quinta-feira, julho 24, 2008

Geologia no Verão - actividade do fim de semana passado

Vamos colocar aqui, pouco a pouco, mapas, textos de apoio e fotografias, entre outros, da actividade do fim de semana passado, intitulada Usar e não abusar: Geologia e recursos geológicos da região das Colmeias.

Para começar, mapas dos locais visitados...

Corbário - Barracão


Alto dos Crespos - lavagem de areia e recolha de argila da ADM




Alto dos Crespos - barreiro da ADM



Espite - camada de carvão


Ver mapa maior


Olho de Água de Vale Sobreiro - Caranguejeira


Café Vista do Lapedo - junto ao Centro de Interpretação





NOTA: o percurso foi entre Palmeiria e Carrasqueira, por dentro do Vale Canhão do Lapedo (mapa do Sapo AQUI).

Sismos recentes em Portugal

Houve, nos últimos dias alguns sismos sentidos pelas populações em Portugal, a saber:


Sismo de 2008-07-19 - 22.11 horas

Foi sentido com intensidade II na escala de Mercalli na zona de S.º Tirso e Valongo. Teve magnitude 2,0 na escala de Richter.


Sismo de 2008-07-19 - 05.04 horas

Foi sentido com intensidade II na escala de Mercalli na zona a Nordeste de Ribeirinha (Faial). Teve magnitude 2,2 na escala de Richter.


Sismo de 2008-07-04 - 02.07 horas

Foi sentido com intensidade III na escala de Mercalli na zona das Furnas (S. Miguel). Teve magnitude 2,6 na escala de Richter.


FONTE
: Instituto de Meteorologia (que está com o site bastante renovado - ainda não sei se gosto...)

quarta-feira, julho 23, 2008

Novo sismo no Japão

Intensidade de 6,8 na escala de Richter
Japão: balanço provisório de feridos no sismo sobre para 43
23.07.2008 - 21h40 Agências

O violento sismo de 6,8 na escala de Richter que abalou o Japão na noite de quarta para quinta-feira (hora local do país) fez pelo menos 43 feridos e elevados danos materiais de acordo com um balanço provisório. No mês de Junho a mesma zona tinha já sofrido um tremor de terra que chegou aos 7,2.

O abalo aconteceu às 00h26 (16h26 de Lisboa) e o seu epicentro foi localizado a 120 quilómetros de profundidade na região de Iwate, na cidade de Hachinohe, segundo dados da agência meteorológica japonesa, que indicou não ter sido accionado um alerta para tsunami.

As televisões japonesas mostraram imagens de pessoas apavoradas nas ruas, objectos a cair e alguns pequenos focos de incêndio. Os prédios de Tóquio, 500 km ao sul do epicentro, também balançaram.

Por sua vez, a estação de televisão Asahi, citada pela Reuters, adiantou que pelo menos três carros ficaram soterrados após um aluimento de terras provocado pelo sismo, cuja intensidade causou ainda o corte do abastecimento de electricidade de perto de dez mil casas. Ainda segundo os media japoneses, várias instalações atómicas situadas na região de Aomori, nomeadamente o complexo de reciclagem de combustível nuclear de Rokkasho, não sofreram qualquer dano aparente.

Situado na confluência de quatro placas tectónicas, o Japão regista 20 por cento dos terramotos do planeta.


in Público - ler notícia

Notícia sobre fósseis de ostracodos descobertos na Antártida

Paleontologia
Descoberta de fóssil de crustáceo revela Antárctida com clima mais quente
23.07.2008 - 19h05 Nicolau Ferreira

Os Vales Secos na Antárctida parecem imutáveis. Milhares de quilómetros quadrados de rocha seca, gelada e sem vida. Mas um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos descobriu fósseis com 14 milhões de anos de um tipo de crustáceos chamados ostracode. A descoberta obriga os investigadores a imaginar aquela paisagem agora inóspita como uma região com vegetação, lagos e com um clima mais temperado.

“Na Antárctida é a primeira vez que se encontram fósseis destes”, disse Mark Williams do departamento de Geologia da Universidade de Leicester, referindo-se aos fósseis de um milímetro de comprimento, que pertenciam a organismos que viviam em lagos.

No Monte Bóreas, situado na ponta do vale McKelvey, um dos três que formam a região, os cientistas encontraram outros fósseis. Mas, no meio das diatomáceas (algas microscópicas), dos musgos e dos escaravelhos, foram os ostracode que surpreenderam os investigadores.

“Temos pernas, partes bucais e os órgãos reprodutores. Até conseguimos ver os pêlos das pernas”, disse o geólogo, entusiasmado com o grau de conservação dos fósseis.

A segunda surpresa é que a descoberta obriga a rever a cronologia climática do continente. “A presença de ostracode que vivem no lago a estas latitudes - 77 graus Sul - é notável. Na distribuição moderna, os mais a sul estão a 60 graus”, explica o investigador.

Por isso, o clima não podia ser igual. Há 14 milhões de anos naquela região existia uma vegetação típica de tundra, com lagos alimentados pelos glaciares e com um clima mais ameno.

Segundo Adam Lewis da Universidade do Dacota do Norte, nos Estados Unidos, em 250 mil anos os glaciares que rodeavam aquela área deixaram de alimentar os lagos, o clima arrefeceu e gradualmente a região foi se tornando como hoje a conhecemos. "Passado 13,8 milhões de anos não existe água, é seco e frio”, disse o investigador à BBC News.

A descoberta foi publicada na revista científica “Proceedings of the Royal Society B” e vai ajudar a compreender a evolução do clima terrestre. “Temos este enorme salto climático que aconteceu há cerca de 14 milhões de anos, quando os oceanos se reorganizaram e a Antárctida congelou”, explica Williams. Para o investigador, os fósseis precedem a mudança e são o seu testemunho.


in Público - ler notícia

O trabalho escravo nestes tempos difíceis e o ex-INETI

Salários mais baixos
Eles são cientistas mas o Estado emprega-os nos seus laboratórios como técnicos superiores
23.07.2008 - 09h57 Teresa Firmino

Há algumas dezenas de cientistas a trabalhar nos laboratórios do Estado como técnicos superiores, o que implica um salário inferior ao dos seus colegas investigadores, apesar de desempenharem as mesmas funções.

Enquanto a reforma dos laboratórios do Estado se encontra em curso, esses cientistas doutorados alertam para que as novas instituições contem com eles na carreira de investigação e se acabe com uma situação que consideram discriminatória há vários anos.

Receiam, no entanto, que tal não venha a suceder, porque o decreto-lei de 2006 que estabelece o regime de mobilidade entre serviços dos funcionários da administração pública considera que as transições de pessoal se processam para igual categoria e remuneração do serviço de origem.

A reforma dos 11 laboratórios do Estado foi anunciada em meados de 2006 pelo ministro da Ciência, Mariano Gago. Quando as extinções, fusões e criações de laboratórios estiverem concluídas, o Estado ficará com nove instituições científicas sob a sua tutela.

Por exemplo, o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) já foi extinto em Outubro de 2007. A partir dele nasceu o Laboratório Nacional de Energia e Geologia, ainda sem conselho directivo, o que aflige os funcionários do ex-INETI, que dizem estar num processo de morte lenta (outros recursos humanos, científicos e materiais do INETI vão ser distribuídos por diversas instituições).

Também nasceu o Instituto Nacional de Recursos Biológicos, este já com conselho directivo, a partir da fusão do Instituto de Investigação Agrária, das Pescas e do Mar e do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e, ainda, da integração das competências na área da investigação da Direcção-Geral de Protecção de Culturas.

"Situação insustentável"
O caso foi apresentado por um conjunto de técnicos superiores doutorados do INETI à Provedoria da Justiça, que no início de 2006 lhes deu razão.

"Existe um aproveitamento do trabalho especializado mediante contrapartida financeira mais reduzida, ou seja, o INETI beneficia da prestação de trabalho e tarefas inerentes ao investigador em clara violação do princípio de igualdade", lê-se na carta enviada pela provedoria àquele instituto.

"A manutenção da actual situação afigura-se insustentável, por injusta e lesiva, retirando daqui o Estado um benefício indevido", continua o documento da provedoria.

O PÚBLICO quis saber se estes cientistas vão ser integrados na carreira de investigação nas novas instituições que estão a ser criadas, mas o Ministério da Ciência não fez quaisquer comentários.

Em Abril do ano passado, o ministério deu uma resposta aos investigadores em causa, dizendo-lhes: "A situação de permanência na carreira técnica superior de doutorados a desempenharem funções de investigação é uma preocupação deste ministério, que está a acompanhar o assunto no quadro das alterações em curso nos laboratórios do Estado".


in Público - ler notícia (texto a negrito da nossa responsabilidade)

Achado arqueológico - notícia no Público

Ossos de neandertais na gruta da Oliveira

14.07.2008, Teresa Firmino

Dois fragmentos do homem de Neandertal foram descobertos no sábado pela equipa do arqueólogo João Zilhão na gruta da Oliveira, localizada na rede de grutas da nascente do rio Almonda (Torres Novas). Trata-se de um pedaço de um úmero direito e de um fragmento do crânio, explica Zilhão, da Universidade de Bristol, no Reino Unido. Têm 50 mil a 60 mil anos.

Os neandertais surgiram há 300 mil anos; viveram apenas na Europa e no Médio Oriente. Aos poucos, foram recuando até ao seu último reduto, a Península Ibérica, onde se extinguiram há 28 mil anos.

Os motivos do seu desaparecimento são alvo de um longo debate na comunidade científica. Há quem diga que o homem moderno os dizimou. Mas também quem defenda, como Zilhão, que neandertais e homens modernos chegaram a reproduzir-se entre si. Desapareceram como espécie, por alguma fraqueza de adaptação, mas continuaram a existir através de nós.

Em Portugal, os restos de neandertais são poucos. Limitavam-se a dois dentes isolados, um encontrado na gruta Nova da Columbeira (Bombarral) e outro na gruta da Figueira Brava (Sesimbra) e, ainda, a quatro fragmentos ósseos descobertos na gruta da Oliveira.

Zilhão anda a escavar esta última gruta há 20 anos. Por volta de 1998, encontrou um fragmento do cúbito e da falange, com cerca de 43 mil a 45 mil anos. Em 2003, apareceu um úmero direito, com 50 mil a 60 mil anos. Em 2006, foi uma tíbia, também com 50 a 60 mil anos. No ano passado, estes achados foram publicados num artigo científico na revista American Journal of Physical Anthropology.


Carlos Paredes - músicas






Discurso - Carlos Paredes




"Quando eu morrer, morre a guitarra também.

O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele.

Eu desejaria fazer o mesmo. Se eu tiver de morrer.”

NOTA: Tu nunca morres, Carlos Paredes (e todos os teus antepassados que ao nome Paredes deram a eternidade). Não enquanto houver registos da tua música e enquanto houver memória...

Carlos Paredes - 4 anos de saudade

Faz hoje 4 anos que nos deixou o génio da Guitarra de Coimbra. Recordemos o Homem e, sobretudo, a sua guitarra...

Da Wikipédia, um pequeno resumo da sua vida:

Carlos Paredes (Coimbra, 16 de Fevereiro de 1925Lisboa, 23 de Julho de 2004) foi um compositor e guitarrista português.

Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - mantém um estilo Coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições.

Filho, neto e bisneto dos famosos guitarristas Artur, Gonçalo Paredes e José Paredes, começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano; frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música. Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas a quem devo a cultura musical que tenho".

Em 1934, muda-se para Lisboa com a família, e abandona o violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai, do meu avô, bisavô e tetratavô".

Carlos Paredes inicia em 1939 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Em 1943 faz exame de admissão ao Curso Industrial do Instituto Superior Técnico, que não chegou a concluir e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se em 1949 funcionário administrativo do Hospital de São José.

Em 1957 grava o seu primeiro disco, a que chamou simplesmente "Carlos Paredes".

Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, de que era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!»

Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”.

Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa".

Quando os presos políticos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias. Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs.

A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».

Uma doença do sistema nervoso central (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu em 23 de Julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.

Música para iniciar a preparação do novo ano lectivo

Duffy - Mercy



I love you
But I gotta stay true
My morals got me on my knees
I'm begging please stop playing games

I don't know what this is
'Cos you got me good
Just like you knew you would

I don't know what you do
But you do it well
I'm under your spell

You got me begging you for mercy
Why wont you release me
You got me begging you for mercy
Why wont you release me
I said release me

Now you think that I
Will be something on the side
But you got to understand
That I need a man
Who can take my hand yes I do

I dont know what this is
But you got me good
Just like you knew you would

I dont know what you do
But you do it well
I'm under your spell

terça-feira, julho 22, 2008

Revista on-line sobre Gestão Costeira Integrada


Já está disponível na Internet, para download, o n.º 8 - fascículo 1, da Revista de Gestão Costeira Integrada. Aconselha-se a sua consulta e leitura, pois tem vários artigos muito interessantes...

Site da revista - AQUI

Link para download da última revista - AQUI

Pavilhão do Conhecimento faz nove anos

Informação recebida da Unidade Ciência Viva:

Dia 25 de Julho é dia de festa.

Na próxima sexta-feira o Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva faz nove anos e preparou uma programação especial para o seu aniversário. Como todos os anos, a entrada é gratuita.

Neste dia, e a partir das 10h00, oferecemos a nós próprios e ao nosso público um presente muito especial: o início das transmissões regulares do Ciência Viva TV - Canal Online. Reportagens, entrevistas, vídeos temáticos e notícias científicas vão preencher a programação deste canal de divulgação da ciência e da tecnologia, disponível 24 horas por dia no endereço www.cvtv.pt.

Mas neste dia não queremos que fique em casa a ver televisão no computador. Venha até ao Pavilhão do Conhecimento e assista à emissão em directo do CVTV através dos ecrãs que estarão espalhados pelas várias áreas expositivas. E não perca a oportunidade de ver como é a produção de um canal de televisão nos nossos estúdios montados no foyer e abertos ao público.

Participe nas reportagens que a equipa do CVTV fará em directo durante todo o dia com os visitantes, conheça a ciência que se esconde atrás dos tachos no espaço de A Cozinha é um Laboratório, coloque as suas dúvidas científicas e desvende alguns mitos urbanos, ponha as Mãos no Gelo, assista à mesa-redonda sobre cozinha molecular, viaje até Marte com as reportagens do CVTV e descubra que é possível levar a ciência no seu telemóvel através dos podcasts que pedimos a dois cientistas que gravassem para o nono aniversário do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.

Venha comemorar connosco e ajude-nos a soprar as velas.

PROGRAMA:

10.00 - Início das transmissões do CVTV
11.00 - Lançamento oficial do CVTV com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
18.00 - Bolo de Aniversário e Parabéns ao Pavilhão do Conhecimento

Palestra de Astronomia sobre a Teoria de Milankovitch

Observatório Astronómico de Lisboa

Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa


Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa


O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) promove Palestras públicas mensais que têm lugar no Edifício Central, pelas 21h30 da última sexta-feira de cada mês.

A próxima sessão decorrerá no dia 25 de Julho e terá como tema:

"Factores astronómicos que condicionam o clima e a vida na Terra"

Prof. Alexandre Correia

Departamento de Física da Universidade de Aveiro

As variações de insolação (energia por unidade de área recebida do Sol) à superfície de um planeta resultam do efeito combinado entre a sua posição na órbita e da orientação do seu eixo de rotação. Para a Terra estas variações são ligeiras, mas estão contudo na origem de grandes variações climatéricas no passado, conhecida na literatura pela teoria de Milankovitch sobre os paleoclimas. Vestígios destas variações climáticas podem ser encontrados por exemplo nas calotes polares (até 400 000 anos) ou nos sedimentos marinhos para períodos de tempo mais longos (até 200 milhões de anos). No âmbito de um esforço pluridisciplinar para compreender as variações possíveis da orientação e do clima da Terra ao longo dos últimos mil milhões de anos, pretende-se determinar os constrangimentos dinâmicos e observacionais para a evolução do eixo do nosso planeta até 600 milhões de anos. Nesta palestra serão apresentados algumas das descobertas mais recentes, bem como a importância da existência da Lua na estabilização do clima no nosso planeta.


VIDEODIFUSÃO DA PALESTRA PÚBLICA

É com enorme prazer que anunciamos que o OAL fará a transmissão da sua Palestra Mensal através da Internet.

No dia 25 de Julho a partir das 21h30 visite o seguinte endereço:
http://live.fccn.pt/oal/


A entrada na Tapada da Ajuda faz-se pelo portão da Calçada da Tapada, em frente ao Instituto Superior de Agronomia.

No final de cada palestra, e caso o estado do tempo o permita, fazem-se observações dos corpos celestes com telescópio.

Convida-se o público a trazer os seus binóculos ou mesmo pequenos telescópios caso queiram realizar as suas próprias observações ou ser ajudados com o seu funcionamento.

Para mais informações use o telefone 213616730, ou consulte:
http://www.oal.ul.pt/palestras

Cometa visível em Portugal

Do Blog terra que gira publicamos, com a devida vénia, o seguinte post:


O Cometa C/2007 W1 Boattini pode ser observado no hemisfério norte a olho nu durante a madrugada dos meses de Julho e Agosto de 2008. Uns binóculos talvez ajudem! Ver aqui uma imagem do cometa tirada por François Kugel.


Mais aqui

Fonte daqui

Geologia no Verão para cegos e amblíopes na Nazaré


Vai decorrer, na Nazaré, uma Geologia no Verão muito especial: intitulada GEOLOGIA COM OUTROS SENTIDOS, é feita pelo Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em colaboração com a Câmara Municipal da Nazaré e é dedicada a cegos e amblíopes, o que é de louvar...

Os nossos parabéns ao Doutor Mário Cachão, responsável pela acção, ao Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, à colega geóloga Maria Laura Anastácio, incansável na divulgação do geopatrimónio da Nazaré, e à Câmara Municipal da Nazaré...

Cavidades Vulcânicas dos Açores

Do Blog Profundezas... publicamos o seguinte post, associando-nos aos parabéns da Sofia:

"Cavidades Vulcânicas dos Açores" é o mais recente guia bilingue (português e inglês) publicado pelo Gespea, Os Montanheiros e Amigos dos Açores, com o patrocínio da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.

"Cavidades Vulcânicas dos Açores" é uma viagem ilustrada pelo espectacular património vulcanoespeleológico deste arquipélago, dando a conhecer a geodiversidade e biodiversidade escondidas no seu mundo subterrâneo.



Surpreende pela qualidade gráfica e de conteúdos.

O Blog Profundezas... felicita os autores pela qualidade da publicação!

Geologia no Verão - S. Miguel (Açores)

Foi-nos solicitado a divulgação da seguinte actividade, feita pela Associação Ecológica Amigos dos Açores, que recomendamos vivamente aos nossos leitores micaelenses e a quem visite essa maravilhosa ilha...



Só é pena que não haja mais actividades nos Açores nas outras ilhas e mesmo em S. Miguel - há que incentivar o Observatório Vulcanológico e Sismológico da Universidade dos Açores, o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, o Departamento de Geociências da Universidade dos Açores, Os Montanheiros - Sociedade de Exploração Espeleológica e muitos outros a mostrarem a Geologia dos Açores...!

domingo, julho 20, 2008

Notícia sobre a Mina de Sal-Gema de Loulé

Mina de sal de Loulé vai receber 400 turistas/dia
05-11-2007 7:30:00

Em fase de decréscimo na produção, o grupo CUF quer rentabilizar a mina de sal gema, inserindo-a no roteiro turístico da região. Mas também há projectos para fazer dela um gigantesco arquivo e pô-la ao serviço dos doentes asmáticos.

“Queremos receber aqui 400 turistas por dia, mas para isso temos que equipar as minas de infra-estruturas que não têm neste momento”, revelou ao Observatório do Algarve o director técnico Alexandre Andrade, do grupo CUF.

O estabelecimento de uma visita turística dentro de uma parte dos 46 quilómetros de galerias que ali têm sido abertos desde os anos 60, altura da descoberta da jazida, é um dos projectos já assentes.

Por agora, a mina de Campinas de Cima, às portas de Loulé, produz 40 mil toneladas de sal gema (em 2005 produzia 110 mil), utilizado em Portugal e no estrangeiro na produção de descongelante para o gelo das estradas e em rações para animais. Aquele sal, mais “salgado” que o utilizado nas cozinhas, não serve para alimentação humana.

Para as novas tarefas “terciárias”, terão que ser instalados no subsolo, entre 230 e 260 metros de profundidade, equipamentos como uma secção multimédia em que se explique aos visitantes o que é e para que serve a mina.

Poderá ser também construído um restaurante, zonas de vendas baseadas nas pedras de sal (da pedra de sal gema podem ser feitos candeeiros, esculturas e pisa-papéis, por exemplo), além de terem que ser abertos novos poços para instalar elevadores, que substituam as “gaiolas” por onde agora descem e sobem os trabalhadores.

Um sanatório subterrâneo para asmáticos

Responsável pela estrutura de Loulé e por uma mina congénere na zona da Figueira da Foz, o técnico tem visitado nos últimos meses outras minas europeias, onde colhe ideias para abrir as minas a actividades paralelas.

Na Polónia, por exemplo, viu uma mina de sal com balneários, piscina, discotecas e até um campo de futebol, dedicada a crianças que padeciam de doenças respiratórias.

De resto, a abertura de uma zona de tratamento daquele tipo de doenças, em que se inclui a asma, é outro dos projectos do grupo CUF. A ausência de humidade no interior da mina faz dela ideal para o tratamento daquelas doenças e em tempos houve pessoas que passavam quinzenas na mina a conselho dos médicos.

Considerada pelo grupo CUF como o maior espaço visitável em Portugal com condições de segurança, a nova utilização turística teve recentemente um balão de ensaio, com a exibição – há pouco mais de um mês – de um ciclo de cinema dedicado à claustrofobia e de uma batida fotográfica, que decorreu no passado sábado.

Ambas as iniciativas foram organizadas no terreno pela Casa da Cultura de Loulé, que no início do ano foi contactada pelo grupo CUF e constituíram um sucesso, nomeadamente o ciclo de cinema (que levou a chancela do Cineclube de Faro), com sessões sempre cheias, segundo disse ao Observatório do Algarve Élio Pelica, daquela associação cultural.

O director técnico das minas de sal do grupo CUF revelou ainda que o grupo pretende alugar algumas galerias – muitas delas fechadas com taipais – a empresas que tenham falta de espaço para arquivos mortos. “Desse ponto de vista, temos aqui o maior armazém do País”, acrescentou Alexandre Andrade.

64 metros abaixo do nível do mar

A mina de sal surgiu aquando da mutação geológica que resultou na separação entre a Europa e África, que criou o Mar Mediterrânico, há 250 milhões de anos, ainda antes da era (SIC) Jurássica.

A cobertura de uma enorme massa de água salgada pela terra num período relativamente curto resultou no enorme torrão de pelo menos um quilómetro de profundidade que hoje se estende a Leste de Loulé e não se sabe onde acaba.

Há quem diga que ramos dessa linha de sal poderão atingir as proximidades de Barcelona, onde há uma jazida semelhante.

Com início 90 metros abaixo da superfície – após uma camada de calcário (1 aos 45 metros) e outra de gesso (45 aos 90 metros) -, a mina já foi “descoberta” até aos 313 metros de profundidade, mas as enormes galerias feitas pelo homem situam-se em dois níveis, a 230 e 260 metros de profundidade. A primeira galeria situa-se 64 metros abaixo do nível do mar.

Antes realizada a poder de dinamite, picaretas e martelos pneumáticos, actualmente, a extracção de sal é feita com uma máquina de perfuração a que os trabalhadores chamam “roçadora”.

Após esse trabalho, os camiões que circulam no interior das galerias (algumas maiores do que um túnel rodoviário comum) levam o minério a uma máquina que o desfaz e leva ao poço de transporte de material, até à superfície.

Boa parte da produção é levada para fora do País, onde é usado sobretudo para o fabrico de descongelante para as estradas europeias.

A mina foi descoberta há meio século, graças a um furo realizado numa propriedade em Campinas de Cima, cujo resultado foi… água salgada.

in Observatório do Algarve, 05.11.2007 - ler notícia

NOTA: embora com algumas asneiras, publicamos esta notícia antiga e perguntamos aos nossos leitores: quando haverá actividades turísticas (isto para além das actividades da Geologia no Verão) na Mina de Campina de Cima? Recordamos ainda que podem ver imagens da Mina neste nosso post antigo.

Lua

Apollo XI - 39 anos depois


Faz hoje 39 anos que finalmente um homem andou noutro planeta. Quando o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1961, apontou como meta a Lua (levar um homem à Lua e trazê-lo de volta são e salvo, antes do decénio acabar) ninguém pensou que seria possível. Mas, como disse o Poeta, pelo sonho é que vamos... Bravos homens da Apollo XI, nunca vos esqueceremos! “Houston, Tranquility Base here - the Eagle has landed” e "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind" são frases inesquecíveis...

Lembremos a data com Poesia:

Poema do homem novo

Niels Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.
No calendário da História sublinhou-se
com espesso traço o memorável feito.

Tudo nele era novo.
Vestia quinze fatos sobrepostos.
Primeiro, sobre a pele, cobrindo-o de alto a baixo,
um colante poroso de rede tricotada
para ventilação e temperatura próprias.
Logo após, outros fatos, e outros e mais outros,
catorze, no total,
de película de nylon
e borracha sintética.
Envolvendo o conjunto, do tronco até aos pés,
na cabeça e nos braços,
confusíssima trama de canais
para circulação dos fluidos necessários,
da água e do oxigénio.

A cobrir tudo, enfim, como um balão ao vento,
um envólucro soprado de tela de alumínio.
Capacete de rosca, de especial fibra de vidro,
auscultadores e microfones,
e, nas mãos penduradas, tentáculos programados,
luvas com luz nos dedos.

Numa cama de rede, pendurada
das paredes do módulo,
na majestade augusta do silêncio,
dormia o Homem Novo a caminho da Lua.

Cá de longe, na Terra, num borborinho ansioso,
bocas de espanto e olhos de humidade,
todos se interpelavam e falava,
do Homem Novo,
do Homem Novo,
do Homem Novo.

Sobre a Lua, Armstrong pôs finalmente os pés.
caminhava hesitante e cauteloso,
pé aqui,
pé ali,
as pernas afastadas,
os braços insuflados como balões pneumáticos,
o tronco debruçado sobre o solo.

Lá vai ele.
Lá vai o Homem Novo
medindo e calculando cada passo,
puxando pelo corpo como bloco emperrado.
Mais um passo.
Mais outro.

Num sobre-humano esforço
levanta a mão sapuda e qualquer coisa nela.
com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira, com o coração pequeno e ressequido
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar, no chão poeirento da Lua, a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.

in Novos Poemas Póstumos - António Gedeão (1990)

Pelo sonho é que vamos

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

Partimos. Vamos. Somos.

in Pelo sonho é que vamos - Sebastião da Gama

NOTA: post conjunto com o Blog AstroLeiria

quinta-feira, julho 17, 2008

Maluquices - música para Geopedrados

Nestes tempos malucos, uma canção que me faz lembrar as políticas da minha entidade patronal - em duas versões, pois também ela está agora a mudar o aspecto (note-se o ensaio fotográfico recente, estilo revista masculina, de uma senhora que tinha idade para ter juízo) e a dourar a maçã com que nos quer presentear...








Crazy - Gnarls Barkley

I remember when, I remember, I remember when I lost my mind
There was something so pleasant about that phase.
Even your emotions had an echo
In so much space

And when you're out there
Without care,
Yeah, I was out of touch
But it wasn't because I didn't know enough
I just knew too much

Does that make me crazy
Does that make me crazy
Does that make me crazy
Probably

And I hope that you are having the time of your life
But think twice, that's my only advice
Come on now, who do you, who do you, who do you, who do you think you are,
Ha ha ha bless your soul
You really think you're in control

Well, I think you're crazy
I think you're crazy
I think you're crazy
Just like me

My heroes had the heart to lose their lives out on a limb
And all I remember is thinking, I want to be like them
Ever since I was little, ever since I was little it looked like fun
And it's no coincidence I've come
And I can die when I'm done

Maybe I'm crazy
Maybe you're crazy
Maybe we're crazy
Probably


Nota: canção do álbum St. Elsewhere - podem ver o vídeo oficial AQUI.

sábado, julho 12, 2008

Mestrado em Ciências da Terra - Universidade de Coimbra

Candidaturas a Mestrado

Está aberta de 2 a 20 de Julho 2008 a 2ª fase de candidatura ao 2º Ciclo de Bolonha para 2008/2009. As inscrições são feitas através do site da FCTUC


1º Ano - 1º Semestre
Actividades Práticas em Geociências *
Epistemologia das Geociências *
Geohistória de Portugal
Seminário I
Sistemas Terrestres *
Terra no Espaço *

1º Ano - 2º Semestre
Comunicação em Geociências
Geociências e Saúde *
Geodiversidade e Geoconservação *
Gestão Sustentável de Recursos *
Riscos Geológicos e Ordenamento do Território *
Seminário II

2º Ano
Dissertação

* Unidade curricular opcional


NOTA: A propina é de 1.000 €. A informação retirada do site do DCT/UC

Congresso no Geopark Naturtejo

XVIII Jornadas MINOM - Geoturismo, Desenvolvimento Local e Museologia


Mais informações em: www.geoparknaturtejo.com

Conferência em Lisboa

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - Departamento de Geologia


Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT 2008

(site oficial AIPT2008 nacional em: PROGEO/AIPT2008 )



Megacidades:
o nosso futuro
global


Conferência:

Geologia de Cidade

por

António Gomes Coelho
Geólogo, consultor da COBA, Presidente da APG, Vice-presidente da SGP

16 de Julho, 17.00 horas, anfiteatro 6.2.53 (edifício C6, GeoFCUL)



Mais informações, resumo das conferências e programa das comemorações em:

quinta-feira, julho 10, 2008

quarta-feira, julho 09, 2008

Geologia no Verão - a nossa actividade!

Conforme prometido, aqui ficam os dados da nossa actividade deste ano da Geologia no Verão 2008, a única a realizar no concelho de Leiria, feita com o Doutor Jorge Dinis (Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra):

Usar e não abusar: Geologia e recursos geológicos da região das Colmeias


DATA: 19.07.2008 (sábado)

HORÁRIO: 10.00 às 17.00 horas

ORGANIZAÇÃO: Doutor Jorge Dinis - Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e Fernando Martins - Blog Geopedrados

PARTIDA/CHEGADA: Piscinas Municipais de Leiria

ITINERÁRIO: Leiria - Barracão - Colmeias - Espite - Caranguejeira - Lapedo - Leiria

VAGAS: 40 lugares (transporte em Autocarro, sem custos para os inscritos)

INSCRIÇÕES: AQUI


NOTA: Colocaremos em breve mais informações e aceitaremos algumas inscrições directas...

Um passeio pelo Sol

Publicamos o seguinte post, da nossa amiga espeleóloga Sofia Reboleira, retirado do Blog GeoLeiria:

O Sol, através de um telescópio com filtro de observação solar (Foto: S. Reboleira)


No dia 27 e 28 de Junho realizaram-se as "Jornadas de Puertas Abiertas en el Observatorio del Teide".

Durante dois dias foi possível entrar, observar e compreender os telescópios do Instituto de Astrofísica das Canárias.

Perspectiva da zona interior do Observatório del Teide (Foto: S.Reboleira)


Existem actualmente, dois observatórios do espaço nas ilhas Canárias, o Observatório del Roque de los Muchachos, na Ilha de La Palma, vocacionado para a observação do céu profundo e o Observatório do Teide, na Ilha de Tenerife, centrado principalmente na observação da estrela do sistema solar.

Observatório do Roque de los Muchachos, acima das nuvens, La Palma (Foto: S.Reboleira)

O estudo da Astrofísica nas Canárias começou no início da década de 60, com a entrada em funcionamento do primeiro telescópio destinado ao estudo da luz dispersada pela matéria interplanetária.

O vulcão Teide, como pano de fundo ao observatório (Foto: S.Reboleira)

O Observatório do Teide, situado na zona de Izaña, a 2.390 metros de altitude, ocupa uma área de 50 hectares, numa crista que corresponde a um rifte formado pela elevação dos vulcões que hoje compõem as Cañadas do Teide.

Perspectiva do rifte onde está implantado o observatório del Teide (Foto: S. Reboleira)

A sua situação geográfica, associada à excelente transparência e qualidade astronómica do céu das Canárias fazem, do Observatório do Teide, um dos melhores locais europeus reservados ao estudo do Sol, contando com centenas de investigadores, que anualmente ocupam o observatório.

Interior do telescópio Carlos Sanchez (Foto: S. Reboleira)


A vasta área ocupada pelo Observatório encontra-se implantada nas cercanias do Parque Nacional das Cañadas del Teide. Este espaço natural, património da humanidade, foi classificado pelas características únicas na Terra, do estratovulcão que lhe dá o nome - o Teide. De acordo com os mais recentes critérios de classificação de montanhas (contrariando a subjectividade dada pela oscilação do nível médio das águas do mar e baseando a mediçao na superfície da placa oceânica), o Teide encontra-se entre as maiores montanhas do nosso planeta.

Parque Nacional de las Cañadas del Teide (Foto: S. Reboleira)


Estudos recentes de análise de materiais geológicos e de sondagens geofísicas, permitem afastar definitivamente a teoria da influência da fracturaçao da cadeia montanhosa do Atlas, na formação do arquipélago Canário, explicando que na sua origem se incluem apenas processos de hot spot - vulcanismo intraplaca. A variação entre o fenómeno de hot spot do arquipélago Canário e do Hawaiano encontra-se na espessura da placa oceânica na zona da pluma mantélica, que por ser de maior espessura no caso Canário, impede a subsidência das ilhas mais antigas.

Informação ao visitante (Foto: S. Reboleira)

O Observatório del Teide é composto por uma série de telescópios e instalações de acomodação, cozinha, recepção, sala de estar, garagens, estação transformadora e parque de painéis solares, com o objectivo de prestar serviço a todo o pessoal técnico e científico vinculado ao Observatório.

Sala de operações do telescópio VTT (Foto: S. Reboleira)

O Observatório conta ainda com um Centro de Visitantes, com capacidade para 40 pessoas, que ocupa uma cúpula vazia, onde se explica como funcionam os telescópios e a importância da Astronomia na história da humanidade e nos dias de hoje.

Percurso no interior do Observatório del Teide (Foto: S.Reboleira)

Miúdos e graúdos passaram um dia inesquecível, desde a história da mitologia que povoa os nossos céus, aos mais interessantes conceitos científicos associados ao maravilhoso mundo da Astrofísica.

É uma visita imperdível! Especialmente, porque o Sol é a fonte energética da Vida na Terra... Pelo menos, da Vida tal como a concebemos à luz dos conceitos do nosso tempo.

Ciência Viva no Verão 2008


Ciência Viva no Verão
Edição de 2008 (15 de Julho a 15 de Setembro)

Na praia, no campo, na cidade, de dia ou de noite, faça férias com a Ciência.

Observações astronómicas, passeios científicos, visitas a faróis e a grandes obras de engenharia são algumas das actividades propostas por universidades, centros de investigação, museus, empresas, escolas e associações científicas em todo o país.

Este ano este Blog patrocina e recomenda uma Acção (ver post seguinte...), isto para além das seguintes acções da Geologia no Verão (título com link e resumo incluído) que achamos muito interessantes:

Observar e interpretar a geologia, a geomorfologia e a paisagem na região de Penacova-Buçaco. A importância do rio Mondego na modelação das paisagens.


Num rio, a energia que transporta água e sedimentos, é gerada pelo desnível desde a nascente até ao mar. As alterações climáticas fazem variar o nível do mar e também o regime fluvial (cheias ou estiagens). Vamos conhecer a Geologia entre Penacova e Coimbra, conversando e remando num caiaque pelo Rio Mondego.


Serão apresentadas evidências baseadas na leitura de rochas carbonatadas que nos permitem entender a evolução do ambiente e vida marinha ocorridos em Portugal durante o Jurássico inferior. O registo sedimentar inclui um conjunto de argumentos que comprovam interacções entre a atmosfera e o oceano, entre as quais, um evento à escala global que terá resultado na extinção de invertebrados marinhos.


Observar, analisar e interpretar a paisagem do Parque Natural da Serra da Estrela numa perspectiva múltipla que envolva o ambiente passado e presente, a geologia, os recursos hídricos, a engenharia e a produção de electricidade nos aproveitamentos hidroeléctricos.

Com esta acção pretende-se dar a conhecer aos participantes uma série de locais representativos do património geológico e geomorfológico da Unidade Territorial de Alvaiázere, desde alguns dos maiores megalapiás do Maciço de Sicó até locais como as Fórnias da Cruz e Ucha e Fósseis da Serra da Ameixieira.

Desde a glaciação ao degelo, esta acção pretende dar a conhecer os aspectos geoclimáticos que caracterizaram a região do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, seja através da utilização de tecnologia de realidade virtual existente no Centro Ciência Viva do Alviela ou através da observação in loco. Uma viagem ao longo do tempo onde será também abordado o tema das alterações climáticas.

A riqueza da Gruta do Carvão reside, sobretudo, na grande variedade de aspectos geológicos, com estruturas e fenómenos típicos do vulcanismo que nela se podem observar. Pretende-se proporcionar uma visita guiada à referida gruta, precedida de uma explicação sobre o enquadramento geológico da mesma na ilha e sobre a sua formação, bem como a divulgação de um código de conduta para quem visita grutas.

Visitas às principais nascentes que drenam os aquíferos do Jurássico médio e Inferior do Algarve Central com o objectivo de ilustrar os factores que estão na origem da definição da sua localização. A acção pretende ainda mostrar que estas zonas estão associadas aos locais onde se estabelece conexão hidráulica entre as águas subterrâneas e as Ribeiras do Algarve.

O riquíssimo património natural da região centro litoral é visitado num dos seus locais mais emblemáticos, em que paisagens e ecossistemas do Jurássico Superior se reconstituem a partir do grande Livro da Terra. Os participantes poderão observar fósseis, estruturas sedimentares e rochas, imaginando paisagens deslumbrantes, numa viagem às profundas transformações ambientais que a Terra sofreu.

No Cabo Espichel e na Serra da Arrábida, encontramos evidências geológicas que ilustram a abertura do Oceano Atlântico. Os seres que então habitavam os locais onde se iriam formar as rochas, deixaram as suas marcas (por exemplo pegadas de dinossauro), ou tornaram-se eles próprios parte de rocha (fósseis). O visitante ficará impressionado com a informação que podemos extrair das rochas...

Uma viagem ao passado da Terra, lida num Livro de Rocha, com histórias de antigos continentes e oceanos, ilustradas por fósseis de seres extintos há milhões de anos e encadernadas por uma paisagem deslumbrante marcada por montanhas, vales, rios e...gentes!

Visita guiada ao maciço calcário de Condeixa-Sicó-Alvaiázere e Serra da Lousã, abordando temas da geomorfologia, hidrogeologia, Sedimentologia e Geomonumentos.

A acção permite observar os depósitos relacionados com um antigo litoral situado na Serra dos Candeeiros que permitem considerar a vertente ocidental como uma arriba fóssil. Nos calcários do Jurássico superior da plataforma litoral existem várias grutas no vale encaixado da Ribeira do Mogo onde também se situam as nascentes da Chiqueda que escoam as águas infiltradas na Serra dos Candeeiros.

A acção inicia-se com a visita à Fórnea. Durante o percurso, observam-se aspectos da circulação de águas subterrâneas nas regiões calcárias. De seguida visita-se a gruta da Cova da Velha. À tarde, o percurso passa pelo Polje de Alvados, Portela e visita-se a Gruta da Mouração. A acção termina com a passagem pelas nascentes cársicas do rio Lena.


Na Ribeira da Caranguejeira veja uma nascente de águas com temperatura acima da média regional, visite um vale em canhão escavado pela ribeira, onde foi encontrado o abrigo do Menino do Lapedo, considerado um híbrido entre neandertais e humanos modernos. Conheça ainda as nascentes do Rio Lis entre Reixida e Fontes e a gruta do Buraco Roto.
De manhã desce-se ao Focinho do Cabo Espichel observando-se a saída da Lapa das Pombas invadida pelo mar e, percorrendo um corrimão junto à arriba, entra-se nesta gruta e vê-se a entrada da Furna dos Segredos. Da parte da tarde, visitam-se os sumidouros das águas da depressão da cabeceira do Ribeiro das Terras do Risco e que levam a água até uma nascente litoral, a Gruta dos Morcegos.
A acção inicia-se na nascente do rio Almonda, mostrando-se a represa onde é captada água para a fábrica da Renova, as grutas associadas e os tufos calcários que se depositaram nos terraços do rio. A parte da tarde inclui um passeio pela nascente Rio do Alviela e grutas atravessadas pela ribeira de Amiais, com referência ao enquadramento geológico e aos problemas de contaminação das águas.