(imagem daqui)
Batalha de Valverde | |||
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Crise de 1383-1385 | |||
Data | 15 de outubro de 1385 | ||
Local | Valverde de Mérida | ||
Desfecho | Vitória dos portugueses | ||
Combatentes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Pouco tempo depois da vitória portuguesa de Aljubarrota, Nuno Álvares Pereira entrou, por Badajoz, no território castelhano. De Estremoz passara a Vila Viçosa e, daqui, a Olivença. Depois seguira em direção a Mérida, para poder enfrentar as forças adversárias. Estas vieram pôr-lhe cerco em Valverde de Mérida, junto ao rio Guadiana.
A iniciativa de entrar em território castelhano partiu do condestável,
sem conhecimento do Rei. Havia conhecimento de que um exército inimigo
estava junto da fronteiro e D. Nuno decidiu ir ao encontro dele.
Estava-se em 15 de outubro de 1385. Atravessado o Guadiana, as tropas portuguesas viram-se atacadas. O Condestável - segundo a crónica de Fernão Lopes
- ajoelhou-se a orar durante a batalha, quando as suas tropas estavam
sofrendo pesadas baixas. A ardente fé de Nuno Álvares Pereira contagiava
os seus homens de armas. E a vitória surgiu. Do lado português, a
vanguarda era comandada pelo Condestável, a retaguarda estava sob o
comando de Álvaro Gonçalves Camelo, as alas estavam sob a chefia de Martim Afonso de Melo e de Gonçalo Anes de Castelo de Vide. Do lado castelhano, estavam os Mestres de Santiago e de Calatrava e o conde de Niebla. Um português, Martim Anes de Barbuda, estava do lado dos castelhanos e era o Mestre de Alcântara.
Durante a batalha o condestável retira-se para orar. O seu escudeiro
vai ao encontro dele, chamando-o para a batalha. Depois de terminar a
oração D. Nuno, percebendo que os castelhanos tinham usado todos os
projéteis, decide atacar o Mestre de Santiago, que acaba por morrer, e o
seu estandarte é derrubado. Com isto os castelhanos põem-se em fuga.
A estratégia militar do Condestável, a sua fé e ânimo que soube incutir
à sua hoste, permitiram-lhe alcançar esta vitória que, ainda segundo o
cronista Fernão Lopes, foi conseguida sobre um exército mais numeroso
do que aquele que fora derrotado em Aljubarrota.
Na mesnada portuguesa também se salientou o português Gil Fernandes, de Elvas. Esta foi a última vitória em campo aberto do condestável. Não mais
voltou a ter batalhas como esta, pois os castelhanos não mais quiseram
combater desta forma.
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