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quinta-feira, setembro 27, 2007
Vulcão dos Capelinhos - 50 anos!
Sugestão - consultar:
segunda-feira, setembro 24, 2007
Visita à Mina da Guimarota
Na sequência de diversos conversas, que passaram pelo interesse manifestado por professores universitários, docentes de Leiria, espeleólogos e jornalistas, informamos que iremos à Mina da Guimarota em 13.10.2007 (sábado) em actividade cujo horário estamos ainda a preparar. Os interessados (parte da actividade é aberta a toda a gente...) em participar devem informar-nos rapidamente, para que se possam tomar algumas decisões importantes.
Ficamos à espera de mais dados, precisando para tal de saber quem mais vem da Universidade de Coimbra (os Doutores Fernando Pedro Figueiredo e Lídia Catarino, que têm um estudo prévio com prospecção física do terreno, esses gostaria imenso de os cá ter...).
Há diversos espeleólogos, docentes de Leiria e Doutores que já confirmaram a vinda mas fica para mais tarde a listagem. Falta ainda falar com a Câmara Municipal de Leiria e com os Bombeiros Municipais de Leiria, para acertar a sua eventual presença, mas gostaria de ter mais nomes antes de avançar estes dois últimos contactos.
Para já aqui fica uma proposta de horário da actividade:
09.00 - Encontro em casa do Fernando Martins (professores doutores de Coimbra)
10.00 - Partida para a Mina. Estacionamento no LIDL da Guimarota.
10.15 - Início da actividade.
13.00 - Almoço em Restaurante (a debater o local...)
15.00 - Actividade a escolher.
domingo, setembro 23, 2007
Encontro Geopedrados (Covilhã - 5/7 de Outubro)
Da Téu recebemos o seguinte e-mail:
"De 5 a 7 Outubro de 2007, Encontro de Geopedrados na Covilhã (lamento mas não deu para ir para o Redondo).
Neste momento marquei eu e o João Paulo no Hotel Tryp D. Maria (o Carlos foi contactado mas não pode ir pois vai para a Espanha).
Se quiserem e possam ir, a marcação do quarto pode ser feita pela net por exemplo na booking.com ou telefone 275 310 000. Eu marquei pela Solmelia e o preço de duas noites (5 e 6 de Outubro) com pequeno almoço = 90€ (+ preço de uma cama extra, que não sei quanto será.)
Se quiserem saber mais, podem contactar comigo!
Beijos
Téu"
PS - Alguns de nós ficaram de comunicar com outros (eu vou amanhã telefonar ao Alberto Jorge). Vou ainda mandar à Téu um ficheiro actualizado com contactos. Eu ainda não sei se podemos ir (a Lai anda atrapalhada com as planificações do novo ano...) e, por conversa anterior, penso que a Elsa e o Ricardo não poderão ir...
O Amianto nas Escolas e o ME
Não existem “situações de risco”, garante Maria de Lurdes Rodrigues
Ministra da Educação diz que falar de amianto nas escolas é “alarmismo desajustado”
21.09.2007 - 20h51 Lusa, PUBLICO.PT
Maria de Lurdes Rodrigues disse em Torres Vedras não compreender “como é que o assunto vem para a actualidade”, uma vez que a existência de placas de amianto nas escolas “é um assunto acompanhado pelo ministério há muito tempo”.
“O que temos vindo a fazer é, sempre que há uma intervenção de fundo nas escolas, o amianto é removido e substituído por outros materiais”.
Na terça-feira, um estudo da Deco reacendeu a polémica sobre esta assunto. Mas a ministra diz que continua à espera que a Deco lhe faça chegar o estudo, de modo a “avaliar [a sua] qualidade”, reiterando que o relatório “não é credível”.
Hoje no debate mensal na Assembleia da República, a deputada Luísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes”, questionou o primeiro-ministro José Sócrates sobre esta questão e o que pretende fazer para resolver o problema da falta de qualidade dos edifícios públicos, incluindo as escolas.
in Público - ler notícia -ler comentários
sábado, setembro 22, 2007
Eclipses em 2008
Depois de, em 2007, termos tido 4 Eclipses (dois, totais, da Lua e dois, parciais do Sol), com apenas um da Lua (de 03.03.207) visível em Portugal, este ano que se aproxima terá também 4 Eclipses, dois do Sol (um Total e um Anular) e dois Lunares (um Total e um Parcial), mas com os dois lunares visíveis em Portugal, a saber:
1. Eclipse Anular do Sol (8 de Fevereiro de 2008)
Não será visível em Portugal (apenas se verá em parte dos territórios da Austrália e Antárctida e na totalidade do território das nossas antípodas - a Nova Zelândia).
2. Eclipse Total da Lua (21 de Fevereiro de 2008)
A Lua Nova de Fevereiro (14 dias depois de uma Lua Cheia com Eclipse) trazer-nos-á um Eclipse, totalmente visível no nosso território, bastante longo e interessante.
3. Eclipse Total do Sol (1 de Agosto de 2008)
Aproximadamente meio ano após os últimos eclipses, surge uma nova estação de eclipses, começando na primeira Lua Nova de Agosto com um eclipse não visível em Portugal. Observável na Europa (excepto na Península Ibérica e sul de Itália), em parte da Gronelândia, do Canadá e da Ásia (Rússia e China, entre outras), será um acontecimento de Verão muito falado e levará muitas pessoas a viajarem até aos locais onde é total.
4. Eclipse Parcial da Lua (16 de Agosto de 2008)
O último do ano será parcialmente visível no nosso país (só a parte inicial, pouco interessante, não se verá) e tapará a quase totalidade da Lua. Ocorre, como sabemos, na Lua Cheia, quando a Lua passa pela projecção da sombra da Terra (estando Sol, Terra e Lua quase perfeitamente alinhados).
Ministério da Educação...?
A Arrogância Como Modo de Vida
Posted by Paulo Guinote under Coisas Muuuito Estúpidas, No Comments
Perante as acusações da DECO relativamente à falta de conforto da maior parte das escolas que analisaram - uma evidência que muitos de nós conhecemos - o ME poderia fingir que não era nada consigo, porque as escolas foram feitas há muito tempo e nem sempre nas melhores condições (não era uma boa reacção, mas enfim…) ou poderia prometer estudar o que se passa e tomar as medidas que se viessem a concluir ser necessárias (a resposta expectável num país normal, mesmo naqueles onde depois as promessas são esquecidas).
Agora sair-se com um comunicado destes, acusando a DECO de «pretensos estudos» e amesquinhando as suas conclusões sem demonstrar qualquer tipo de dados contraditórios é algo perfeitamente inaceitável e só compreensível num tempo político de arrogância, polvilhado de pequenos figurantes que se sentem imunes a qualquer forma de escrutínio público.
Assim como é lamentável que a Ministra, acerca do amianto, declare de forma impávida que só é removido quando se fazem intervenções «de fundo» nas escolas. Ora sabendo nós que essas intervenções são muito raras, percebe-se que o amianto vai ficar por variadíssimas escolas muitos e bons anos.
Imagem de Antero - Blog Anterozóide
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Burocracia, Carreira, Centralismos, Choques, Educação
Ora cá temos as grelhas de avaliação dos docentes propostas pela tutela, que isto da autonomia das escolas e da diferenciação das estratégias de avaliação conforme os contextos são coisas muito divertidas para se proclamarem, mas não para colocar em prática. Portanto, vamos lá em defesa da diferenciação, uniformizar isto tudo e em nome da autonomia, explicar por onde é que ela passa (mais exactamente por 1 parâmetro em cada categoria).
Outra coisa interessante é que, afinal, o modelo dos relatórios críticos de desempenho que não permitiam uma verdadeira avaliação do mérito dos docentes é retomado na generalidade dos parâmetros.
Mas o que mais me deixa curioso é saber como, vamos imaginar num Departamento Curricular com 15 ou 20 docentes e 1 ou 2 professores titulares, será possível fazer estas avaliações (ver aqui ficha para os 2º e 3º CEB e ES, e aqui para o 1º CEB, graças à indicação da Maria Lisboa), muito em especial quanto a alguns itens do grupo B e a quase todos do C.
Eu nem vou discutir a relevância ou oportunidade de alguns dos critérios, neste momento só me “divirto” ao pensar no aparato burocrático que isto vai significar para o funcionamento das escolas e principalmente para os responsáveis pela avaliação dos restantes docentes - algo que neste momento até me conforta pelo facto da DRELVT me ter bloqueado o acesso a titular - que ficarão submersos num trabalho quase inconsequente para a qualidade de ensino nas escolas.
E já agora, especialmente para esse(a)s colegas, atentem no grupo E dos parâmetros e vejam lá se não se assustam com o que está implícito em termos de consequências práticas, do tipo teoria dos efeitos perversos.
A Avaliação Centrada Em?
O que me deixa algo confuso é que os mesmos protagonistas que defendem esse modelo de avaliação dos alunos, depois não o transpõem minimamente para o modelo de avaliação que propõem para os docentes.
Como as discussões em tono do ECD faziam prever, os docentes passarão a ser avaliados não pela forma como desenvolvem a sua actividade, mas sim pelos resultados obtidos por outrem. Se é para levar isto a sério, obviamente.
Claro que se for para nós levarmos isto da forma como o Ministério pretende, e se o artigo 9º do diploma em discussão actualmente se mantiver como está, o que se passa é um convite encapotado da tutela aos docentes para inflacionarem a avaliação dos seus alunos como forma de defenderem a sua própria avaliação e progressão na carreira.
(clicar para ampliar)
Pior: todo o discurso da avaliação como ferramenta formativa destinada a aperfeiçoar o desempenho do avaliado é para esquecer porque o que se pretende é que os docentes consigam elevar as estatísticas do sucesso escolar e reduzir as do abandono, caso contrário os penalizados são eles próprios.
Se é verdade que não recuso liminarmente que a avaliação de um professor também pode passar pelo desempenho/resultados dos seus alunos, não acho que esse modelo possa ser sério sem que entrem em consideração factores de ponderação óbvios como o perfil da população escolar envolvida na avaliação, tanto em termos de escola como de turma.
Porque de outro modo corremos o risco de a avaliação dos alunos ser atraiçoada pelos mecanismos de avaliação dos seus professores.
E esta não é uma consequência que se possa assacar, em boa consciência, apenas a questões de ética ou honestidade dos docentes. Porque o que está em jogo é uma chantagem da tutela sobre os docentes: ou elevam o sucesso escolar ou são vocês que pagam por isso.
O equivalente a este tipo de atitude na avaliação dos alunos seria uma espécie de regresso ao velho método das palmatoadas que as minhas professoras primárias reservavam a quem se portava mal ou que desse muitos erros nos ditados: ou acertas e fazes o que eu quero ou levas. Sendo que antigamente ainda estava em nós a possibilidade de melhorarmos o nosso desempenho.
No caso desta avaliação dos docentes, são eles que devem conseguir a melhoria do desempenho de outrem. Se derem excelentes aulas, mas os alunos não aderirem por uma qualquer razão (por vezes nem razão existe que não o mero desafio ou uma manifestação de força), isso não interessa nada. Porque será sempre o professor o principal culpabilizado.
Isto não é um modelo sério de avaliação porque é uma forma de chantagem que convida abertamente ao falseamento da avaliação dos alunos. Depois basta uns exames como o de Língua Portuguesa do 9º ano feito no passado ano lectivo e já podemos apresentar níveis de sucesso à europeia.
Não interessa se existem aprendizagens efectivas ou consolidada: desde que existam resultados e números palpáveis para mandar para a OCDE e para o Eurostat todos ficamos felizes: os alunos passam, os professores não são avaliados negativamente e o Estado português terá resultados para apresentar e para proclamar a justeza das suas reformas.
Claro que contra isso os docentes vão acabar, mais ou tarde ou mais cedo, por exercer globalmente o seu direito à resistência cívica, como pessoas e profissionais conscientes que são. Mas isso poderá vir a ter custos graves. Muito graves.
Porque há gente que não suporta o contraditório. E muito menos que lhes “desobedeçam”.
Mas também há quem não goste que lhe digam que o carreiro é estreito e só aquele, quando se sabe que no fim está o abismo.
in Blog A Educação do meu Umbigo - aqui
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Carreira, Educação, Hipocrisias, Legislação, Números, Truques
Mordaças, ruído e poeira nos olhos!
Eis o Editorial do DN de 11 de Setembro:
http://i30.photobucket.com/albums/c347/PauloG/Editorial.jpg
É verdade que a educação é um ninho de interesses, pois só assim se explica que constitua a base de sustentação e a bandeira hasteada do orgulho de um governo que, até agora, só fez o inverso de tudo o que prometeu e nada tem a apresentar de que se/nos orgulhe.
No que toca ao alegado aumento dos alunos e à diminuição dos custos em vencimentos de professores, recordemos as palavras recentes da ministra da educação relativas às consequências do crescente abandono escolar, sendo a primeira delas a diminuição do número de turmas do terceiro ciclo e do secundário e, por isso mesmo, o aumento de professores desempregados. A incongruência é gritante, a lição não foi estudada em conjunto pelas duas figuras mais (im)populares do governo! Afinal há menos professores porque há menos alunos, caramba! Apesar dos portugueses serem fracos a matemática, há contas que são evidentes. E será que este facto é motivo de gáudio para o primeiro-ministro? Será que o desemprego é mais uma estratégia brilhante de combate à crise? Se assim for temos, no mínimo, que entrar em pânico! Aliás, só o facto de termos inúmeros alunos com 15, 16, 17 e até 18 anos no 7º ano de escolaridade é por demais grave para que alguém se regozije com o estado da educação em Portugal. Saber que as escolas recorrem à publicidade para atrair os alunos em debandada e evitar que os docentes do quadro fiquem sem emprego é tristemente irónico. Constatar que as turmas do ensino secundário diminuem periodicamente de norte a sul do país e que os jovens não encontram saídas profissionais é dramático. Verificar que os alunos na escolaridade obrigatória que se encontram em situação de segunda repetência passam de ano independentemente do número de negativas é suicida. Saber que os alunos com necessidades educativas especiais frequentam as aulas sem o acompanhamento de técnicos e sem quaisquer estratégias de orientação é vergonhoso. Toda esta caça às bruxas no seio da classe docente, que se vê crucificada por quem a devia apoiar, é apenas e tão simplesmente uma grande falácia! Será que o povo cegou?!
Quanto ao alegado silêncio, os professores não deixaram de protestar, os professores cansaram-se de dar murros em pontas de faca. Os professores têm tantos alunos com que se preocupar por falta de pré-requisitos, de dificuldades de aprendizagem ou por negligência familiar, tantos casos de insucesso flagrante que não é combatido pois as ordens superiores são de aprovar os alunos a qualquer preço, tantas carências para suprir por falta de colocação dos que deviam ocupar os cargos (funcionários, professores do ensino especial, psicólogos, terapeutas, assistentes sociais...), tanta falta de condições de trabalho e tanta burrocracia a que dar vazão, que pura e simplesmente deixaram de perder tempo a tentar dialogar com autistas. Os professores têm carreiras e ordenados congelados num país em que só o IVA é de 21%, em que os impostos são tantos e tão diversificados que comprar e manter casa ou carro comportam despesas adicionais inimagináveis, em que quaisquer bens são mais caros do que em qualquer país desenvolvido (o gás em Espanha é 37% mais barato, a gasolina custa menos 20%, os carros custam entre 22,2% a 44,6% menos em qualquer país da zona euro e por aí fora, é só obter informação). Os professores estão fartos de ser maquiavelicamente usados e de constatar que, perante este cenário grotesco, a resposta dos cidadãos é deixar-se (***) a sangue frio com placidez bovina e uma submissão equiparável à dos judeus do Antigo Testamento. Para qualquer português, independentemente até da profissão, não desmoralizar perante um cenário quotidiano deste calibre é tarefa hercúlea! Tanto sacrifício em prol de um buraco orçamental que é um sorvedouro sem fundo e sem fim do nosso suor e do nosso dinheiro? Há muito que deixei de acreditar no Pai Natal e no Homem do Saco!
Quanto às aulas de substituição, ocorre-me apenas usar uma anedota que circula na Net:
A senhora ministra vai ao cardiologista, consequência do stress inerente ao excesso de vaias recebidas e retribuídas, e o médico pede-lhe que se deite e abra as pernas. A perplexa senhora, ruborizada, exclama "Sr. Dr., eu queixo-me do coração!", ao que o médico retorque "Mas minha senhora, eu sou o ginecologista de substituição!"
Quanto aos alunos do 1º ciclo, é bom que tenham inglês, já que ninguém permite que se lhes ensine o português. Nem a eles nem aos seus colegas, pois basta ver o enunciado dos exames nacionais de 9º ano para perceber que tipo de comédia se instalou. Também é bom que saiam às 17:30, visto que mais uns anitos e entrarão às 08:00 e sairão às 18:30, terão entre 12 a 14 disciplinas e aulas de 90 minutos.
Os manuais são mais baratos? Bom, segundo os noticiários são precisos 200 euros por aluno, o que em famílias com vários filhos ou monoparentais e vencimentos de 500 euros se pode considerar de facto uma genuína pechincha! E quanto aos livros de português, não esquecer que a TLEBS (terminologia linguística para os ensinos básico e secundário) se encontra congelada. Qual o objectivo ninguém sabe, pois este item encontra-se há longo tempo "Em actualização" no site do ministério. Mas o facto é que os manuais de vários níveis de ensino adquiridos no ano passado têm essa terminologia e que as escolas não têm indicações de como proceder em termos da leccionação da disciplina. Será que o silêncio é mais uma medida eleitoralista para mandar achas para a fogueira e churrascar os professores, ou será que a santa inquisição educacional não quer dizer aos paizinhos que os manuais vão para o lixo e que a TLEBS foi um devaneio surrealista que visava complexificar uma gramática que já praticamente ninguém assimila na versão original, quanto mais revista e piorada? Os alunos do que em tempos normais se podia chamar de primeiro ano do liceu dão em média entre 8 a 20 erros ortográficos por página, aos quais se acrescentam os de sintaxe e de semântica. E também podemos falar da matemática, do inglês, da físco-química ou até da área de projecto. E estes alunos passam de ano? Não, eles reprovam nos conselhos de turma, mas os encarregados de educação interpõem recurso e, se eles forem repetentes, transitam por ordem superior.
Contudo, quem tem a hombridade de assumir todas as realidades acima enunciadas perde o emprego, perde a dignidade tão duramente conquistada no dia-a-dia (a insubordinação e a violência nas escolas existem!), perde a pouca autoridade que a sua profissão lhe trazia, pois hoje até os pais participam nas reuniões intercalares de conselho de turma e emanam os seus pareceres (para quando os cidadãos a participar na governação do seu país com aqueles que democraticamente ajudaram a eleger?!). Pelos vistos os únicos pareceres que não se podem já emitir em Portugal são os que vão contra a prepotência governamental, mesmo que verdadeiros e cristalinos como água. Se calhar o 25 de Abril não passou de um mito! E se calhar é por isso que ainda hoje, 33 depois, se lêem editoriais como este em jornais de referência. Ou então porque, no fundo, há sempre daqueles que querem trepar não importa a que expensas. Já eu preferia ver o meu país evoluir, ao invés de se afundar metodicamente em areias tão movediças.
O que me dói, acima de tudo, é que os senhores que (des)governam falam dos professores de modo a que se creia que estes não se limitam a cumprir as directrizes que eles próprios emanam...
(E. Munch, O Grito)
in Blog BICHO BRAVO - aqui
sexta-feira, setembro 21, 2007
NEALC - Núcleo de Espeleologia de Alcobaça
Cara comunidade espeleológica nacional:
O NEALC (Núcleo de Espeleologia de Alcobaça) quer anunciar aqui as suas descobertas, desde o Verão de 2005. Um pouco tardias, mas pelo único motivo, a sua constituição.
Os membros do NEALC desde o Verão de 2005 têm vindo a descobrir, no concelho de Alcobaça, mais propriamente na Ribeira Vale do Mogo, em Chiqueda, onde nasce o Rio Alcôa, bastantes estruturas Espeleológicas.
Desde essa data para cá muitos fenómenos Espeleológicos foram descobertos, alguns com elevada importância, como o caso da nascente Suão Velho e Nascente da Fontinha, entre outros, algares e sumidores, alguns com evidente ligação ao sistema do Alcôa, outros ainda por saber.
A primeira a ser descoberta (Suão Velho) este mês, será finalmente prospectada com mergulhos subterrâneos, do qual esperamos ter bons resultados, a segunda (Fontinha) terá de ser desobstruída para possível bombagem, uma vez que suspeitamos ser independente do sistema do Alcôa, pois está mais elevada e "rebenta" primeiro no Inverno. Apenas poderá ser um fenómeno como o da Fórnea, mas teremos de ter certezas.
Peço aos interessados que façam uma visita ao Blog do NEALC
http://espeleonealc.blogspot.com/
Saudações Espeleológicas,
Orlando António
NEALC
Vulcão dos Capelinhos - VI
Faltam 6 dias...
Actividades previstas para o dia 27 de Setembro de 2007, Quinta-feira
Assinala-se o início da erupção do Vulcão dos Capelinhos
09h00 – Lançamento de foguetes nas diferentes localidades da ilha do Faial
Local: Todas as freguesias da ilha do Faial
11h00 – Apresentação do Projecto “Arte numa Paisagem de Lava – Uma Erupção de Cultura”
Local: Vulcão dos Capelinhos
12h00 – Jornal da Tarde do Canal 1 transmitido do Vulcão dos Capelinhos
14h00 – Regata de Vela de Cruzeiros
Local: Horta – Vulcão dos Capelinhos
17h00 – “Portugal Directo” Programa do Canal 1
19h00 – Telejornal do Canal 1 transmitido do Vulcão dos Capelinhos
20h00 – Telejornal da RTP-Açores transmitido do Vulcão dos Capelinhos
21h00 – Sessão Solene de abertura das comemorações do 50.º aniversário do Vulcão dos Capelinhos presidida por Sua Excelência o Presidente do Governo Regional dos Açores
- Lançamentos da Medalha Comemorativa e do Livro de Prestígio
- Apresentação da colecção de selos “Vulcão dos Capelinhos” – edição dos Correios de Portugal
NOTA: hora dos Açores (na Madeira e Portugal continental acrescentar uma hora).
ADENDA:Sugere-se ainda a visualização, no site comemorativo, do filme sobre o Vulcão dos Capelinhos - AQUI.
Encontro - Professores de Geociências (Alentejo e Algarve)
Aos colegas que se interessam pelos assuntos da Faixa Piritosa, informo que vai decorrer, nos próximos dias 12 e 13 de Outubro, em Mértola, o II Encontro de Professores de Geociências do Alentejo e Algarve, organizado pela Associação para a Defesa e Divulgação do Património Geológico do Alentejo e Algarve, com apoio do Agrupamento de Escolas de Mértola e da Câmara Municipal de Mértola. O tema do Encontro é "Geologia, Mineralizações e Biodiversidade na Faixa Piritosa".
O programa inclui seis conferências sobre os temas: palinostratigrafia, vulcanismo físico submarino, recursos minerais, património geológico, geologia e biodiversidade do parque Natural do Vale do Guadiana e mineralizações e sua importância no povoamento do SW Peninsular. Haverá ainda duas excursões nas geotransversais Mértola - Mina de São Domingos - Pomarão e Mértola - Corte Gafo - Pulo do Lobo.
Para mais informações contactar: mvbsebastiao@gmail.com ou associacaodpga@gmail.com.
J. Tomás Oliveira
Acolhimento aos Caloiros de Geologia em Lisboa
Departamento de Geologia
Início do ano lectivo 2007-08
Sessão de boas-vindas para os(as) novos(as) discentes do GeoFCUL, pelo Presidente do GeoFCUL, Comissão Pedagógica e Mentores, no dia 24 de Setembro, pelas 11.00 horas, na Cidade Universitária, (Campo Grande, Lisboa), mais exactamente na Biblioteca do GeoFCUL, edifício C6, sala 6.4.42, junto à Secretaria.
Sessão aberta a todos os docentes, discentes e funcionários do GeoFCUL e demais interessados...
Cartaz disponível em:
http://correio.fc.ul.pt/~cmsilva/Geofcul/Acolh708.JPG
Mais informações e detalhes das actividades em:
http://correio.fc.ul.pt/~cmsilva/Geofcul/Acolh708.pdf
ADENDA: No meu tempo, em Coimbra, não precisávamos dos professores para escolarizar os caloiros - tristes tempos estes... (E não se ofendam porque isto é só geo-humor académico).
quinta-feira, setembro 20, 2007
Ciência na Rua - Centro Ciência Viva de Estremoz
Esse dia é já no último fim-de-semana de Setembro.
150 representantes, 7 representações pela cidade… uma loucura.
Curiosos?!?!
29 Setembro, pelas 18.00 horas, junto ao modelo de Mercúrio, em Estremoz.
Algumas das grandes descobertas científicas fazem parte do nosso imaginário. Do eureka de Arquimedes, ao pêndulo de Foucault e aos cavalos na praça de Magdeburg, tentando separar à força dois hemisférios apenas unidos pelo vácuo, muitas são as situações em que a imagem da descoberta científica se sobrepõe à própria experiência.
O Centro Ciência Viva de Estremoz, em colaboração com a Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Estremoz, propõem o reviver de alguns destes acontecimentos ao mesmo tempo que se dá ao participante a oportunidade de, pela experimentação, perceber o significado dessas descobertas científicas.
Ciência na Rua é um projecto de divulgação científica que, cruzando a Ciência com a Arte, dá vida a alguns dos momentos mais significativos da longa evolução científica e tecnológica que tem marcado o percurso do Homem na Terra.
Durante 2 noites, o centro histórico da cidade fecha-se ao trânsito para se abrir à Ciência. Em 7 locais a dança, o teatro, o circo ou a música, juntam-se para festejar a Ciência. Mais de 150 artistas em simultâneo, a que se juntam 30 cientistas e dezenas de experiências permitem ao participante uma clara percepção de alguns dos momentos cruciais sobre os quais se alicerça a nossa Sociedade.
Para 2007 as recriações científicas escolhidas são:
- O Julgamento de Galileu
- Hemisférios de Magdebourg
- O Pêndulo de Foucault
- Eureka de Arquimedes
- As Esferas de Buffon
- A Estrutura do ADN
- A Queda dos Corpos
Material de apoio para download:
Apareçam…
quarta-feira, setembro 19, 2007
Notícia Público sobre Escolas portuguesas - II
Deco desafia ministério a divulgar estudos sobre conforto térmico nas escolas
19.09.2007 - 15h38 Lusa
A Deco desafiou hoje o Ministério da Educação a tornar público estudos que comprovem o bom conforto térmico e a qualidade do ar nas escolas portuguesas.
Este apelo da associação de defesa do consumidor surge na sequência de um comunicado do Ministério da Educação que considerou tecnicamente errados estudos divulgados ontem pela associação de defesa do consumidor Deco sobre a temperatura e qualidade do ar nas salas de aula.
"Uma vez que o Ministério da Educação contesta o nosso estudo apelamos a que tornem público os estudos efectuados sobre o bom conforto térmico e a qualidade do ar das escolas portuguesas", disse hoje à Lusa Rita Rodrigues, da Deco.
A associação lançou ainda uma pergunta ao ministério: "Se em 20 escolas detectámos tantos problemas, como estarão as restantes?"
Para a Deco, as amostras dos estudos realizados ao longo dos anos têm demonstrado que ilustram a realidade nacional.
"Acreditamos que neste caso também não estamos longe da realidade", acrescentou a mesma fonte.
O Ministério da Educação acusou a Deco de falta de rigor na "produção destes pretensos estudos", que considerou servirem para efeitos de "autopromoção mediática".
Em contra-argumentação, os responsáveis da associação sublinham que trabalharam com laboratórios independentes e que para cada uma das escolas foi elaborado um relatório técnico.
"Usámos parâmetros definidos e estabelecidos por lei", acrescentou Rita Rodrigues.
Quanto à amostra (20 escolas analisadas), a Deco realça que enviou 500 questionários a escolas e que só 84 foram respondidos, tendo sido seleccionados 20 desses estabelecimentos.
Queda de meteorito
Uma cratera com 30 metros de diâmetro e seis de profundidade. Foi este o resultado da queda de um meteorito no sudeste do Peru, que deixou em alerta toda a população apanhada desprevenida pela força do impacto.
De acordo com a notícia avançada pelo site TecnoCientista, a queda deu-se na noite de sábado, provocando um pequeno tremor de terra na localidade de Caranca. De acordo com fontes da polícia local, os habitantes da região ouviram um grande barulho do que parecia ser a queda de um avião. As testemunhas viram um objecto em chamas no céu, que acabou por embater num descampado. A explosão causada pelo choque do meteorito não feriu nenhum dos habitantes, embora alguns animais tenham morrido carbonizados.
Náuseas, vómitos e fortes dores de cabeça levaram alguns locais ao hospital após o incidente. No entanto, a Academia Nacional de Ciências já garantiu que a queda do meteorito não traz qualquer perigo para a saúde dos habitantes: "Nenhum dos vários meteoritos que caem no Peru e fazem perfurações de tamanhos variados são prejudiciais para a população a não ser que caiam em cima de uma casa".
Via Blog Ciências Correia Mateus - Ana Rola
Colóquio "Por Terras da Figueira"
Aqui fica, em documento pdf, a 1ª circular, que inclui a ficha de inscrição:
Kiwanis Figueira 2008
Descoberta espeleológica na Serra da Arrábida
Cara comunidade espeleológica nacional,
Tenho o prazer de comunicar que foi encontrada pelo LPN-CEAE uma nova gruta, que constitui a maior descoberta espeleológica da Serra da Arrábida, desde a descoberta da Gruta do Frade.
Após quatro dias de exploração, a cavidade, ainda sem nome, já é, muito provavelmente, a terceira maior da Arrábida. Até agora, a exploração desenrolou-se sem recurso a desobstruções dignas desse nome, pelo que o potencial de crescimento é grande dadas as múltiplas opções de exploração ainda disponíveis. A sua proximidade com a gruta da Garganta do Cabo Espichel faz antever a possibilidade de ligação das duas cavidades.
A gruta desenvolve-se numa área deste carso característica pela forte inclinação dos estratos e pela influência do mar, o que lhe confere uma estrutura invulgar. Não obstante a escassez de formas de reconstrução, já foram observados alguns espeleotemas de interesse. Mais relevantes são os testemunhos de erosão do carso, sendo importante um estudo posterior da gruta, sua génese e evolução. Apesar da entrada estar localizada mais de 30 metros acima do nível do mar, este já foi atingido, conhecendo-se até agora dois sifões. Uma segunda entrada para o sistema já foi localizada, mas carece de desobstrução.
Esta semana terão lugar novas jornadas de exploração, pelo que na próxima semana haverá uma actualização do estado da exploração.
Elementos que participaram na descoberta e/ou sessões de exploração:
- Rui Francisco (Lóia),
- Pedro Pinto,
- Marília Moura,
- José Saleiro,
- Sofia Abrantes,
- Filipe Neves,
- Daniel Araújo,
- Tiago Borralho,
- Mário Oliveira,
- João da Luz (Cartola),
- Ricardo Mendes.
Notícias do Público sobre as Escolas portuguesas
Associação revelou estudos sobre a temperatura e qualidade do ar nas salas de aula
Ministério da Educação acusa Deco de usar escolas para se autopromover
18.09.2007 - 22h39
O Ministério da Educação acusou hoje a associação de defesa dos consumidores Deco de usar as escolas públicas para se autopromover, considerando tecnicamente errados os estudos hoje divulgados pela Deco sobre a temperatura e a qualidade do ar nas salas de aula.
Dois estudos que a Deco realizou em Fevereiro em 40 salas de 20 escolas de todo o país, e cujos resultados foram hoje divulgados, revelaram que quatro em cada cinco têm temperaturas baixas e excesso de humidade no ar. Os estudos concluem que muitas escolas portuguesas são frias, húmidas e com ar interior de má qualidade, os edifícios estão degradados e não têm ventilação adequada.
Em reacção, o Ministério da Educação acusa a Deco de estar a recorrer às escolas públicas "para efeitos de autopromoção mediática baseada em relatórios tecnicamente errados". Segundo a tutela, esta é a segunda vez - a primeira foi em Outubro de 2006, quando a Deco publicou um estudo sobre violência nas escolas - que a associação divulga "resultados de pretensos estudos sobre escolas que dão uma imagem negativa do sistema e ensino públicos". "As insuficiências, deficiências e falta de rigor desta instituição na produção destes pretensos estudos levam o ME a não lhe reconhecer qualquer capacidade técnica para o efeito", lê-se numa nota de imprensa.
O Ministério da Educação assegura ainda que, ao contrário do que é dito pela Deco, a tutela não recebeu "qualquer comunicação dos resultados" das duas avaliações.
Os dois estudos da Deco, publicados nas revistas “Pro Teste” e “Teste Saúde”, revelam ainda que 80 por cento das amostras analisadas denunciam renovação insuficiente do ar e dois terços das salas acusaram valores de humidade superiores ao aconselhável, um problema que pode favorecer o desenvolvimento de fungos e bactérias.
Do total de escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, ao passo que as restantes apresentavam níveis de contaminantes acima dos valores legais de referência.
A associação portuguesa para a defesa dos consumidores detectou ainda problemas de construção e conservação dos edifícios, o mais grave dos quais foi a presença de placas de fibrocimento com amianto, material que devia ter sido substituído, na sequência de uma recomendação nesse sentido feita pela Assembleia da República em 2003.
Os resultados estudo provam que o aquecimento eficiente e a qualidade do ar das escolas "exigem atenção urgente do Governo", afirma a associação de defesa dos consumidores.
Deco: alunos passam frio e têm má qualidade de ar dentro das salas de aula
18.09.2007 - 17h11 Lusa
Muitos alunos portugueses passam frio e são sujeitos a uma má qualidade de ar dentro das salas de aula, revela um estudo da associação portuguesa para a defesa dos consumidores Deco, segundo o qual quatro em cada cinco escolas têm temperaturas baixas e excesso de humidade no ar.
Estas são as principais conclusões de dois estudos realizados com base em 40 salas de 20 escolas de todo o país, realizados em Fevereiro, e agora publicados nas revistas “Pro Teste” e “Teste Saúde”.
De acordo com a Deco, muitas escolas portuguesas são frias, húmidas e com ar interior de má qualidade, os edifícios estão degradados e não têm ventilação adequada. "Em 16 das 20 escolas estudadas, há excesso de humidade no ar e temperaturas baixas", tendo numa das salas de aula chegado a registar-se 13ºC.
Escolas como a de Vila Cova (Braga) não têm aquecimento, apesar de as temperaturas médias, no Inverno, descerem a cerca de 10ºC, denuncia a associação, acrescentando contudo que mesmo com sistemas de aquecimento, estes muitas vezes não garantem conforto térmico.
Na origem dos maus resultados relativamente ao aquecimento poderão estar defeitos de construção, adianta a associação.
Quarteira e Portimão foram as cidades que obtiveram melhores referências, devido ao clima ameno da região, enquanto que a escola do Gavião, em Portalegre, tem bom conforto térmico, pelo uso intensivo do aquecimento. No entanto, esta escola consta entre as piores no que respeita à qualidade do ar, por falta de ventilação, um problema que está na origem do excesso de humidade no ar.
A este propósito, a Deco salienta que 80 por cento das amostras analisadas denunciam renovação insuficiente do ar e dois terços das salas acusaram valores de humidade superiores ao aconselhável, um problema que pode favorecer o desenvolvimento de fungos e bactérias.
Do total de escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, ao passo que as restantes apresentavam níveis de contaminantes acima dos valores legais de referência. Entre aqueles contam-se partículas respiráveis, dióxido de carbono, bactérias e fungos, podendo pôr em risco a saúde dos alunos no que respeita, por exemplo, ao aumento do risco de problemas alérgicos e respiratórios e à diminuição da concentração, alerta a Deco.
A associação portuguesa para a defesa dos consumidores detectou ainda problemas de construção e conservação dos edifícios, o mais grave dos quais foi a presença de placas de fibrocimento com amianto em sete escolas: D. Francisca de Aragão (Quarteira), Diogo Bernardes (Ponte da Barca), Elias Garcia (Sobreda), D. João II (Caldas da Rainha), EB de Lousada, Roque Gameiro (Amadora) e Rainha D. Leonor de Lencastre (Cacém). "Tudo isto, depois de a Assembleia da República ter recomendado, em 2003, o inventário dos edifícios públicos com amianto e a substituição deste material, que pode libertar fibras cancerígenas", critica a associação.
Os resultados deste estudo provam que o aquecimento eficiente e a qualidade do ar das escolas "exigem atenção urgente do Governo", afirma a Deco, considerando que "é necessário adequar os projectos arquitectónicos ao clima", prever sistemas de ventilação adequados, inventariar os edifícios com amianto e definir regras para substituí-lo com urgência.
A Deco recomenda ainda às escolas que verifiquem a iluminação das salas e arejem-nas com mais frequência, para garantir o conforto visual e a renovação do ar. Os resultados deste estudo foi já remetido pela associação aos ministérios da Educação, Obras Públicas e Saúde, para que sejam tomadas as medidas necessárias.
terça-feira, setembro 18, 2007
Geociências e acesso ao Ensino Superior 2007 - II
1. Há hoje, em Portugal, apenas três (3) cursos de Licenciatura em Geologia (nas Universidades de Lisboa, Coimbra e Porto). Tiveram, pela mesma ordem, direito a 100, 30 e 20 vagas em 2007. Destas, ao contrário do ano passado, não sobrou nenhuma vaga. A média de acesso ficou-se pelos 12,85 (UP), 11,9 (UC) e 11,0 (UL). As coisas neste aspecto correram muito melhor que no ano passado - não sobraram vagas, as médias, globalmente, subiram e o número de vagas e de caloiros, globalmente, também aumentaram.
2. Nas áreas próximas (Engenharia Geológica, de Minas e afins) havia oito (8) cursos, portanto menos um do que no ano passado, com 137 vagas (menos de que o ano passado, que teve 178 vagas). Entraram 99 (o ano passado foram 42 candidatos a entrar na 1ª fase) e estão disponíveis para 2ª fase 39 vagas, tendo surgido, nesta fase e por causa de desempates, mais uma vaga extra... A média variou entre 13,2 (Eng.ª de Minas e Geoambiente na Universidade do Porto) e 10,9 do curso de Meteorologia, Oceanografia e Geofísica na Universidade de Aveiro. De salientar, contudo, que o desaparecimento da Engenharia de Minas e Geológica na Universidade de Coimbra não aconteceu, pois, como explicou o Professor Doutor Gama Pereira (que é também um dos bloggers deste local...) este curso passou a estar incluído na licenciatura com mestrado integrado (de Bolonha) de Engenharia Civil, podendo os seus estudantes fazer, depois de terem o Minor, a respectiva especialização (em Engenharia de Minas ou Engenharia Geológica) no decorrer do Mestrado. Em face disto alterámos o quadro final, incluindo então a licenciatura com Mestrado integrado de Engenharia Civil da FCTUC e alterámos o quadro Excel final.
3. Na área das Licenciaturas em Ensino de Biologia e Geologia (que, para biólogos e geólogos, não são carne nem são peixe...) havia o ano passado quatro (4) cursos (Aveiro, Minho, Porto e UTAD) com 100 vagas. Este ano o curso do Porto desapareceu, havendo nos restantes 80 vagas para os 3 cursos. Entraram 73, ficando a sobrar, para a 2ª fase, 7 vagas. A média variou entre 13,6 (UM) e 11,19 (UTAD). Salientou ainda o Doutor Carlos Galhano, em comentário ao post original (depois de salientar que a Nova de Lisboa teve o maior número de caloiros a entrar em Eng.ª Geológica) que: "Mais Professores para o ensino da Biologia Geologia, ainda não repararam na quantidade que não arranja emprego. Será que continuamos a produzir desempregados para alimentar o capricho de algumas Universidades ou mesmo departamentos. Devo acrescentar que na Licenciatura de Eng.ª Geológica da Nova, não temos até ao momento Licenciados desempregados."
4. Foi excelente esta troca de opiniões que permitiu tirar ainda mais conclusões, sendo também de salientar a informação do Doutor Gama Pereira (que saudades...!) de que haverá, logo que o senhor Ministro Doutor Mariano Gago o permita, um Mestrado em Ensino de Biologia e Geologia na Universidade de Coimbra.
5. Já agora, quando passar a 2ª fase de acesso voltaremos a analisar estes mesmos dados... De salientar ainda que o Blog De Rerum Natura (que inclui alguns professores universitários da FCTUC de Coimbra) publicou um estudo similar ao nosso, mas na área de Química. É bom saber que as ideias boas se multiplicam e gostaríamos de ver estudos similares noutras áreas (se alguém tem conhecimento de outros, agradecemos que nos avisem...).
Finalmente, para acederem aos dois documentos MS Excel, com todos os dados da primeira fase do acesso ao Ensino Superior deste ano e estudo do caso particular das Geociências, já alterado, clicar nos seguintes links: