terça-feira, setembro 12, 2006
Geologia de Caiaque 2006
Este ano a actividade foi feita em conjunto com outra, intitulada Sem chuva nos montes, secam-se as fontes (no Mondego em canoa), do Doutor Mário Quinta Ferreira (Instituto Pedro Nunes/Departamento de Ciências da Terra).
Pela minha parte levei 18 pessoas e dois caiaques (podendo assim entrar mais dois participantes extra...), incluindo vários professores (8), um Juiz, dois Arquitectos, um Enfermeiro, duas Advogadas, uma Jornalista, um Funcionário do MJ (no antigo serviço do Luís Costa...), uma Bibliotecária e uma Estudante, dando um certo colorido à coisa, pois as dúvidas e o interesse era muitos... Pena não termos levado algumas crianças, à garupa, pois elas tinham adorado...
Conforme prometido, levámos almoço a contar com os professores (incluindo um tinto Terras de Xisto, excelente, fruta, presunto, pão, sobremesas e chocolates, entre muitos outros, faltando apenas o prometido café...). Fomos ainda aproveitando as paragens para ir comendo a fruta que encontrávamos (ricas uvas, melhor só os figos do final...).
Desta vez a água era mais e havia alguma corrente, o que facilitou a navegação (a alguns - eu estive em sérias dificuldades devido às minhas costas). Também o contacto com a natureza (os peixes, os bivalves, os insectos, a frondosa vegetação) tudo foi interessante de observar.
Quanto à avaliação da actividade, podemos dizer que o folheto plastificado que nos foi oferecido, excelente, os outros materiais de apoio usados, as paragens (a possibilidade de ir ver restos da antiga lavagem, escombreira de escórias e forno de fundição da antiga mina do Zorro, no contacto Grupo das Beiras (ex-CXG) - Cristalofílico, foi excelente), o garimpo, as fotos aéreas observadas no estereoscópio de espelhos, a observação (dos minerais garimpados) à lupa e das propriedades magnéticas de alguns e, sobretudo, as paragens e explicações dos Doutores, tudo contribui para que esta fosse uma tarde memorável.
Já no final, fomos informados da realização, em Março de 2007, de um Congresso para Jovens Geocientistas, com alunos do Secundário (e que iremos divulgar, pessoalmente, em Leiria e, electronicamente, no Blog) e ficou acertada uma actividade em Leiria (uma ida ao interior da Mina da Guimarota, anteriormente estudada, à superfície, por professores da Universidade) para verificar o seu estado (risco de abatimento, libertação de gases, segurança na entrada, presença de morcegos, entre outros) com a colaboração do NEL - Núcleo de Espeleologia de Leiria, Bombeiros Municipais de Leiria, Geopedrados e DCT/UC - Departamento de Ciências da Terra - faltando apenas encontrar a data (final de Setembro) e o acordo do dono do terreno à realização da descida...
Resumindo e concluindo - a malta adorou...! Para o provar, nos posts seguintes, estão diversas fotos do evento...
NOTA: Aceitam inscrições para o ano que vem...? Please...
segunda-feira, setembro 11, 2006
Binóculos no LIDL
Binóculo 10 x 50 Bresser
- Objectiva 50 mm;
- Regulação dióptrica;
- Inclui: rosca de ligação a 1 tripé (não incluido);
- Reprodução de imagem clara e de grande contraste através dos prismas Bak 4;
- Mecanismo central anti-derrapante para uma focagem simples e precisa;
- Oculares LE com borrachas de protecção, ideal para utilizadores de óculos;
- 10 x ampliação;
- 50 x zoom óptico;
- Acessórios:
- mala de transporte com alça e presilha para cinto,
- fita para uso ao pescoço,
- pano de limpeza.
PS - Estão ainda à venda uns binóculos 10x10 (de tecto - vulgo de teatro...) e um monóculo extensível 25x30 (como o dos piratas). Para saber/perceber mais de binóculos, sugerimos a seguinte página - clicar no link.
ADENDA: o Dr. Guilherme de Almeida (astrónomo bastante conhecido, autor de alguns dos melhores livros sobre Astronomia e Unidades do Sistema Internacional publicados em Portugal) mandou-nos um simpático e-mail, recordando que, citamos, "na notação 10x50, o "50" é o diâmetro das objectivas em milímetros e não uma 'ampliação' obtida com zoom". Como nós publicámos os dados do site do LIDL sem modificação, clarificamos que, se calhar neste caso, poder-se-ia falar de uns binóculos 10-50x50, em que o 10-50 significa ampliação (amplificação angular para ser mais preciso, neste caso com zoom, o que não é muito recomendável para uns binóculos astronómicos...) e o 50 seguinte os mm de abertura das objectivas dos binóculos. Aproveitamos ainda para sugerir a leitura dos seguintes livros - seguir links:
- Ferreira, Máximo & Almeida, Guilherme - Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas;
- Almeida, Guilherme - Telescópios;
- Almeida, Guilherme & Ré, Pedro - Observar o Céu Profundo.
Visita (astronómica) à Feira e Espinho
Mas, falando de pormenores desta actividade de docentes, fomos primeiro ao Visionarium, em S.ª Maria da Feira, e começámos por uma boa visita aos Jardins (observando as experiência lúdicas e o modelo do Sistema Solar, dedicado a Carl Sagan), seguindo depois para o seu interior, onde a esmagadora maioria das experiências estava funcional...
Em seguida, como os meus formandos se tinham esquecido do almoço, fomos ao Restaurante Cruzeiro, de cozinha brasileira, e que valeu a pena o desvio e o tempo...
Já atrasados, dirigimo-nos então ao Centro Multimeios, de Espinho, onde vimos duas sessões diferentes do Planetário e a Cosmoteca, regressando então a casa.
Para saber (e ver) mais, podem consultar os posts originais do Blog AstroLeiria:
Os golpes do Multibanco
http://www.lusawines.com/public/prevencaoATM.swf
NOTA: depois de entrar no link anterior, usar as setas do canto superior direito para avançar ou ir clicando sucessivamente no quadradinhos de cima...
quinta-feira, setembro 07, 2006
Fotos da Observação Astronómica
Isto porque o máximo do eclipse (em que cerca de 19% da Lua ficava na Umbra - sombra terrestre), foi antes de a Lua ser visível (às 19.51) tendo-se posto o Sol às 19.58 e nascido a Lua às 19.59. Antes disso (não visível em Portugal) tinha começado às 17.42 horas a fase penumbral e a fase de Umbra às 19.04 horas.
Depois a fase em que foi visível a sombra terreste - umbra - na Lua, prolongou-se até às 20.38, tendo a fase penumbral (em que a parte superior da Lua ficou ligeiramente obscurecida) durado até à 22.00 horas.
Agora é só esperar pelo Eclipse de 03.03.2007, um Total da Lua, que será bem visível de Portugal.
Duas fotos do evento, na Escola Correia Mateus (autoria João Nelson Ferreira):
Sugestões de Leitura:
Crato, Nuno; Magalhães, António; Cidadão, António & Ré, Pedro (1999) - Eclipses, Gradiva, Colecção Fora Colecção, n.º 137, 1ª Edição, Lisboa.
NASA Eclipse Homepage - http://sunearth.gsfc.nasa.gov/eclipse/lunar.html (08.09.2006)
Actividades dos Geopedrados
Ontem estive (e dei parcialmente) numa Acção de Formação de Xadrez - ver aqui - hoje, no âmbito de uma Acção de Formação intitulada "Introdução ao Ensino Experimental de Astronomia nos Ensinos Básico e Secundário", dada em Leiria, iremos observar o final do Eclipse Parcial da Lua de 07.09.2006 (estão convidados - vejam pormenores aqui) e, ainda, no âmbito desta Acção, iremos amanhã ao Visionarium, em S.ª Maria da Feira, e ao Centro Multimeios, de Espinho.
Logo que possível mostraremos fotografias destas actividades e publicaremos as nossas impressões das mesmas...
O longo adeus a Plutão
A SAÍDA de Plutão da selecta lista de planetas não é um acto arbitrário dos astrónomos, é o resultado de uma descoberta que se soma a outras.
Raramente um debate científico terá sido tão dramaticamente seguido pelo público. Ao longo de semanas, vinha-se anunciando a possibilidade de Plutão ser relegado para uma classe menor do sistema solar. Mas o mais provável parecia ser o alargamento da lista de planetas. E a proposta primeiramente apresentada à assembleia da União Astronómica Internacional (IAU) salvaguardava o estatuto de Plutão, esse mítico nono planeta, jamais visitado e apenas entrevisto pelos melhores telescópios.
A meio do longo encontro da IAU em Praga, começou a perceber-se que os astrónomos estavam divididos e que era provável que, ao invés de ser aumentada, a lista de planetas fosse reduzida. E assim aconteceu de facto nessa tarde de 24 de Agosto. De braço no ar, os astrónomos reunidos em Praga aprovaram uma nova definição, que reduz para oito os astros considerados planetas.
Se formos ao início dos inícios, à astronomia da Antiguidade Clássica, reconhecemos planeta como sendo um astro errante que não segue o movimento uniforme das estrelas. O vocábulo, aliás, tem origem no grego planétes, que significava errante ou vagabundo. Errantes eram Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno, assim como o Sol e a Lua. Os planetas eram sete. A Terra não estava incluída. Só com Copérnico, Galileu e Kepler, se entende inequivocamente o sistema solar com o Sol no centro e astros a orbitá-lo. O Sol e a Lua deixaram de ser considerados planetas, juntando-se a Terra a este distinto grupo.
Com a invenção do telescópio vão-se descobrindo novos planetas: Úrano, em 1781, e Neptuno, em 1846. Entretanto, em 1801, descobre-se um astro em órbita entre Marte e Júpiter, que veio a ser chamado Ceres. A princípio, suspeitou-se tratar-se de um cometa, depois de um planeta. Mas, quando se descobriram muitos outros pequenos astros na mesma órbita, colocou-se um dilema: devia Ceres ser considerado um planeta, e portanto muitas dezenas de outros (mais tarde, centenas) também? Ou deviam Ceres e seus companheiros serem considerados planetas menores? Como se sabe, foi esta última ideia que vingou, com a designação de «asteróides».
Plutão só foi descoberto em 1930, depois de uma pesquisa épica. Durante décadas nada se passou. Até que, nos fins do século XX, começaram a descobrir-se astros que tinham uma órbita para lá de Neptuno, tal como Plutão, e confirmou-se que estes faziam todos parte de uma larga cintura, chamada de Kuiper, em honra ao astrónomo que postulara a sua existência. O dilema de Ceres repetiu-se: sendo Plutão apenas o primeiro astro conhecido dessa cintura, será que muitos outros de dimensão semelhante iriam ser descobertos?
Em 2002, descobriu-se Quaoar, com um diâmetro de 1.200 km. No ano seguinte, descobriu-se Sedna, com um diâmetro de quase 1.800 km. São dimensões muito inferiores às da Terra, que tem quase 13.000 km de diâmetro, ou mesmo da Lua, que tem 3.476 km. Mas são dimensões comparáveis às de Plutão, que tem 2.390 km. A descoberta mais séria foi depois feita por Michael Brown. Foi a de um astro que este designou por Xena (2003 UB313), e que há cerca de um ano se verificou ter um diâmetro que é vez e meia o de Plutão.
Manter Plutão na classe de planetas obrigaria a aí incluir também Xena tal como, possivelmente, Quaoar e Sedna. E tal como, seguramente, muitos outros que entretanto virão a ser descobertos.
Os astrónomos agora reunidos em Praga definiram planeta como sendo um astro que orbita o Sol, que tem massa suficiente para a sua gravidade o obrigar a assumir forma aproximadamente esférica e que consegue dominar gravitacionalmente a região da sua órbita. Plutão não cumpre este terceiro critério, a sua órbita cruza-se com a de Neptuno. Ficou classificado como «planeta anão».
Curiosamente, há cerca de um ano, em 4 de Agosto de 2005, noticiámos a descoberta de Xena com uma crónica intitulada «Descoberto menos um planeta». Tal foi de facto o efeito dessa descoberta: obrigar a uma redefinição de planeta. E essa redefinição, como era já então plausível, obrigou a despromover aquele astro que era, até há dias, o nono planeta do sistema solar.
Feito o balanço, o sistema solar não passou a ter menos astros. A reclassificação dos satélites do Sol é o resultado de grandes descobertas astronómicas. É o resultado do progresso da ciência.
Texto adaptado pelo autor de um inicialmente publicado pelo Expresso
quarta-feira, setembro 06, 2006
Outra poesia
“Navegando”
Sou navegador de uma estranha caravela,
Sou velejador da alma e do vento
Que trazes dentro,
Rei de um castelo encantado,
Senhor de uma sereia bela.
Nas asas de cada momento
Voa comigo a saudade do mar,
O encanto salgado do teu corpo
E, na onda caída a soluçar,
A cada instante caio morto.
Renasço nos teus braços absorto,
No regresso, e sonho embalado.
Cada espaço, cada pedaço de vida
Traz-me a tua alma como guarida.
Parto de novo embriagado de ti,
Bato asas e voo baixinho,
Não te quero acordar
Mas também não quero voar sozinho.
Estou aí! Nem sei se já parti!
- Olá! Adeus Amor.
João Carlos Silva Ribeiro
Triste mês de Agosto
É assim um mês triste, este Agosto de 2006, que, em vez de ser de descanso e de repouso, após um ano de trabalho, nos leva a repensar quem somos e o que fazemos aqui.
Mas a vida continua - aliás a morte é apenas uma das suas etapas... E quando, finalmente, se parte, fica um pouco da vida desses ausentes nos seus descendentes, e estes morrem um pouco, ao ficarem mais sós e mais compenetrados da fragilidade de uma vida.
Pois, como geólogos, sabemos que uma Vida dura um sopro de vento neste imenso Tempo que a Terra tem... Há que vivê-la como um Homem ou como Mulher, não como um ser rastejante e acéfalo que vegeta num mundo triste e resignado...
Hoje estamos um pouco infelizes e desconsolados, como criança que pede colo e não o obtem. Mas o tempo tudo cura ou tudo resolve - a vida continua...
sexta-feira, setembro 01, 2006
Sismo(s) no Algarve
Ocorreu, no dia 29.08.2006, um sismo no Algarve, com magnitude 3,1 na Escala de Richter e sentido em algumas localidades algarvias.
Podem obter mais informações, colsultar os sites do Instituto de Meteorologia, português, e no IGN, espanhol.
terça-feira, agosto 22, 2006
Noite Europeia dos Morcegos
Este evento, realizado todos os anos em vários países Europeus sob a égide da EuroBATS (http://www.eurobats.org), reúne um conjunto de especialistas e simples curiosos em exposições, palestras e/ou saídas campo, onde são revelados aspectos particulares da vida dos morcegos, demonstradas técnicas de estudo e apresentados projectos de conservação.
Aproveitando o facto de o Maciço Calcário Sicó-Alvaiázere ser uma importante área para a conservação dos morcegos, o GPS - Grupo Protecção Sicó decidiu associar-se a estas comemorações, tendo para tal organizado uma série de actividades a realizar no dia 26 de Agosto, das quais constam uma sessão de palestras no Mini-Auditório do Teatro Cine (com início às 16:00), onde estarão presentes vários especialistas nacionais, e um passeio nocturno junto ao Rio Arunca (com início às 21:30), no qual se pretende mostrar a forma como os morcegos utilizam o som para se orientarem.
sábado, agosto 19, 2006
Para a Lai...
El Ángel Perplejo
Nunca hubo dios, ni vírgenes, ni santos,
ni icono que proteja, ni oración que consuele;
nunca ha habido milagros o prodigios,
ni salvación del alma o vida eterna;
ni mágicas palabras, ni bálsamo efectivo
contra el dolor que no remite nunca;
ni luz al otro lado de las sombras,
ni salida del túnel, ni esperanza.
Sólo nos acompaña en esta travesía
un ángel de la guarda perplejo que soporta
la misma vida perra que nosotros.
in Negra bilis - Amalia Bautista
O Anjo Perplexo
Não houve nunca deus, nem virgens, nem santos,
nem ícone que proteja, nem oração que console;
nunca houve milagre ou prodígios,
nem salvação da alma ou vida eterna;
nem mágicas palavras, nem bálsamo eficaz
contra a dor que nunca se atenua;
nem luz do outro lado das sombras,
nem saída do túnel, nem esperança.
Só nos acompanha nesta travessia
um anjo da guarda perplexo que suporta
uma vida de cão igual à nossa.
quinta-feira, agosto 17, 2006
António Pedro - 1909-1966
SE HOUVE ENGANO DE OLHOS
Se houve engano de olhos,
Nunca esta alma minha
Se levou dos olhos,
Bem amada minha.
Olhos de alma, claros
Pela tua graça
E onde o teu sorriso
Namorado passa.
- Meu sorriso, aberto,
Porque é derradeiro,
Este foi, decerto,
Meu amor primeiro.
in «Distância», I vol.
MARESIA
Neste mar à minha frente
O sol repoisa e os nossos olhos dormem...
- caem saudades mortas como chuva miúda,
Ou sobrem, trémulas, como o vapor das algas,
Ou ficam, extáticas como um bafo dea areia,
Calmas, sobre a paisagem,
Como um véu de cambraia deixado...
Não sei se é o calor das algas,
Se é o bafo da areia que baila,
Ou se é a chuva miúda que cai neste dia de sol
Como um véu de cambraia deixado,
Sei que me lembram os signos do zodíaco
Em boa caligrafia,
Uns signos como nem sequer eu tinha imaginado!...
E este calor que dimana da terra e nos confunde com ela,
Nos aquece as pernas de encontro à areia, numa vida exterior
Com mais sangue que a nossa e, sobretudo, cheia
Duma inconsciência que não se parece com nada,
Esta respiração pausada como as ondas, de traás para diante
Fazendo, lentas, e desfazendo
A mesma curva humaníssima e sensível,
Faz-me escrever, devagar, e com letra de menino pequeno
Sobre o chão acamado, esta palavra
AMOR.
in «Aventura», nº. 3
"António Pedro da Costa (1909-1996), Pintor, ceramista, poeta, dramaturgo e teatrólogo português, António Pedro da Costa nasceu na Cidade da Praia, Cabo Verde, e faleceu em Moledo do Minho. Após ter cursado o Instituto Nun'Alvres, da Companhia de Jesus, em La Guardia, frequentou as Faculdades de Direito e de Letras de Lisboa, e o Instituto de Arte e Arqueologia da Sorbona, em Paris. Espírito multifacetado e aberto a quase todas as experiências da criação artística, distinguiu-se sobretudo nos campos da pintura e do teatro (como dramaturgo e como encenador, nomeadamente no Teatro Experimental do Porto, cuja sala tem hoje o seu nome). A sua actividade literária, porém, alargou-se à poesia, ficção, jornalismo, e comentário radiofónico, que praticou na B.B.C. durante a 2ª Guerra Mundial. Fortemente marcado por uma adesão extremamente inteligente ao Surrealismo, de que foi um dos introdutores em Portugal e um dos principais expoentes, fez parte do Grupo Surrealista de Lisboa (1947)."
in «Líricas Portuguesas», I Vol., Jorge de Sena, edições 70, 1984
Para o recordar, finalizemos com o início do Protopoema da Serra de Arga:
Um dia, em S. Lourenço da Montaria,
uma rã pediu a Deus para ser grande como um boi.
A rã foi. Deus é que rebentou.
quarta-feira, agosto 02, 2006
Livro juvenil com Dinossáurios
Existe algum dinossauro vivo nas arribas da Lourinhã? Onde estão os ovos de dinossauro? Estes são alguns dos mistérios que estão no livro de aventuras da autora Mafalda Moutinho, “O Caso do Último Dinossauro”, editado pela Dom Quixote e que foi lançado dia 19 de Maio 2006 na Lourinhã numa colaboração entre o Museu da Lourinhã, Câmara Municipal da Lourinhã e editora Dom Quixote.
SINOPSE
As escavações de Paleontologia estão prestes a iniciar e Ana e Maria deixam o Egipto para se juntarem ao primo André e à equipa de voluntários internacionais na Lourinhã. O destino dos jovens cruza-se com a história do maior carnívoro terrestre do mundo, o Spinosaurus, e as cartas trocadas entre cinco velhos paleontólogos: um alemão, um americano, um estónio, um egípcio e um português, o famoso Doutor Mota, bisavô de um amigo de André. Quem terá deixado o artigo de 1911 no cofre do museu da Capital dos Dinossauros, substituindo os fósseis e os embriões roubados? E a que se devem os ruídos e assobios fortes que se ouvem nas arribas, acompanhados de passos, pegadas enigmáticas, ossos e vultos aparentemente inexplicáveis?
AUTORA
Mafalda Moutinho foi até há pouco tempo Consultora de Gestão em Londres, numa grande empresa de consultoria multinacional, a Accenture. Licenciou-se no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas em Lisboa, em Relações Internacionais e completou os estudos com um Master em Londres e uma bolsa do British Council. Trabalhou sediada em Londres de 1997 a 2003, viajando muito e vivendo cada ano em cidades e países diferentes: Paris, Milão, Cairo, Haia, Estocolmo, Madrid e Roma. Desde 2003 vive em Milão e tem-se dedicado exclusivamente à escrita, embora recentemente se tenha transferido para Londres, onde está a fazer investigação para o quinto livro da colecção.
in Blog Lusodinos - ver original.
Astrofesta Nacional
Proença-a-Nova (Aeródromo/Centro Ciência Viva)
4, 5 e 6 de Agosto de 2006
Foram muitos os que, ao longo dos anos, puderam desfrutar deste encontro nacional de Astrónomos Amadores. Foram também muitos aqueles que, à custa do evento, puderam iniciar-se como observadores do céu. No fundo o que se espera é poder continuar a realizar nos próximos anos este evento que tem por objectivo chegar o mais possível a todas as regiões (com céus escuros e transparentes) de Portugal.
A edição deste ano vai realizar-se nos dias 4, 5 e 6 de Agosto (observações nas noites de Sexta-feira e Sábado) em Proença-a-Nova. No local há condições para pernoitar em acampamento e nas várias unidades hoteleiras.
Programa: (em actualização)
4/8/06 (Sexta-feira)
21.30 - "Letras, Números e Símbolos em Astronomia" (Máximo Ferreira – MCUL/CCVCONSTÂNCIA)
22.00 – "Um Passeio pelo Céu Real - Formas e Histórias das Constelações" (Máximo Ferreira – MCUL/CCVCONSTÂNCIA)
- Observações de objectos celestes (pela noite fora).
5/8/06 (Sábado)
15.00 – Abertura Oficial
15.30 – História das Astrofestas (Máximo Ferreira – MCUL/CCVCONSTÂNCIA)
16.00 – Observações do Sol
16.00 – "Vida no Universo" (Carlos Oliveira - UNIVERSIDADE DO TEXAS)
16.45 – Título a designar (Jorge Fonte – Astrotaipas)
17.30 – “Os pioneiros do Espaço” (José Matos – FISUA)
18.15 – “O Espaço Interestelar – Desde fontes galácticas até à formação estelar” (Miguel Avillez - Univ.Évora/Univ. Viena)
19.00 - "Registo fotográfico de superfícies planetárias" (Paulo Casquinha)
19.45 – “Telescópios” (Pedro Ré – APAA)
20.30 – “Alguns resultados de Astronomia de Quintal” (Rui Gonçalves – 938 Linhaceira, Tomar)
21.15 – Profundidade de crateras e alturas de Montanhas Lunares (António Cidadão - APAA)
21.15 – Início das observações de objectos celestes
22.00 – "O Observatório Astronómico de Lisboa na História da Astronomia Portuguesa" (Pedro Raposo - OAL/Centro de História das Ciências da UL)
23.00 - "Coordenadas Celestes" (João Paulo Vieira – ORION)
24.00 – Mistérios do Universo (José Matos – FISUA e Carlos Oliveira – Univ Texas)
6/8/06 (Domingo)
00:00 às 07:00 Observações de objectos celestes
Inscrições e/ou informações:
Email: info@constancia.cienciaviva.pt
Telef: 249739066
Fax: 249739084
Organização:
Centro Ciência Viva de Constância
Museu de Ciência da Universidade de Lisboa
Câmara Municipal de Proença-a-Nova.
terça-feira, agosto 01, 2006
Data - Observação astronómica
Assim, citando:
LOCAl: Mira de Aire
DATA: 26 de Agosto de 2006 (Sábado)
HORÁRIO: 17:30
Programa:
17.30 - 18.00: Encontro no Largo da Igreja em Mira de Aire.
18.00 - 19.30: Visita aos possíveis lugares de observação.
19.30 - 21.00: Jantar convívio (com apresentação de ideias para a realização de um evento a realizar mais tarde , com o objectivo de divulgar a astronomia na região).
21.30 - ??.??: Sessão de observação em lugal escolhido previamente, para os A. A. presentes.
Nota: esta sessão não terá características de divulgação pública, mas para desfrutarmos de um céu de montanha, que penso que deva ser muito razoável, assim as condiçoes atmosféricas ajudem :-)