sexta-feira, novembro 03, 2006

Revistas a não perder

Por sugestão de uma colega comprei (e li...) duas revistas de divulgação científica que recomendo vivamente, pelos motivos que passo a explicar...


1. National Geographic - Portugal (Novembro 2006)
Custando apenas 1,00€, tem na capa a menina mais antiga do mundo - a reconstituição de uma bebé (menina de Dikika) da espécie Australipithecus afarensis, com 3,3 milhões de anos (um pouco mais velha que a Lucy e bastante mais completa, osteologicamente falando).

Mas é por outro motivo que recomendamos esta revista - a reportagem sobre Megacristais (Coração de cristal - Sob o deserto mexicano de Chihuahua) é fantástica...!

Para quem já foi a uma gesseira (como a de Souto da Carpalhosa, em Leiria, ou de S. José do Pinheiro, em Soure) e pode apanhar cristais com alguns centímetros (às vezes decímetros...!) de gesso, de preferência da variedade selenite (gessos absolutamente transparente), com maclas fantásticas (v.g. asa de andorinha, entre outras) ver imagens de cristais de selenite com mais de 10 metros é fantástico...! Comprem, que vale a pena - ou vão ao site português da NG...


2. SuperInteressante - Novembro 2006 (n.º 103)
Um pouco mais cara - 2,75€ - tem este mês como destaque um artigo com novidades sobre a grande extinção do final da Era Mesozóica (KTB), intitulado Afinal, o que matou os dinossauros? - Novas pistas apontam para vulcões e alterações climáticas. Os autores do artigo, os paleontólogos Gesta Keller (Universidade de Princeton) e Alfonso Pardo (Universidade de S. Jorje - Saragoça) criaram uma teoria multicausal (associando o vulcânismo que causou as trapes do Decão, na Índia, vários impactes meteoríticos e aquecimento global) nesta grande crise biológica (uma das cinco maiores que afectou a vida na Terra).

Plena de artigos interessantes, de Biologia, Geologia, Paleontologia, Astronomia e outras áreas, é sempre muito agradável ler as últimas novidades da ciência nesta pequena revista. É pena não ter um site para ser aqui referênciado...

terça-feira, outubro 31, 2006

A apagada e vil tristeza da Geologia em Portugal


Mão amiga do antigo IGM (que foi integrado no INETI e a agora muda de sítio outra vez...) fez-nos chegar o seguinte texto, que subscrevemos de cruz...

Portugal, nação sem Serviços Geológicos!

Foi publicado em 27 de Outubro passado o Dec.-Lei 208/2006 onde se apresenta a nova Lei Orgânica do Ministério da Economia e Inovação, a qual vem, entre outras coisas, finalizar uma tendência, iniciada no governo de Durão Barroso, de menorização da Geologia e, principalmente, da responsabilidade que o Estado tem para o conhecimento geológico do território nacional. Com efeito, a estrutura que outrora se chamou Instituto Geológico e Mineiro e que tinha por missão fundamental a aquisição sistemática de conhecimento geológico do território nacional e seus recursos, desempenhando, portanto, o papel de Geological Survey (ou de Serviços Geológicos, como se lhe queira chamar), foi pura e simplesmente reduzida a uma mera área departamental do agora criado e denominado "Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P.". É uma notícia triste que se estava a adivinhar e que indubitavelmente terá consequências penalizantes para o desenvolvimento económico, social e ambiental do país.

Convém recordar que o IGM, extinto numa primeira fase de reestruturação de organismos públicos em 2003 e contra a qual a comunidade geocientífica sempre manifestou a sua total discordância, não era um dos muitos institutos públicos que a dada altura proliferaram neste país. O IGM era o percursor de um outro criado há mais de 150 anos (A Comissão Geológica do Reino, fundada em 1848) com a mesma missão e objectivos.

A missão e competências do Instituto Geológico e Mineiro foram então dispersas por duas instituições diferentes. Criou-se a Direcção Geral de Geologia e Energia, à qual foi atribuída a gestão dos recursos geológicos, tendo as competências científicas sido englobadas nas do INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação por mera fusão administrativa, conforme explícito na Resolução do Conselho de Ministros nº 198/2005, a qual deu início ao processo em curso de reforma dos laboratórios do estado. Desta fusão resultou uma perda total das sinergias necessárias ao bom cumprimento da missão. Se a perda de autonomia per si constitui factor crítico, mais o é quando as competências se dispersam e não se articulam e quando a missão de serviço público e independente se desvirtua por integração numa instituição de natureza, missão e objectivos bem diferentes. Importa lembrar que o laboratório do profissional de geologia é “o campo”, o que acarreta uma vivência e logística de funcionamento administrativo muito própria, por si só justificativas de autonomia.

Após terem assumido explicitamente que a extinção do IGM foi um erro, ao considerarem que a referida fusão administrativa constituiu uma regressão (Resolução do CM nº 198/2005) e após o relatório do Grupo de Trabalho Internacional para a Reforma dos Laboratórios do Estado que preconiza: Marine Geology, Hydrogeology and Geology, Economic Geology and the Laboratory of Mineral Technologies that constituted the former IGM should be restored to an independent State Laboratory, IGM, não se compreendem as razões que levaram o actual governo a manter sem plena autonomia (técnico-científica, administrativa e financeira) um organismo com a missão típica de Serviços Geológicos.

Mas, qual a importância do conhecimento geológico para a sociedade e qual a necessidade de uma instituição independente e autónoma para proceder à sua aquisição, gestão e valorização?

É um dado adquirido que a sociedade facilmente esquece que o seu desenvolvimento está largamente condicionado pelo substrato rochoso sobre o qual se estabelece. Assim se compreende que em conceito tão actual como o do Desenvolvimento Sustentável a infra-estrutura geológica raramente seja tida em conta, pese embora constituir uma dimensão fundamental para o equilíbrio do nosso planeta. Na realidade, o conhecimento da infra-estrutura da Terra e a compreensão dos fenómenos que nela ocorrem, em suma, o conhecimento geológico, constituem premissa obrigatória para o verdadeiro Desenvolvimento Sustentável.

É o conhecimento geológico que permite compreender as condições que presidem à localização, natureza e quantidade de um enorme leque de recursos naturais essenciais à manutenção da qualidade de vida das populações e seu desenvolvimento económico, como é o caso dos solos, das águas subterrâneas e dos recursos minerais e energéticos. Permite compreender e contribuir para a prevenção de catástrofes associadas a uma grande diversidade de riscos naturais, como sejam os sismos, as erupções vulcânicas e deslizamentos de terrenos e ainda aqueles com repercussões na saúde pública, como as emissões radioactivas naturais de radão e o excesso ou deficiência de elementos traço em solos e águas, como o arsénio, o flúor e o iodo. É também o conhecimento geológico que permite determinar os melhores e mais seguros locais para a construção de edifícios e outras infra-estruturas civis, onde se pode extrair água de boa qualidade para consumo, onde se localizam os melhores locais para a deposição de resíduos consoante a sua natureza, onde se podem construir infra-estruturas subterrâneas como túneis, armazenamento de gás natural, etc., etc. Em suma, o conhecimento geológico é estruturante da sociedade e está na base do Ordenamento do Território.

A detenção de informação geológica é, assim, uma mais-valia de extrema importância e imprescindível às políticas públicas e programas que visam o ordenamento do território, a protecção ambiental, saúde pública e a gestão dos recursos geológicos (energéticos, minerais e hídricos). É neste contexto que a nível mundial a grande maioria dos estados considera a detenção de informação geológica relativa aos seus territórios como um factor estratégico para a sua gestão, valorização e desenvolvimento, razão pela qual detêm a missão de a adquirir, gerir e difundir através de organismos autónomos e independentes da rotatividade do poder político. Ainda recentemente, o agora reeleito Presidente do Brasil, Lula da Silva, afirmou que “o conhecimento geológico é tão importante como a construção de estradas e caminhos-de-ferro”.

O carácter estratégico que este tipo de instituição representa para o desenvolvimento das nações sobrepõe-se largamente a eventuais dificuldades económicas ou orçamentais. Veja-se o caso de estados recentemente criados após o desmantelamento da antiga URSS ou após os acontecimentos na região dos Balcãs em que, mesmo perante as dificuldades inerentes à sua criação, a implementação deste tipo de organismos foi prioritária: Geological Survey of Slovack Republic, Czech Geologial Survey, Lithuanian Geological Survey, Geological Survey of Slovenia, Ukrainian State Geological Research Institute, Geological Survey of Bosnia & Herzegovina, etc.
Em Portugal andamos ao contrário. Se fomos a quarta nação do mundo a implementar uma instituição com as características de Serviço Geológico em 1848, após a extinção do Instituto Geológico e Mineiro em Agosto de 2003, somos das poucas nações em que tal não se verifica!

O processo evolutivo em curso no Estado Português desde há uns anos, que visa o aumento da sua eficiência e competitividade, obriga, sem dúvida, à reformulação de muitas das instituições que o compõem, levando, inclusive, à eventual extinção de algumas. Não nos quer parecer, no entanto, que tal critério de extinção deva ser aplicado às instituições com identidade própria e que desempenham uma missão de carácter estratégico e eminentemente público, como aconteceu com o Instituto Geológico e Mineiro por critérios meramente administrativos e errados do ponto de vista económico e que pelos vistos se teimam em manter. A instituição IGM carrega uma história e identidade própria que importa pesar, pois é evidente: passados mais de 3 anos após a sua extinção o nome IGM ainda se mantém informalmente nos sectores público e privado de algum modo relacionados com o conhecimento geológico do território português, demonstrando a importância e vitalidade que a instituição detinha e ainda detém mesmo extinta. No entanto, numa altura em que no nosso país se faz a apologia do conhecimento científico e em que se anunciam milhões de investimento na área da ciência, o Estado Português relega para um departamento de um Laboratório de Estado a responsabilidade do conhecimento geológico do território nacional. Não é mais do que um prenúncio do descartar total de responsabilidades num futuro a curto prazo.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Apontamentos sobre inundações e suas causas

Bastou chover como já não chovia il fait longtemps para que quase caísse o Carmo e a Trindade. Eu, em Leiria, vi de tudo: uma colega que foi acordada pela PSP para fazer a mala (e ir embora de casa antes da cheia a impedir), outra colega cujo filho se esqueceu da hora do último barco e teve de pedir ajuda para sair, de vizinhos (a 10 metros de minha casa...) que ficaram com as garagens (e carros...) inundados, muitos muros caídos, estradas cortadas, pela lama e areia que nelas se acumularam, casas com os móveis a secar na rua...

Aliás, tendo ido este fim-de-semana a Santiago de Litém, pude ver a força das águas e os estragos por elas causados - aliás fiquei muito admirado de, no caminho Barracão - Santiago de Litém, só ter sido impedido de passar numa ponte e de só ter sido rebocado uma vez (caí num buraco com cerca de um metro de profundidade...).

Mas, afinal, de quem é a culpa destas catástrofes?


1. De S. Pedro:
Afinal quem mandou que chovesse a barbaridade de água que nos caiu em cima nesse dia...?


2. Do George W. Bush:
Afinal o Protocolo de Quioto ainda não está produzir os devidos efeitos porque este senhor ainda não percebeu para que serve...


3. Dos políticos portugueses
Foram eles que permitiram que se ocupasse os leitos de cheia dos rios e linhas de água com construções, estradas e afins, se ocupasse locais necessários para a absorção da água e se desflorestasse grandes áreas (lembro-me, sempre que falo disto, do actual Presidente da Câmara de Ourém, que, num Congresso da Quercus, há cerca de 10 anos, dizia que as pessoas tinham direitos sobre o leito de cheia de uma ribeira da sua cidade - desta vez pode comprovar quais eram esses direitos...).


4. Dos portugueses em geral:
Afinal quem foi que, sucessivas vezes, foi reelegendo estes políticos (e não falo só de autarcas mas, também, de um nível superior a este)...?


5. Dos Geólogos:
Estes são os piores de todos - votaram, como os outros, nesta cambada, não se conseguem organizar numa simples Ordem dos Geólogos, são constantemente aldrabados por tudo e por todos, não conseguem explicar os riscos que as populações correm, vivendo em certos locais e não conseguem fazer nada, rigorosamente nada, para resolver esta embrulhada...

Escolha a a opção certa... ou será errada?

Os Dinossáurios e Santigo do Litém III

Fui, neste fim-de-semana, a Santiago de Litém (Pombal) ver a exposição sobre a Alice, nome que deram ao Allossaurus fragilis encontrado em Andrés, lugar da freguesia de Santiago de Litém - Pombal. Esta exposição é visitável, de 2ª a sábado, na Casa da Cultura - ver mais informação aqui.
As fotos aqui ficam, em três posts...



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Os Dinossáurios e Santigo do Litém II




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Os Dinossáurios e Santigo do Litém




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sexta-feira, outubro 27, 2006

As nascentes (exsurgências) do Lis



As Inundações em Leiria - II




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As Inundações em Leiria



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quarta-feira, outubro 25, 2006

Encontro NEL - mais fotos




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terça-feira, outubro 24, 2006

Mais fotos da Conferência do NEL






O sono dos justos na Conferência NEL

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2º Conferência do NEL


quinta-feira, outubro 19, 2006

Conferências NEL - 2ª Sessão


A segunda sessão das Conferências sobre Espeleologia do NEL será em 20 de Outubro de 2006 (6ª-feira), às 21.30 horas, no Auditório 1 da ESEL - Leiria, conduzida por elementos do NEL e terá como temas:

"Exploração - Algar de Eiras"
"Inventário de Cavidades"

terça-feira, outubro 17, 2006

A Greve dos Professores

Embora não goste de usar este local com questões colaterais à Geologia, hoje não se pode fugir à questão. Até porque a maioria dos Geólogos portugueses são docentes... Dado que, por motivos vários, já não fazer uma greve há cerca de 15 anos, passo a explicar o que me fez aderir, neste caso, à Greve dos Professores.

Embora achando que o actual modelo de Sindicatos dos Professores (pela sua fragmentação, presença de cappos políticos, capelanias ligadas a subsectores da Educação e quase total professionalização dos seus dirigentes) esteja esgotado, o facto de todos os Sindicatos estarem unidos torna esta Greve simbólica e especial. Custando-me prejudicar alunos (e famílias...) não posso, em consciência, ir dar aulas quando há um Governo que mentiu, descaradamente, nas suas propostas eleitorais na área da Educação, que quer apenas poupar dinheiro (sem o assumir...) nas Escolas, que há muitos anos não aumenta os salários e que, agora, com áreas subsidiárias (ADSE, reformas e mesmo ECD) pretende diminuir já o que paga aos professores (quase ao mesmo tempo em que aumentou substancialmente as actividades do professor na Escola, sem melhorar as condições para estes o fazerem...).

Se me perguntarem se é bom que haja ocupação plena de tempos sem aulas na Escola por parte dos alunos, diria que sim. Se me perguntarem se deve haver avaliação justa dos docentes, com progressão na carreira, de acordo com o que cada um faz (e consegue fazer...) efectivamente, também diria que sim. Mas este Governo usa estes assuntos para insultar e rebaixar os professores e para poupar dinheiro (quando o há, afinal, para aumentar a despesa pública - vide OGE 2007 - e para obras faraónicas, bem como para estúpidas promessas como a manutenção das SCUT's...). Uma pessoa de bem não muda as regras do jogo a meio do mesmo, sobretudo quando são sempre os mesmos a sofrer com estas mudanças...

Pessoalmente acho que esta greve não irá acrescentar grande coisa à negociação Sindicatos - ME, mas, moralmente, todos os professores têm de dar o seu contributo (e sacrifício de parte do salário, que o Governo agradece...) para esta luta. Eu, pessoalmente, gostaria mais de uma luta mais ao estilo de Maio de 68, com Escolas encerradas por outros processos e com uma coordenação para o efectivo encerramento das Escolas, com a entreajuda entre os diferentes profissionais que nelas trabalham e também dos alunos - reparem que, se não houver funcionários na Escola, esta não pode abrir ou se os alunos fizerem piquetes, a entrada é problemática... Também a campanha de contra-informação por parte de alguns media devia ser melhor combatida - e os professores têm hipótese de falar directamente com as famílias, sem que intermediários comprometidos intervenham...

Mas, se ainda há um pingo de dignidade no ME, talvez os próximos dias nos retirem (pelo menos um pouco...) desta apagada e vil tristeza em que querem mergulhar os Professores e as Escolas portguesas...

segunda-feira, outubro 16, 2006

Desafios do Ordenamento do Território em Portugal

Conferência:

Os Principais Desafios do Ordenamento do Território em Portugal

Arq. Victor Campos (Director Geral da DGOTDU)
Os Principais Desafios do Ordenamento do Território em Portugal foi o tema escolhido para Sessão de Abertura da 17ª Edição dos Cursos de Mestrado e Pós-Graduação em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental, que se realiza no dia 20 de Outubro de 2006, pelas 14 horas, no Edif. VII, Anfiteatro 1D do Campus da FCT.
Esta Sessão de Abertura contará com a presença do Director Geral da Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU), Arq. Victor Campos.

Será feita uma reflexão sobre os principais desafios à implementação de uma política de ordenamento do território.
Entrada livre

Mais Informações
Tel.: 21 294 83 99
E-mail: mestrado.ordenamento@fct.unl.pt
Site: http://mestrado.otpa.dcea.fct.unl.pt
Folheto do Mestrado (PDF): LINK

Comemorações do Ano Polar Internacional

Da mailing-list da GEOPOR recebemos o seguinte pedido de divulgação:
LATITUDE60! Educação para o Planeta para o Ano Polar Internacional é o tema do projecto de divulgação científica do Comité Português para o API e pretende envolver alunos e professores do ensino pré-escolar ao universitário, em iniciativas ligada ao Ano Polar. É um projecto interdisciplinar, com actividades na área das ciências exactas, naturais, sociais, letras e artes!

Este projecto, que envolverá actividades didácticas diversas, concursos, contacto com investigadores que trabalham nas regiões polares e congressos nacionais e internacionais, integra já mais de 130 professores de todo o país.

Para saber mais, visite o site do projecto (clicar aqui) e o blog, no seguinte link. No primeiro encontrará instruções acerca de como se inscrever numa plataforma de e-learning (Moodle) onde se encontram já vários materiais didácticos gratuitos.

As próximas sessões de apresentação do projecto LATITUDE60!, dirigidas a professores e a todos aqueles envolvidos em actividades de divulgação e educação, decorrerão em:
  • Odivelas, 19 de Outubro, 16h - Biblioteca D. Dinis - inscrição ao cuidado de Anabela Louro (Fax: 219 344 699, anabela.louro@cm-odivelas.pt);
  • Aveiro, 24 de Outubro, hora a indicar (tarde), Universidade de Aveiro;
  • Coimbra, 25 de Outubro - hora e local a definir.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Mais um fim-de-semana alucinante...

Em breve irei colocar aqui uma sucinta descrição do fim-de-semana que irei ter, até porque este tem muitas coisas que, certamente, irão agradar aos nossos leitores.

Só para aguçar o apetite, direi que vou começar por fazer hoje (13.10.2006) uma Observação Astronómica, no Ponto Novo - Pinhal do Rei (Marinha Grande), para a qual estão convidados, que encerra a Acção de Formação sobre Astronomia que deu, em conjunto com o meu amigo e Mestre João Nelson Ferreira, em Leiria - para ver pormenores, visitar o blog AstroLeiria e clicar aqui.


Depois, na manhã de sábado, irei ter uma sessão de astrofotografia, recorrendo a um Telescópio (que iremos comandar remotamente) situado numa zona desértica do Arizona (USA), com ajuda de uma astrónoma do NUCLIO (Cascais), que virá a Leiria, e de um astrónomo polaco (via Skype). Esta actividade decorrerá entre as 08.00 e as 09.30 horas na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, podendo ver pormenores da mesma também no blog AstroLeiria - e estão convidados, embora o número de pessoas presentes tenha de ser reduzido...


Finalmente, a partir do almoço de sábado, 14.10.2006, vou fazer uma série de actividades no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) que incluirá dormida numa Casa Abrigo do Parque (com muitos grelhados nas brasas da lareira...), uma Espeleologia, uma Observação Astronómica, um Percurso Pedrestre e visita a diversos locais emblemáticos do Parque (que, democraticamente, iremos decidir aquilo que poderemos ver até ao domingo ao almoço...). Nesta actividade estarão alguns colegas de curso -, eu e a Lai, e o Luís Costa e apêndices em parte da actividade... Para ver pormenores, podem visitar o blog GeoLeiria, clicando aqui.


Esperemos que sobreviva...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Terra com saldo ecológico negativo

Terra está em saldo negativo ecológico desde ontem

Se é um consumista inato ou simplesmente gosta do conforto ocidental, preste atenção a este dado: desde ontem, a conta ecológica da Terra entrou em saldo negativo. Por outras palavras, a partir de agora e até ao fim de 2006, os seres humanos estarão a explorar mais recursos naturais do que aqueles que podem ser renovados num ano civil.

O cálculo exacto do dia do ano em que a Terra passa a estar em débito ecológico é uma derivação da "pegada ecológica", que estima qual a área do planeta que cada pessoa precisa para suportar o seu estilo de vida. Outro conceito é o da biocapacidade de renovar os recursos - de uma cidade, uma região, um país ou da Terra como um todo.

Segundo os últimos cálculos da organização não-governamental Global Footprint Network, cada português precisava, em 2002, de 4,2 hectares de recursos do planeta. Mas o país só tinha capacidade para suprir 1,7 hectares por pessoa. Por habitante, havia então um débito de 2,5 hectares.

Com base neste tipo de dados, a New Economics Foundation (NEF), outra organização não-governamental, passou a determinar o dia exacto em que o salário ecológico anual da Terra termina.

E "o dia em que a humanidade começa a comer a Terra", como define um comunicado da NEF, ocorre cada vez mais cedo. Em 1987, o "dinheiro" acabou em 19 de Dezembro. Em 1995, a data estava já em 21 de Novembro. E este ano a conta entrou no vermelho ontem, 9 de Outubro.

"A humanidade está a viver do cartão de crédito ecológico e só o pode fazer liquidando os recursos naturais do planeta", resume Mathis Wackernagel, director executivo do Global Footprint Network.

in Público, 10.10.2006



Para calcular a pegada ecológica de cada um, clicar em:
http://www.earthday.net/Footprint/index.asp