quarta-feira, dezembro 01, 2021

Liberdade!

 

 (imagem daqui)


“QUEM A TEM...”

Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade. 



in Fidelidade, Poesia-II - Jorge de Sena

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