sábado, março 01, 2025

Rosa Casaco, o PIDE assassino do general Humberto Delgado, nasceu há 110 anos...

 Bertrand.pt - Memórias do Meu Tempo
(imagem daqui)
  
António Rosa Casaco (Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, 1 de março de 1915 - Cascais, 5 de julho de 2006) foi o agente da PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) que chefiou a brigada que assassinou o general Humberto Delgado.
 
 
Origens

De origens humildes, era filho natural de Joana Rosa. O apelido Casaco foi escolhido pela mãe, que o terá ido buscar a familiares longínquos. Oficialmente, era filho de pai incógnito. Um pai que, no entanto, está bem identificado e conheceu perfeitamente: João Augusto Martins Junior, irmão de António Augusto da Silva Martins, ex-campeão de tiro e participante nos Jogos Olímpicos de Verão de 1924, em Paris. Primo de dois conhecidos clínicos - António Gentil da Silva Martins e Francisco Gentil da Silva Martins, o primeiro o cirurgião plástico e cirurgião pediatra que chegou a ser 8.º Bastonário da Ordem dos Médicos de 1977 a 1986, e o último oncologista.

 

Carreira

Fez carreira na Polícia Internacional e de Defesa do Estado, mais tarde Direção-Geral de Segurança, onde entrou em 1938, quando ainda era então Polícia de Vigilância e Defesa do Estado.

Esteve alegadamente envolvido em negócios de contrabando que lhe davam alguns rendimentos, mas nunca sendo instaurado nenhum processo ou investigação sobre o assunto.

Rosa Casaco era conhecido como "o Pide menino bonito de Salazar". Este último detinha grande confiança no primeiro e foi o autor das suas fotografias mais íntimas.

Chegou a estar exilado em Espanha e no Brasil. Foi julgado à revelia por ter cumprido as leis de estado anteriores a 1974 na década de 80 e condenado a oito anos de cadeia, por crimes de falsificação, destruição de documentos e por ter pertencido à polícia política do Estado Novo.

Vivia em Cascais, Cascais, desde 2002, quando os mandados internacionais que pendiam sobre si foram cancelados, e apesar de a Constituição Portuguesa de 1976 afirmar expressamente a não-prescrição dos crimes cometidos durante o Estado Novo.

  

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