segunda-feira, outubro 01, 2007

Maria Filomena Mónica sobre Valter Lemos

Com um respeitoso ósculo público à Amélia Pais que me enviou o naco de prosa de Maria Filomena Mónica que surgiu hoje no Público acerca da eminência parda do ME, de seu nome Valter Lemos. As minhas reservas sobre obras passadas de MFM estão neste momento suspensas. O texto integral porque sim.

Não, sr. secretário de Estado

Maria Filomena Mónica

Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário. Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os resultados a que cheguei.

Natural de Penamacor, Valter Lemos tem 51 anos, é casado e possui uma licenciatura em Biologia: até aqui nada a apontar. Os problemas surgem com o curriculum vitae subsequente. Suponho que ao abrigo do acordo que levou vários portugueses a especializarem-se em Ciências da Educação nos EUA, obteve o grau de mestre em Educação pela Boston University. A instituição não tem o prestígio da vizinha Harvard, mas adiante. O facto é ter Valter Lemos regressado com um diploma na “ciência” que, por esse mundo fora, tem liquidado as escolas. Foi professor do ensino secundário até se aperceber não ser a sala de aula o seu habitat natural, pelo que passou a formador de formadores, consultor de “projectos e missões do Ministério da Educação” e, entre 1985 e 1990, a professor adjunto da Escola Superior do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

Em meados da década de 1990, a sua carreira disparou: hoje, ostenta o pomposo título de professor-coordenador, o que, não sendo doutorado, faz pensar que a elevação académica foi política ou administrativamente motivada; depois de eleito presidente do conselho científico da escola onde leccionava, em 1996 seria nomeado seu presidente, cargo que exerceu até 2005, data em que entrou para o Governo. Estava eu sossegadamente a ler o Despacho Ministerial n.º 11 529/2005, no Diário da República, quando notei uma curiosidade. Ao delegar poderes em Valter Lemos, o texto legal trata-o por “doutor”, título que só pode ser atribuído a quem concluiu um doutoramento, coisa que não aparece mencionada no seu curriculum. Estranhei, como estranhei que a presidência de um politécnico pudesse ser ocupada por um não doutorado, mas não reputo estes factos importantes. Aquando da polémica sobre o título de engenheiro atribuído a José Sócrates, defendi que os títulos académicos nada diziam sobre a competência política: o que importa é saber se mentiram ou não.

Deixemos isto de lado, a fim de analisar a carreira política do sr. secretário de Estado. Em 2002 e 2005, foi eleito deputado à Assembleia da República, como independente, nas listas do Partido Socialista. Nunca lá pôs os pés, uma vez que a função de direcção de um politécnico é incompatível com a de representante da nação. A sua vida política limita-se, por conseguinte, à presidência de uma assembleia municipal (a de Castelo Branco) e à passagem, ao que parece tumultuosa, pela Câmara de Penamacor, onde terá sofrido o vexame de quase ter perdido o mandato de vereador por excesso de faltas injustificadas, o que só não aconteceu por o assunto ter sido resolvido pela promulgação de uma nova lei.

Em resumo, Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação, nunca fez um discurso digno de nota.

Chegada aqui, deparei-me com uma problema: como saber o que pensa do mundo este senhor? Depois de buscas por caves e esconsos, descobri um livro seu, O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da Aprendizagem. Publicado em 1986, teve seis edições, o que pressupõe ter sido o mesmo aconselhado como leitura em vários cursos de Ciências da Educação. Logo na primeira página, notei que S. Ex.cia era um lírico. Eis a epígrafe escolhida: “Quem mais conhece melhor ama.” Afirmava seguidamente que, após a sua experiência como formador de professores, descobrira que estes não davam a devida importância ao rigor na “medição” da aprendizagem. Daí que tivesse decidido determinar a forma correcta como o docente deveria julgar os estudantes. Qualquer regra de bom senso é abandonada, a fim de dar lugar a normas pseudocientíficas, expressas num quadrado encimado por termos como “skill cognitivos”.

Navegando na maré pedagógica que tem avassalado as escolas, apresenta depois várias “grelhas de análise”. Entre outras coisas, o docente teria de analisar se o aluno “interrompe o professor”, se “não cumpre as tarefas em grupo” e se “ajuda os colegas”.

Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no subcapítulo “Diferencialidade”: “Após a aplicação do teste e da sua correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic de novo] de determinar as características de diferencialidade do teste.” Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal “índice de dificuldade e o de discriminação de cada item”. É ela a seguinte: Df= (M+P)/N em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam erradamente.

O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado lamenta a existência de professores que criticam os programas como sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua opinião, “tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez] verdades aparentemente óbvias e outras vezes “desculpas de mau pagador”, sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir avaliação de programas em Portugal”. Para ele, a experiência dos milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem importância.

Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Ex.cia decide bater-lhes: “Em certas escolas, após o fim das actividades lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano findo.” O sábio pedagógico-burocrático dixit.

O que sobressai deste arrazoado é a convicção de que os professores deveriam ser meros autómatos destinados a aplicar regras. Com responsáveis destes à frente do Ministério da Educação, não admira que, em Portugal, a taxa de insucesso escolar seja a mais elevada da Europa. Valter Lemos reúne o pior de três mundos: o universo dos pedagogos que, provindo das chamadas “ciências exactas”, não têm uma ideia do que sejam as humanidades, o mundo totalitário criado pelas Ciências da Educação e a nomenklatura tecnocrática que rodeia o primeiro-ministro.

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Posted by Paulo Guinote under Bílis Pura, Citações, Coisas Boas, Leituras, Protagonistas

Do Blog A Educação do meu Umbigo (sublinhados no texto de Paulo Guinote sobre original do Público de 30.09.2007)

Astronomy Now - Edição de Outubro de 2007

Do Blog AstroLeiria, com os nossos parabéns ao colega e amigo João Cruz, docente da Escola Superior de Educação de Leiria - Instituto Politécnico de Leiria (ESEL/IPL), publicamos o seguinte post:


Cara(o)s amiga(o)s:

Na edição de Outubro de 2007 da prestigiada revista de astronomia inglesa Astronomy Now, fui presenteado com a publicação da minha nebulosa planetária M27, tirada da minha varanda para o espaço, em Leiria, com uma DSLR.
É com muito prazer e alguma "vaidade" que aqui deixo este registo e uma cópia da foto, já publicada neste blog.



João Cruz, Leiria

VulcanoEspeleologia

No âmbito das Comemorações por este Blog dos 50 anos da última erupção subaérea em território português (Vulcão dos Capelinhos) vamos publicar um post do Blog GeoLeiria, de 27.09.2007, escrito pela espeleo-bióloga Sofia Reboleira e com fotografias da mesma:


No dia em que se comemora o 50ª aniversário do aparecimento do Vulcão dos Capelinhos, localizado no extremo poente da ilha do Faial, nos Açores.

Vulcão dos Capelinhos

Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Falemos dessa ciência espeleológica através da qual, se percorrem os caminhos do Fogo...

Vulcão dos Capelinhos

Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

A VulcanoEspeleologia é a ciência que estuda as cavidades naturais formadas em rochas vulcânicas.

Cueva de don Justo

Cueva de Don Justo, El Hierro

AS CAVIDADES VULCÂNICAS:

São todas as cavidades de origem natural desenvolvidas em materiais produzidos por actividade vulcânica, tenham a sua origem em sólidos (piroclastos) ou líquidos (em lavas).

Cueva del Hielo

Cueva del Hielo - Parque Nacional das Cañadas del Teide -Tenerife



1.Singenéticas
Cavidades vulcânicas formadas durante o período da consolidação dos materiais vulcânicos. A cavidade é da mesma idade da rocha onde se insere.

1.1. Reogenéticas - Originadas por deslocamentos da lava líquida entre massas de lava já consolidadas.

1.1.1. Subterrâneas - são as mais comuns e compreendem os tubos de lava e algares vulcânicos de contracção de lavas.

Cueva de Los Roques

Cueva de los Roques - Parque Nacional das Cañadas del Teide -Tenerife


1.1.2. Subaéreas - Cavidades reogenéticas que carecem de abóbada, apenas mantêm as paredes laterais do tubo vulcânico.

1.2. Pneumatogenéticas - Produzidas pela emanação, concentração e escape de gases.

1.2.1. Explosivas - Formadas por explosões violentas de gases para o exterior. Apresentam desenvolvimento vertical e bordes salientes para o terreno envolvente em forma de lábios.

1.3. Fractogenéticas - Formam-se quando uma escoada lávica fluída mas consolidada, se encontra com uma pendente no terreno. A parte interior fluída adapta-se ao terreno e a parte sólida superior parte e distende-se. Normalmente, sao cavidades de pequenas dimensões, com fundo em cunha.


2. Epigenéticas
Grutas vulcânicas que se formaram posteriormente à consolidação da rocha onde se encontram. A sua origem deve-se a erosao química ou mecânica, e normalmente estao associadas a locais com diferentes horizontes litológicos, cavidades de contacto. Como o caso de diques esvaziados.

OS TUBOS DE LAVA
A formação de uma cavidade vulcânica é um processo complexo em que devem confluir vários condicionantes. O mais importante é a existência da matéria comum a todas elas: Uma corrente de lava com um certo grau de viscosidade, geralmente escoadas lávicas fluídas do tipo "pahoehoe".



El Lagial

Lavas pahoehoe del Lajial - El Hierro

Quando um caudal de rochas fundidas com estas características avança por um relevo associado a uma pedente moderada, as suas margens arrefecem mais rapidamente que o interior e a sua velocidade diminui até parar completamente. Começam assim a consolidar-se as paredes laterais da futura cavidade, enquanto o seu interior continua fluindo. Quando o fluxo de lava se mantém o tempo suficiente, as paredes acabam por soldar-se na parte mais alta, formando a abóbada. A elevada temperatura interior mantém a lava fluída, permitindo o progressivo esvaziamento do canal à medida que o caudal diminui. Quando acaba a emisao de lava o fluxo interior acaba por desaparecer, completando assim a formação do tubo.

Cueva de Felipe Reventón

Cueva de Felipe Reventón - Tenerife

Génese de um tubo vulcânico
Génese de um Tubo vulcânico


OS ALGARES VULCÂNICOS

Podem-se dividir em quatro grandes grupos, tendo em conta a sua génese:

1. Teoria da ascensão e descida de magmas:
Formam-se depois de se esvaziar a chaminé por onde fluia a lava. No fim da erupção a lava arrefecida retrai-se, originando estruturas em forma de campânula. A sua evolução segue no sentido da colmatação com desabamentos do exterior.

2. Teoria da fusão de tubos sobrepostos:
É necessária a existência de dois tubos vulcânicos sobrepostos que se conectam um com o outro por erosão ou refusão.

Sima de Las Palomas

Sima de Las Palomas - El Hierro


3. Teoria do escape de gases:
Supõe que a pressão existente no interior de uma escoada magmática é tão intensa que pode originar roturas da crosta.

4. Teoria da contracção da lava:
Caracteriza-se por uma perda de volume por arrefecimento, que origina fendas por vezes de grandiosas dimensões.

As concreções espeleovulcânicas
Podem ter a sua formação durante o processo de formação e arrefecimento da cavidade (concreções primárias) ou em processos posteriores de deposição de diferentes materiais (concreções secundárias).
Estafilitos Cono de Picón
Estafilitos ou estalacites de Lava

Estalagmite de refusion

Estalagmite de refusão - El Hierro

Texto & Fotos: Sofia Reboleira

A Europa precisa de mais Cientistas

Do Pavilhão do Conhecimento recebemos o seguinte convite público:


"Caro(a) professor(a),

O PAVILHÃO DO CONHECIMENTO - Ciência Viva vai realizar no dia 29 de Outubro um encontro em Espaço Aberto, com o objectivo de responder à questão “Que acções se podem concretizar para atrair jovens - particularmente raparigas – para estudos e carreiras cientificas e tecnológicas?”

Se este é um assunto que lhe interessa, teremos todo o gosto em recebê-lo neste encontro, juntamente com mais três ou quatro alunos que possam contribuir activamente para a discussão.

Informamos que existe possibilidade de financiamento das deslocações para participantes que residam fora da zona de Lisboa.

Aguardamos o seu contacto, esperando poder contar com a sua presença.

Com os melhores cumprimentos,

Luís Barbeiro
Departamento de Educação e Comunicação"


(Clicar na imagem para ampliar)

Cinema a 230 metros de profundidade - II

Mina de Sal de Loulé vira cinema "underground"
20-09-2007 14:00:00

Nervos de aço e alguma dose de aventura são requisitos indispensáveis a quem quiser assistir ao ciclo de cinema "Clausura", que começa a 29 de Setembro no interior da mina de sal de Loulé, 230 metros abaixo do chão.

Organizado pela Casa de Cultura de Loulé e pelo Cineclube de Faro, em colaboração com o grupo CUF, que gere a mina, o ciclo terá filmes a condizer com o seu título, mas também com o ambiente em que serão exibidos.

No primeiro dia, será exibido o filme "Cabine Telefónica", de Joel Schumacher (2003), a que se seguirá "Sala de Pânico", de Fincher (2002), a 06 de Outubro, "Underground", de Kusturika (1995), a 13 de Outubro e "Noite dos Mortos-Vivos", George Romero (1968), a 20 do mesmo mês.

As sessões, que terão lugar sempre às 15:00, terão um máximo de 40 espectadores por sessão, que descerão à mina em grupos de seis a oito pessoas.

De acordo com Paulo Caetano, director de comunicação do grupo CUF, Paulo Caetano, estão garantidas todas as condições de segurança aos espectadores, que terão de usar capacete antes e durante a exibição, "por se tratar de uma zona industrial".

"Dado o local em que as exibições ocorrerão e a própria temática do ciclo, pedimos às pessoas mais susceptíveis ou que sofram de problemas cardíacos ou de claustrofobia que se abstenham de assistir", disse aquele responsável à Agência Lusa.

Situada às portas da cidade, a mina de sal de Loulé, concessionada ao grupo CUF, tem 30 quilómetros de galerias e produz sal industrial destinado a rações e ao degelo das estradas.

"Trata-se do maior espaço visitável em Portugal com condições de segurança", garantiu o director de comunicação do grupo CUF, sublinhando que, além da utilização industrial, o grupo está empenhado em dinamizar o espaço do ponto de vista turístico.

Acentuou que iniciativas como esta configuram "balões de ensaio" para "voos mais altos", não sendo de excluir a hipótese de, no futuro, ali criar um parque temático.

Além do ciclo de cinema, a levar a efeito numa sala onde serão instaladas cadeiras e holofotes, está prevista também uma batida fotográfica no interior das galerias, que ocorrerá a 03 de Novembro.

in Observatório do Algarve - ver notícia

5º Congresso Nacional de Espeleologia



"APRESENTAÇÃO

Passados que estão vinte anos da fundação da Federação Portuguesa de Espeleologia e do Espeleo-Clube de Lisboa (Estremadura e Ribatejo), os desafios que se colocam à comunidade espeleológica não são, por ventura, muito diferentes dos identificados à data da sua criação. Antes sim, inflacionados. O “Portugal Espeleológico” caminhou, tal como se previa, no sentido do que ocorreu no Centro da Europa no decurso do “pós-guerra”. O desenvolvimento do país rural, ao qual a humanização das regiões cársicas não é estranha, acarretou maiores pressões ambientais. A exploração e uso estratégico dos recursos naturais deu origem ao aparecimento de novos utilizadores do património e assim novos nichos de mercado foram criados.Na história da Espeleologia Portuguesa nunca, como neste período, a comunidade espeleológica dispôs de tantos meios para o aprofundamento do conhecimento. Mas, será que a produção de informação acompanhou, na mesma proporção, a facilidade do acesso à tecnologia?…

Por seu turno outras questões se colocam!
Que participação e envolvimento deve ter, de forma activa, a comunidade espeleológica no estabelecimento de estratégias e desenvolvimento de políticas adequadas no domínio do ordenamento e da gestão do território?
Seremos, ou deveremos assumir-nos como parceiros institucionais?
Como devem os espeleólogos assumir e exercer a sua cidadania?
Que fazer com o conceito de uso sustentável do meio cavernícola?
Qual deve ser o perfil dos utilizadores e que alterações nos modelos de formação devem ser implementadas?
Que lugar deve de ter quem produz informação e quem dela beneficia – explorar, estudar ou simplesmente visitar?
Que valor atribuir à informação produzida?
Que relações estabelecer com a comunidade Internacional?
Qual o contributo que podemos dar para a valorização do património espeleológico Global?...
As grutas são parte integrante da geodiversidade, são igualmente suporte da biodiversidade e a água é um recurso estruturante! Muitos dos maiores reservatórios de água doce subterrânea, à escala planetária, são aquíferos cársicos.

Os espeleólogos são observadores, exploradores e investigadores privilegiados na sua quantificação e qualificação, cabendo-lhes igualmente o dever de se assumirem como um dos seus principais veículos de valorização.

Assim sendo, desde já o convidamos a participar no 5º Congresso Nacional de Espeleologia que se realizará em Alcanena de 6 a 9 de Dezembro de 2007.


A Comissão Organizadora"

Site oficial: 5º Congresso Nacional de Espeleologia

Fonte
- Sofia Reboleira (Blog GeoLeiria)

Cinema a 230 metros de profundidade


Ontem, dia 30 de Setembro de 2007, a SIC, no seu Jornal da Tarde, deu uma notícia interessantíssima: iniciou-se na Mina de Sal Gema de Campina de Cima (Loulé) a utilização de espaços vazios para outros fins, com a projecção de Cinema. O engenheiro Alexandre (o Alex para os amigos) falou para a televisão, embora a minha irmã mais velha se tenha queixado de que o capacete o não favorecia (o que faz um homem para tapar a careca...).


Para o verem basta irem ao site da SIC, na secção de vídeos (http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/) e procuram a notícia em 30.09.2007, intitulada "Cinema a 230 metros de profundidade"...



ADENDA: Também podem ir (só para amigos...) a:

domingo, setembro 30, 2007

Os portáteis do Programa E-escola

Como muitas pessoas me têm perguntado o que acho desta iniciativa e se vale a pena comprar um portátil (por 150 €...) vou colocar neste post uma resposta o mais sucinta possível e indicar locais onde podem buscar alguma informação complementar.

1. A quem se destinam os portáteis


  • aos alunos do 10º Ano
  • aos formandos TIC da Novas Oportunidades
  • aos professores do Ensino Básico e Secundário
  • aos amigos e familiares dos anteriores (esta parte não vem nas regras...)



2. Custo dos portáteis



Cada portátil irá ficar por 150 €, havendo ainda que contar com um contrato de 3 anos de Internet das operadoras de telemóveis, que, na opção mais barata, custa 17,5 € por mês para 1 GB de downloads.



3. Qualidade do material




O portátil vendido é um bocadinho básico, com as seguintes características:

  • Processador Intel® Pentium® Dual-Core
  • Ecran TFT de 15.4"
  • Memória RAM 1Gb
  • Disco 80 Gb SATA
  • Gravador de DVD
  • Wi-Fi
  • Windows® Vista Home Premium
  • Office 2007

Falta-lhe um bocadinho de disco e um bocadinho de memória RAM, pois o Windows Vista é bastante exigente. Tem ainda a placa para aceder à Internet das empresas de telemóveis.



4. Vale a pena comprar...?

Sim, mas só se o interessado não tiver um portátil actualizado, se usar pouca internet e se precisar dela, de vez em quando, fora de casa.



Sugestão de leitura:
Blog Fliscorno

Vulcão dos Capelinhos - VII

Sugestões de sites interessantes sobre o Vulcão, a Erupção e turismo na Ilha do Faial:

GeoForum e Geo-Contacto

No post anterior tivemos direito a um simpático comentário, que nos levou a outro local interessante na Internet:

"Olá, gostei muito do vosso Blog e gostaria de vos convidar a participar no GeoForum em www.up-club.com.

Cumprimentos,

Álvaro Igreja - Geólogo"

Eu acabei de me inscrever nesse mesmo Fórum, indo ainda parar a outro local também bastante interessante - http://www.geo-contacto.com/


Aqui fica a sugestão:

http://www.up-club.com
http://www.geo-contacto.com/

sexta-feira, setembro 28, 2007

QUE AGENDA TERRITORIAL PARA A EUROPA?

CONVITE

QUE AGENDA TERRITORIAL PARA A EUROPA?
DIVERSIDADE, COESÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Ivone Pereira Martins Agência Europeia do Ambiente


19 Outubro 2007 Auditório da Biblioteca da FCT-UNL 14.30h
Campus da Caparica

AULA INAUGURAL
DIPLOMA DE ESTUDOS AVANÇADOS
TERRITÓRIO, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL


A sessão é Gratuita mas limitada ao número de lugares disponíveis pelo que deverá confirmar a sua inscrição até ao dia 16 de Outubro para:

Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Tel.: 21 294 83 99 E-mail: dea.tads@fct.unl.pt
Localização em http://www.fct.unl.pt/candidato/como-chegar-a-fct


Mais informação:
http://territoriosustentavel.dcea.fct.unl.pt

Seminário em Évora

Seminários CGE/UE

Assessing climate variability during the Holocene from the study of stalagmites

Prof. Augusto Mangini

Institut für Umweltphysik, Ruprecht Karls Universität Heidelberg



Hora: 14:30 horas

Data: 3 de Outubro de 2007

Local: Anfiteatro 1 – Col. Luís Verney

Promove: CGE/UE



Resumo

The Research Project of the Heidelberg Academy of sciences has a mayor focus on the study of climate variability during the Holocene. Our favoured archives are stalagmites because they can be dated very precisely applying the Th/U-Method. Growth rates of stalagmites range between 10 and 100µm/year. The stable isotope composition of the carbonate depending on precipitation and temperature and can be determined with a very high resolution down to few 100 µm, corresponding to less than a decade. I will show our recent results on stalagmites from Central and Northern Europe. From these data we infer that during the last 10,000 years there have been wetter and drier periods than the present day, that significantly influenced earlier cultures.

Nova página web do GeoFCUL

Faculdade de Ciências de Lisboa

Departamento de Geologia


Associado ao início do ano lectivo 2007/08, entrou em funcionamento a

Nova página web do GeoFCUL

com visual renovado, mais informação e, também, novas rubricas

consulte-a no seu endereço clássico em:

http://geologia.fc.ul.pt/


para breve, na página web do GeoFCUL, novas rubricas:

"Pergunte ao Geólogo", "Geologia para Todos", etc., etc.

Percurso Pedestre do NEL - 29 de Setembro


No Sábado, dia 29 de Setembro, decorrerá o próximo PERCURSO PEDESTRE, numa zona de pinhal e matos mistos entre as freguesias de Milagres, Souto de Carpalhosa e Bidoeira de Cima. A zona de Colmeias, para onde estava previsto o próximo percurso, sofreu um grave incêndio no passado mês de Agosto.

Hora de saída: 8h30 Local de encontro: Junto à Igreja de Santo Agostinho (ao fundo da Av. Marquês de Pombal).

Hora prevista de chegada a Leiria: 13.00 horas

TRANSPORTE: assegurado pelo Autocarro da Câmara Municipal de Leiria

Dificuldade: baixa

Extensão: 11Km

Os Participantes devem levar uma refeição ligeira, água; roupa e calçado confortável, adequados à meteorologia.

Inscrição: gratuita (para este e-mail)

Seminário sobre Geoturismo - Vulcão dos Capelinhos

Vai decorrer, de 2 a 6 de Outubro de 2007, no grupo central de ilhas da Região Autónoma dos Açores, Geoturismo, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria da Horta (Associação dos Comerciantes, Industriais, Importadores e Exportadores das Ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo) no âmbito das Comemorações dos 50 anos da erupção do Vulcão dos Capelinhos, que decorrerá de 2 a 6 de Outubro, conforme o seguinte programa. Este Seminário será coordenado pelo vulcanólogo Victor Hugo Forjaz.



PROGRAMA


Dia 2 – 14:30 – Seminário sobre Geoturismo no Faial (Sociedade Amor da Pátria)

Dia 3 – 10:00 – Safari Geológico no Faial

Dia 4 – 10:00 – Safari Geológico no Pico

Dia 5 – Participação na IV Bienal do Turismo Rural Atlântico em São Jorge(organização da Direcção Regional do Turismo)

Dia 6 – 10:00 – Safari Geológico em São Jorge

quinta-feira, setembro 27, 2007

Vulcão dos Capelinhos - 50 anos!

Hoje, dia 27 de Setembro de 2007, faz 50 anos que começou a erupção do Vulcão dos Capelinhos, na ponta oeste da ilha do Faial, Açores, junto ao Farol homónimo. A televisão portuguesa, sobretudo a RTP, fez especial referência ao acontecimento.


Sugestão - consultar:


segunda-feira, setembro 24, 2007

Visita à Mina da Guimarota

Post conjunto dos Blog Geopedrados, GeoLeiria e Ciências Correia Mateus:


Na sequência de diversos conversas, que passaram pelo interesse manifestado por professores universitários, docentes de Leiria, espeleólogos e jornalistas, informamos que iremos à Mina da Guimarota em 13.10.2007 (sábado) em actividade cujo horário estamos ainda a preparar. Os interessados (parte da actividade é aberta a toda a gente...) em participar devem informar-nos rapidamente, para que se possam tomar algumas decisões importantes.

Ficamos à espera de mais dados, precisando para tal de saber quem mais vem da Universidade de Coimbra (os Doutores Fernando Pedro Figueiredo e Lídia Catarino, que têm um estudo prévio com prospecção física do terreno, esses gostaria imenso de os cá ter...).

Há diversos espeleólogos, docentes de Leiria e Doutores que já confirmaram a vinda mas fica para mais tarde a listagem. Falta ainda falar com a Câmara Municipal de Leiria e com os Bombeiros Municipais de Leiria, para acertar a sua eventual presença, mas gostaria de ter mais nomes antes de avançar estes dois últimos contactos.

Para já aqui fica uma proposta de horário da actividade:

09.00 - Encontro em casa do Fernando Martins (professores doutores de Coimbra)
10.00 - Partida para a Mina. Estacionamento no LIDL da Guimarota.
10.15 - Início da actividade.
13.00 - Almoço em Restaurante (a debater o local...)
15.00 - Actividade a escolher.



domingo, setembro 23, 2007

Encontro Geopedrados (Covilhã - 5/7 de Outubro)


Da Téu recebemos o seguinte e-mail:

"De 5 a 7 Outubro de 2007, Encontro de Geopedrados na Covilhã (lamento mas não deu para ir para o Redondo).

Neste momento marquei eu e o João Paulo no Hotel Tryp D. Maria (o Carlos foi contactado mas não pode ir pois vai para a Espanha).

Se quiserem e possam ir, a marcação do quarto pode ser feita pela net por exemplo na booking.com ou telefone 275 310 000. Eu marquei pela Solmelia e o preço de duas noites (5 e 6 de Outubro) com pequeno almoço = 90€ (+ preço de uma cama extra, que não sei quanto será.)


Se quiserem saber mais, podem contactar comigo!
Beijos

Téu"

PS - Alguns de nós ficaram de comunicar com outros (eu vou amanhã telefonar ao Alberto Jorge). Vou ainda mandar à Téu um ficheiro actualizado com contactos. Eu ainda não sei se podemos ir (a Lai anda atrapalhada com as planificações do novo ano...) e, por conversa anterior, penso que a Elsa e o Ricardo não poderão ir...

O Amianto nas Escolas e o ME

Não existem “situações de risco”, garante Maria de Lurdes Rodrigues
Ministra da Educação diz que falar de amianto nas escolas é “alarmismo desajustado”
21.09.2007 - 20h51 Lusa, PUBLICO.PT

A ministra da Educação garantiu hoje que não existem “situações de risco” relativamente à existência de amianto nos estabelecimentos escolares e considerou que falar desta questão é um “alarmismo desajustado”.

Maria de Lurdes Rodrigues disse em Torres Vedras não compreender “como é que o assunto vem para a actualidade”, uma vez que a existência de placas de amianto nas escolas “é um assunto acompanhado pelo ministério há muito tempo”.

“O que temos vindo a fazer é, sempre que há uma intervenção de fundo nas escolas, o amianto é removido e substituído por outros materiais”.

Na terça-feira, um estudo da Deco reacendeu a polémica sobre esta assunto. Mas a ministra diz que continua à espera que a Deco lhe faça chegar o estudo, de modo a “avaliar [a sua] qualidade”, reiterando que o relatório “não é credível”.

Hoje no debate mensal na Assembleia da República, a deputada Luísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes”, questionou o primeiro-ministro José Sócrates sobre esta questão e o que pretende fazer para resolver o problema da falta de qualidade dos edifícios públicos, incluindo as escolas.

in Público - ler notícia -ler comentários

sábado, setembro 22, 2007

Eclipses em 2008

Do Blog AstroLeiria publicamos o seguinte post:

Depois de, em 2007, termos tido 4 Eclipses (dois, totais, da Lua e dois, parciais do Sol), com apenas um da Lua (de 03.03.207) visível em Portugal, este ano que se aproxima terá também 4 Eclipses, dois do Sol (um Total e um Anular) e dois Lunares (um Total e um Parcial), mas com os dois lunares visíveis em Portugal, a saber:


1. Eclipse Anular do Sol (8 de Fevereiro de 2008)
Não será visível em Portugal (apenas se verá em parte dos territórios da Austrália e Antárctida e na totalidade do território das nossas antípodas - a Nova Zelândia).


Locais onde será visível a totalidade do Eclipse de 21 de Fevereiro (zona branca - clicar para ampliar)

2. Eclipse Total da Lua (21 de Fevereiro de 2008)
A Lua Nova de Fevereiro (14 dias depois de uma Lua Cheia com Eclipse) trazer-nos-á um Eclipse, totalmente visível no nosso território, bastante longo e interessante.


3. Eclipse Total do Sol (1 de Agosto de 2008)
Aproximadamente meio ano após os últimos eclipses, surge uma nova estação de eclipses, começando na primeira Lua Nova de Agosto com um eclipse não visível em Portugal. Observável na Europa (excepto na Península Ibérica e sul de Itália), em parte da Gronelândia, do Canadá e da Ásia (Rússia e China, entre outras), será um acontecimento de Verão muito falado e levará muitas pessoas a viajarem até aos locais onde é total.


Locais onde será visível a totalidade do Eclipse de 16 de Agosto (zona branca - clicar para ampliar)

4. Eclipse Parcial da Lua (16 de Agosto de 2008)
O último do ano será parcialmente visível no nosso país (só a parte inicial, pouco interessante, não se verá) e tapará a quase totalidade da Lua. Ocorre, como sabemos, na Lua Cheia, quando a Lua passa pela projecção da sombra da Terra (estando Sol, Terra e Lua quase perfeitamente alinhados).


Fonte: NASA Eclipse Home Page (de Fred Espenak)