproxima-se deste seguindo o seu trajecto e passando por trás do astro rei. Eventualmente, Mercúrio acaba por reaparecer por detrás do Sol no lado oposto, começando a afastar-se da sua estrela. Em ambas as situações Mercúrio fica mais brilhante, sendo por isso possível observa-lo em melhores condições. Na primeira situação, Mercúrio é facilmente visível durante o crepúsculo matutino, ou seja, ao nascer do dia, enquanto que na segunda isto acontece ao final da tarde e princípio da noite. Cada uma destas situações ocorre três vezes por ano, sendo que uma delas começou no dia 24 de Abril abrindo uma janela para a observação do pequeno planeta rochoso até 29 de Maio.
Actualmente, Mercúrio progride para a fase de "quarto minguante", o que o mantém ainda relativamente brilhante. Por exemplo, no dia 11 de Maio e durante cerca de uma hora e 53 minutos após o ocaso do Sol, poderá ser observado como um astro de tom amarelo-alaranjado (caso o tempo assim o permita), com uma magnitude de 0 que é aproximadamente a da estrela Vega.
Durante este mês o astro irá gradualmente perder o seu brilho, embora seja neste período que os habitantes do hemisfério Norte poderão vê-lo melhor. Na primeira quinzena de Maio, apesar de Mercúrio se tornar progressivamente menos brilhante, o planeta começa a ganhar altura em relação ao horizonte, à medida que se afasta do Sol.
No dia 14 de Maio Mercúrio atinge a sua maior elongação de 22ºE (distância angular em relação ao Sol), sendo por isso visível acima do horizonte até duas horas após o pôr-do-sol. Nessa noite, apenas metade da sua superfície estará iluminada.
Nos dias seguintes, o astro perderá brilho mais rapidamente, até deixar de ser visível no dia 29 de Maio.
Entre 17 de Junho e 22 de Julho haverá uma nova oportunidade de observação, mas desta vez ao final da noite e crepúsculo matutino. Contudo, nesta altura as condições de visibilidade não serão tão boas.
Para mais informações, consulte:
http://www.oal.ul.pt/download/mercurio_final.pdf
Para obter mais informação sobre a Visibilidade dos Planetas, consulte:
http://www.oal.ul.pt/index.php?link=almanaques
Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, foi baptizado com o nome do deus romano encarregue de levar as mensagens a Júpiter, pois aparentava mover-se mais depressa do que os outros planetas. Para além de não possuir satélites naturais, depois da despromoção de Plutão a planeta anão, Mercúrio passou a ser o planeta mais pequeno do Sistema Solar. Dada a sua proximidade do Sol e a inexistência de atmosfera, as temperaturas à superfície deste planeta variam entre os -184 ºC à noite e os 482 ºC ao meio dia.
Na sua órbita em torno do Sol, Mercúrio aproxima-se deste seguindo o seu trajecto e passando por trás do astro rei. Eventualmente, Mercúrio acaba por reaparecer por detrás do Sol no lado oposto, começando a afastar-se da sua estrela. Em ambas as situações Mercúrio fica mais brilhante, sendo por isso possível observa-lo em melhores condições. Na primeira situação, Mercúrio é facilmente visível durante o crepúsculo matutino, ou seja, ao nascer do dia, enquanto que na segunda isto acontece ao final da tarde e princípio da noite. Cada uma destas situações ocorre três vezes por ano, sendo que uma delas começou no dia 24 de Abril abrindo uma janela para a observação do pequeno planeta rochoso até 29 de Maio.
Actualmente, Mercúrio progride para a fase de "quarto minguante", o que o mantém ainda relativamente brilhante. Por exemplo, no dia 11 de Maio e durante cerca de uma hora e 53 minutos após o ocaso do Sol, poderá ser observado como um astro de tom amarelo-alaranjado (caso o tempo assim o permita), com uma magnitude de 0 que é aproximadamente a da estrela Vega.
Durante este mês o astro irá gradualmente perder o seu brilho, embora seja neste período que os habitantes do hemisfério Norte poderão vê-lo melhor. Na primeira quinzena de Maio, apesar de Mercúrio se tornar progressivamente menos brilhante, o planeta começa a ganhar altura em relação ao horizonte, à medida que se afasta do Sol.
No dia 14 de Maio Mercúrio atinge a sua maior elongação de 22ºE (distância angular em relação ao Sol), sendo por isso visível acima do horizonte até duas horas após o pôr-do-sol. Nessa noite, apenas metade da sua superfície estará iluminada.
Nos dias seguintes, o astro perderá brilho mais rapidamente, até deixar de ser visível no dia 29 de Maio.
Entre 17 de Junho e 22 de Julho haverá uma nova oportunidade de observação, mas desta vez ao final da noite e crepúsculo matutino. Contudo, nesta altura as condições de visibilidade não serão tão boas.
Para mais informações, consulte:
http://www.oal.ul.pt/download/mercurio_final.pdf
Para obter mais informação sobre a Visibilidade dos Planetas, consulte:
http://www.oal.ul.pt/index.php?link=almanaques
Fonte: mailing-list Astronovas (Inscrição: envie uma mensagem vazia para o endereço: astronovas-subscribe@oal.ul.pt)
Poesia - RGP
Para os colegas de uma quase ignorada (mas não esquecida) Escola de Leiria (que é a minha - Escola Correia Mateus...) e que hoje irão fazer a sua terceira ou quarta Reunião Geral de Professores desde finais de Fevereiro, aqui fica um poema.
XIX
De repente
tudo se tornou mais fundo
para além da superfície
das pedras sem flor
e das árvores sem voz.
Tão fundo, tão fundo
que até a Morte
já não precisa sair do mundo
para caber nos olhos de todos nós.
(E há lá quem suporte
esta dor que eu tenho
de saber que a Morte
é do meu tamanho!)
in Invasão (1940-1941), no livro Poesia II (José Gomes Ferreira)
XIX
De repente
tudo se tornou mais fundo
para além da superfície
das pedras sem flor
e das árvores sem voz.
Tão fundo, tão fundo
que até a Morte
já não precisa sair do mundo
para caber nos olhos de todos nós.
(E há lá quem suporte
esta dor que eu tenho
de saber que a Morte
é do meu tamanho!)
in Invasão (1940-1941), no livro Poesia II (José Gomes Ferreira)
segunda-feira, maio 05, 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)