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quinta-feira, novembro 22, 2018

O pirata Barba Negra morreu há 300 anos

Edward Teach ou Thatch, (circa 1680 - Ocracoke, 22 de novembro de 1718), mais conhecido como Barba Negra (em inglês: BlackBeard), foi um pirata inglês. Navegava nas Caraíbas e na costa leste das colónias da América. Embora pouco se saiba sobre a sua infância, provavelmente nasceu em Bristol, na Inglaterra. Pode ter sido um marinheiro em navios corsários durante a Guerra da Rainha Ana, antes de se estabelecer na ilha caribenha de Nova Providência, local onde Teach reuniu uma tripulação por volta de 1716. O capitão Benjamin Hornigold colocou-o no comando de uma chalupa que havia sido capturada, e os dois envolveram-se em numerosos atos de pirataria. Os atos de pirataria foram impulsionados pela adição de mais dois navios à sua frota, um dos quais era comandado por Stede Bonnet, mas até o final de 1717 Hornigold desistiu da pirataria quando já possuía dois navios.
Teach tomou posse de um navio mercante francês, dando-lhe o nome de Vingança da Rainha Ana (em inglês: Queen Anne's Revenge) e equipou-o com quarenta canhões. Ganhando fama de pirata, a sua alcunha derivado da grossa barba de cor preta e da sua terrível aparência; possuía o hábito de pôr pavios de fogo acesos no seu cabelo para assustar os inimigos durante as batalhas. Formou uma aliança de piratas e bloqueou o porto de Charleston. Após uma extorsão aos habitantes, encalhou o Vingança da Rainha Ana num banco de areia perto de Beaufort. Então zarpou em companhia de Bonnet, estabelecendo-se na cidade de Bath, onde recebeu o perdão da Coroa Britânica. Contudo, logo voltou ao mar e atraiu a atenção do governador da Virgínia Alexander Spotswood. Spotswood organizou um grupo de soldados e marinheiros para tentar capturar o pirata, o que fizeram em 22 de novembro de 1718. Durante uma feroz batalha, Teach e vários membros da sua tripulação foram mortos por uma pequena força de marinheiros, liderados pelo tenente Robert Maynard.
Um líder astuto e calculista, Teach desprezou o uso da força, utilizando apenas a sua temível imagem para obter a resposta desejada. Ao contrário da imagem moderna, a figura tradicional do pirata tirânico comandou seus navios com a permissão das tripulações, e não há o conhecimento de informações que o mostrassem ter prejudicado ou assassinado prisioneiros. Após a morte, foi romantizado e tornou-se inspiração para vários piratas de obras de ficção numa variedade de géneros.

Blackbeard in Smoke and Flames, de Frank Schoonover, 1922