Eram mais de cem
(letra e música: José Mário Branco - da peça de teatro "Gulliver", de Swift/Helder Costa)
Refrão:
Eram mais de cem
Eram mais de mil
Não os contei bem
Um milhão de lii- iputianos pr'aí
Os homens pequenos
Quando são demais
Não fazem por menos
Tornam-se fatais - vão por mim que o vivi
1.
Como é que um freguês duma freguesia qualquer
Vê o seu destino
Fazer o pino
Sem saber ler - nem 'screver
Homem avisado sempre ouviu alguém dizer
Cada naufrágio
E um presságio
Do que vai a- contecer
2.
Vá-se lá saber o que é que esta gente me quer
Este lugar
Tão singular
Ai quem me val' - a valer
Há sempre um lugar que falta a gente conhecer
Ai se eu soubera
Como isto era
Nunca viera - aqui ter
3.
Preso assim que nem é modo d' alguém preso ser
Pequenos fios
Nós corredios
Que assim me estão - a prender
Já 'stá tecida uma teia para me tecer
Cabeça e pés
Os dedos dez
Já não me po- sso mexer