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quinta-feira, dezembro 12, 2024

José de Alencar morreu há 147 anos...

  
José Martiniano de Alencar (Messejana, Ceará, 1 de maio de 1829 - Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um escritor e político brasileiro. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras.

terça-feira, dezembro 12, 2023

José de Alencar morreu há 146 anos...

  
José Martiniano de Alencar (Messejana, Ceará, 1 de maio de 1829 - Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um escritor e político brasileiro. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras.

segunda-feira, dezembro 12, 2022

José de Alencar morreu há 145 anos...

  
José Martiniano de Alencar (Messejana, Ceará, 1 de maio de 1829 - Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um escritor e político brasileiro. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. Na carreira política, foi notória a sua tenaz defesa da escravatura no Brasil quando ministro da Justiça do segundo reinado.
Filho ilegítimo do padre e mais tarde senador José Martiniano Pereira de Alencar e de sua prima D. Ana Josefina de Alencar, era irmão do barão de Alencar, sobrinho de Tristão Gonçalves, neto de Bárbara de Alencar e primo em segundo grau do barão de Exu. Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e no Diário do Rio de Janeiro. Casou-se com Georgiana Augusta Cochrane (1846-1913), sendo pai do embaixador Augusto Cochrane de Alencar.

Vida
José de Alencar nasceu em 1829 em Messejana, que, à época do seu nascimento, gozava do estatuto de município (tendo perdido tal categoria em 1921, sendo integrado na cidade de Fortaleza). Nascido de uma relação ilegítima e considerada escandalosa na época, visto que seu pai era sacerdote da igreja Católica, teve a sua paternidade reconhecida através de uma "Escritura de Reconhecimento e Perfilhação de Filhos Espúrios" em 1859, que registava que "o padre José Martiniano de Alencar, já sendo clérigo de Ordens Sacras, contraiu amizade ilícita e particular com dona Ana Josefina de Alencar, sua prima no primeiro grau, e dela tem tido desde aquele tempo até doze filhos". José de Alencar foi o primogénito do casal e a sua alcunha em casa era Cazuza.
Sete anos antes do seu nascimento, em 1822, D. Pedro I havia proclamado a Independência e tornara-se o imperador do Brasil. Dois anos após o seu nascimento, em 1831, o monarca, cedendo a pressões internas e externas, abdicaria a favor do filho e retorna a Portugal. É nesse cenário político de disputas pelo poder que o jovem escritor crescerá, acompanhando o pai, que seria senador e, posteriormente, governador do estado do Ceará.
Transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios da Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani, em 1857, que alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.
José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro fala sobre o amor do índio Peri com a mulher branca Ceci. O segundo, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O terceiro tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.
Em 1859 tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador. Em 1868 tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869 candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido, por ser muito jovem ainda.
Em 1872 tornou-se pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca confirmada, poderia ser na verdade filho de Machado de Assis, o que para alguns daria respaldo para o enredo principal do romance Dom Casmurro. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza que a família Alencar vivia. O seu corpo foi primeiramente sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, depois foi exumado no Cemitério de São João Batista, também no Rio de Janeiro. A sua esposa Georgiana faleceu, treze anos depois, e foi sepultada ao lado do marido, em 1913.
Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano da sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante da sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Num momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".
A Praça José de Alencar e a estação José de Alencar da Linha Sul do Metro de Fortaleza são homenagens da sua cidade natal.

domingo, dezembro 12, 2021

José de Alencar morreu há 144 anos

  
José Martiniano de Alencar (Messejana, Ceará, 1 de maio de 1829 - Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um escritor e político brasileiro. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. Na carreira política, foi notória a sua tenaz defesa da escravidão no Brasil quando ministro da Justiça do segundo reinado.
Filho ilegítimo do padre e mais tarde senador José Martiniano Pereira de Alencar e de sua prima D. Ana Josefina de Alencar, era irmão do barão de Alencar, sobrinho de Tristão Gonçalves, neto de Bárbara de Alencar e primo em segundo grau do barão de Exu. Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e no Diário do Rio de Janeiro. Casou-se com Georgiana Augusta Cochrane (1846-1913), sendo pai do embaixador Augusto Cochrane de Alencar.

Vida
José de Alencar nasceu em 1829 em Messejana, que, à época do seu nascimento, gozava do estatuto de município (tendo perdido tal categoria em 1921, sendo integrado na cidade de Fortaleza). Nascido de uma relação ilegítima e considerada escandalosa na época, visto que seu pai era sacerdote da igreja Católica, teve a sua paternidade reconhecida através de uma "Escritura de Reconhecimento e Perfilhação de Filhos Espúrios" em 1859, que registava que "o padre José Martiniano de Alencar, já sendo clérigo de Ordens Sacras, contraiu amizade ilícita e particular com dona Ana Josefina de Alencar, sua prima no primeiro grau, e dela tem tido desde aquele tempo até doze filhos". José de Alencar foi o primogénito do casal e a sua alcunha em casa era Cazuza.
Sete anos antes do seu nascimento, em 1822, D. Pedro I havia proclamado a Independência e tornara-se o imperador do Brasil. Dois anos após o seu nascimento, em 1831, o monarca, cedendo a pressões internas e externas, abdicaria a favor do filho e retorna a Portugal. É nesse cenário político de disputas pelo poder que o jovem escritor crescerá, acompanhando o pai, que seria senador e, posteriormente, governador do estado do Ceará.
Transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios da Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani, em 1857, que alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.
José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro fala sobre o amor do índio Peri com a mulher branca Ceci. O segundo, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O terceiro tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.
Em 1859 tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador. Em 1868 tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869 candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido, por ser muito jovem ainda.
Em 1872 tornou-se pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca confirmada, poderia ser na verdade filho de Machado de Assis, o que para alguns daria respaldo para o enredo principal do romance Dom Casmurro. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza que a família Alencar vivia. O seu corpo foi primeiramente sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, depois foi exumado no Cemitério de São João Batista, também no Rio de Janeiro. A sua esposa Georgiana faleceu, treze anos depois, e foi sepultada ao lado do marido, em 1913.
Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano da sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante da sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Num momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".
A Praça José de Alencar e a estação José de Alencar da Linha Sul do Metro de Fortaleza são homenagens da sua cidade natal.

terça-feira, dezembro 12, 2017

O escritor José de Alencar morreu há 140 anos

José Martiniano de Alencar (Messejana, 1 de maio de 1829 - Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um escritor e político brasileiro. É notável como escritor por ter sido o fundador do romance de temática nacional, e por ser o patrono da cadeira fundada por Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. Na carreira política, foi notória a sua tenaz defesa da escravidão no Brasil quando ministro da Justiça do segundo reinado.
Filho ilegítimo do padre e mais tarde senador José Martiniano Pereira de Alencar e de sua prima D. Ana Josefina de Alencar, era irmão do barão de Alencar, sobrinho de Tristão Gonçalves, neto de Bárbara de Alencar e primo em segundo grau do barão de Exu. Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e no Diário do Rio de Janeiro. Casou-se com Georgiana Augusta Cochrane (1846-1913), sendo pai do embaixador Augusto Cochrane de Alencar.

Vida
José de Alencar nasceu em 1829 em Messejana, que, à época do seu nascimento, gozava do estatuto de município (tendo perdido tal categoria em 1921, sendo integrado na cidade de Fortaleza). Nascido de uma relação ilegítima e considerada escandalosa na época, visto que seu pai era sacerdote da igreja Católica, teve a sua paternidade reconhecida através de uma "Escritura de Reconhecimento e Perfilhação de Filhos Espúrios" em 1859, que registava que "o padre José Martiniano de Alencar, já sendo clérigo de Ordens Sacras, contraiu amizade ilícita e particular com dona Ana Josefina de Alencar, sua prima no primeiro grau, e dela tem tido desde aquele tempo até doze filhos". José de Alencar foi o primogénito do casal e a sua alcunha em casa era Cazuza.
Sete anos antes do seu nascimento, em 1822, D. Pedro I havia proclamado a Independência e tornara-se o imperador do Brasil. Dois anos após o seu nascimento, em 1831, o monarca, cedendo a pressões internas e externas, abdicaria a favor do filho e retorna a Portugal. É nesse cenário político de disputas pelo poder que o jovem escritor crescerá, acompanhando o pai, que seria senador e, posteriormente, governador do estado do Ceará.
Transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios da Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854 estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publicou o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani, em 1857, que alcançou notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.
José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro fala sobre o amor do índio Peri com a mulher branca Ceci. O segundo, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O terceiro tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.
Em 1859 tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador. Em 1868 tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869 candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido, por ser muito jovem ainda.
Em 1872 tornou-se pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca confirmada, poderia ser na verdade filho de Machado de Assis, o que para alguns daria respaldo para o enredo principal do romance Dom Casmurro. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza que a família Alencar vivia. O seu corpo foi primeiramente sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, depois foi exumado no Cemitério de São João Batista, também no Rio de Janeiro. A sua esposa Georgiana faleceu, treze anos depois, e foi sepultada ao lado do marido, em 1913.
Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano da sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante da sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Num momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".
A Praça José de Alencar e a estação José de Alencar da Linha Sul do Metro de Fortaleza são homenagens da sua cidade natal.