segunda-feira, dezembro 06, 2021

O Massacre da Escola Politécnica de Montreal foi há 32 anos


O Massacre da Escola Politécnica de Montreal, também conhecido como Massacre de Montreal, foi um evento ocorrido em 6 de dezembro de 1989 na Escola Politécnica de Montreal, em Quebec, no Canadá. Armado com uma espingarda Ruger Mini-14 e uma faca de caça, Marc Lépine, de 25 anos, atacou 28 pessoas, matando 14 mulheres antes de cometer suicídio. O ataque começou numa sala de aula no segundo andar da faculdade, onde ele separou os alunos por sexo. Afirmando estar "lutando contra o feminismo", ele atirou em todas as nove alunas que se encontravam no local, matando seis delas. Ele então andou pelos corredores, pelo refeitório e entrou noutra sala de aula, alvejando principalmente mulheres. Ao todo matou 14 mulheres e feriu dez outras e quatro homens, no decorrer de 20 minutos antes de dar um tiro na própria cabeça. A sua carta de suicídio afirmava que o ataque tinha motivações políticas e que as feministas destruíram sua vida. A nota incluía uma lista de 19 mulheres que Lépine considerava ser feministas e que desejava matar.

Desde o ataque, os canadianos têm debatido sobre os eventos, sua importância e a motivação de Lépine. Muitos políticos e grupos feministas caracterizaram o evento como um caso de feminicídio representativo da violência contra a mulher presente de forma mais extensa na sociedade canadiana. Seguindo essa linha de raciocínio, em 1991 o Parlamento do Canadá estabeleceu o aniversário do massacre como Dia Nacional de Memória e Combate à Violência contra a Mulher. Há quem afirme, no entanto, que o massacre foi a ação isolada de um louco, desconexa de maiores questões sociais. Estes argumentam que o abuso sofrido por Lépine na infância levou-o a desenvolver um distúrbio mental. Outros culpam os media (por glamourizar a violência) e o governo pelo massacre (por sujeitar as comunidades de imigrantes à pobreza, à segregação à alienação social). 

   

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