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quarta-feira, abril 13, 2011

Curso de Identificação de Herpetofauna em Loulé

Curso de Identificação e Conservação da Herpetofauna de Portugal


Durante o fim-de-semana de 7 e 8 de Maio de 2011, a Almargem organiza, em Loulé, o Curso de Identificação e Conservação da Herpetofauna de Portugal, dinamizado por Marco Caetano, especialista na captura e identificação de répteis e anfíbios.

"Esta acção de formação será composta por uma parte teórica, introdutória às espécies de répteis e anfíbios existentes em Portugal e às problemáticas da sua conservação. De forma a ilustrar os conhecimentos teóricos este curso contempla uma forte componente prática no campo, incluindo uma saída nocturna", explicam os organizadores.

"A componente teórica irá ter lugar na biblioteca da sede da Almargem e a componente prática será dividida entre a zona da Nave do Barão e a Rocha de Pena".

Número de participantes: 10 a 20

Preço do curso:
  • Estudantes e sócios - 30 euros
  • Não sócios - 35 euros


Contactos

Telefone: 289 412 959

Telemóvel: 960 295 202


Link para Cartaz - AQUI

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Notícia sobre extinções holocénicas

Extinção de répteis pode ajudar a prever o que as alterações climáticas vão fazer ao planeta

Os animais serão forçados a atravessar áreas naturais cada vez mais fragmentadas

A vaga de extinções de répteis nas ilhas gregas nos últimos 15 mil anos pode ser uma previsão de como vão os animais e as plantas responder a um mundo mais quente, segundo um estudo da Universidade de Michigan a publicar na edição de Janeiro da revista “American Naturalist”.

Quando as temperaturas aumentaram no final da última Idade do Gelo, o nível médio dos oceanos subiu e formou as ilhas no mar Egeu, território anteriormente parte da Grécia continental que se viu rodeado de água. Na mesma altura, zonas florestais húmidas deram lugar a zonas mais áridas. Como consequência das mudanças, muitas populações de répteis extinguiram-se.

Para compreender as consequências das alterações climáticas passadas, Johannes Foufopoulos, daquela universidade, calculou as taxas de extinção da população de 35 espécies de répteis – lagartos, cobras e tartarugas – em 87 ilhas gregas, no Mar Mediterrânico.

O investigador e os seus colegas - Anthony Ives (Universidade de Wisconsin) e A. Marm Kilpatrick (Universidade da Califórnia) - descobriram um padrão nas extinções insulares. Na maioria dos casos, as populações de répteis desapareceram primeiro nas ilhas mais pequenas, ou seja, onde as possibilidades de habitat eram mais limitadas. Foram especialmente atingidos os répteis especializados num determinado habitat e aqueles que viviam em zonas mais frescas e húmidas. Os cientistas concluíram que um padrão semelhante de extinções vai emergir em vários locais por todo o mundo, à medida que as temperaturas aumentarem nas próximas décadas.

Estudo mostra importância dos corredores ecológicos

As plantas e animais serão forçadas a atravessar áreas naturais cada vez mais fragmentadas se quiserem sobreviver e adaptar-se às alterações climáticas.

Em muitos locais, pequenas fracções de habitat natural estão hoje rodeadas de solos agrícolas ou urbanos, assim como as recém-formadas ilhas do Mar Egeu estavam rodeadas por água quando o nível do mar subiu há milhares de anos.

“A cada vez maior fragmentação dos habitats naturais exacerba os efeitos das alterações climáticas e enfraquece a capacidade das espécies se adaptarem a novas condições”, comentou Foufopoulos, em comunicado da Universidade de Michigan.

“As lições que podemos aprender com as extinções de répteis sugerem que para as espécies sobreviverem às alterações climáticas, já em curso, teremos que criar mais áreas protegidas. Mas mais do que isso, essas áreas vão precisar de estar ligadas através de um corredor de habitats, em rede, para permitir a sua migração”, acrescentou.