terça-feira, setembro 13, 2022

Aquilino Ribeiro nasceu há 137 anos

   
Aquilino Gomes Ribeiro (Carregal, Sernancelhe, 13 de setembro de 1885 - Lisboa, 27 de maio de 1963) foi um escritor português.
É considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX. Inicia a sua obra em 1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois, em 1913, com os contos de Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa, 1918, e mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.
Foi um dos que foram implicados no Regicídio de 1908. Tem uma biblioteca e uma Fundação e Casa-Museu com o seu nome em Moimenta da Beira.
A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional. A cerimónia de trasladação para a Igreja de Santa Engrácia (Lisboa) ocorreu a 19 de setembro de 2007, não obstante objeções por parte de alguns grupos de cidadãos, devido ao seu assumido envolvimento no Regicídio de 1908.
    

1 comentário:

Manuel M Pinto disse...

Um dos maiores escritores de Língua Portuguesa de todos os tempos.
"Aquilino, no seu saber de amor feito, conhecedor profundo de aldeias e vilas, e suas gentes, campónios, fidalgos, brasileiros, padres, almocreves, da meseta lusitana, cantor do sol e da noite e dos próprios lobos companheiro. Romancista da inteligência e da coragem, da rebeldia mas também da astúcia, da paixão concentrada e também do desejo à solta, observador prodigioso, mestre da língua como nenhum outro escritor deste século."
Urbano Tavares Rodrigues
"Aquilino possuía, como nenhum outro, a sabedoria da língua e dos segredos gramaticais e estilísticos: metáforas, sinédoques, parábolas, fábulas, analogias, um arsenal de conhecimentos que aplicava nos livros com alegre desenvoltura."
Armando Baptista-Bastos
"Para mim, novamente, Aquilino é uno, a sua personalidade de artista e de homem, está sempre presente em tudo quanto escreve, seja ele o romance ou o conto, a crónica ou a história. Também não separo, não isolo nele, o artista do prosador, como vejo por vezes fazerem, porquanto se me afigura que o artista que ele é requer a prosa de que se serve, e que essa prosa, que lhe é consubstancial, já é em si mesma um valor artístico pessoal, “aquiliniano”. Por isso no autor da “Via Sinuosa” vejo eu um dos mais raros e preciosos casos do perfeito encontro do escritor com o seu estilo. Não é um escritor à procura de um estilo, nem um estilo à procura de um escritor, se assim me posso exprimir. E esta é, ao que se me antolha, a grande vitória de Aquilino Ribeiro sobre tantos dos seus confrades nas actuais letras portuguesas." Fernando Lopes Graça (Comércio do Porto, 23/4/1963)