quarta-feira, novembro 19, 2025

Manuel Alberto Valente comemora hoje oitenta anos...!

(imagem daqui

  

Manuel Alberto Valente (Vila Nova de Gaia, 19 de novembro de 1945) é um escritor e editor português. Foi até 2020 diretor editorial da Porto Editora

 

Biografia

Nasceu em Coimbrões, Vila Nova de Gaia, em 1945. Foi uma criança normal da classe média, o pai trabalhava com o seu avô, que era despachante dos caminhos-de-ferro, a sua mãe era doméstica.
Fez o serviço militar em Angola, regressando 15 dias antes do 25 de abril.


Carreira

Frequentou o Liceu Alexandre Herculano, no Porto, e depois a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, vindo a licenciar-se em Direito pela Universidade de Lisboa (cidade onde reside).

Depois de ter sido, durante dez anos, Diretor Editorial das Publicações Dom Quixote (1981-1991), foi diretor-geral das Edições Asa (1991 a 2008), até que, em 2008, assumiu o cargo de diretor editorial da Porto Editora.
Como autor, além de colaborar em diversos órgãos da comunicação social, tem publicados cinco livros de poesia: Cartas para Elina, Viola Interdita, Os Olhos de Passagem, Sete (Desen)cantos e Poesia Reunida - O Pouco Que Sobrou de Quase Nada.

É casado com a (também) editora e escritora Maria do Rosário Pedreira e irmão do músico e dinamizador cultural Vítor Manuel Coelho Valente.

Foi nomeado pelo Estado francês Cavaleiro das Artes e Letras e agraciado pelo Reino de Espanha com a Ordem de Isabel, a Católica

 

Obras

  • Cartas para Elina (1965), poesia;
  • Viola Interdita (1970), poesia;
  • Os Olhos de Passagem (1976);
  • Sete (Desen)cantos (1985);
  • Poesia Reunida - O Pouco Que Sobrou de Quase Nada (2015).

 

in Wikipédia

 

Chiado

 

aquelas pernas ali a dar a dar

dos homens levam os olhos ao passar

 

são borboletas canários verde mar

onde mergulho a medo o meu olhar

são promessas que sei sem cobertura

de uma viagem pelo interior natura

 

aquelas pernas ali a dar a dar

dos homens levam os olhos ao passar

 

são às dezenas às centenas ao milhar

a desenharem nos passeios pombas brancas

nascem nos pés e vão até às ancas

por um caminho que é bom de passear

 

aquelas pernas ali a dar a dar

dos homens levam os olhos ao passar

 

uma claras são outras morenas

umas marias outras manuelas

umas maiores outras mais pequenas

mas as tuas são melhores que todas elas

 

as tuas pernas aí a dar a dar

que já nem posso este poema terminar



in Poesia Reunida, O Pouco que Sobrou de Quase Nada (2015) - Manuel Alberto Valente

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