A Noite dos Cristais (alemão Reichskristallnacht ou simplesmente Kristallnacht) é o nome popularmente dado aos actos de violência que ocorreram na noite de 9 de novembro de 1938 em diversos locais da Alemanha e da Áustria, então sob o domínio nazi ou Terceiro Reich. Tratou-se de pogrons, de destruição de sinagogas, de lojas, de habitações e de agressões contra as pessoas identificadas como judias.
Para o regime foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes a deportação da França.
A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga os dirigentes do NSDAP e os SA a atacarem os judeus. Heydrich
organiza as violências que deviam visar as lojas de judeus e as
sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a
30.000 foram presos e levados para campos de concentração. 7500 lojas
judaicas e 1600 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a
fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma
população furiosa contra os judeus. Na verdade, as reações da população
foram pouco favoráveis, pois os alemães não apreciam que se ataque ou
tome a propriedade alheia. Os incêndios também chocaram uma parte da
população, mas não o facto de que os judeus tivessem sido atacados
fisicamente.
A alta autoridade nazi cobrou uma multa aos judeus de um bilião de marcos pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram as vítimas.
O nome Kristallnacht deriva dos cacos de vidro (vitrinas das lojas, vitrais das sinagogas, entre outros) resultantes deste episódio de violência racista.
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