terça-feira, dezembro 19, 2006
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Telescópio do LIDL
- 3 oculares:
- 25 mm – ideal para observação de estrelas, galáxias e nebulosas planetárias,
- 12 mm – ideal para observação da lua,
- 04 mm – ideal para observação de planetas;
- Comando por computador autostar:
- navegação celeste automática com o premir do botão (guia do menu em inglês).
- Com cd de software e manual de utilização com dicas de astronomia;
- Acessórios:
- mochila,
- tripé de alumínio estável e com altura ajustável;
- Ampliação de 14 até 262,5 vezes;
- Elevada resolução óptica para observação terrestre e celeste!
- Com 5 anos de garantia.
Mais informações, ver aqui.
NOTA: Só a partir de 21.12.2006 (5ª) - só o tripé e comando valem mais de 200 euros...
sábado, dezembro 16, 2006
440 milhões de euros para travar o mar
Se não conseguir a verba volumosa necessária para as intervenções na costa portuguesa, o Ministério do Ambiente vai continuar a aplicar 'pensos rápidos' nas zonas de risco.
Por isso, o ministro Nunes Correia "gostaria de dispor de 240 milhões de fundos comunitários para investir nas obras prioritárias de consolidação das arribas, minimização de processos de erosão e requalificação do litoral". Esta verba é almejada com futuras candidaturas ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para o período 2007-2013. E se for obtida, permitirá duplicar a verba total de investimento público "para a ordem dos 440 milhões só para as intervenções prioritárias previstas nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC)" para os próximos sete anos.
Será deste bolo que surgirão os ¤15 milhões que Nunes Correia prometeu para a segunda fase de obras em São João da Caparica, anunciada para a Primavera. A praia vai receber mais três milhões de metros cúbicos de areia que será retirada do fundo do mar a 2,5 milhas da costa.
No passado fim-de-semana, o cordão dunar junto ao Parque de Campismo do Inatel não resistiu à força das ondas. E poderá voltar a ser destruído pelas marés-vivas previstas para quinta-feira, que elevarão o mar quatro metros. Pensando nesse cenário, o Instituto da Água (INAG) avançou esta semana com um reforço de emergência da duna em frente ao parque de campismo do Inatel, recorrendo a areias da praia.
Com este 'penso' e a reabilitação recente dos esporões da Costa de Caparica, o presidente do INAG, Orlando Borges, "espera" conter as forças da natureza que tendem a galgar terra até à arriba fóssil a longo prazo. E diz que "as máquinas estão lá para corrigir novos rombos".
Menos optimista está Vítor Sequeira, concessionário de um dos bares de praia, que teme "os efeitos da retirada de areia onde ela faz falta". O apoio de praia já foi reconstruído três vezes devido aos avanços do mar. Por isso ironiza: "Vou construir o próximo sobre carris, com GPS, e peço ao Ministério do Ambiente as coordenadas". Ele e outros concessionários e frequentadores desta zona balnear temem que a praia desapareça por completo.
Desde 1940, o areal já recuou 410 metros segundo um estudo de José Carlos Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNL). O investigador lembra os relatos das caminhadas a pé entre a Cova do Vapor e o Bugio e explica: "Ao longo destes anos a costa foi recuando com a subida do nível do mar conjugada com a redução dos sedimentos devido às barragens e à retirada de areias para a construção civil". Agora, sugere que "rapidamente seja feita a alimentação artificial destas praias e haja uma monitorização efectiva deste litoral, para que os oito milhões de euros investidos na reabilitação dos esporões da Caparica não sejam deitados ao mar".
Opinião semelhante tem o professor Pedro Bicudo, do Instituto Superior Técnico: "Os esporões são uma tecnologia ultrapassada de fazer portos e o que falta na Costa é a reposição de areias". E lembra que as praias da zona Sul da Caparica têm um equilíbrio natural sem molhes, enquanto as do Norte têm ondas a bater no paredão. O também membro da Comissão Técnica SOS Salvem o Surf, explica que "os esporões são responsáveis pela amplificação de correntes (agueiros) que levam a areia para o mar e quebram a energia das ondas, reduzindo em 75% o período surfável".
Por seu lado, Francisco Taveira da Universidade do Porto defende que "a amplitude das marés da costa Oeste portuguesa exige a construção de esporões a par com a alimentação de areias". Mas admite que as decisões são tomadas em função das disponibilidades financeiras.
Outra das zonas do país com mair risco de erosão costeira situa-se entre Ovar e a Marinha Grande. Na Vagueira e em Esmoriz a costa já recuou 200 metros nas últimas três décadas e as recentes marés-vivas também deixaram marcas profundas . No Furadouro o recuo médio anual ronda os nove metros, refere a especialista em gestão costeira Fátima Alves, da Universidade de Aveiro. E lembra que os 12 aglomerados populacionais daquela região estão em sério risco: "Temos que equacionar se devemos protegê-los ou retirar as populações, o que exige grandes investimentos". Por isso, sugere que as Câmaras comecem a pensar em criar fundos ou permutas para realojar as pessoas que tiverem que ser deslocadas da costa.
DIFICULDADES
Avaliação oficial das dificuldades de intervenção na orla costeira até 2005
Organização: escassez de recursos humanos; constrangimentos financeiros carências de vigilância, fiscalização e monitorização
Coordenação: deficiente entre as entidades envolvidas (Inag, ICN, Câmaras, CCDR), fraca implementação de unidades operativas de gestão (UOPG), dificuldades de execução de intervenções fora do Domínio Público Marítimo
Técnicas e jurídicas: incorrecções e lapsos na cartografia de base, processos em contencioso, excessiva rigidez dos planos de praia
Fragilidades: constatação de que 500 metros de delimitação da área terrestre de protecção é insuficiente, exclusão das áreas portuárias; ausência de convergência financeira entre as entidades responsáveis
PROJECTOS PRIORITÁRIOS
O Grupo de Coordenação Estratégica dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) definiu 42 prioridades de intervenção para 2007-2009, que incluem obras de defesa costeira, planos de intervenção e requalificação urbana e estudos e monitorização, entre os quais:
Caminha - Espinho: reparação de esporões (Espinho); demolição de 180 habitações e restaurantes em Pedrinhas/ Cedobem/ Apúlia (Esposende)
Ovar - Marinha Grande: reparação dos esporões em Esmoriz, Cortegaça e Furadouro (Ovar) e na praia da Vagueira, e retirada de populações; recuperação do cordão dunar na praia de Mira
Alcobaça - Mafra: estudos e projectos e consolidação de escarpas e arribas na Nazaré, S. Martinho e Areia Branca e ordenamento das margens da lagoa de Óbidos
Vilamoura - VRS António: Demolições de construções ilegais nas ilhas-barreira de Faro e Olhão integradas na requalificação da Ria Formosa
PLANOS NO PAPEL
Ao longo da última década sucederam-se estratégias que não saíram do papel:
1998 - 'Estratégia para a Orla Costeira' com linhas de orientação genéricas
2003 - 'Programa Finisterra' para requalificar e reordenar o litoral e impulsionar a aplicação dos POOC. Nunca viu os 125 milhões de euros prometidos
2005 - 'Bases para a Estratégia de Gestão Integrada da Zona Costeira Nacional', que em Fevereiro enunciava 9 princípios e 8 objectivos fundamentais, e 20 opções estratégicas de curto prazo, entres os quais uma Lei de bases da Costa. Foi apresentado em Fevereiro. O ministro diz que "estará pronto até final de Dezembro e que a Estratégia já foi desencadeada".
in Expresso
Governo desvia 300 milhões para a incineração
Quercus acusa Governo de desviar 300 milhões para a incineração
15.12.2006 - 09h36 Lusa
"Este desvio de verbas não favorece a reciclagem, uma vez que prevê gastar a maior fatia de dinheiro disponível em novas unidades de incineração, deixando a reciclagem com verbas insuficientes", afirmou à agência Lusa Rui Berkemeier, da Quercus.
A versão do PERSU II para o período 2007-2013, que entrou na terça-feira em fase de consulta pública, prevê um financiamento de 924 milhões de euros para os resíduos urbanos, 300 milhões dos quais para a incineração.
"O mais grave é que ninguém explicou para onde vão 260 desses 300 milhões", acusou Rui Berkemeier.
A reciclagem de matéria orgânica vai receber 278 milhões de euros, uma verba que a Quercus considera "insuficiente" e que vai permitir continuar a descarregar a matéria orgânica nos aterros, com a consequente poluição das águas, libertação de maus cheiros e emissão de gases de efeito de estufa.
"Um dos processos que não é devidamente apoiado é o Tratamento Mecânico e Biológico dos resíduos, o que é um erro, uma vez que este sistema permite aproveitar a matéria orgânica e muitos materiais recicláveis a partir dos resíduos não separados", acrescentou.
Para a recolha selectiva estão previstos 33 milhões de euros, 3,5 por cento do investimento total.
"O desvio de fundos para a incineração é que inviabiliza um investimento sério na recolha selectiva. O pouco apoio à recolha selectiva também se reflecte no facto de este plano abandonar a ideia prevista na versão original de obrigar à recolha selectiva porta-a-porta, a qual se tem revelado a melhor forma de a umentar a quantidade de resíduos a reciclar", acusou.
A Quercus apela ao Ministério do Ambiente para que altere este plano de investimentos previsto no PERSU II, defendendo que a proposta actual "compromete seriamente" os objectivos de reciclagem para Portugal e "mantém muitos dos problemas ambientais provocados pelos aterros".
in Público - ver notícia
quinta-feira, dezembro 14, 2006
5ª Conferência de Espeleologia do NEL
A não faltar...
PS - A última sessão será em 22.12.2006 ("Expedições do Sistema Cársico do Frade : Arrábida - Sesimbra", a cargo do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul). É uma pena esta última data - eu não estarei em Leiria nesse dia...
Simpósio Internacional sobre Ordovícico e Silúrico
The 3rd International Symposium on the Silurian System
The 4th Annual meeting of the IGCP 503 Project
http://www.ordovician.cn/home.asp
http://www.silurian.cn/home.asp
http://sarv.gi.ee/igcp503/
2ª Circular - pdf
sábado, dezembro 09, 2006
Seminário Nacional Eco-Escolas 2007
- professores
- técnicos de municípios
- profissionais ligados à Educação Ambiental /EDS.
As inscrições podem ser enviadas até ao dia 15 de Dezembro.
Informação disponível em:
http://www.abae.pt/ee/sem07/inscricao.php
Participe!
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Más notícias no Público...
O criacionismo, ou a teoria da concepção inteligente, é um movimento que defende que a vida na Terra começou tal como vem na Bíblia, com Adão e Eva, e que todos descendemos dos animais e humanos que embarcaram na Arca de Noé. É um movimento religioso e fundamentalista, que tenta afastar dos manuais escolares a teoria da evolução de Darwin, e tem grande expressão nos Estados Unidos. Mas começa a ganhar terreno na Europa e está a chegar a Portugal.
Charles Brabec traz para a mesa uma série de fósseis. Dentro de uma caixinha transparente está um pedacinho de âmbar amarelo, com uma minúscula mosca-do-vinagre lá dentro. "É resina fossilizada, muito antiga; por que é que as moscas-do-vinagre continuam a existir? Não evoluíram!", diz Charles Brabec, que está a construir um museu criacionista em Mafra, o primeiro do tipo na Europa. "Contamos abrir na Primavera."
Foi a seguir ao 25 de Abril, quando regressaram os portugueses que estavam em África, que Brabec esteve pela primeira vez em Portugal, como voluntário da organização Apoio Cristão Internacional. Suíço nascido na Áustria, a certa altura sentiu que queria ficar por cá. "Há 18 anos, começámos a procurar uma quinta, para organizar acampamentos e retiros de jovens", conta. Foi assim que acabou na Quinta Oásis, em Mafra, que alojará o Parque Discovery, onde será apresentada uma versão alternativa da vida na Terra.
Charles Brabec é criacionista, ou seja, não aceita a teoria da evolução através da selecção natural, postulada por Charles Darwin no século XIX. Para ele, o que vale é a palavra da Bíblia, o que se diz no livro do Génesis, que relata a criação do mundo por Deus e tudo o que aconteceu ao homem quando Eva escolheu aceitar a maçã que a serpente lhe oferecia. "Acredito neste livro de capa a capa", diz Brabec, abrindo a Bíblia bastante manuseada que tem à sua frente.
A fé no Génesis
Brabec foi criado numa família católica, mas tornou-se cristão evangélico. São os fiéis das igrejas evangélicas, que orientam as suas práticas pelo que bebem directamente na Bíblia, que normalmente estão associados ao movimento criacionista ou, nas suas roupagens mais modernas, da concepção inteligente.
Os criacionistas fazem fé na veracidade da criação do mundo tal como vem no Génesis. A teoria da concepção inteligente - divulgada pelo Instituto Discovery, com sede em Seattle, nos EUA - exige a existência de um criador, uma entidade inteligente que escolheu criar o homem, as árvores ou os animais. A vida não pode ter surgido por acaso.
"O Livro de Job descreve coisas fantásticas, como o ciclo da água, ou até os dinossauros, o "diplodocus", ao falar do Leviatã, das suas escamas e dentes. Como é que ele poderia saber todas estas coisas, se os dinossauros se tivessem extinguido há milhões de anos, antes de existirem humanos?", pergunta Charles Brabec.
Para ele, a Terra não terá mais que 4000 anos (os cientistas falam em 4500 milhões de anos). Todos os seres vivos que hoje existem descendem das espécies salvas por Noé na sua arca, aquando do dilúvio. Os dinossauros terão perecido nessa altura, mas foram contemporâneos dos humanos (apesar de haver provas de que se extinguiram há 65 milhões de anos, e os primeiros homens modernos surgiram apenas há 150 mil anos).
Brabec cita muitos outros exemplos clássicos dos criacionistas, como a evolução do olho: "Se a evolução é gradual, que vantagem teria um ser vivo em ter só um buraco na cara, sem um órgão da visão?", pergunta. Os cientistas dizem que esta invenção é tão interessante que surgiu várias vezes, em várias espécies, e pode começar por ser apenas um conjunto de tecidos sensíveis à luz. "É muito difícil de acreditar nisso. É mais fácil crer que Deus omnipotente o criou de uma vez só. É preciso mais fé para acreditar na evolução do que na criação, relatada na Bíblia, que é um livro inspirado por Deus", responde.
Instituto Discovery
Até há pouco tempo, este fenómeno era descrito como quase exclusivamente americano, associado a igrejas evangélicas nos EUA próximas da direita conservadora. O Instituto Discovery, de Seattle, é uma espécie de think tank, uma organização que financia e promove actividades que põem em causa a evolução, ou apresenta a questão como se houvesse uma polémica científica. Mas, entre os cientistas, esse é um ponto assente, que não suscita dúvidas.
Charles Brabec diz que não tem nada a ver com o Instituto Discovery. "O nome que escolhemos era Dinoásis. Mas quando o fomos registar como nome da empresa, não foi aceite. Tivemos de inventar à pressa, e o que surgiu foi Instituto Discovery", conta.
Ele é presidente e fundador do Instituto Discovery Portugal, que abrirá o Parque Discovery, ali naquela quinta em Mafra. "Conheço o seu trabalho, mas isto surgiu sem estar a pensar neles."
E quem financia o museu? "Temos patrocinadores discretos, que não querem ser conhecidos", diz. Por ora, o local do futuro museu ainda é apenas um barracão, mas terá um diaporama que mostra o mundo antes, durante e depois do dilúvio, répteis vivos (em representação dos dinossauros) e até um planetário, onde serão exibidos filmes sobre o Universo. Serão usados materiais criacionistas produzidos no Brasil.
Flintstones e um tiranossauro
À porta, grandes pedregulhos empoleirados servem de colunatas. "Tem um certo de ar de Flintstones, não tem?", pergunta. São pedras especiais: são feitas de conchas fossilizadas, como há muitas na região de Mafra, nota Brabec, que é apreciador de fósseis e gemas. E de dinossauros: já tem vários bonecos de plástico e até há um pterodáctilo empoleirado num candeeiro da sala onde estão afixados cartazes, fósseis e animais empalhados, e onde já organiza, de vez em quando, algumas conferências.
A caminho do local onde ficará o museu, passando por alguns dragoeiros, araucárias e cactos que trouxe da Madeira e dão ao local um ar primitivo, onde se pode esperar encontrar um dinossauro ao virar da folhagem, encontra-se mesmo uma cabeça de tiranossauro... Está a espreitar do cimo de um edifício branco baixinho: tem os dentes amarelos e está um bocado à banda. "Fui eu que fiz, com esferovite, cimento, metais... O resto do corpo apodreceu", conta Brabec.
E quem vai servir de guia e animador das visitas, que se destinarão sobretudo ao público juvenil? "Temos um grupo de voluntários." E estão ligados a alguma igreja em particular? "Não, a várias igrejas. O movimento criacionista ainda está a começar a Portugal."
in Público -Clara Barata (texto) - ver notícia
quarta-feira, dezembro 06, 2006
A Conferência do NEL na 5ª-feira
Exploração das Grandes Verticais
A não faltar...
PS - As próximas sessões são à 6ª-feira, em 15.12.2006 (a malta do NEL ainda não disse o tema e conferencistas) e em 22.12.2006 ("Expedições do Sistema Cársico do Frade : Arrábida - Sesimbra", a cargo do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul). É uma pena esta última data - eu provavelmente não estarei em Leiria nesse dia...
NASA quer construir colónia na Lua
Poderá estar operacional em 2020
2006-12-05
O projecto da NASA, revelado após consultas com 13 agências espaciais de todo o mundo e com empresas privadas, considera o estabelecimento de um posto avançado lunar como uma escala para os astronautas que se desloquem a Marte.
Esta colónia na Lua permitiria, nomeadamente, a extracção do hidrogénio e do oxigénio necessários para produzir água e combustível para os motores dos foguetões.
Tal qual está actualmente concebido, o posto avançado lunar começará com uma tripulação de quatro elementos a efectuar estadas de uma semana cada até que os módulos habitacionais e o fornecimento de energia permitam missões mais prolongadas, que poderão atingir os seis meses, para preparar as viagens até Marte.
"Esta estratégia permitiria aos países interessados neste projecto optimizar os seus recursos técnicos e financeiros, contribuindo assim para coordenar o esforço que nos vai lançar nesta nova era de descoberta e exploração", assinalou Shana Dale, administradora-adjunta da NASA.
Segundo a mesma responsável, as condições existentes nos pólos lunares parecem ser as mais favoráveis para a localização do posto avançado, especialmente o pólo sul, que beneficia de uma maior exposição solar, ideal para produzir electricidade.
Recorde-se que o homem não visita o seu satélite desde 1972.
in Ciência Hoje - ler notícia
terça-feira, dezembro 05, 2006
XX Feira de Minerais, Gemas e Fósseis
Horário:
7 Dez - 15 às 20 h; 8 e 9 Dez - 10 às 20 h; 10 Dez - 10 às 18 h
Local:
Rua da Escola Politécnica, 58
1250 -102 Lisboa
Telef: 21 392 18 36
Fax: 21 390 58 50
E- mail: smineralogia@fc.ul
07.12.2006, 15,00 horas
Conferências (no espaço Feira, 1º andar)
Fernando Barriga (Museu N. História Natural)
8 Dez., 16,00 h
MINEROLÂNDIA - O Reino dos Minérios
Álvaro Pinto (Museu N. História Natural)
9 Dez., 16,00 h
Conhecimento e valorização dos recursos minerais. Lições do passado recente. Papel sectorial do estado e dos agentes económicos no contexto da globalização
Delfim de Carvalho (Presidente da EDM, S.A.)
10 Dez., 16,00 h
Tertúlia 20 edições da Feira...
No espaço "BAR da Feira" (1º andar)
7 Dez. 19,00 h
Minerais: Identificar, Classificar
No espaço experimental da exposição "(edifício central).
8 a 10 Dez., das 11,30 h às 13,00 h; e das 14 h às 15,30 h
Alquimia com minerais...
Sessão prática de química mineral em que se farão ensaios de química qualitativa.
No espaço "Laboratório Aberto" (acesso pela entrada do MNHN, rua das "Palmeiras")
9 Dez, das 11 h às 13 h
Laboratório de Gemas ...
Pelo gemólogo Rui Galopim de Carvalho (LABGEM/Liga de Amigos MNHN) na banca do Museu N. História Natural no espaço Feira.
7 a 10 Dez., das 15,00 h às 17,00 h
PERCURSOS NO TEMPO
8 e 9 Dez. 11,00 h
Percurso por diferentes espaços do Museu recuperando aspectos da história deste local e observando testemunhos da evolução do conhecimento científico e experimental.
Concentração no átrio de entrada do Museu. Duração prevista: 2 h.
FÓSSEIS AO VIRAR DA ESQUINA
10 Dez. 10,00h
Percurso pedestre sobre paleontologia urbana do Cais do Sodré à Rua da Escola Politécnica.
Concentração às 10h em frente à estátua do Duque da Terceira (Cais do Sodré).
Duração prevista - 2 h. (Realização condicionada ao número de inscrições).
Marcações até 9 de Dezembro na recepção do Museu ou pelo tel.- 21 3921824/5
SAIBA TUDO SOBRE DINOSSÁURIOS
Visita orientada à exposição "Tudo sobre Dinossáurios".
10 Dez. 10,00h
(todos os dias da Feira das 10h às 17h)
MINERAIS:IDENTIFICAR, CLASSIFICAR
Exposição introdutória à sistemática dos minerais na qual estão patentes alguns dos mais belos exemplares das colecções do Museu;
TUDO SOBRE DINOSSÁURIOS
Exposição didáctica sobre os principais temas relacionados com o conhecimento dos dinossáurios.
Ver mais informação no site do MNHN
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Revista National Geographic
Do Blog Ciências Físicas e Naturais-EB 2.3 Correia Mateus, retiramos o seguinte post (feito pela Ana Rola...):
Porquê comprar?
1. Reportagens interessantes. Tomo a liberdade de salientar três delas!
- O trabalho de campo do investigador Lúcio Cunha (geógrafo) da Universidade de Coimbra, que viajou até ao Alasca, onde estudou os glaciares do College Fjord.
- Os mistérios de Saturno, apresentado como "O senhor dos anéis", são desvendados!
- As condições da Terra no que seriam os seus primeiros milhões de anos de vida!!
2. Apresenta também novidades do conhecimento científico, tais como a descoberta de um fóssil de transição entre os peixes e os tetrápodes (animais com quatro patas).
3. Fotografias espantosas!
Tudo isto e muito mais, à distância de €1,00.
Boa Leitura!
Link para National Geographic
Atlas Geoquímico da Europa
Link para o Folheto
Inquérito sobre Acções de Formação
1 - Em sua opinião, quais são os conteúdos (em Geologia) no âmbito dos quais os professores deveriam fazer formação (actualização)? (pode indicar um ou mais).
2 - Qual(ais) a(s) modalidade(s) em que estes cursos devem ser organizados? Por exemplo: (Durante um dia; durante uma manhã; durante uma manhã ao longo de várias semanas; durante as interrupções lectivas; ou outras sugestões).
3 - Quais lhe parecem ser os dias da semana e os meses do ano mais adequados para a realização destes cursos?
4 - Estaria interessado/a em frequentar estes cursos ou algum destes cursos?
5 - Em sua opinião, os cursos deveriam ser obrigatoriamente acreditados?
Solicitamos que as respostas sejam enviadas por correio electrónico - asaraiva(arroba)dct.uc.pt ou romualdo(arroba)dct.uc.pt - por fax (239860501) ou por carta, até ao dia 15 de Dezembro de 2006.
Seminários CGE/Universidade de Évora
Prof. Vladimir Bushenkov
Departamento de Matemática, Universidade de Évora
Centro de Investigação em Matemática e Aplicações (CIMA-UE)
Hora: 14:00
Data: 6 de Dezembro de 2006
Local: Anf. 1 - Colégio Luís Verney
Promove: Centro de Geofísica de Évora
Resumo
sábado, dezembro 02, 2006
Balanço final do Encontro dos Geopedrados
Dos que não puderam estar presentes, quero recordar a Xana - Alexandra Cardoso - da qual o Manel Caveira, infelizmente, não se lembrou de convidar a tempo e eu contactei, a posteriori (o Manel deu-me o n.º de telemóvel...). Ela ficou muito triste por não ter vindo (até porque esteve em Leiria nesse dia e reside em Condeixa...) e quer que não se esqueçam dela para a próxima...! Até já faz parte do restrito grupo de participantes activos do Blog Geopedrados!
Aos outros que não puderam estar presentes ou que perdemos o rasto, pode ser que nos encontremos novamente ou que este Blog sirva de ponto de encontro e de descoberta dos colegas desaparecidos...
Mas, se Deus quiser, no próximo encontro seremos mais a partilhar a alegria de reencontrar os ex-colegas e, sobretudo, os AMIGOS do Curso de Geologia de 85/89 da Universidade de Coimbra...
sexta-feira, dezembro 01, 2006
1º de Dezembro
Pátria
Não irás (nunca mais)
servir outros povos
ou outro Rei.
Não verterás teu sangue,
nem teus impostos,
para que Castela floresça.
Chegou a hora dos Braganças lutarem
por aquilo que lhes tinha sido prometido.
Outro João, como o Mestre de Avis,
irá tomar nas mãos a defesa de um Povo:
a nossa língua, costumes, territórios e a nossa Alma.
Já não aguentávamos mais estas algemas...
Quisemos...
Ganhámos.
Somos!
Pedro Luna (poema inédito)
Imagem: reprodução de mural de Jaime Martins Barata - ver aqui
quinta-feira, novembro 30, 2006
Cueva de los Cristales
Agora podem ler e ver imagens e filmes, em inglês e castelhano, mais material sobre o assunto, em:
http://www.naica.com.mx/
Intervalo para Publicidade
Artigo sobre o novo Laboratório Nacional de Geologia
Opinião - 2006-11-27
Por Luís Rodrigues Costa
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, pode sempre recomeçar agora e atingir um novo fim. S. Francisco Xavier
Há umas semanas atrás, na sequência das recentes decisões governamentais sobre a reforma dos Laboratórios de Estado, publicou Fernando Santana um artigo de opinião sobre o Serviço Geológico nacional e as opções adoptadas pelo Governo relativamente a este serviço público fundamental. Julgo não me enganar se afirmar que as suas considerações sobre a importância de um Serviço Geológico podem ser subscritas pela generalidade da comunidade das geociências e tem o mérito de tornar pública a sua reflexão. Como não se têm verificado muitas tomadas de posição públicas sobre este tema julgo que esta iniciativa deve ser sublinhada e aplaudida, ainda que os argumentos dêem um grande relevo à comparação com outros países e ao passado da organização. Ora uma instituição não deve existir somente porque tem um passado, por muito digno e relevante que seja, mas sim porque tem um futuro e é sobre este que gostaria de reflectir um pouco.
Como bem sublinhou o Grupo Internacional de Trabalho (GIT) no relatório que elaborou na sequência da RCM 198/2005, a extinção do IGM foi um erro e, posso mesmo acrescentar, as suas premissas foram um embuste, pois a decisão estava tomada desde o momento inicial do trabalho realizado pelo consultor externo cuja recomendação deu suporte à decisão política da sua extinção. Mas também isto é passado e em algum momento do futuro este processo será avaliado por alguém com o distanciamento necessário e a qualificação apropriada à atribuição das responsabilidades e das suas consequências para a sociedade portuguesa.
Estamos agora confrontados com a necessidade de construir um futuro no qual a sua principal instituição pública na área das geociências, em estreita articulação com outras, possa emprestar um contributo à sociedade à medida do seu potencial efectivo. E é chegado o momento em que, para além das afirmações genéricas sobre a utilidade das geociências, quer no plano da ciência fundamental, quer no plano da ciência aplicada, se pode e deve traduzir este contributo.
A fórmula orgânica encontrada pelo Governo foi a da criação de um Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), discutível, é certo, mas uma possível entre outras, tendo havido o cuidado e a precaução de assegurar a autonomia científica e técnica de ambas as componentes e sublinhando a necessidade da componente geológica se dever estruturar de acordo com as melhores práticas europeias. Talvez se pudesse ter acrescentado “e adequadas à dimensão e aos problemas do País”.
Julgo ser de sublinhar a designação adoptada, pois ao optar pelo termo “laboratório nacional”, a marca registada dos laboratórios de Estado na sua fase inicial, a leitura implícita que proporciona é a de que o Governo reconhece este tipo de estrutura como elemento do Sistema de Ciência e Tecnologia. Certamente num novo contexto (os Laboratórios de Estado já só representam cerca de 19% dos efectivos de investigação em Portugal e 17% da despesa) em que o número de actores aumentou imenso e se diversificou.
Este novo contexto é uma realidade com a qual os LE terão que conviver naturalmente e afirmar-se como elementos indispensáveis do sistema, quer adequando o seus modelos organizacionais (passam a institutos públicos e flexibilizam estruturas), quer ajustando a suas missões e a sua acção. Para tal deverão funcionar como centros de competência de áreas específicas do conhecimento, essencial às sociedades em que se integram, actuando em rede com os outros actores do sistema e, “last but not the least”, com o tecido económico.
A anunciada intenção de celebração de contratos-programa parece-me poder corresponder a uma fórmula adequada à mobilização dos seus recursos e ao melhor aproveitamento das sinergias das suas múltiplas valências internas e da complementaridade com os outros actores. Também o modelo de formulação destes contratos-programa, seguramente em diálogo e articulação com a envolvente externa e cortando com a tradicional prática endogâmica da elaboração dos planos de actividade, constitui uma condição favorável à sua abertura aos relevantes problemas actuais da sociedade com incidência geológica.
É merecedor de referência, como passo no sentido de uma sociedade que valorize o mérito e a seguir à já adquirida cultura de avaliação, o novo modelo de escolha dos dirigentes. Deixaremos, assim, de ouvir nas cerimónias de posse a habitual passagem “eu até nem queria, mas pediram-me para fazer este sacrifício ...”. Só será dirigente quem assumir uma postura proactiva nesse sentido e será importante que na selecção se valorize não só o currículo mas igualmente a visão para a instituição do pretendente que se submete a concurso. Nestas condições todo o processo ganha maior transparência, pois o pretendente deverá enunciar previamente as suas ideias para a instituição, o que possibilitará o posterior juízo de avaliação.
Feitas estas considerações de carácter genérico, julgo que vale a pena reflectir um pouco sobre o que deverá ser este novo instituto, pois não deixa de ser estranho que apesar do convite público para este debate tão pouco (ou tão poucos) tenha saída a terreiro.
Mas então qual deve ser a agenda geológica do LNEG?
Seria estulto da minha parte tentar dar um resposta completa a uma questão de tão vasto âmbito, contudo penso ser possível alinhar alguns elementos e reflexões que informem uma visão da Geologia ao Serviço da Sociedade, da Economia e da Inovação, assente em três pilares: os recursos, os riscos e a geo-informação. Analisemos, sucintamente, cada um deles.
O aproveitamento do subsolo e dos recursos minerais: a economia dos georrecursos.
Desde a sua fundação a missão de qualquer Serviço Geológico foi a de conhecer o território, por vezes elevada a função essencial da soberania do Estado, ou seja conhecer os seus recursos e os processos que nele se desenvolvem, em consequência da importância crescente da 3ª dimensão territorial, o subsolo.
Nesta óptica podemos identificar duas funções básicas (2) . A função-fonte, correspondendo ao fornecimento de matérias-primas para a produção de bens e serviços, neles incluídos os serviços ambientais, e a função-sumidouro como meio receptor de resíduos – por assimilação ou acumulação – provenientes da produção e consumo. Podemos fundir estas duas funções num mesmo conceito e designar por georrecurso (3) qualquer porção do solo ou subsolo com uma destas funções.
O stock de georrecursos pode diminuir por deplecção (caso dos recursos não renováveis) ou por degradação (os resíduos ou efeitos dos processos de consumo e produção de bens e serviços). Constata-se que hoje em dia, as preocupações da sociedade (e dos decisores políticos) relativamente aos recursos evoluiu da deplecção para a degradação (4) , traduzida na acepção corrente da qualidade ambiental.
Uma característica importante de qualquer georrecurso é a possibilidade de gerar um benefício económico ou social no seu aproveitamento. A economia tradicional somente trata a função-fonte, cujos produtos são colocados no mercado a preços que reflectem unicamente os custos “internos” da sua produção. Os georrecursos que desempenham uma função-sumidouro assumem, quase sempre, as características de bens de acesso livre, sendo o seu custo uma externalidade, ausente ou insuficientemente englobada no preço dos bens e serviços, não reflectindo adequadamente o seu custo social (custo interno mais externalidade).
Esta distinção irá, seguramente, alterar-se no futuro, em consequência da tendência para a internalização nos custos de produção das externalidades, através do estabelecimento de taxas ambientais (5). Um “novo” Serviço Geológico terá necessariamente que lidar adequadamente com esta nova realidade. Vejamos alguns dos problemas que se colocam.
Com evidente interface com as questões energéticas teremos como possíveis áreas de intervenção a identificação de locais com características adequadas à armazenagem subterrânea de combustíveis e outras substâncias perigosas (de que são exemplo a armazenagem de gás natural no Carriço) e a investigação e identificação de estruturas e ambientes geológicos adequados ao sequestro do carbono (tenha-se presente a possibilidade de instalação de 2 novas centrais térmicas em Sines, segundo um conceito de carvão limpo, uma tecnologia que pode ter um profundo impacto na evolução do nosso sistema energético).
Também a caracterização neotectónica do território, com a necessidade de identificação das falhas activas, magnitude possível dos sismos provocadas pela sua actividade e respectivo período de recorrência, é uma área de previsível importância para informação de eventual opção nuclear, acrescida da necessidade de definir opções sobre a gestão dos resíduos de alto nível de actividade, ou a simples definição de um repositório de resíduos radioactivos de baixo nível de actividade que o País sempre produzirá (porque não estudar a possibilidade da utilização de uma mina subterrânea de urânio para esta finalidade?), mesmo que este não venha a instalar centrais nucleares.
No domínio dos recursos energéticos parece hoje consensual que abertura da plataforma profunda à prospecção de hidrocarbonetos cria a expectativa de um novo ciclo de razoável duração temporal (10-15 anos) para o qual é importante que a administração esteja dotada da capacidade técnica de acompanhamento, processamento de dados e investigação geológica das bacias sedimentares, que permita a exploração dos dados obtidos pelas empresas, em profunda articulação com os trabalhos de delimitação da plataforma continental, oportunidade única de alargamento dos limites da nossa soberania e aumento da nossa importância geostratégica na área atlântica.
Também a caracterização do potencial em hidratos de metano desta área pode revestir uma grande importância futura se e quando estiver disponível tecnologia para o seu aproveitamento, sem esquecer a imediata possibilidade do aproveitamento das areias e cascalhos do mar territorial, uma perspectiva que se poderá concretizar no curto prazo.
Ainda com interface geologia-energia continuo a preconizar o interesse estratégico da bacia do Baixo Tejo , quer numa perspectiva do caracterização dos seus recursos geotérmicos, quer numa perspectiva de reserva de água potável.
No plano dos recursos minerais tradicionais a recente subida da cotação da generalidade dos metais vem realçar, para quem dúvidas tivesse, a importância da Faixa Piritosa e a possibilidade de novas descobertas de classe mundial. Existe uma proposta concreta, com plena aceitação e empenho das autoridades regionais, da criação de um centro de estudos geológicos e mineiros no Alentejo, que poderá funcionar em cooperação com os operadores das minas de Neves-Corvo e Aljustrel, segundo um modelo que tem sido seguido em outros locais em que ocorrem importantes jazigos minerais.
A sua estrutura de gestão deverá envolver as empresas mineiras da Faixa Piritosa, o LNEG e outras instâncias da região, estando o centro respaldado pelo conjunto das competências detidas pelo LNEɇ e beneficiando das suas relações internacionais. Claro que um centro deste tipo poderá actuar em outros domínios de interesse para a região, como são, por exemplo, os recursos hidrogeológicos e a sua monitorização ou valorização do vastíssimo património geológico e de arqueologia mineira, sem esquecer o sector tradicional que explora e valoriza os minerais e rochas industriais (com destaque especial para as rochas ornamentais), constituído na sua maioria por PMEs de tecnologia dependente, enfrenta desafios de competitividade cuja assunção muito poderá beneficiar de “know how” científico e tecnológico que tem sido desenvolvido nos LE e que, no caso vertente, está primordialmente centrado em serviços que integrarão o futuro LNEG.
Uma outra área de actuação relevante é a do ordenamento do território, prosseguindo a produção de cartografia de ordenamento, que abrange a ocorrência dos recursos minerais, os riscos geológicos, a identificação das áreas geologicamente favoráveis à implantação de equipamentos colectivos, como depósitos de resíduos e outras infra-estruturas colectivas, entre outros, e definindo perímetros de protecção a aquíferos e outros recursos geológicos.
Esta actividade pode e deve ser realizada em íntima cooperação com a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), entidade nuclear de assessoria governamental na política de gestão dos recursos minerais, com financiamento proveniente das receitas de prémios e encargos de exploração cobrados e seguidamente consignados a esta actividade mediante protocolo celebrado entre a DGEG e o LNEG e traduzidos em planos plurianuais de actividade que possibilitem a avaliação dos resultados obtidos e a correcta utilização dos recursos financeiros disponibilizados. Teriamos, assim, a possibilidade de realizar uma avaliação da competitividade do território suportada nos georrecursos.
A aplicação do conhecimento geocientífico numa sociedade tecnológica
Os riscos naturais estão hoje em dia identificados como uma área de actuação das geociências e da aplicação do conhecimento geocientífico. A estes haverá que acrescentar os riscos tecnológicos próprios de uma sociedade avançada. Estas circunstâncias impõem a crescente necessidade de monitorização de sistemas naturais e tecnológicos, seja sob a forma de controlo de parâmetros críticos, vigilância ou mesmo a actuação em situações de emergência.
Na primeira linha deste tipo de actuação está o vasto leque de actividades ligadas à Mudança Global, em cujo estudo e monitorização as geociências têm um contributo essencial a dar. As instituições que precederam o LNEG adquiriram uma ampla experiência na monitorização de aquíferos bem como no controlo de qualidade das águas minerais e de nascente, a qual deve manter-se. Sabe-se como a problemática da vigilância radioactiva tem hoje uma grande importância e o País tem responsabilidades, assumidas no âmbito de acordos internacionais que subscreveu, que não pode aligeirar sem o risco de sermos periodicamente sujeitos a inspecções internacionais que venham sublinhar essas insuficiências e reclamar a sua superação ou ameaçando mesmo procedimentos contenciosos em instâncias internacionais.
Neste âmbito se enquadram actividades de vigilância radioactiva do território, com particular realce para as minas de urânio, uma vez terminada a sua reabilitação e expirado o prazo da respectiva concessão. Mas também as inúmeras estruturas de deposição de resíduos que foram instaladas nos últimos anos vão necessitar de uma vigilância regular e neste domínio o conjunto de competências geológicas, geoquímicas, geofísicas e laboratoriais posicionam o LNEG como agente particularmente bem qualificado para o diagnóstico de situações merecedoras de intervenção e de acompanhamento mais fino ou mesmo de acções correctivas.
A importante função de “data provider”
Uma função tradicional de qualquer serviço geológico é a de ser o grande depositário de dados e informação geológica, quer a resultante de trabalhos próprios, quer do trabalho de terceiros. O desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicações (TIC) teve um grande impacto neste domínio, criando responsabilidades acrescidas no que se refere ao suporte (necessidade de migração maciça para o digital) e à forma como é disponibilizada (em vez de modelos padronizados, pouco flexíveis e geralmente somente utilizáveis por pessoas devidamente qualificadas, passou a ser possível disponibilizar uma grande variedade de produtos, mais orientada para as necessidades específicas do utilizador e, por isso, não tão exigente relativamente à qualificação necessária para o seu aproveitamento útil).
Esta alteração possibilitou uma segmentação do tipo de informação que podemos, de um modo simplificado, agrupar em informação para a cidadania, disponível livremente para qualquer cidadão interessado, informação para o desenvolvimento, disponível como bem público de interesse geral (BEIG), a preços marginais, e informação de valor acrescentado, disponibilizada a custo completo.
Esta linha de desenvolvimento, visto inicialmente como uma possível e importante fonte de financiamento da generalidade dos “surveys”, parece ter ficado aquém das expectativas, aliás como muitas outras coisas da economia digital.
Contudo, não me parece que seja tarefa endossável a qualquer outra instituição e um Serviço Geológico terá que assumir sempre a sua missão de depositário desta informação, prosseguindo incessantemente, por ensaio e erro, até encontrar a fórmula adequada de potenciar este importantíssimo património e torná-lo socialmente útil e aplicável.
Está criada uma expectativa e também uma esperança que esta reforma possa traduzir-se numa alteração da situação de profunda crise destes últimos anos. Ela fará, sem dúvida, uma chamada ao entusiasmo e às capacidades dos que nela estiverem efectivamente empenhados. Passada esta próxima fase de instalação e relançamento porque não aproveitar 2008, Ano Internacional da Terra, e da passagem do 160º aniversário da criação da Comissão Geológica, para um ano de projecção e promoção do novo instituto na sociedade portuguesa? Para todos os que se empenharem nesta tarefa os meus sinceros votos das maiores felicidades!
(2) European Commission – DG Environment (2002), “Analysis of Selected Concepts on Resource Management” (3) Proposta do autor para Georrecurso: qualquer porção do subsolo susceptível de gerar um benefício económico. (4) Não deixa de ser curioso que os recursos-fonte em maior risco de exaustão sejam, hoje em dia, os renováveis, como as pescas, as florestas e os recursos hídricos. (5) Pensemos na institucionalização recente, na União Europeia, da taxa de emissão de CO2 e no estabelecimento do comércio de emissões de carbono. Também o Reino Unido estabeleceu uma taxa ambiental sobre granulados (1,6 £/t, aproximadamente 2,5 €/t) a qual reflecte, de acordo com os seus mentores, o valor das externalidades da produção deste tipo de materiais. Refira-se, como exemplo, que uma taxa destas teria como consequência tornar competitiva para o abastecimento à região de Lisboa os resíduos de exploração existentes nas escombreiras da Zona dos Mármores.
in Ciência Hoje - artigo on-line aqui
Workshop de Astronomia: Alien vs Predator
O preço simbólico para os três dias é de 10 euros e o número de vagas é limitado. A idade recomendada para participar neste workshop é a partir dos 12 anos.
As inscrições terminam dia 14 de Dezembro e deverão ser feitas junto da Delegação Regional do Porto do Instituto Português da Juventude. Poderá enviar um email para ipj.porto@ipj.pt, contactar o IPJ através do 226 085 700, ou deslocar-se às suas instalações na Rua Rodrigues Lobo 98, no Porto.
Mais informação acerca do workshop e programa: