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domingo, abril 30, 2023

A Legião Estrangeira Francesa provou aos mexicanos a sua valentia há 160 anos

 
A Batalha de Camarón, ocorrida a 30 de abril de 1863 entre a Legião Estrangeira Francesa e o Exército mexicano, é considerada pela Legião como um momento decisivo em sua história. Uma pequena patrulha de infantaria liderada pelo capitão Jean Danjou e pelos tenentes Maudet e Vilain, totalizando 62 soldados e três oficiais, foi atacada e sitiada por uma força mexicana que chegou a atingir 2.000 soldados de infantaria e cavalaria, e foi forçada a ocupar uma posição defensiva nas proximidades da fazenda Camarón, em Camarón de Tejeda, Veracruz, México. A conduta atribuída à Legião neste combate é mística e Camarón tornou-se, dentro das fileiras da Legião, sinónimo de coragem e luta-até-à-morte.
  
Antecedentes
Como parte da intervenção francesa no México, um exército francês comandado por Conde de Lorencez, sitiava a cidade mexicana de Puebla. Temendo problemas de logística, os franceses enviaram um transporte com 3 milhões de francos, material e munições para o cerco. A III Companhia da Legião Estrangeira foi encarregada de proteger o comboio, sendo o capitão Danjou o comandante.
  
A batalha   
A 30 de abril, à 01.00 horas, os soldados estavam a caminho. Às 7 da manhã, após uma marcha de 15 milhas, pararam em Palo Verde para descansar e preparar o pequeno almoço. Logo depois, uma força do exército mexicano de 800 cavaleiros foi avistada. O capitão Danjou ordenou ao destacamento a formação em quadrado e, apesar de recuarem, causaram as primeiras perdas pesadas ao exército mexicano, principalmente devido ao maior alcance do rifle francês.
Buscando uma posição mais defensável, Danjou ocupou as proximidades da fazenda Camarón, uma hospedagem protegida por um muro de três metros de altura. O seu plano era manter ocupadas as forças mexicanas para evitar ataques contra o comboio que estava nas proximidades. Enquanto os legionários se preparavam para defender a hospedagem, o comandante mexicano, o coronel Milan, exigiu a rendição de Danjou e de seus soldados, ressaltando a superioridade numérica do exército mexicano. Danjou respondeu: "Temos munições. Não vamos nos render."
Aproximadamente às 11 horas, as tropas mexicanas receberam reforços, com a chegada de 1.200 soldados de infantaria. A hospedagem incendiou-se, mas os franceses já haviam perdido toda a água no início da manhã, quando mulas foram perdidas durante o recuo.
Ao meio-dia, o capitão Danjou foi baleado no peito e morreu, mas os seus soldados continuaram a  lutar, apesar todas as adversidades, sob o comando do segundo tenente Vilain, que resistiu durante quatro horas antes de cair, durante um ataque das tropas mexicanas.
Às cinco da tarde apenas 12 legionários permaneciam em torno do segundo tenente Maudet. Logo depois das 18.00 horas, com as munições esgotadas, os últimos soldados, sob o comando do tenente Maudet, desesperadamente montaram uma carga de baioneta.
O coronel Milan, comandante dos mexicanos, evitou que os seus homens cortassem os legionários sobreviventes em pedaços. Quando os seis últimos sobreviventes foram convidados a se renderem, eles pediram aos soldados mexicanos o retornar à base com a sua bandeira, manter as suas armas e escoltar o corpo do capitão Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses comentando: "O que posso recusar a esses homens? Não, estes não são homens, são demónios.", e, por respeito, concordou com estes termos.

(...)

O comboio de abastecimento dos franceses com sessenta carroças e cento e cinquenta mulas com peças de artilharia, medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegou a salvo até Puebla. Os mexicanos não conseguiram conter o cerco e a cidade caiu em 17 de maio.
O capitão Danjou era um soldado profissional e havia perdido a mão esquerda durante uma expedição de mapeamento na campanha da Argélia. Ele tinha uma mão prostética, de madeira articulada e pintada para se assemelhar a uma luva, presa ao seu antebraço esquerdo. Negligenciada por ambos, franceses e mexicanos que vieram para enterrar os seus mortos, a mão foi encontrada mais tarde por um agricultor anglo-francês, Langlais, e foi vendida e levada para as instalações da Legião Estrangeira.
Por causa dessa batalha Napoleão III de França determinou que na bandeira de todos os regimentos estrangeiros haveria a inscrição "Camerone 1863". Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em latim rezando: "Eles foram aqui menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses".
No dia 30 de abril é comemorado como "Dia de Camarón", um dia importante para os legionários. A mão protética de madeira do Capitão Danjou é trazida para a exposição durante cerimónias especiais. A mão é o artefacto mais importante na história da Legião e o legionário que a carrega durante desfile na sua caixa protetora tem grande prestígio pela honra concedida.
 
  

sábado, abril 30, 2022

A Legião Estrangeira Francesa provou no México a sua valentia há 159 anos

 
A Batalha de Camarón, ocorrida a 30 de abril de 1863 entre a Legião Estrangeira Francesa e o Exército mexicano, é considerada pela Legião como um momento decisivo em sua história. Uma pequena patrulha de infantaria liderada pelo capitão Jean Danjou e pelos tenentes Maudet e Vilain, totalizando 62 soldados e três oficiais, foi atacada e sitiada por uma força mexicana que chegou a atingir 2.000 soldados de infantaria e cavalaria, e foi forçada a ocupar uma posição defensiva nas proximidades da fazenda Camarón, em Camarón de Tejeda, Veracruz, México. A conduta atribuída à Legião neste combate é mística e Camarón tornou-se, dentro das fileiras da Legião, sinónimo de coragem e luta-até-à-morte.
  
Antecedentes
Como parte da intervenção francesa no México, um exército francês comandado por Conde de Lorencez, sitiava a cidade mexicana de Puebla. Temendo problemas de logística, os franceses enviaram um transporte com 3 milhões de francos, material e munições para o cerco. A III Companhia da Legião Estrangeira foi encarregada de proteger o comboio, sendo o capitão Danjou o comandante.
  
A batalha   
A 30 de abril, à 01.00 horas, os soldados estavam a caminho. Às 7 da manhã, após uma marcha de 15 milhas, pararam em Palo Verde para descansar e preparar o pequeno almoço. Logo depois, uma força do exército mexicano de 800 cavaleiros foi avistada. O capitão Danjou ordenou ao destacamento a formação em quadrado e, apesar de recuarem, causaram as primeiras perdas pesadas ao exército mexicano, principalmente devido ao maior alcance do rifle francês.
Buscando uma posição mais defensável, Danjou ocupou as proximidades da fazenda Camarón, uma hospedagem protegida por um muro de três metros de altura. O seu plano era manter ocupadas as forças mexicanas para evitar ataques contra o comboio que estava nas proximidades. Enquanto os legionários se preparavam para defender a hospedagem, o comandante mexicano, o coronel Milan, exigiu a rendição de Danjou e de seus soldados, ressaltando a superioridade numérica do exército mexicano. Danjou respondeu: "Temos munições. Não vamos nos render."
Aproximadamente às 11 horas, as tropas mexicanas receberam reforços, com a chegada de 1.200 soldados de infantaria. A hospedagem incendiou-se, mas os franceses já haviam perdido toda a água no início da manhã, quando mulas foram perdidas durante o recuo.
Ao meio-dia, o capitão Danjou foi baleado no peito e morreu, mas seus soldados continuaram lutando, apesar todas as adversidades, sob o comando do segundo tenente Vilain, que resistiu durante quatro horas antes de cair durante um ataque das tropas mexicanas.
Às 5 da tarde apenas 12 legionários permaneciam em torno do segundo tenente Maudet. Logo depois das 18.00 horas, com as munições esgotadas, os últimos soldados, sob o comando do tenente Maudet, desesperadamente montaram uma carga de baioneta.
O coronel Milan, comandante dos mexicanos, evitou que os seus homens cortassem os legionários sobreviventes em pedaços. Quando os seis últimos sobreviventes foram convidados a se renderem, eles pediram aos soldados mexicanos o retornar à base com a sua bandeira, manter as suas armas e escoltar o corpo do capitão Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses comentando: "O que posso recusar a esses homens? Não, estes não são homens, são demónios.", e, por respeito, concordou com estes termos.

(...)

O comboio de abastecimento dos franceses com sessenta carroças e cento e cinquenta mulas com peças de artilharia, medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegou a salvo até Puebla. Os mexicanos não conseguiram conter o cerco e a cidade caiu em 17 de maio.
O capitão Danjou era um soldado profissional e havia perdido a mão esquerda durante uma expedição de mapeamento na campanha da Argélia. Ele tinha uma mão prostética, de madeira articulada e pintada para se assemelhar a uma luva, presa ao seu antebraço esquerdo. Negligenciada por ambos, franceses e mexicanos que vieram para enterrar os seus mortos, a mão foi encontrada mais tarde por um agricultor anglo-francês, Langlais, e foi vendida e levada para a casa da Legião Estrangeira.
Por causa dessa batalha Napoleão III de França determinou que na bandeira de todos os regimentos estrangeiros haveria a inscrição "Camerone 1863". Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em latim rezando: "Eles foram aqui menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses".
No dia 30 de abril é comemorado como "Dia de Camarón", um dia importante para os legionários. A mão protética de madeira do Capitão Danjou é trazida para a exposição durante cerimónias especiais. A mão é o artefacto mais importante na história da Legião e o legionário que a carrega durante desfile na sua caixa protetora tem grande prestígio pela honra concedida.
 
  

sexta-feira, abril 30, 2021

A Legião Estrangeira Francesa provou a sua valentia há 158 anos

 
A Batalha de Camarón, ocorrida a 30 de abril de 1863 entre a Legião Estrangeira Francesa e o Exército mexicano, é considerada pela Legião como um momento decisivo em sua história. Uma pequena patrulha de infantaria liderada pelo capitão Jean Danjou e pelos tenentes Maudet e Vilain, totalizando 62 soldados e três oficiais, foi atacada e sitiada por uma força mexicana que chegou a atingir 2.000 soldados de infantaria e cavalaria, e foi forçada a ocupar uma posição defensiva nas proximidades da fazenda Camarón, em Camarón de Tejeda, Veracruz, México. A conduta atribuída à Legião neste combate é mística e Camarón tornou-se, dentro das fileiras da Legião, sinónimo de coragem e luta-até-à-morte.
  
Antecedentes
Como parte da intervenção francesa no México, um exército francês comandado por Conde de Lorencez, sitiava a cidade mexicana de Puebla. Temendo problemas de logística, os franceses enviaram um transporte com 3 milhões de francos, material e munições para o cerco. A III Companhia da Legião Estrangeira foi encarregada de proteger o comboio, sendo o capitão Danjou o comandante.
  
A batalhaA 30 de abril, à 01.00 horas, os soldados estavam a caminho. Às 7 da manhã, após uma marcha de 15 milhas, pararam em Palo Verde para descansar e preparar o café-da-manhã. Logo depois, uma força do exército mexicano de 800 cavaleiros foi avistada. Capitão Danjou ordenou ao destacamento a formação em quadrado e, apesar de recuarem, causaram as primeiras perdas pesadas ao exército mexicano, principalmente devido ao maior alcance do rifle francês.
Buscando uma posição mais defensável, Danjou ocupou as proximidades da fazenda Camarón, uma hospedagem protegida por um muro de três metros de altura. O seu plano era manter ocupadas as forças mexicanas para evitar ataques contra o comboio que estava nas proximidades. Enquanto os legionários se preparavam para defender a hospedagem, o comandante mexicano, o coronel Milan, exigiu a rendição de Danjou e de seus soldados, ressaltando a superioridade numérica do exército mexicano. Danjou respondeu: "Temos munições. Não vamos nos render."
Aproximadamente às 11 horas, as tropas mexicanas receberam reforços, com a chegada de 1.200 soldados de infantaria. A hospedagem incendiou-se, mas os franceses já haviam perdido toda a água no início da manhã, quando mulas foram perdidas durante o recuo.
Ao meio-dia, o capitão Danjou foi baleado no peito e morreu, mas seus soldados continuaram lutando, apesar todas as adversidades, sob o comando do segundo tenente Vilain, que resistiu durante quatro horas antes de cair durante um ataque das tropas mexicanas.
Às 5 da tarde apenas 12 legionários permaneciam em torno do segundo tenente Maudet. Logo depois das 18.00 horas, com as munições esgotadas, os últimos soldados, sob o comando do tenente Maudet, desesperadamente montaram uma carga de baioneta.
O coronel Milan, comandante dos mexicanos, evitou que os seus homens cortassem os legionários sobreviventes em pedaços. Quando os seis últimos sobreviventes foram convidados a se renderem, eles pediram aos soldados mexicanos o retornar à base com a sua bandeira, manter as suas armas e escoltar o corpo do capitão Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses comentando: "O que posso recusar a esses homens? Não, estes não são homens, são demónios.", e, por respeito, concordou com estes termos.

(...)

O comboio de abastecimento dos franceses com sessenta carroças e cento e cinquenta mulas com peças de artilharia, medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegou a salvo até Puebla. Os mexicanos não conseguiram conter o cerco e a cidade caiu em 17 de maio.
Capitão Danjou era um soldado profissional e havia perdido a mão esquerda durante uma expedição de mapeamento na campanha da Argélia. Ele tinha uma mão prostética, de madeira articulada e pintada para se assemelhar a uma luva, presa ao seu antebraço esquerdo. Negligenciada por ambos, franceses e mexicanos que vieram para enterrar os seus mortos, a mão foi encontrada mais tarde por um agricultor anglo-francês, Langlais, e foi vendida e levada para a casa da Legião Estrangeira.
Por causa dessa batalha Napoleão III de França determinou que na bandeira de todos os regimentos estrangeiros haveria a inscrição "Camerone 1863". Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em latim rezando: "Eles foram aqui menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses".
No dia 30 de abril é comemorado como "Dia de Camarón", um dia importante para os legionários. A mão protética de madeira do Capitão Danjou é trazida para a exposição durante cerimónias especiais. A mão é o artefato mais importante na história da Legião e o legionário que a carrega durante desfile na sua caixa protetora tem grande prestígio pela honra concedida.
 
  

segunda-feira, abril 30, 2018

A Batalha de Camarón foi há 155 anos

A Batalha de Camarón, ocorrida a 30 de abril de 1863 entre a Legião Estrangeira Francesa e o Exército mexicano, é considerada pela Legião como um momento decisivo em sua história. Uma pequena patrulha de infantaria liderada pelo capitão Jean Danjou e pelos tenentes Maudet e Vilain, totalizando 62 soldados e três oficiais, foi atacada e sitiada por uma força mexicana que chegou a atingir 2.000 soldados de infantaria e cavalaria, e foi forçada a ocupar uma posição defensiva nas proximidades da fazenda Camarón, em Camarón de Tejeda, Veracruz, México. A conduta atribuída à Legião neste combate é mística e Camarón tornou-se, dentro das fileiras da Legião, sinónimo de coragem e luta-até-à-morte.

Antecedentes
Como parte da intervenção francesa no México, um exército francês comandado por Conde de Lorencez, sitiava a cidade mexicana de Puebla. Temendo problemas de logística, os franceses enviaram um transporte com 3 milhões de francos, material e munições para o cerco. A III Companhia da Legião Estrangeira foi encarregada de proteger o comboio, sendo o capitão Danjou o comandante.
 
A batalhaA 30 de abril, à 01.00 horas, os soldados estavam a caminho. Às 7 da manhã, após uma marcha de 15 milhas, pararam em Palo Verde para descansar e preparar o café-da-manhã. Logo depois, uma força do exército mexicano de 800 cavaleiros foi avistada. Capitão Danjou ordenou ao destacamento a formação em quadrado e, apesar de recuarem, causaram as primeiras perdas pesadas ao exército mexicano, principalmente devido ao maior alcance do rifle francês.
Buscando uma posição mais defensável, Danjou ocupou as proximidades da fazenda Camarón, uma hospedagem protegida por um muro de três metros de altura. O seu plano era manter ocupadas as forças mexicanas para evitar ataques contra o comboio que estava nas proximidades. Enquanto os legionários se preparavam para defender a hospedagem, o comandante mexicano, o coronel Milan, exigiu a rendição de Danjou e de seus soldados, ressaltando a superioridade numérica do exército mexicano. Danjou respondeu: "Temos munições. Não vamos nos render."
Aproximadamente às 11 horas, as tropas mexicanas receberam reforços, com a chegada de 1.200 soldados de infantaria. A hospedagem incendiou-se, mas os franceses já haviam perdido toda a água no início da manhã, quando mulas foram perdidas durante o recuo.
Ao meio-dia, o capitão Danjou foi baleado no peito e morreu, mas seus soldados continuaram lutando, apesar todas as adversidades, sob o comando do segundo tenente Vilain, que resistiu durante quatro horas antes de cair durante um ataque das tropas mexicanas.
Às 5 da tarde apenas 12 legionários permaneciam em torno do segundo tenente Maudet. Logo depois das 18.00 horas, com as munições esgotadas, os últimos soldados, sob o comando do tenente Maudet, desesperadamente montaram uma carga de baioneta.
O coronel Milan, comandante dos mexicanos, evitou que os seus homens cortassem os legionários sobreviventes em pedaços. Quando os seis últimos sobreviventes foram convidados a se renderem, eles pediram aos soldados mexicanos o retornar à base com a sua bandeira, manter as suas armas e escoltar o corpo do capitão Danjou. Milan concordou com os termos dos franceses comentando: "O que posso recusar a esses homens? Não, estes não são homens, são demónios.", e, por respeito, concordou com estes termos.

(...)

O comboio de abastecimento dos franceses com sessenta carroças e cento e cinquenta mulas com peças de artilharia, medicamentos, víveres e francos franceses, escoltada por duas outras companhias de legionários, chegou a salvo até Puebla. Os mexicanos não conseguiram conter o cerco e a cidade caiu em 17 de maio.
Capitão Danjou era um soldado profissional e havia perdido a mão esquerda durante uma expedição de mapeamento na campanha da Argélia. Ele tinha uma mão prostética, de madeira articulada e pintada para se assemelhar a uma luva, presa ao seu antebraço esquerdo. Negligenciada por ambos, franceses e mexicanos que vieram para enterrar os seus mortos, a mão foi encontrada mais tarde por um agricultor anglo-francês, Langlais, e foi vendida e levada para a casa da Legião Estrangeira.
Por causa dessa batalha Napoleão III de França determinou que na bandeira de todos os regimentos estrangeiros haveria a inscrição "Camerone 1863". Todos os militares franceses passaram a fazer a apresentação de armas ao passar pelo local da batalha em gesto de homenagem. Em 1892 foi construído um monumento com uma inscrição em latim rezando: "Eles foram aqui menos de sessenta, opostos a todo um exército que lhes destruiu a vida antes que a coragem abandonasse seus soldados franceses".
No dia 30 de abril é comemorado como "Dia de Camarón", um dia importante para os legionários. A mão protética de madeira do Capitão Danjou é trazida para a exposição durante cerimónias especiais. A mão é o artefato mais importante na história da Legião e o legionário que a carrega durante desfile na sua caixa protetora tem grande prestígio pela honra concedida.