quinta-feira, março 08, 2007
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quarta-feira, março 07, 2007
Anti-Ciência e Pseudociência
Opinião
2007-01-12
Por Carlos Corrêa (Prof. Cat. Jubilado da Universidade do Porto)
Ultimamente têm sido feitos alguns esforços no sentido de educar os jovens para a cidadania, aumentando a sua cultura científica para serem capazes de compreender o mundo que os rodeia e criticarem conscientemente os eventuais desmandos contra o meio ambiente, de que todos temos um pouco de culpa. Apesar destes esforços, de que saliento a actuação do programa Ciência Viva, muitas pessoas com responsabilidades fecham os olhos a certas manifestações anti-Ciência que vão minando a inteligência e a cultura das pessoas menos preparadas, que infelizmente constituem a maioria dos telespectadores.
Os média têm grandes responsabilidades na proliferação da superstição e crendice, dando grande cobertura a reuniões de bruxos, astrólogos, professores, videntes e muitos outros figurões que se servem da liberdade em que vivemos para encher de anúncios as páginas de certos jornais, para poluir certos programas televisivos (já de si poluentes…) fazendo publicidade enganosa das suas anunciadas capacidades de previsão e cura de todos males, do corpo e do espírito.
Mais grave ainda é que a RTP, que deveria prestar um serviço verdadeiramente público aos cidadãos, colabore também na difusão da bruxaria, tendo igualmente a sua astróloga de serviço permanente no programa Praça da Alegria, munindo-se de um computador para tentar dar um ar científico às suas "previsões", contribuindo assim para a estupidificação dos cidadãos. A falta de cultura científica e ignorância primária das pessoas (habituadas a carregar num botão da TV para terem o mundo inteiro à sua frente) leva-as a pensar que é possível, por meio de um qualquer programa metido num computador, fazer previsões sobre a sua vida, a sua saúde e os seus negócios.
A RTP colabora nesta farsa todos os dias, levando a bruxaria às pessoas que seguem o programa, dando-lhe a mesma credibilidade que dão a médicos e cientistas que por lá passam. Já protestei junto dos responsáveis do programa, mas nem se dignaram acusar a recepção da minha carta. Agora, que se instituiu um Provedor do Telespectador, cheio de boas intenções, já lhe comuniquei o escândalo e pedi que estas anomalias fossem rapidamente eliminadas, para bem dos cidadãos. Não poderemos nós, cientistas, fazer algo mais?
ENSINAR É APENAS AJUDAR A APRENDER
Entrevista à Gazeta de Física
Entrevistado por:
CARLOS FIOLHAIS e CARLOS PESSOA
Gazeta de Física - É verdade que os seus alunos costumam atribuir-lhe boas notas? E como consegue isso?
Eric Mazur - Quando comecei a ensinar, em 1984, ensinava tal como eu próprio tinha sido ensinado. Afinal, que outras formas há de ensinar? É natural, foi como nós aprendemos e, além disso, temos tendência para projectar a nossa própria experiência nas pessoas que nos rodeiam. O que pensamos é: "Eu aprendi assim e, por isso, eles também devem aprender assim". Ao fazer isto, acho que se cometem dois erros. Se olhar para a forma como fui ensinado percebo que aprendi, não devido a esse ensino, mas apesar dele.
P. - É o método tradicional, com recitações. O professor fala e os alunos ouvem...
R. - Exacto, usa-se isso nas igrejas... É um método muito antigo!
P. - A diferença é que, nas igrejas, por vezes funciona!
R. - Hum... Esse é o primeiro erro. O segundo erro é que a maioria dos alunos são diferentes de nós, e nem todos vão ser professores de Física. Interessam-se por coisas totalmente diversas, pois querem ser médicos, engenheiros, homens de negócios ou políticos e não têm a mesma inclinação para a Física. Penso que estes são os erros típicos em que incorremos quando começamos a ensinar.
P. - Como é que mudou os seus métodos de trabalho?
R. - Não mudei imediatamente porque considerava que estava a ensinar bem. Os meus alunos tinham boas classificações nos exames e também me atribuíam boas notas no inquérito final de avaliação dos professores...
P. - Então o método tradicional funcionava bem...
R. - Tinha quatro e meio numa escala de cinco. Era a nota mais alta na área de Física.
P. - Em suma, os alunos estavam satisfeitos e o professor também...
R. - Exactamente! E era por isso mesmo que eu achava que estava a fazer um bom trabalho. Seis anos mais tarde, colegas da Califórnia mostraram-me artigos sobre testes com questões muito fáceis. Por exemplo: "Um carro colide com um camião. A força exercida pelo camião sobre o carro é maior ou menor que a força do carro sobre o camião?". A confusão era grande.
P. - Está a sugerir que os professores faziam perguntas aos alunos que eles próprios não compreendiam bem?...
R. - Exacto. Os dados recolhidos nesse estudo são muito interessantes. Se colocar essa questão no início e no fim do semestre a diferença entre o padrão de respostas é quase nula. Mais, se a analisar pela forma como os alunos são instruídos também não há diferença...
Por exemplo, o autor daquele artigo, David Hestenes, deu o teste a três grupos. O primeiro consistia em turmas com professores premiados. O segundo grupo compreendia turmas com professores com uma classificação muito baixa.
P. - Os maus professores...
R. - Sim, os maus professores. Finalmente, o terceiro grupo consistia em professores com turmas pequenas (até 20 alunos). Se compararmos a evolução nos vários grupos ao longo do semestre verificamos que não há diferença. Por outras palavras, os alunos não aprendem muito numa aula convencional (passiva), independentemente da forma como se ensina.
P. - Os resultados não dependiam da forma como se ensinava?!
R. - Bem, eu li aquilo e interroguei-me: passar-se-á o mesmo com os meus alunos? Depois, lembro-me de ter pensado: "Não pode ser verdade! E muito menos com os meus alunos de Harvard!". Decidi mostrar a esse autor que a situação era diferente com os meus alunos. Dei-lhes o teste e notei de imediato que havia algo de errado com a minha turma. Logo no início uma aluna perguntou: "Prof. Mazur, como é que respondo a estas perguntas? De acordo com o que ensinou ou de acordo com aquilo que eu penso?". Olhei para ela e pensei: "Qual é a diferença?". É claro que os alunos de Harvard são melhores do que um aluno médio americano, mas mesmo assim...
P. - Eram alunos de Física?
R. - Não, eram alunos de Engenharia e Medicina. Mas a melhoria não era significativa. Tiveram uma evolução de 8 por cento, 70 por cento no início do semestre e 78 por cento no final. Ora, vendo o teste era de esperar que os meus alunos tivessem 100 por cento e, por isso, fiquei perplexo. A minha primeira reacção foi pensar que havia algo de errado com o teste. Não sabia o que pensar. Por um lado, os meus alunos tinham boas notas em exames muito mais complexos, com integrações, derivações...
P. - Talvez fosse pelo facto de serem conteúdos mais familiares enquanto as outras questões eram novas...
R. - Bem, a questão mais difícil era a do camião e do carro! De facto, não sabia o que fazer e comecei a pensar noutros sinais dos alunos durante a minha carreira docente. Alguns atribuíam-me uma nota alta no questionário mas punham observações do género "A Física é uma seca!". Um outro aspecto que nos remete para os sermões nas igrejas é o seguinte. No primeiro ano em que leccionei decidi dar aos alunos um livro diferente do que eu usava para preparar as aulas. Escrevia cerca de 12 páginas de notas que entregava aos alunos no final da aula para que estivessem com mais atenção ao que eu dizia do que às notas que tomavam. Mas cerca de seis semanas mais tarde alguns alunos começaram a pedir-me que entregasse os apontamentos no início da aula para que não tivessem de escrever tanto: copiavam tudo o que eu escrevia no quadro! Alguém disse uma vez que o método das aulas é o processo pelo qual os apontamentos do professor são transferidos para os cadernos dos alunos sem que a informação passe pelo cérebro de nenhum deles.
Nessa altura decidi entregar as notas no início das aulas, mas os alunos continuavam a escrever nas margens... No ano seguinte voltei a leccionar a mesma disciplina e decidi que era mais prático entregar o conjunto completo dos apontamentos, em vez de os entregar em cada aula. No final do semestre cerca de 12 alunos (150 no total) escreveram no questionário de avaliação que "o prof. Mazur dá as aulas pelos apontamentos"! Bem vistas as coisas, eles tinham razão. Se pensarmos bem, 99,9999 por cento das aulas de ciências em todo o mundo são transferência de informação. Devo salientar dois pontos. O primeiro é que a educação é mais do que transferência de informação, é um processo em que desenvolvemos um modelo mental para assimilar essa informação. Mas numa aula convencional não há tempo para pensar, espera-se que essa assimilação seja feita após a aula. O segundo ponto tem a ver com as tecnologias de informação. Não estou a falar de computadores mas da invenção de Gutenberg, há quinhentos anos.
P. - Os livros.
R. - Sim, mas antes de haver livros a transmissão de conhecimentos de uma geração para a outra era feita oralmente, como hoje nas aulas. Depois vieram os livros, e os livros são uma boa fonte de informação, mas passámos a lê-los aos alunos nas aulas. É ridículo! Se eu fosse professor de Literatura, por exemplo, não diria aos alunos que na aula seguinte iríamos ler “Sonho de uma Noite de Verão” mas sim que o lessem antes da aula. Assim, decidi que a primeira coisa que iria fazer seria retirar a transferência de informação da sala de aula. O que agora faço é dizer aos meus alunos que estudem um assunto em casa para posteriormente o discutirmos na aula.
P. - E os alunos fazem isso?
R. - Têm de fazer. Esse trabalho representa 20 por cento da nota final. Mas voltemos atrás. Uma vez estudado determinado assunto, posso explicar aos alunos o seu significado.
P. - A chamada aprendizagem conceptual.
R. - Exactamente. E faço-o usando uma técnica a que chamamos "Peer Instruction".
P. - Mas essa técnica não é nova...
R. - Não, de facto não se trata de uma novidade mas eu também não sabia nada da literatura especializada sobre a aprendizagem colaborativa... Só conhecia Sócrates! O que se passou numa aula foi o seguinte. Estava a discutir o teste conceptual com alguns alunos e a tentar explicar alguns problemas. Expliquei-os durante dez minutos e percebi pelas expressões deles que não estavam a entender. Pelo contrário, estavam ainda mais confusos. Eu não sabia o que fazer, não sabia explicar melhor. Resolvi então dizer-lhes para discutirem as suas dúvidas com o colega do lado e fiquei surpreendido com a agitação que se criou. De repente estavam todos a falar uns com os outros. Decidi formalizar este procedimento e o que faço hoje em dia é isso mesmo. Digo aos alunos para estudarem antes da aula, depois faço uma breve introdução (não mais de cinco minutos senão eles adormecem) e coloco uma pergunta (a que chamo teste conceptual) no retroprojector. São perguntas conceptuais que não se podem resolver por equações. Por exemplo, há um barco no lago com uma pedra dentro. Se tirarmos a pedra o que acontece ao nível da água do lago? É uma questão contra-intuitiva, temos de perceber bem o Princípio de Arquimedes. Os alunos têm um minuto para pensar sobre a pergunta e em seguida votam na opção que consideram correcta (uso cartões com as letras A, B, C, etc.).
P. - Como em alguns programas de televisão...
R. - Hoje em dia utilizamos WAP e infravermelhos na votação. Depois de ver os resultados no ecrân peço a cada aluno que tente convencer o colega mais próximo de que a sua resposta está correcta. E quem vai conseguir ser mais persuasivo? A pessoa que compreendeu a pergunta. Ainda mais importante é que o aluno consegue explicar determinada questão ao colega melhor do que o professor, porque quanto mais se sabe sobre um assunto, mais difícil se torna explicá-lo, mais depressa se esquecem as dificuldades conceptuais.
P. - Então os alunos tornam-se os seus próprios professores.
R. - Sim.
P. - E qual é o papel que resta para o professor?
R. - O professor é o treinador. Concluindo, os alunos discutem o problema durante mais dois minutos e votam novamente. O que acontece é incrível: o número de respostas correctas aumenta consideravelmente. E no final do semestre a aprendizagem conceptual também melhorou.
P. - E o que acontece à capacidade de resolver um problema tradicional?
R. - Aí está uma boa questão. O que eu faço é falar sobre um assunto durante cinco minutos, apresento uma questão aos alunos e assim sucessivamente. Os alunos não podem adormecer nas minhas aulas, pois são permanentemente solicitados. Um outro aspecto importante é o feedback que obtenho com este método. Consigo ver imediatamente se os alunos estão confusos, se estão a compreender, etc.
P. - Estão "controlados"...
R. - Mais do que isso, existe uma reacção observável da parte dos alunos. Antes de prosseguirmos, deixem-me responder melhor a duas questões anteriores: o papel deixado ao professor e a resolução tradicional de problemas. Em primeiro lugar, nos questionários de final de semestre já não há um único aluno que escreva "O Prof. Mazur dá as aulas pelos apontamentos." Agora escrevem "O Prof. Mazur não nos ensina nada! Temos de ser nós a descobrir". Quando li esses comentários fiquei algo magoado. Tinha alterado o meu método de ensino, colocado problemas novos e agora os alunos diziam que eu não ensinava?!... Mas depois comecei a reflectir sobre o que era ensinar. Em holandês, a minha língua materna, a mesma palavra significa ensinar e aprender, mas são coisas distintas, pois aprender não é necessariamente uma consequência de ensinar. Ensinar é apenas ajudar a aprender e é esse o meu papel enquanto professor.
P. - Então resta alguma coisa para o professor fazer!
R. - Sem dúvida! Quanto à resolução de problemas tradicionais, a resposta é simples: não uso nenhuns nas minhas aulas.
P. - Mas os seus alunos têm de aprender a calcular integrais, não têm?
R. - Claro. Eles têm de saber resolver problemas. Um engenheiro tem que saber projectar uma ponte e fazer os cálculos correctos. Fiz alguns testes para verificar a eficácia da aprendizagem conceptual. Preparei exames com problemas tradicionais e outros com questões conceptuais sobre o mesmo tema para verificar se resolver problemas significava compreendê-los e vice-versa. O que verifiquei foi que os alunos podem resolver problemas com facilidade sem os compreender. Descobri que se saem muito melhor nas questões conceptuais porque lhes dou ênfase nas aulas. Mas em relação à tradicional resolução de problemas não houve melhorias significativas. Por outras palavras, a compreensão dos problemas contribui para a sua resolução, mas a resolução de problemas não é indicador de uma boa compreensão.
P. - E o que pensa o Director da faculdade sobre o seu método?
R. - Em Harvard, basicamente cada professor goza de autonomia. Posso fazer o que achar melhor nas aulas, desde que não haja queixas dos alunos.
P. - Neste momento sente que o seu trabalho é apreciado em Harvard, não só pelos seus alunos mas pelos outros professores?
R. - Sim, é verdade. Em Harvard há professores assistentes, associados e titulares. Eu já era professor titular, depois passei a presidente e fui distinguido com o título de Professor Universitário de Harvard - só foram atribuídos 12 - como reconhecimento pelo meu trabalho.
P. - Pensa que seria possível fazer algo semelhante aqui?
R. - Como não conseguia estar presente em todas as conferências para que era convidado, escrevi em 1997 um livro que foi um grande sucesso. Professores do mundo inteiro quiseram lê-lo. Fizemos 2500 inquéritos na Internet, aos quais 700 pessoas responderam e descobrimos gente em todo o mundo que tinha lido o livro e o tinha aplicado nas suas aulas em vários domínios como Química, Astronomia, Física... Ou seja, quase um terço das pessoas a quem foram enviados os inquéritos tinham lido ou utilizado o livro. Além disso, estes resultados desconstruíram a ideia que eu tinha de que este tipo de testes só era útil no caso específico de alunos universitários, principalmente aqueles com mais dificuldades. Hoje em dia já existem livros de testes conceptuais com materiais de Astronomia, de Química e de Matemática. Uma outra questão é a de saber quem beneficia com este método na aula. Será que os melhores alunos não se sentem aborrecidos? Entrevistei alguns alunos e verifiquei que muitos dos melhores alunos estavam entusiasmadíssimos com os meus métodos. Como um dos alunos disse, quem beneficia mais são aqueles que aprendem ao ter de explicar aos outros colegas.
P. - Falou de questões conceptuais mas não referiu experiências ou simulações. Também as fazem nos vossos cursos?
R. - Sim. Aliás, eu adoro demonstrações, sou um experimentalista! Nos últimos três anos, temos analisado a eficácia das experiências.
P. - São poderosas, do ponto de vista didáctico.
R. - Sim, mas mais como motivadores. Por exemplo, no início do semestre fazemos algumas demonstrações. No fim, os alunos lembram-se dos resultados dessas demonstrações não pelo que tinha sido mostrado mas de acordo com a sua compreensão. Por isso, se eles tiverem um modelo conceptual errado irão ajustar a memória a esse modelo. Dou um caso concreto. Fazemos uma experiência com duas balanças, uma placa e um objecto no meio. Se mover o objecto para um lado, ou outro, os valores das balanças variam. Há alunos que pensam que a placa distribui o peso do objecto pelas duas balanças, independentemente do sítio onde se coloca o objecto...
E, de facto, no final do semestre há alunos que, questionados sobre o resultado da experiência referida, escrevem "como demonstrado na aula, o peso não se altera movendo o objecto de um lado para o outro"!
Eles têm um modelo conceptual errado.
P. - Nós vemos aquilo que pensamos que estamos a ver...
R. - Exacto. O cérebro armazena melhor modelos do que factos. Por isso, o que fazemos em Física é trabalhar com modelos. Nunca mostro só a experiência. Primeiro coloco a questão conceptual, "Temos duas balanças e um objecto em cima de uma placa. O que acontece se mover o objecto?" Falo sobre a experiência, ouço as opiniões dos alunos, faço uma votação dos resultados e volto a questioná-los. Nesta altura, já estão ansiosos por ver a experiência! Temos de integrar a experiência e não mostrá-la isoladamente.
P. - E qual é a importância das tecnologias de informação no seu trabalho?
R. - Eu acho que as tecnologias de informação não são uma poção mágica. A maior invenção neste domínio foi há 500 anos com Gutenberg.
P. - Mas concorda que podem ser úteis?...
R. - Podem ser úteis mas também perigosas, no sentido em que as pessoas podem pensar que adaptando material antigo às novas tecnologias conseguem um melhor ensino. O importante é usar as novas tecnologias para fazer algo que de outra forma fosse impossível.
P. - O senhor é um cientista, um físico, e agora está envolvido
NOTA: Para meditarem (os professores...) sobre o que é ensinar e aprender e como aprender (novas técnicas...) de ensinar...
terça-feira, março 06, 2007
Construção de Relógios de Sol
Esta sessão tem lugar no Departamento de Matemática e integra-se nas comemorações da Semana Universitária, cujo tema deste ano é "Em torno do Sol".
A sessão inicia-se com as actividades dos participantes, que culminam construção de um Relógio de Sol para cada participante.
Seguir-se-à uma palestra sobre
Para participar nesta sessão, como habitualmente, é necessária uma inscrição prévia (de preferência por email). O número de inscrições é limitado a 120 participantes jovens.
Sessões na Matemática - 14h30/17h30
Inscrições e contactos: | Ana Maria Almeida, Raquel Caseiro |
E-mail: | sabados@mat.uc.pt |
Morada: | Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra Apartado 3008 3001-454 Coimbra |
Telefone: | 239 791 150 |
Fax: Site: | 239 832 568 http://www.mat.uc.pt/sabados/relogiossol.html |
Actividade em Alcobaça - Exposição
segunda-feira, março 05, 2007
Congresso da OIKOS Leiria
Valor da Inscrição:
- Sócios da OIKOS Leiria - 5 €
- Não sócios da OIKOS Leiria - 15 €
- Estudantes - 7,5 €
Nota: este o 500º post deste Blog...!
O Eclipse em Leiria
Alguns vieram só ao princípio, outros apenas ao final, mas houve bastantes resistentes que o levaram do princípio ao fim a observação. Com a colaboração dos Escuteiros dos Agrupamento da Amélia Moura (do CNE) houve comida e bebida (isto para além dos raros que cumpriram com o estipulado e trouxeram comida/bebida para a troca...). Para além da observação, houve a possibilidade de as pessoas presentes irem ver os trabalhos de alunos na Sala da Física e ainda convívio (com jogos) na sala dos Alunos. Com a ajuda do Pedro Guerreiro, da Informática da Escola Rodrigues Lobo, houve inclusive Internet, o que permitiu actualizar este Blog e publicar as primeiras fotos ainda durante o Eclipse...!
De salientar ainda a primeira luz do Telescópio newtoniano do Clube de Astronomia da Escola Rodrigues Lobo (que chegou esta mesma semana, tendo ainda um belíssimo Dobson para estrear...!) e a folha de apoio distribuída (e quem não teve acesso a ela pode fazer o download no final deste texto).
Em meu nome (e em nome da Organização, que inclui o João Nelson Ferreira, Paulo Heleno, Fernando Cadima, Amélia Moura, Paulo Costa, Sandra Paula, blogues AstroLeiria e Rastos de Luz, Agrupamento de Escuteiros dos Parceiros, Núcleo de Astronomia Galileu Galilei da Escola Correia Mateus, Clube de Ambiente da Escola Secundária da Batalha e Clubes de Astronomia da Escolas Rodrigues Lobo e D. Dinis e do Conciliar de Maria Imaculada - Cruz d'Areia) agradecemos a participação de todos...!
Download do documento de apoio - aqui.
Mais fotos e material - consultar o Blogue AstroLeiria.
Agora algumas fotos:
Fotos digitais de Fernando Martins - directamente sobre a ocular do newtoniano (última com filtro amarelo)
domingo, março 04, 2007
Actividade em Alcobaça - II
Lá fomos para aprender umas coisas, mas infelizmente, tendo levado o meu filho (de 5 anos) tive de sair a meio. Esta actividade foi excelente, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça (e, curiosamente, com a Fanfarra dos Bombeiros locais, no exterior, a abrilhantar o evento - embora nos parecesse excessivo tal facto...). Depois da Conferência foi inaugurada uma exposição sobre a mesma temática e da mesma autoria, que pude ver em primeira mão e que estava, comme d'habitude, magnífica...
Os nossos parabéns à Organização e ao Professor Doutor Jorge Dinis...
Os resíduos como fonte de valor e energia
Enquadrada na IX Semana Cultural da Universidade de Coimbra: Estou vivo e escrevo sol. O Ambiente e os Direitos Humanos no Ano Internacional do Sol, vai realizar-se uma Mesa Redonda sobre Os resíduos como fonte de valor e energia.
7 de Março de 2007 (4.ª feira): 10h30-13h00 horas, no Auditório do Departamento de Engenharia Mecânica (Pólo II da Universidade de Coimbra)
Participantes:
- Humberto Rosa (Secretário de Estado do Ambiente)
- Alcides Pereira (Dep. de Ciências da Terra da FCTUC) - "Resíduos radioactivos: o que fazer com eles?"
- Raimundo Mendes da Silva (Pró-Reitor da UC) - "Conhecimento e gestão de resíduos na UC"
- Teresa Vieira (Dep. de Engenharia Mecânica) - "Resíduos sólidos industriais: poder-se-á exterminá-los?"
Colóquio “A indústria mineira: passado e futuro”
12 anos - 04.03.1995...
Para a Lai, que há 12 anos me disse SIM...!
Every Breath You Take
Every breath you take
Every move you make
Every bond you break
Every step you take
I'll be watching you
Every single day
Every word you say
Every game you play
Every night you stay
I'll be watching you
Oh, cant you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every step you take
Every move you make
Every vow you break
Every smile you fake
Every claim you stake
I'll be watching you
Since youve gone I been lost without a trace
I dream at night I can only see your face
I look around but its you I cant replace
I feel so cold and I long for your embrace
I keep crying baby, baby, please...
Oh, cant you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every breath you take
Every move you make
Every vow you break
Every smile you fake
Every claim you stake
I'll be watching you
Every move you make
Every step you take
I'll be watching you
I'll be watching you
I'll be watching you
I'll be watching you
I'll be watching you...
Postado por Fernando Martins às 01:56
sexta-feira, março 02, 2007
Eclipse Total da Lua em Leiria - II
Assim sugere-se a visita aos seguintes sites:
- Observatório Astronómico de Lisboa (OAL)
- Site de Observação on-line da OAL do Eclipse
- Instituto de Astrofísica de Canárias
- MrEclipse.com - Moon
- Lunar Eclipse Home Page
- Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP)
- CAUP - Eclipse
- Observatório Astronómico de Coimbra
- Site do Atlas Virtual da Lua
- Live webcast - Klipsi
- Centro Multimeios de Espinho (CME)
- Site de Observação on-line do CME do Eclipse
Estágio para Geólogo (e pago...!)
Âmbito: O Município de Idanha-a-Nova vai oferecer um estágio profissional, através do IEFP, a um geólogo que tenha terminado a Licenciatura, Mestrado ou Doutoramento e ainda não se integrou no mercado de trabalho.
Projecto: Prospecção de jazidas paleontológicas e inventariação do património geológico de Idanha-a-Nova, integrado no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional – UNESCO European and Global Geopark.
Local: Sinclinal de Penha Garcia, entre Salvador e Termas de Monfortinho; freguesia do Ladoeiro. Base logística no Centro Cultural Raiano de Idanha-a-Nova.
Perfil: pretende-se um geólogo de campo, com interesse em Paleontologia de invertebrados, Sedimentologia e Estratigrafia, mas que tenha algum domínio de Geologia Estrutural. É essencial que o candidato tenha capacidade de decisão, capacidade física, gosto por trabalho de campo solitário e automóvel.
Resumo dos trabalhos: O projecto em curso tem como objectivo identificar em pormenor a importância paleontológica do Ordovícico do Sinclinal de Penha Garcia (6 meses) e o Paleogénico da Bacia de Moraleja-Ródão (3 meses). No primeiro caso, o trabalho de campo pode ser estendido para comparação no prolongamento do sinclinal pela Província da Extremadura. No segundo caso, serão apreciadas essencialmente fácies de carbonatos pedogénicos que se podem estender para os concelhos de Castelo Branco, Vila Velha de Ródão e Nisa. O trabalho científico terá como resultado a publicação dos mais relevantes achados e incluirá o projecto do Museu do Paleozóico, em desenvolvimento na vila de Penha Garcia. Paralelamente a esta prospecção sistemática de jazidas será inventariado todo o património geológico das áreas de estudo. Pede-se o acompanhamento de algumas das actividades de divulgação promovidas pelo Geopark Naturtejo.
Duração: 9 meses (com a possibilidade de estender por mais 3 meses)
Remuneração: dois ordenados mínimos.
A candidatura é feita mediante o envio de currículo e carta de motivação, para a seguinte morada:
Centro Cultural Raiano
Sede do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional
Avenida Joaquim Morão 6060-101 Idanha-a-Nova
Mais informações: paleo@walla.com (Carlos Neto de Carvalho)
Geólogo... ma non troppo
O meu orientador de mestrado precisa com urgência de um/uma Geólogo/a para fazer um estágio, infelizmente não remunerado, no estudo para o aeroporto da OTA, quem estiver interessado, contacte-me ou contacte o Departamento de Geotecnica, Núcleo de Geologia de Engenharia do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Passem a informação a quem possa estar interessado, Obrigada!
Então um projecto que envolve "milhões de Euros" como é o caso do aeroporto daOTA, querem oferecer um estágio "NÃO RENUMERADO!!!" Mas andamos aquitodos só para aquecer, ou a ver passar aviões????O LNEC não se digna a renumerar um estagiário associado a um projecto desta envergadura????TENHAM VERGONHA!!! ISTO É INADMISSÍVEL!!!!Realmente, a última linha resume o que se pode pensar acerca de todo este assunto! É realmente vergonhoso ver que tantos milhões são gastos numa mega-projecto que vai dar dinheiro a muita gente, entre dirigentes, empreiteiros, engenheiros ou mesmo trolhas a fazer horas extraordinárias e um "mísero" geólogo, que se esfalfa alguns anos durante o curso na expectativa de arranjar um trabalho minimamente decente não receba um centavo ao dar o seu contributo para uma coisa tao grandiosa, a não ser que pagar a um geologo seja uma grande derrapagem no orçamento...
quinta-feira, março 01, 2007
Trabalho em Geologia/Paleontologia Humana na Espanha
Cualquier persona interesada, por favor póngase en contacto con el Dr. José Mª Bermúdez de Castro Risueño en la dirección: jm.ber@cenieh.es.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Ano Polar Internacional - Sessão de Abertura
O Comité Português para o Ano Polar Internacional tem o prazer de o(a) convidar para a Sessão de Abertura e Conferência de Imprensa que se realiza no dia 28 de Fevereiro no Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva, no Parque das Nações, em Lisboa, às 10h00, para apresentação da estratégia científica e educativa portuguesa para o API.
O evento conta com a participação do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago.
PROGRAMA
10h00: Abertura da Sessão – Intervenções da Sociedade de Geografia de Lisboa e do Ciência Viva
10h15: Palestra “Antarctic and the IPY: Showcasing the Earth Sciences” - Prof. Doutor James Bockheim, Universidade de Wisconsin-Madison (EUA)/Co-Chair, IPY ANTPAS core project.
10h45: Palestra “ From politics to International Polar Years” - Doutor Inigo Everson OBE, Fellow da Anglia Ruskin University (Cambridge)/Investigador do British Antarctic Survey (1964-2005).
11h15: Welcome coffee e recepção aos jornalistas
11h30: Apresentação do Ano Polar Internacional (API) - Prof. Doutor Luís Mendes-Victor
11h45: A estratégia científica portuguesa para o API - Doutor José Xavier.
12h00: LATITUDE60! O programa português do API para a educação - Prof. Doutor Gonçalo Vieira
12h15: Apresentação da Exposição “As regiões polares e o equilíbrio ambiental da Terra” – Mundicenter
12h25: Perguntas e Respostas
12h45: Encerramento da sessão
Em paralelo com a Sessão de Abertura do Ano Polar Internacional, decorrerá no Pavilhão do Conhecimento a Exposição Interactiva “Mãos no Gelo” que incluirá experiências científicas sobre temáticas polares, bem como equipamento usado em campanhas antárcticas que os estudantes poderão experimentar.
Mais informações em: http://anopolar.no.sapo.pt
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Colóquio sobre a indústria mineira
Recepção dos participantes (9h-10h)
Sessão inaugural (10h-10h30’)
Intervenção de abertura
João Paulo Avelãs Nunes (Inst. História Económica e Social da FLUC e CEIS20/UC)
1ª Sessão (10h30’-12h30’): O futuro da indústria mineira em Portugal
Luís M. Plácido Martins (INETI)
Passado, presente e futuro da indústria extractiva em Portugal
Nelson Rodrigues (Departamento de Ciências da Terra da FCTUC)
Mineração – alguns aspectos do estado da arte
Debate
2ª Sessão (14h30’-18h30’): Arqueologia Mineira
Inácio Montero (CSIC — Madrid)
Investigaciones sobre el aprovechamiento de minerales metálicos en la prehistoria de la Península Ibérica
Juan Aurélio Pérez Macías (Universidad Huelva)
La minería romana y medieval en el suroeste peninsular
Debate
Intervalo
José d’Encarnação (Instituto de Arqueologia da FLUC)
O Quotidiano numa aldeia mineira romana: Vipasca
Helena Catarino (Instituto de Arqueologia da FLUC)
Actividade mineira e metalúrgica islâmica no Algarve Oriental: o Castelo Velho de Alcoutim
Deolinda Folgado (IPPAR)
Património Mineiro. Uma identidade para o futuro
Debate
13 Março ´07 (3ª Feira)
3ª Sessão (9h30’-13h): História da mineração contemporânea
Jorge Custódio (IPPAR – Director do Convento de Cristo)
A mineração contemporânea e a edificação industrial da paisagem mineira
Helena Alves (Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da UC)
Estrutura dos povoados mineiros e sua implantação local: continuidades e adaptações.
Debate
Intervalo
David Mourão Ferreira Castaño (Mestre em História das Relações Internacionais)
Urânio: o acordo luso-britânico de 1949
João Paulo Avelãs Nunes (Inst. História Económica e Social da FLUC e CEIS20 /UC)
Indústria mineira, internacionalização e “fomento económico” em Portugal continental (1850-1950)
Debate 4ª Sessão (14h30’-18h30’): Reutilização de zonas mineiras
Gaspar Nero (Eng.º, EDM, Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA)
Recuperação de antigas áreas mineiras degradadas em Portugal
Mário Barroqueiro (Mestre em Geografia Humana– FLUC)
Centros mineiros tradicionais: onde o passado industrial abre portas a um futuro lúdico e de conhecimento
Debate
Intervalo
José Maria Mantecón Jara (Fundación Ríotinto)
El parque minero de Riotinto
Alexandre Andrade (Engenheiro, CUF)
Divulgação das actividades em minas de sal-gema: Mina Campina de Cima (Loulé)
Debate
Intervenção de encerramento
Fernando Pedro Figueiredo (Departamento de Ciências da Terra da FCTUC)
14 Março ´07 (4ª Feira)
5ª Sessão (8h-18h): Visitas de estudo
Visita A - Projecto de requalificação turística do património edificado e ambiental da Antiga Lavaria das Minas da Panasqueira – Cabeço do Pião (C. M. Fundão).
Visita B – Património mineiro do concelho de Arouca – As Minas de Volfrâmio (C. M. Arouca)
Visita C – Minas de Carvão - Património mineiro das Minas do Pejão e S. Pedro da Cova.
Organização:
Departamento de Ciências da Terra da FCTUC, Instituto de História Económica e Social da FLUC, Instituto de Arqueologia da FLUC e Instituto de Estudos Geográficos Centro de Geociências da U.C., Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da U.C. – CEIS20, Centro de Arqueologia das Universidades de Coimbra e Porto, Centro de Estudos Geográficos
Apoios:
Reitoria da U.C., Fundação para a Ciência e a Tecnologia –FCT, Fundação Engenheiro António de Almeida e Fundação Calouste Gulbenkian, Beralt Tin and Wolfram (Portugal), S.A.
Actividade em Allariz - Galiza
Aqui fica uma amostra, fotográfica:
Em breve disponibilizaremos outros materiais - a seguir no no Blog GeoLeiria...