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quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Savimbi foi morto há 10 anos

(imagem daqui)

Jonas Malheiro Savimbi (Munhango, Moxico, 3 de agosto de 1934 - Lucusse, Moxico, 22 de fevereiro de 2002) foi um político e guerrilheiro angolano e líder da UNITA durante mais de trinta anos.

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Savimbi nasceu a 3 de agosto de 1934, em Munhango, uma pequena cidade da província do Bié, passando a sua juventude na sua aldeia natal e posteriormente no Huambo, cidade que após a independência de Angola, serviu como sua base militar durante o Guerra Civil Angolana (1975 - 2002). O pai de Savimbi, era o chefe da estação ferroviária de Angola em Benguela linha e também um pregador protestante. Ambos os seus pais eram membros do grupo regional Bieno da etnia dos Ovimbundu, o que mais tarde serviu a Savimbi como base principal da sua política.
Durante a sua juventude ganhou uma bolsa de estudos para a Portugal onde iniciou o estudo da medicina, refugiando-se depois na Suíça, onde viria a formar-se em ciências politicas. A maior parte da vida adulta do líder da UNITA foi passada na guerrilha. Fluente em português, inglês e francês, Savimbi costumava reservar essas línguas para contactos com os seus opositores políticos, diplomatas ou jornalistas. No dia-a-dia, Savimbi usava o umbundu, a língua dos Ovimbundu, para se exprimir.
A UNITA - "o Movimento do Galo Negro" - foi criada por Savimbi em 1966 para combater o colonialismo português.
Em 1992, aquando das primeiras eleições em Angola, Savimbi participou sendo derrotado, resolveu voltar à guerra por não aceitar o resultado das mesmas, optando novamente pelo caminho da Guerra Civil Angolana.
Em 1994, a UNITA assinou os acordos de paz de Lusaca, depois de meses de negociações, e aceitou desmobilizar as suas forças, com o objectivo de conseguir a reconciliação nacional. O processo de paz prolongou-se durante quatro anos, marcado por acusações e adiamentos. Nesse período, muitos membros da UNITA deslocaram-se para Luanda e integraram o Governo de Unidade Nacional, no entanto dissidências internas separaram o braço armado do braço politico surgindo dessa forma a UNITA renovada, onde Jonas Savimbi não se sentia representado, rompendo com os acordos de paz e retornando ao caminho da guerra.
Morreu a 22 de fevereiro de 2002, em Lucusse na província do Moxico após uma longa perseguição efectuada pelas Forças Armadas Angolanas (FAA).