Eric comeu um teleósteo desconhecido. E morreu
O estudo, publicado na Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology, permitiu aos cientistas encontrar 17 vértebras de um peixe teleósteo não identificado — provando que estes predadores de pescoço curto eram definitivamente piscívoros.
Segundo os investigadores, a descoberta prova também que é possível usar raios-X para reconstituir as dietas de outras espécies extintas que viveram na Terra há centenas de milhões de anos.
“Estudos anteriores examinaram a superfície exterior do esqueleto opalizado de Eric para encontrar pistas”, explica White numa nota de imprensa publicada a semana passada na Scimex.
“Mas esta abordagem pode ser difícil e limitante, já que é raro encontrar conteúdo intestinal fossilizado - e pode haver mais coisas escondidas sob a superfície, que seriam quase impossível que os paleontólogos vissem sem destruir o fóssil”, acrescenta o investigador.
Para distinguir entre o que poderiam ser os restos da última refeição de Eric e simples gastrólitos (sim, os répteis colocavam pedras do estômago), a equipa usou as imagens obtidas por TC e raios-X para criar um modelo 3D do fóssil.
As imagens obtidas permitiram à equipa descobrir que a última refeição do réptil pré-histórico tinha sido um teleósteo - uma classe de peixes com estruturas ósseas - de uma espécie desconhecida.
“Os plesiossauros eram predadores de nível médio — algo como um leão-marinho, que comiam peixes pequenos e eram provavelmente caçados por predadores maiores”, diz White. Eric não estava no topo da cadeia alimentar.
Eric deve o seu nome a uma música dos Monty Python
Na altura da sua descoberta, o fóssil opalizado foi vendido a um negociante de pedras preciosas, mas viria mais tarde a ser resgatado por particulares e doado ao Australian Museum - onde se encontra em exposição, juntamente com o seu teleósteo.
in ZAP (corrigido)