Ernst Ingmar Bergman (Uppsala, 14 de julho de 1918 - Fårö, 30 de julho de 2007) foi um diretor, escritor e produtor sueco que trabalhou em cinema, televisão, teatro e rádio. Considerado um dos cineastas mais talentosos e influentes de todos os tempos, os filmes de Bergman incluem Sommarnattens leende (1955), O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Persona ( 1966), Viskningar och rop (1972), Scener ur ett äktenskap (1973) e Fanny e Alexander (1982); os dois últimos existem em versões estendidas de televisão. Bergman dirigiu mais de sessenta filmes e documentários para lançamento cinematográfico e para exibições de televisão, a maioria dos quais também escreveu. Ele também dirigiu mais de 170 peças. Acabou criando uma parceria criativa com seus diretores de fotografia Gunnar Fischer e Sven Nykvist. Entre sua companhia de atores estavam Harriet e Bibi Andersson, Liv Ullmann, Gunnar Björnstrand, Erland Josephson, Ingrid Thulin e Max von Sydow. A maioria de seus filmes foi exibida na Suécia e muitos deles, de Såsom i en spegel (1961) em diante, foram filmados na ilha de Fårö.
Philip French se referiu a Bergman como "um dos maiores artistas do século XX ... ele encontrou na literatura e nas artes cénicas uma maneira de recriar e questionar a condição humana". O diretor Martin Scorsese comentou; "Se você estava vivo nos anos 50 e 60 e com uma certa idade, um adolescente a caminho de se tornar adulto, e queria fazer filmes, não vejo como não foi influenciado por Bergman. É impossível superestimar o efeito que esses filmes tiveram sobre as pessoas".
Os seus trabalhos lidam geralmente com questões existenciais, como a mortalidade, a solidão e a fé. As suas influências literárias provêm do teatro: Henrik Ibsen e August Strindberg. Teve um romance com Liv Ullmann, com quem teve uma filha. Dirigiu a atriz em dez filmes, começando por Persona.
Talvez o melhor comentário sobre Bergman tenha partido de Jean-Luc Godard: "O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipa. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico". (Jean-Luc Godard, "Bergmanorama", Cahiers du cinéma, Julho – 1958).
O diretor e roteirista morreu em sua casa em Fårö aos 89 anos, de forma tranquila – segundo a sua filha, Eva Bergman – e, coincidentemente, no mesmo dia em que faleceu Michelangelo Antonioni. Encontra-se sepultado em Fårö kyrkogård (Fårö Churchyard), Fårö, na Suécia.