sábado, fevereiro 09, 2008

Autonomia e Gestão: CNE recomenda Acção Sensata ao Governo

Do excelente Blog terrear publicamos o seguinte post:

O Conselho Nacional de Educação aprovou hoje, apenas com dois votos contra, o projecto de parecer noticiado há dias pelo DN.

O parecer hoje aprovado pelo CNE torna evidente:
a) que esta iniciativa de alterar o regime de autonomia e gestão das escolas é inoportuna e infundamentada;
b) que o Ministério da Educação deveria avaliar o modelo em vigor e aproveitar as potencialidades que contém (nomeadamente através dos paralisados contratos de autonomia);
c) que muitas das soluções propostas são contraditórias com os propósitos declarados (nomeadamente no referente à autonomia das escolas, que acaba por ser restringida, numa lógica de acção hipócrita em que se diz uma coisa e faz outra);
d) que a ilusão da concentração do poder pode sair cara à eficácia da acção educativa;
e) que a lógica da desconfiança nos professores não pode continuar a prevalecer nas iniciativas políticas;
f) que praticamente o único ponto positivo é reforço da participação (e da responsabilidade) comunitária.

Em síntese e conclusão: depois da generalidade dos pareceres críticos, do parecer muito negativo do Conselho das Escolas, o CNE propõe uma acção sensata ao Ministério: que deixe na gaveta esta proposta, melhore o actual regime de autonomia e gestão aproveitando todas as suas potencialidades depois de uma avaliação participada.

Depois do sr. Primeiro Ministro ter ido ao CNE, em sinal de valorização do papel deste órgão, e tendo expressamente referido que aguardaria e valorizaria as recomendações do Conselho, será interessante saber qual vai ser a posição do Governo e em particular do ME que parece ter uma agenda e um calendário mais ou menos oculto e que legisla contra tudo e contra todos.

Para já ficam as declaração do Presidente no final da sessão plenária. O parecer segue dentro de pouco tempo.

Científico ou político?

Do Blog WEHAVEKAOSINTHEGARDEN publicamos o seguinte post (sem a figura inicial, que podem ver indo ao post original e que favorece nitidamente a Ministra da Educação...):

«A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) considerou esta quarta-feira que a possibilidade de a ministra da Educação presidir ao Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP) retira a este órgão o carácter científico, conferindo-lhe «mero carácter político», escreve a Lusa. "Trata-se, no entender desta Federação, de uma clara menorização do conselho científico, reforçada pelo facto de o próprio ministro da Educação de turno poder presidir às suas reuniões, retirando-lhe o carácter cientifico e conferindo-lhe mero carácter político», afirma a estrutura sindical, em comunicado". »

in [Portugal Diário]

«O Ministério da Educação garantiu hoje que nenhum membro do Governo participará nas deliberações do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP), apesar da possibilidade de a ministra poder presidir àquele órgão com direito a voto de qualidade.
"O membro do Governo poderá, por sua iniciativa ou convite, dirigir-se aos membros do Conselho com a dignidade do cargo que ocupa. Não há nenhuma intenção de que este órgão consultivo seja direccionado do ponto de vista da tomada de deliberações pelo membro do Governo. Não é isso que se pretende", reiterou o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira.»
inSol


O Sr. Secretário diz que não é isso que se pretende, mas então o que se pretende realmente?

Porque se criou uma lei possibilitando aquilo que dizem não pretender?

É que aquilo que não se pretende hoje não quer dizer que seja aquilo que se pretende amanhã. Se não há a vontade de controlar politicamente o dito Conselho Cientifico porque se permite que um político presida às reuniões e tenha voto de qualidade?

Que me desculpem os senhores do Ministério da Educação, mas com as provas que têm dado ao longo deste mandato, não posso deixar de não acreditar muito nas suas palavras.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Avaliação dos Professores - Mais Três Tomadas de Posição

Na sequência do texto anterior, aqui fica um post do Blog A Educação do Meu Umbigo, de Paulo Guinote:

Agradecendo à colega Sandra C., aqui ficam os documentos produzidos em mais três escolas/agrupamentos sobre este tema: no Agrupamento Vertical de Escolas Luisa Todi (Setúbal); na Escola Emídio Navarro de Almada (emidio-navarro.pdf) e no Agrupamento de Escolas de Lousada Oeste (lousada.pdf).

A divulgação destas posições é tanto mais importante, quanto a política actual do ME visa atomizar o sistema público de ensino, de forma a quebrar-lhe laços de solidariedade horizontal e a fomentar a sensação de isolamento de cada unidade (sejam agrupamentos, escolas, órgãos de gestão, departamentos ou docentes) de modo a fazer-lhes sentir que a sua posição de contestação e resistência é inútil e vulnerável, porque desenquadrada de um movimento global.

E exactamente porque algumas posições resultam meramente do bom-senso mais básico e não de uma oposição declarada e desenfreada, maisse torna estranho que o ME insista na sua posição de irredutibilidade e, no seu caso sim, isolamento.

Avaliação dos Professores - Cartas à Ministra da Educação

Publicamos hoje uma carta dirigida pelos seus autores à Ministra da Educação e uma tomada de posição do Conselho Pedagógico de uma Escola:

1. CARTA

Ex.mª Senhora Ministra da Educação

POR UMA AVALIAÇÃO SÉRIA, JUSTA E CREDÍVEL!

1 – Considerando:

· Toda a legislação que chegou às escolas no mês de Janeiro – Decreto Regulamentar n2/2008, Lei nº 3/2008, Decreto-Lei nº 3/2008;

· Todas as reformulações que são necessárias introduzir no PE, no RI e no Plano Anual de Actividades;

· Toda a informação que é indispensável preparar, adaptar (porque os ciclos de ensino e as escolas não são todas iguais) para que chegue a todos os docentes;

· A falta de aspectos formais da responsabilidade do Ministério da Educação que lança as maiores dúvidas e incertezas nas escolas;

· A falta de orientações e de "recomendações" do Conselho Científico para a Avaliação de Docentes;

· A impossibilidade do CP da escola em aprovar os "instrumentos de registo" para se processar à referida avaliação;

· A falta do despacho de expressão das ponderações dos parâmetros de avaliação, previsto no nº2 do art.º20 do Diário da República nº2/2008; a falta do Despacho conjunto do estabelecimento de quotas, previsto no nº4 do art.º21; a falta da Portaria que define os parâmetros classificativos a realizar pela Inspecção, previsto no nº4 do art.º29; a falta do Diploma que rege a avaliação dos membros das direcções executivas que não exercem funções lectivas, previsto no nº1 do art.º31, e a falta do Despacho que aprova as fichas de avaliação, previsto no art.º35.



2 – Considerando ainda:

· A insensibilidade do Ministério para a complexidade e especificidade de cada escola, nomeadamente, da Escola Secundária de Avelar Brotero, em que se verifica uma grande incongruência na composição dos departamentos, concretamente, no que ao Departamento com o código 530 diz respeito;

· As dimensões desta Escola com a introdução do Ensino Profissional e a sucessiva contratação de docentes ao longo do ano lectivo;

3 – Perante o exposto, contradições, orientações contrárias a legislação em vigor (a extensão dos Departamentos criados para o Concurso de Professor Titular), incongruências, lacunas e complexidades, torna-se humanamente impossível cumprir prazos e elaborar um trabalho ponderado e sério. Consideramos um erro grave exigir tanto em tão pouco tempo, quando as culpas do estado em que se encontra o Ensino Público em Portugal se devem mais às políticas das várias equipas que passaram pelo Ministério da Educação do que à responsabilidade dos docentes, ideia com que se tem pretendido passar para a opinião pública. Não basta lançar reformas. Mais importante é prepará-las e dar formação a quem as vai implementar para que tenham êxito.

Neste sentido, o Conselho Executivo e o Conselho Pedagógico da ESAB, reunido ordinariamente a 23 de Janeiro de 2008,(representativo dos 240 professores que integram o corpo docente da escola), propõem:

1. Que seja dada formação científica e pedagógica aos Coordenadores / Avaliadores de Departamento, tal como está previsto para os Inspectores, antes de se iniciar qualquer processo de Avaliação de Desempenho, para que o processo, no futuro, seja considerado sério, justo e credível.

2. Que o Ministério da Educação adie o referido processo e prepare com coerência todos os aspectos formais em falta, repondo, deste modo, o respeito pelo trabalho docente.

A Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária de Avelar Brotero


2. TOMADA DE POSIÇÃO

Posição do Conselho Pedagógico da Escola Secundária Martins Sarmento relativa ao Decreto-Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro de 2008.



O Conselho Pedagógico da Escola Secundária Martins Sarmento, após análise atenta do novo regime de avaliação do desempenho do pessoal docente, consignado no Decreto-Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, considera que este diploma prevê prazos de execução que não podem ser cumpridos, informações complementares a todo este processo omissas e aspectos que devem ser revistos, quer porque comportam injustiças quer porque são inexequíveis:


Primeiro, pela inexistência dos suportes documentais e legais imprescindíveis à sua aplicabibilidade. Cite-se a título de exemplo:

. Inexistência de despacho de delegação de competências previsto no n.º 2 do art.º 12.º;

. Inexistência de despacho de expressão das ponderações dos parâmetros de classificação previsto no n.º 2 do art.º 20.º;

. Inexistência do despacho conjunto de estabelecimento de quotas previsto no n.º 4 do art.º 21.º;

.Inexistência de Portaria que defina os parâmetros classificativos a realizar pela inspecção, prevista no n.º 4 do art.º 29.º;

. Inexistência de um Conselho Científico a quem competirá a formulação de recomendações para a avaliação dos professores;

. Inexistência de informação sobre o posicionamento dos professores na carreira docente, em virtude da aplicação do novo Estatuto da Carreira Docente e do Decreto-‑Lei n.º 200/2007, mormente a situação dos docentes situados nos últimos escalões da carreira de professor titular.


Segundo, porque o referido diploma contem disposições que carecem de imprescindíveis esclarecimentos, que ainda não foram prestados às escolas, nomeadamente:

. A impossibilidade de as escolas estabelecerem indicadores de progresso dos resultados esperados e do abandono, quando a informação oficial disponível mais recente diz respeito a 2004-2005;

. A impossibilidade de estabelecer indicadores sobre abandono escolar, quando o próprio conceito carece de uma definição rigorosa;

. A impossibilidade de avaliar e definir o conceito de contexto socioeducativo, muito diverso e fragmentário no âmbito de uma mesma escola, muito mais num agrupamento de escolas e que comporta nuances sociológicas que ultrapassam o âmbito de actuação do docente, visto que pressupõe um estudo especializado;


Terceiro, porque pressupõe a reformulação de documentos internos à escola dos quais depende a elaboração do Plano Individual de Avaliação de cada um dos docentes: Projecto Educativo, Plano Anual de Actividades e Regulamento Interno; estes documentos foram elaborados antes da publicação do diploma de avaliação do Pessoal Docente. Sublinhe-se que os mesmos não foram formulados em termos operacionais que tivessem em conta a avaliação dos professores.


Quarto, porque ignora que "a educação é uma actividade que obedece a um calendário com características próprias a que se chama 'ano lectivo'. Começa a 1 de Setembro e não a 1 de Janeiro. Cada ano lectivo necessita de planeamento e preparação atempada. As escolas e os agentes educativos ao prepararem o ano lectivo devem estar na posse dos elementos mais relevantes para fazerem uma adequada planificação do seu trabalho" (Paulo Guinote). A importância deste aspecto revela-se de particular pertinência no que diz respeito ao horário dos professores avaliadores, nomeadamente o dos coordenadores de departamento; compreende-se mal como é que um horário elaborado para cumprir as atribuições previstas no início do ano lectivo é compaginável com a actual exigência de avaliar os seus colegas — em muitos casos, numerosos. Percebe-se também que, concentrando-se todo o processo de avaliação no 3º período, ele gerará uma turbulência e desorientação na vida das escolas, que em nada será benéfico para a melhoria dos resultados escolares dos alunos e da qualidade das aprendizagens.


Quinto, porque não estão garantidos os meios e as condições necessários ao desempenho do processo de avaliação, quer no que respeita aos avaliados quer aos avaliadores, porque não basta ter nas mãos uma ficha de observação de aulas para saber avaliar, e porque não foi a eleição democrática que os investiu do saber necessário a esta actividade, por natureza complexa e polémica. No que diz respeito à avaliação dos coordenadores, feita pela Inspecção Geral de Educação, é retirada a equidade do processo de avaliação dos docentes, para além de se verificar uma mistura de funções, pois a IGE passa a acumular funções de avaliador interno e externo; porque a CCAD (Comissão de Coordenação da Avaliação do Desempenho), constituída por quatro professores titulares do CP e pelo Presidente do Conselho Pedagógico recairá, na maioria das situações, nos coordenadores de departamento, que ficarão sujeitos a uma sobrecarga de trabalho.


Sexto, dada a existência de pontos em que claramente discordamos e que desejamos ver alterados:

. As percentagens do nível de assiduidade pressupostas para a atribuição das menções de Excelente e Muito Bom negam os direitos contemplados no Estatuto da Carreira Docente no que respeita a faltas, ainda que o próprio Estatuto comporte essa contradição;

. O conceito de prestação voluntária de apoio à aprendizagem dos alunos, previsto no art.º 9.º, ponto 2, alínea c), pois o docente deve ser avaliado apenas dentro dos limites do serviço distribuído, lectivo e não lectivo;

. A avaliação do docente com base nos resultados obtidos pelos seus alunos nas provas de avaliação externa, resultados esses confrontados com a classificação interna final, uma vez que os critérios que presidem à atribuição da segunda classificação estão ausentes da primeira e, ainda, porque esta não tem em conta o contexto socioeducativo e a diversidade dos territórios pedagógicos; ainda neste ponto, consideramos que se cria discriminação ao nível das diversas disciplinas, uma vez que nem todas estão sujeitas à obrigatoriedade da avaliação externa;

. A situação dos actuais coordenadores de departamento que se vêem investidos de responsabilidades que não estavam previstas no momento em que foram eleitos;

. A desresponsabilização das famílias, no que toca a situações de insucesso e abandono escolar, centrando a responsabilidade apenas nos professores, quando o contexto socioeducativo dos alunos ultrapassa muitas vezes o âmbito pedagógico dos docentes;

. A aplicação deste decreto não prevê, na avaliação do desempenho do Pessoal Docente, um carácter essencialmente formativo e de correcção de dificuldades e insuficiências da prática lectiva.

O Conselho Pedagógico

sábado, fevereiro 02, 2008

Formação em Astronomia em Leiria - 16 e 17 de Fevereiro


Nos dias 16 e 17 de Fevereiro de 2008 iremos realizar, na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, uma Acção de Formação, não-creditada, para professores. Esta será dada pela astrónoma Maria Luísa Almeida, do PT-HOU (http://www.pt.euhou.net/) e NUCLIO-Núcleo Interactivo de Astronomia(http://www.nuclio.pt/). A organização da mesma está a cargo do Fernando Martins (Núcleo de Astronomia Galileu Galilei e Departamento de Ciência Físicas e Naturais do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus) e de Amélia Moura (Departamento de Ciências Físico-Químicas da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo).

Aceitam-se inscrições (no máximo 20 professores) até à véspera (15.02.2008) às 16.00 horas, para o e-mail (fernando.oliveira.martins@gmail.com) ou Fax (244 854 019), indicando Nome, Grupo Disciplinar, e-mail e Escola onde lecciona.

PROGRAMA (Provisório)

Sábado, 16 de Fevereiro de 2008
09.45 – 10.00: Recepção e apresentação dos participantes;
10.00 – 10.15: Apresentação do projecto Hands-On Universe: EU-HOU e G-HOU
10.15 – 11.30: Software de manuseamento de imagens astronómicas SalsaJ;
11.30 – 11.45: Intervalo para café;
11.45 – 13.15: Telescópios ópticos operados remotamente: planeamento e observação;
13.15 – 14.45: Intervalo para almoço;
14.45 – 16.15: Exercício “Distâncias no Universo” (Cefeidas);
16.15 – 16.30: Intervalo para café;
16.30 – 18.0:0 Exercício “A vida das estrelas e os seus espectros” (SpectraJ).

Domingo, 17 de Fevereiro de 2008
10.00 – 11.30: Exercício “A massa de uma galáxia”;
11.30 – 11.45: Intervalo para café;
11.45 – 13.15: Exercício “Detecção de planetas extra-solares”;
13.15 – 14.45: Intervalo para almoço;
14.45 – 16.15: Exercício “Os braços espirais da nossa galáxia”;
16.15 – 16.30: Intervalo para café;
16.30 – 17.30: Projectos: supernovas e descoberta de asteróides
17.30 – 18.00: Propostas de projectos de investigação científica nas Escolas;
18.00 – 18.15: Encerramento.

NOTA: Post retirado do Blog AstroLeiria.

Trabalhar na área do Petróleo

GEOLOG procura licenciados em Coimbra para trabalharem em países com exploração petrolífera
2008-01-31

A empresa GEOLOG, com sede na Holanda, vai esta nos próximos dias 4 e 6 de Fevereiro no Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) para recrutar Licenciados na área das Geociências para trabalharem em países com exploração petrolífera.

Será a terceira sessão que a GEOLOG promove na Universidade de Coimbra, nos últimos dois anos, e tem em vista a selecção de licenciados para o mercado da prospecção de hidrocarbonetos.

De acordo com Luís Vítor Duarte, Docente da FCTUC, “a empregabilidade na área das Geociências constitui um bom exemplo daquilo que é o mercado global. Nos dias de hoje, existe uma grande solicitação de recém-licenciados na área da geologia para trabalhar em companhias petrolíferas por esse mundo fora. Para além dos requisitos de uma boa formação académica, o interesse de uma empresa como a Geolog reside, curiosamente, no facto dos geocientistas portugueses se enquadrarem muito bem nesta filosofia "global".

Após a selecção, haverá uma fase de treinamento num país europeu com posterior colocação no mercado de trabalho, que poderá envolver qualquer país com exploração petrolífera.

in revista on-line Ciência Hoje - ler notícia


ADENDA: Um nosso leitor deixou o seguinte comentário, que actualiza a notícia:


"Caro Fernando Martins,
Eu ando em contactos com a Geolog há algum tempo (e tomei contacto com a empresa através do seu post há alguns meses) e soube anteontem que a sessão de recrutamento foi adiada para dias 19 e 20 deste mês.
Cumprimentos, RJ "

A Terra Debaixo do Mar - Ciclo de Conferências

Dedicado ao Integrated Ocean Drilling Program (IODP), a versão actual do consórcio internacional que mais tem contribuído para o conhecimento dos fundos oceânicos, sobretudo na terceira dimensão.

1ª Sessão

Yoshiyuki Tatsumi – Drilling into the memory of Earth
Susana Lebreiro - Environmental Significance of the Mediterranean Outflow Water and its Global Implications: A Leg to be!

Academia das Ciências (Salão Nobre), 8 de Fevereiro, pelas 17.00 horas, em Lisboa.


Programa detalhado do Ciclo em:

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Actividade no Carsoscópio - Olhos de Água do Alviela

Actividades no Carso

Sábado, 2 de Fevereiro de 2008
Centro Ciência Viva do Alviela - CARSOSCÓPIO


Estando a Nascente do Alviela integrada numa zona húmida de grande importância internacional, constituída pelo Polje de Minde-Mira e nascentes associadas - Sítio RAMSAR 1616, o Centro Ciência Viva do Alviela - CARSOSCÓPIO vai organizar, no próximo dia 2 de Fevereiro, sábado, com o apoio do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros - PNSAC, uma Saída de Campo para assinalar o Dia Mundial das Zonas Húmidas.

Além do enquadramento fornecido por técnicos do PNSAC, esta iniciativa contará ainda com a presença da Mestre Sofia Reboleira, que apresentará uma nova espécie cavernícola, recentemente descoberta, seguindo-se a visita ao Sítio RAMSAR.


As inscrições, limitadas a 20 participantes, poderão ser efectuadas até ao dia 31 de Janeiro, sendo cobrada uma taxa de inscrição no valor de 2,50€ por pessoa (em caso de visita ao Centro Ciência Viva do Alviela - CARSOSCÓPIO, a saída de campo terá o custo de apenas 1,00€).

Para mais informações, contacte o Centro Ciência Viva do Alviela - CARSOSCÓPIO, através do telefone 249 881 805, ou do e-mail info@alviela.cienciaviva.pt.

Consulte aqui o Programa.

Dia Mundial das Zonas Húmidas – 2 de Fevereiro

O que é a Convenção de Ramsar sobre Zonas Húmidas?

A Convenção sobre Zonas Húmidas constitui um tratado inter-governamental adoptado a 2 de Fevereiro de 1971, na cidade iraniana de Ramsar, relativo à conservação e ao uso racional das Zonas Húmidas. Desde então, e até hoje, já assinaram esta Convenção cerca de 150 países, entre os quais Portugal, que contribui com 17 sítios Ramsar para os cerca de 1430 existentes nos cinco continentes. Site oficial da Convenção de Ramsar: http://www.ramsar.org/

O Governo Português assinou e ratificou esta convenção em 1980 (Dec. Lei n.º 101/80, de 9 de Outubro), tendo proposto até ao momento dezassete zonas húmidas de Portugal como Sítios Ramsar, de importância internacional. Destas, cinco estão ainda em processo de classificação internacional.

Breve historial da Convenção

Na década de 60, na Europa, grandes extensões de Zonas Húmidas estavam a ser drenadas ou destruídas, começando a observar-se o seu rápido desaparecimento. Alguns países, sensíveis à importância destes ecossistemas para as aves aquáticas, especialmente como locais de reprodução, de alimentação e de repouso nas rotas de migração, e conscientes da importância de uma abordagem global a esta problemática, propuseram a criação de uma Convenção internacional sobre Zonas Húmidas. Em Março de 1970, após um longo período de reuniões técnicas internacionais, um grupo de especialistas reuniu-se em Espoo (Finlândia) para discutir uma primeira versão da Convenção. Esse texto foi mais tarde submetido a uma conferência na cidade iraniana de Ramsar, onde seria adoptado, dando origem ao tratado inter-governamental assinado por 18 países, a Convenção sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional especialmente como Habitat de Aves Aquáticas. O primeiro Estado a depositar um instrumento de adesão na Convenção foi a Austrália. A Convenção só entrou em vigor a 21 de Dezembro de 1975, quatro meses depois da sétima adesão, a da Grécia.


O que são Zonas Húmidas?

Existem muitas definições para o termo «Zonas Húmidas», algumas baseadas em critérios principalmente ecológicos e outras orientadas para questões associadas à sua gestão. A Convenção sobre Zonas Húmidas adoptou uma definição extremamente ampla: «áreas de sapal, Paúl, turfeira ou água, sejam naturais ou artificiais, permanentes ou temporários, com água que está estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros», à qual se acrescenta, com a última revisão, que as Zonas Húmidas «podem incluir zonas ribeirinhas ou costeiras a elas adjacentes, assim como ilhéus ou massas de água marinha com uma profundidade superior a seis metros em maré baixa, integradas dentro dos limites da zona húmida». Esta definição inclui, assim, todos os ambientes aquáticos do interior e a zona costeira marinha.
Sítios Ramsar em Portugal
O Governo Português assinou a Convenção sobre Zonas Húmidas em 9 de Outubro de 1980 (Dec. Lei n.º 101/80, de 9 de Outubro) e ratificou-a em 24 de Novembro de 1980.
A fim de tornar efectiva a aplicação da Convenção no nosso país foram incluídas, numa primeira fase, nesse ano, duas Zonas Húmidas na Lista de Sítios Ramsar: Estuário do Tejo e Ria Formosa.
Para Portugal, a data de entrada em vigor na Convenção é atribuída a 24 de Março de 1981. Em 1996, durante a realização da 6.ª COP, em Brisbane (Austrália), Portugal designa oito novos Sítios: Paúl de Arzila, Paúl da Madriz, Paúl do Boquilobo, Lagoa de Albufeira, Estuário do Sado, Lagoas de Santo André e Sancha, Ria de Alvor, e Sapais de Castro Marim.
Posteriormente, em 2001, mais dois Sítios foram designados: o Paúl da Tornada e o Paúl do Taipal.
Mais recentemente, em 2005, foram propostos outros cinco, alargando o número de Sítios Ramsar a 17: Planalto superior da Serra da Estrela e parte superior do rio Zêzere, Polje de Mira Minde e Nascentes relacionadas, Lagoas de Bertiandos e de S. Pedro dos Arcos, Estuário do Mondego e Fajãs das lagoas da Caldeira de Santo Cristo e de Cubres.

Quase todos os sítios designados estão actualmente sujeitos a algum regime legal de protecção, quer por se incluírem na Rede Nacional de Áreas Protegidas, por terem sido designados como Zonas de Protecção Especial no âmbito da Directiva Aves ou por constarem da Lista Nacional de Sítios definidos no âmbito da Directiva Habitats.

(in: Portal do Governo)

Concurso "A Água e o Desenvolvimento Sustentável"


Regulamento do Concurso

Contexto
O Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) tem sido responsável, desde 1995, pela compilação e divulgação de informação sobre recursos hídricos constituindo, actualmente, um importante acervo documental nesta temática. Da informação compilada numa base de dados e divulgada via Internet, destacam-se os dados resultantes da medição das variáveis hidrometeorológicas e qualidade da água, relatórios e estudos técnicos e informação audiovisual relacionada com recursos hídricos.

Com o objectivo de partilhar o conhecimento e de pôr à disposição dos jovens e das escolas, instituições privilegiadas na divulgação do conhecimento, o SNIRH tem, actualmente, o subsistema SNIRH-JÚNIOR, assente em tecnologia avançada, com conteúdos actuais desenvolvido para as necessidades da geração do futuro, estando, actualmente, adaptado a pessoas com necessidades especiais (cegos, ambliopes e pessoas com deficiências motoras).

O SNIRH-JÚNIOR permite ir ao encontro das necessidades do conhecimento através da ligação tecnológica que assegura a reciprocidade de saber, entre um serviço técnico do estado e as escolas.

As iniciativas no âmbito do SNIRH-JÚNIOR enquadram-se em dois dos três eixos do Plano Tecnológico: conhecimento (eixo nº1) e tecnologia (eixo nº2).

O conhecimento tem como objectivo qualificar os portugueses para a sociedade do conhecimento através de medidas estruturais, que visam elevar os níveis educativos médios da população e estimular uma aprendizagem diversificada ao longo da vida (a), e medidas que visam mobilizar Portugal para a sociedade de informação (b).

Criar centros de competências de I&D na área de TIC (tecnologia de informação e comunicação), nomeadamente ao nível do desenvolvimento de software e da gestão de redes – dotar as organizações e as empresas de recursos humanos qualificados nas áreas de TIC, ao nível da gestão de redes e de sistemas, no planeamento e desenvolvimento de soluções aplicacionais, promovendo a concorrência e a colaboração internacional.
Criar uma oferta pública de Internet de cidadania - garantir o acesso livre e gratuito a serviços públicos e de interesse público disponibilizados pela Internet, os quais deverão abranger a totalidade dos serviços básicos.
A tecnologia tem como objectivo a solidificação da cultura científica, dando especial ênfase à área tecnológica e reforçando o número de investigadores em Portugal. Tem como uma das medidas o reforço experimental e da promoção da cultura científica e tecnológica visando o reforço da Agência Ciência Viva como instituição não governamental de excelência internacional capaz de mobilizar o esforço de cientistas, professores e alunos, de autarquias e de empresas na promoção.

Com o objectivo de continuar a aumentar o nosso conhecimento quanto à utilização racional dos recursos hídricos, respondendo simultaneamente às necessidades do quotidiano diário, propõe-se promover na sociedade a eco-eficiência, a inovação e a responsabilidade social. Neste contexto propõe-se a elaboração de trabalhos subordinado ao tema "A ÁGUA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL".

Entende-se por eco-eficiência a criação de mais produtos e serviços, com redução, tanto na utilização dos recursos, como na produção de desperdícios e poluição. Pretende-se com esta filosofia melhorias ambientais que simultaneamente aumentem os benefícios económicos.

Grupo Alvo
O concurso tem como grupo alvo alunos que frequentam 2º e 3º Ciclos do ensino Básico e ensino Secundário. Os trabalhos a concurso poderão ser individuais ou colectivos (grupo composto no máximo de três jovens). Os trabalhos apresentados a concurso deverão recorrer às novas tecnologias na poupança, na reutilização e na divulgação do conhecimento relacionado com o uso inteligente do recurso água.

Entrega
A entrega ou o envio dos trabalhos para o Instituto da Água, por correio ou por e-mail, é da responsabilidade dos concorrentes. Cada trabalho deverá conter a identificação completa dos autores (nome, morada, telefone e e-mail).

Caso o trabalho seja elaborado no âmbito de uma escola este deverá conter, para além da identificação completa dos autores, a identificação da escola e dos professores que auxiliaram a sua elaboração.

Os trabalhos apresentados em suporte de papel (por exemplo cartazes) não deverão exceder as dimensões do formato A0 (largura 841mm e altura de 1189mm).

Calendário
Os trabalhos deverão ser enviados até até final de Abril de 2008 para o Instituto da Água. O resultado do concurso será divulgado no dia 9 de Maio de 2008, através do site http://snirh.pt/junior.

Os participantes ao concurso deverão efectuar uma pré-inscrição, via e-mail (snirh@inag.pt), até ao final de Fevereiro de 2008, permitindo deste modo efectuar uma melhor organização do evento público associado à divulgação dos trabalhos apresentados ao concurso.

A apresentação será no dia 5 de Junho de 2008, Dia Mundial do Ambiente.

Júri
Os trabalhos apresentados a concurso serão apreciados por um júri constituído por um elemento da Presidência do Instituto da Água e por dois elementos do Departamento de Monitorização e Sistemas de Informação do Domínio Hídrico (DMSIDH) do Instituto da Água, IP (INAG).

Prémio
Os trabalhos serão todos premiados com brindes do INAG. Serão distinguidos dois trabalhos colectivos e dois trabalhos individuais, que terão apresentação pública e divulgação via Internet.

Os vencedores do concurso terão direito a passar um dia em contacto com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (actividades de gabinete e campo). Existe ainda a possibilidade de realizar uma viagem à EXPOZARAGOSA 2008, Espanha (a decorrer de 14 de Junho a 14 de Setembro).

Algumas Sugestões:


  • Avaliar os temas da escassez e excesso de água enquadrados nas práticas de ordenamento do território.
  • Avaliar as regras de uso eficiente da água, que visa preservar o recurso, através de uma análise da implementação das regras nos diversos sectores económicos da sociedade: agricultura, industria, serviços, turismo, ensino, uso doméstico e outros sectores económicos (Lazer -usos de recreio -pequenas piscinas e jardins, etc.).
  • Propor medidas de preservação deste recurso como meio de preservação do ambiente. Por exemplo identificar mecanismos de controlar o consumo da água, por tempo ou reutilização.
  • Propor e desenvolver meios de divulgação inovadores das boas práticas de utilização da água (blogues temáticos, cartazes, esculturas, slogans, músicas, filmes, peças de teatro etc.).
  • Construir uma Base de Dados simplificada, isto é, Base de Dados Jovem (Água Nova), utilizável pelas escolas, cujo objectivo é compilar dados provenientes dos diversos consumos do concelho, com possibilidade de posterior divulgação via Internet.

Mais informações aqui.

El-Rei D. Carlos e Príncipe D. Luís - 100 anos...


Faz hoje 100 anos que a República nasceu. Outros dizem que foi a 5 de Outubro de 1910, mas o seu acto fundador foi o assassinato do Rei e do Príncipe Herdeiro, em 1 de Fevereiro de 1908.

Cem anos após a ignomínia, a dor ainda perdura no coração de muitos portugueses! Recordemos a data apenas com um poema:

HOMENS

“Somos apenas pó e trevas”.

Horácio

À superfície deste corpo vegetamos
e escrevemos da nossa mágoa
litros de lágrimas de sangue
com penas leves de sombra

temas sólidos que nos aprofundam
os olhos incolores

o sabor impuro
que nos desce à boca
é o rasto
do pensamento

mas somos reis a rasgar as vestes
se a Mensagem que acolhemos nos sitia
entre muralhas de silêncio

e os cardos do nosso orgulho
sufocam a boa semente
que nos lança Deus ao coração.

Poema de Brissos Lino - Blog A Ovelha Perdida

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Geoblogosfera II

Republicamos um post anterior, agora com mais alguns Blogues portugueses sobre Geologia por nós sugeridos:



Do site do Departamento de Geologia (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) publicamos a seguinte notícia:

Geoblogosfera
Geo sites da semana: Blogues nacionais dedicados à Geologia e às Ciências Naturais em geral.

Blogosfera é o termo que designa o espaço virtual que engloba todos os “weblogs” ou simplesmente, blogs (ou blogues) existentes na Internet.

Segundo a Wikipedia, o neologismo "blogosfera" foi criado 1999 por Brad Graham em jeito de brincadeira. Foi retomado em 2002 por William Quick e, depois disso, rapidamente foi adoptado por todos os que mantém “weblogs” ou, simplesmente, blogs (blogues).

Há blogues sobre tudo e mais alguma coisa. Há blogues de todos os tamanhos e feitios: de blogues que são de simples diários electrónicos pessoais a blogues de intervensão política, passando por blogues temáticos sobre literatura, diários de guerras em curso (warblogs), hobbies pessoais, etc., etc. Há blogs nas mais variadas línguas. Em português também, claro.

A Geologia, a Paleontologia e as Ciências Naturais, em geral, não escaparam à blogosfera e são muitos os blogs que abordam temas destas áreas do conhecimento.
Eis alguns geoblogues (e afins) nacionais interessantes:

Ciência ao Natural
(Blog convidado do Público)

De Rerum Mundi / Sobre a Natureza das Coisas

Terra que gira

Geopedrados

Histórias da Geologia

Pedras Soltas

Dino_geológico

Geocrusoe

Geodiversidade

GeoLeiria

Profundezas


Websites referenciados no “Geo Site da Semana”:

08/07 - Mantle Plumes: Plumas Matélicas

07/07 - Pedreira do Galinha: Pegadas de dinossáurios

06/07 - Tsunami Research Centre

05/07 - Ornabase: Rochas ornamentais portuguesas

04/07 - Discovering Dinosaurs

03/07 - Earthquake Hazards Program

02/07 - Understanding Evolution

01/07 - Earth Science World - Image Bank


Convite à participação no “Geo Site da semana”!

Conheces outros websites geológicos interessantes, úteis? Queres partilhar esses sites connosco?
Envia-nos o seu endereço electrónico para: geologovirtual@fc.ul.pt. Obrigado!

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Carta de uma Professora

2418a.jpg

Chegou-nos, de diversas vias, a seguinte carta que uma professora mandou para diversos jornalistas e instituições, sobre Avaliação de Professores, ME e a qualidade de Ensino...

Boas! Deixo aqui a carta, que pretendo seja bastante esclarecedora, que enviei para vários figuras do meio cultural, político, jornalístico do país. Não me conformo em não fazer nada… isto é muito pouco, nada, atendendo à arrogância da senhora ministra, mas pelo menos, deito-me mais tranquila!
Enviei para o director do Expresso, J.N., Público, para a Inês Pedrosa (para ver se ela abre osolhos e não diz mais asneiras acerca dos prof's), para o Pacheco Pereira, para o António Barreto, para o Marcelo, para um jornalista do Sol que um dia me contactou, para o Presidente da República… ainda procuro o mail do Manuel Alegre (que a ele ninguém o cala) e do Sousa Tavares (com o mesmo objectivo da Pedrosa).

Se pensares em mais alguém, avisa. Nunca será demais.

Fátima


Boa noite,

Peço-lhe, por favor, dedique uns minutos à leitura desta missiva, já que é imperioso alertar o país para o estado calamitoso para o qual resvala, irremediavelmente, a Educação em Portugal, caso não se faça nada em contrário. Sou professora e não alimento nem a ilusão nem a pretensão de conseguir mudar muito. Mas V. Excia tem os meios para promover essa mudança.

Vai-me permitir a brutalidade do discurso, mas a situação é gravíssima, muito mais do que transparece tibiamente para o exterior, e este governo incompetente, cínico e prepotente vai conseguir destruir, não apenas o presente, mas, mais gravosamente, o futuro. E não, não estou a ser dramática. Antes estivesse.

1º ponto - Avaliação do desempenho dos professores.

Deve ficar bem claro que os professores querem ser avaliados! Cansados estamos todos de sermos enxovalhados em praça pública, porque nada no sistema distingue os maus profissionais dos bons! Não queremos é esta avaliação. E não é por capricho. É por ser abusiva, quase que surreal, de tão distante que está do conhecimento objectivo da realidade escolar. É despótica e brutal em todos os âmbitos, desde a planificação à implementação… chegando, neste caso, a ser perigosa. A incompetência e falta de lisura dos senhores que comandam o Ministério da Educação são gritantes e raia o patético. Não só insultam os professores, mas insultam (e é bom que todos se consciencializem disso) todos os portugueses, sempre que tentam passar a imagem de competência e profissionalismo.

Passemos aos factos, que poderá constatar com toda a facilidade (e nem os mencionarei todos, por serem tantos).

É pedido, digo, exigido, às escolas que, num prazo de 20 dias, a contar da data de publicação do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro seja implementado o processo de avaliação dos professores com base em documentos, despachos, grelhas, recomendações que, decorridos quinze dias sobre aquele prazo, não foram tornados públicos:

· Faltam as recomendações do Conselho Científico (”os avaliadores procedem, em cada ano escolar, à recolha, através de instrumentos de registo normalizados, de toda a informação que for considerada relevante para efeitos da avaliação do desempenho. Os instrumentos de registo referidos no número anterior são elaborados e aprovados pelo conselho pedagógico dos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas tendo em conta as recomendações que forem formuladas pelo conselho científico para a avaliação de professores.” - artigo 6º, ponto 1 e 2);

· sem aquelas recomendações, o Conselho Pedagógico não pode elaborar e aprovar os tais “instrumentos de registo”, nem se pode proceder à observação de aulas (artigo 17º);

· o regime da “observação de aulas” raia o absurdo, não porque os professores vejam inconveniente em serem observados (são-no, todos os dias), mas pela violência que representa para o avaliador. Invocando um Decreto Lei que, expressamente, referia que a redução dos departamentos para quatro apenas teria efeitos no concurso para titular (200/2007), o Ministério agora exige o que não é apontado neste despacho 2/2008: a reorganização dos departamentos naqueles quatro, instalando mais confusão num processo já de si tão escabroso e provocando a aglomeração grande número de docentes em cada um desses quatro departamentos. O meu, e do qual fui eleita coordenadora, entenda-se também, “avaliadora” (Departamento de Línguas), tem 31 professores. O das Ciências, por exemplo, tem quarenta e muitos professores. Como é possível que uma pessoa consiga assistir a três aulas por ano lectivo (neste ano, generosamente, apenas serão duas) de 30 professores? Além disso, como é possível acompanhar as planificações das aulas, diárias, desses trinta professores, reunir com cada um, definir objectivos, estratégias e instrumentos? Tudo isto mantendo um horário completo (sim, porque os avaliadores não têm redução alguma da sua componente lectiva, nem tão pouco qualquer alteração no seu salário, nem direito a horas extraordinárias), tendo o dever maior de cumprir com as suas turmas (que, para mim, é o realmente importante! Eu sinto-me responsável pelas minhas cinco turmas do 11º ano!), ao que acresce todo o trabalho burocrático e administrativo do Conselho Pedagógico, onde tenho assento e… as minhas próprias planificações! Sim, porque eu também serei avaliada, duplamente, como professora e como avaliadora! Poderei vir a tornar-me uma competentíssima avaliadora, mas, certamente, me tornarei numa pior professora. E isso é o que mais me angustia, porque eu gosto de dar aulas!

· é certo que no artigo 12º é apontada a possibilidade do coordenador “delegar as suas competências de avaliador noutros professores titulares, em termos a definir por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.”. Está bom de ver que… falta esse despacho.

· O que falta, por parte do Ministério, não se fica por aqui: falta o despacho que aprova as fichas de avaliação (artigo 35º), como falta o despacho relativo às ponderações dos parâmetros de avaliação (nº 2, artigo 20º), como falta o despacho conjunto de estabelecimento de quotas previsto no nº 4 do artigo 21º, como falta a portaria que define os parâmetros classificativos a realizar pela inspecção (nº 4 do artigo 29º), como falta o diploma que rege a avaliação dos membros dos conselhos executivos que não exercem funções lectivas (nº1 do artigo 31º).

· no artigo 8º pode ler-se: 1 — A avaliação do desempenho tem por referência: a) Os objectivos e metas fixados no projecto educativo e no plano anual de actividades para o agrupamento de escolas ou escola não agrupada; b) Os indicadores de medida previamente estabelecidos pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nomeadamente quanto ao progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e a redução das taxas de abandono escolar tendo em conta o contexto socio-educativo.2 — Pode ainda o agrupamento de escolas ou escola não agrupada, por decisão fixada no respectivo regulamento interno, estabelecer que a avaliação de desempenho tenha também por referência os objectivos fixados no projecto curricular de turma.

Nada disto existia antes de 10 de Janeiro e não se altera o Regulamento Interno de uma Escola nem o seu Projecto Educativo, documentos estruturantes que envolvem a participação de todas a comunidade escolar (pais, professores, funcionários, alunos, autarquia) em 20 dias! A menos que se faça com a mesma rapidez, consistência e respeito pelos envolvidos com que o Ministério da Educação despacha leis.

2º ponto - Postura do Ministério da Educação

Creio que os aspectos já apontados seriam suficientes para traçar o negro perfil dos órgãos responsáveis pela área de educação, mas este Governo colocou a fasquia bem alta, daí que tenhamos notícia de algumas pérolas de… escapam-me já as classificações…. e que passo a enunciar (pelo menos, as que eu conheço pelos meios de comunicação social:

· Há dois dias atrás, a Sra Ministra respondeu aos jornalistas, a propósito do, chamemos-lhe, mal-estar manifestado pelas escolas, com a candura que caracteriza o seu discurso, que estavam reunidas todas as condições para se proceder à avaliação do desempenho e que o Ministério daria todo o apoio necessário (não encontrei a citação exacta).

No dia seguinte, é comunicado, através do site do DGRHE (http://www.dgrhe.min-edu.pt/), que “a contagem dos prazos definidos no artigo 24º do Decreto Regulamentar 2/2008 iniciar-se-á na data da divulgação na internet das recomendações do Conselho Científico para a Avaliação de Professores”. Então, não estava tudo a decorrer com normalidade? Até se perdoaria este “lapso” não estivesse o documento eivado de muitas outras arbitrariedades!

· As cerejas no topo do bolo, porque são duas, chegaram hoje com as afirmações do Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira: «Os conselhos pedagógicos podem produzir os seus instrumentos sem essas recomendações. Não é obrigatório que as recomendações existam. O decreto regulamentar diz tendo em conta as recomendações que forem formuladas. Se não forem formuladas…»,

(http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=77274)

Creio que nem será necessário comentar uma declaração deste tipo… diz na lei, mas se não aparecerem as recomendações…

Extrapolando: aqueles despachos em falta… se não aparecerem… as escolas improvisarão, que já vão tendo prática disso.

· A outra cereja prende-se com o tal “Conselho Científico”. Aliás, está prevista para hoje a apresentação das famigeradas “recomendações”. O grotesco desta aparente prova de competência está bem expressa em mais uma afirmação do Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Educação, que refere que, estando “em funções há vários meses”, a presidente do Conselho Científico, esta elaborará as recomendações!

(http://dn.sapo.pt/2008/01/25/sociedade/ministerio_improvisa_solucoes_para_r.html)

Se isto não é um insulto a tudo o que são os princípios de um estado democrático, já não sei mais o que pensar!

Ora, lê-se no documento aprovado em Conselho de Ministros que regulamenta o Conselho Científico que “Este órgão consultivo será constituído por um presidente, cinco professores titulares em exercício efectivo de funções na educação pré-escolar ou nos ensinos básico e secundário, cinco individualidades em representação das associações pedagógicas e científicas de professores, sete individualidades de reconhecido mérito no domínio da educação e por três representantes do Conselho de Escolas (http://www.min-edu.pt/np3/1459.html).

. Por fim, o próprio Conselho Nacional de Escolas, criado para trabalhar em conjunto com o Ministério da Educação, levando para a mesa de trabalho a experiência de quem lida directamente com as escolas e seu funcionamento prático, tem feito várias recomendações às quais o Ministério não dá ouvidos

(http://jn.sapo.pt/2008/01/25/nacional/conselho_escolas_quer_adiar_avaliaca.html).

O que prova que este Conselho foi criado, apenas, para o Ministério poder invocar uma relação de lisura com as escolas que não acontece de todo. Em anexo, colocarei as propostas apresentadas por este Conselho.

3º e último ponto - Qualidade de ensino

Este é, a meu ver, o aspecto mais terrível desta arquitectura que o Ministério montou. Custa-me, na verdade, acreditar que pessoas de bem ajam com tanta leviandade e desprezo pelo futuro do país e é esta a razão da premência do meu apelo:

- esta torrente de grelhas, recomendações, parâmetros, planificações diárias, instrumentos, registos e afins esgotarão os professores num trabalho inglório e improdutivo, pois não estarão a trabalhar para os alunos, mas para a sua avaliação;

- o mais grave, ainda, gravíssimo! A subordinação da avaliação do desempenho dos professores e a sua progressão na carreira ao sucesso dos alunos (artigo 16º):

5 — Para o efeito da parte final do número anterior o docente apresenta, na ficha de auto -avaliação, os seguintes elementos:

a) Resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos em avaliação:

i) Por ano, quando se trate da educação pré -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico;

ii) Por disciplina, quando se trate dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;

b) A evolução dos resultados dos seus alunos face à evolução média dos resultados:

i) Dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de escolas ou escola não agrupada;

ii) Dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;

c) Resultados dos seus alunos nas provas de avaliação externa, tendo presente a diferença entre as classificações internas e externas.

Tenho a certeza que reconhece de imediato o perigo que isto constitui… nada mais fácil para um professor que “produzir” sucesso. Aliás, estou convicta de que é essa a intenção deste Governo, para assim poder ostentar, com orgulho, as grelhas e os números e o inquestionável sucesso destas medidas… porque os números estão acima de qualquer dúvida!

E, na verdade, tudo estará podre, sob essa capa de êxito. O sistema público de ensino passará a ser um faz-de-conta, um recinto para entreter os jovens… aqueles que não puderem pagar uma escola privada, que lhes garantirá um ensino exigente.

E não olhe com esperança para a alínea c!… a avaliação externa só existe em algumas disciplinas e em alguns níveis de ensino. Como vê… mais um factor de desigualdade entre professores: uns nunca passarão por essa bitola e serão, com toda a certeza, professores de sucesso! E já nem falo do que é subordinar a qualidade do desempenho de um professor à heterogeneidade das turmas que encontra (ambiente familiar e social, motivações pessoais, capacidades cognitivas, enfim, muitos dados em jogo). Eu já tive boas, menos boas e más turmas: será que a minha competência varia tanto?

Peço perdão pela extensão desta carta, mas o problema é por demais sério e, infelizmente, as arbitrariedades são tantas que não as consegui reduzir a menos.

Creia-me, preocupada, mas esperançosa, no poder que a comunicação social exerce sobre a opinião pública. Neste momento, o problema não é só dos professores, é do país inteiro. É uma cidadã, professora e mãe que lhe escreve.

Com elevada estima,

Fátima Inácio Gomes

Professora de Português do Quadro da Escola Secundária de Barcelos
Coordenadora do Departamento de Humanidades
Coordenadora do Departamento de Línguas (de acordo com o decreto 200/2007)

Do Grão ao Planeta - Ciclo de Conferências

Decorre em Lisboa um ciclo de conferências para o grande público, a realizar durante o primeiro semestre de 2008 na Galeria Matos Ferreira, no Bairro Alto, Lisboa.

Coordenado por Teresa Azevêdo, e realizada na Galeria Matos Ferreira com o patrocínio do Departamento de Geologia, o ciclo de palestras "Do Grão ao Planeta" resulta do sucesso que obteve em 2006/2007 integrado nas "Quintas da Ciência" da Biblioteca-Museu República e Resistência.

Ainda que a própria Geologia - ciência essencialmente holística - possa conter algumas subdivisões de carácter meramente operativo, como sejam os grupos de Petrologia e Geoquímica, Estratigrafia, Sedimentologia e Paleontologia, etc., as perspectivas com que todas estas especialidades podem ser abordadas é quase infinita.

Esta infinidade de abordagens deve-se, entre outras razões, ao facto dos materiais geológicos poderem ser estudados a diferentes escalas, desde a atómica à planetária, através de equipamento tão sofisticado como o microscópio de força atómica ou o espectrómetro de Mössbauer, à observação do afloramento, no campo, ou nos fundos oceânicos.

O ciclo corrente mostrará alguns dos métodos que o geólogo utiliza para estudar a Terra, o Mar e o Espaço.

Espera-se que, após este ciclo de conferências, os presentes possam tornar-se mais conscientes e conhecedores da maravilhosa casa em que habitamos e que todos os dias pisamos e deterioramos sem nos preocuparmos com as suas consequências.

Ciclo de Palestras de Geologia
“DO GRÃO AO PLANETA”
2007-2008

na Galeria Matos Ferreira
Rua Luz Soriano, 14 e 18, Bairro Alto, 1200-247 Lisboa

Programa para 2008
(as palestras realizam-se às quintas-feiras, pelas 21h30)


Mário Cachão
-Fósseis em vulcões: Porto Santo (Madeira) (17/01)

Carlos Marques da Silva
-Gravado na Pedra: Registo Fóssil e Evolução (24/01)

Fernando Barriga
-Lamas em Albufeiras: de problema a recurso (31/01)

Teresa Azevêdo
-A memória dos grãos de quartzo: o passado num grão de areia (07/02)

Nuno Pimentel
-Em busca do Petróleo escondido (14/02)

Mário Cachão
-Fósseis em vulcões: Santa Maria: Açores (21/02)

Catarina Silva
-As viagens da água no interior do planeta (28/02)

Maria do Rosário Carvalho
-Hidrotermalismo. Águas que curam? (06/03)

Conceição Freitas
-Areias: todas iguais, todas diferentes (13/03)

César Freire de Andrade
-Do que se alimentam as praias. Grão a grão... (27/03)

Rui Taborda
-Erosão costeira em Portugal: passado, presente e futuro(03/04)

Fernando Louro Alves
-Compreender a vegetação da paisagem que nos rodeia (10/04)

Mário Abel Gonçalves
-Os metais no ambiente superficial da Terra (17/04)

Teresa Azevêdo
-Geodiversidade e Geoturismo no Vale Tejo (24/04)

Fernando Marques
-Instabilidades de vertentes: perigos e prevenção (08/05)

Fernando Louro Alves
-Turismo ambiental – estratégia para o desenvolvimento sustentável (15/05)

Isabel Costa
-Geologia na Arte e na Arquitectura (22/05)

Fernando Barriga
- Intraterrestres e extraterrestres (29/05) (a confirmar)


Fonte - GeoFCUL

Bolsa de palestras do GeoFCUL


O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - GeoFCUL - criou uma bolsa de palestras de divulgação científica especialmente concebidas para os Ensinos Básico e Secundário.

Respondendo ao desafio lançado por vários docentes dos Ensinos Básico e Secundário, o Departamento de Geologia da FCUL passa, a partir de 2008, a disponibilizar a todas as escolas interessadas uma Bolsa de Palestras sobre temas das Ciências da Terra especialmente concebidas para o público jovem do ensino pré-universitário.

Pretende-se, a partir do ano de 2008, Ano Internacional do Planeta Terra, contribuir activamente para a divulgação e a promoção da Geologia junto da população estudantil do Básico e do Secundário, bem como estimular a consciencialização da importância das Geociências no século XXI.

Esta iniciativa insere-se no âmbito da comemorações do AIPT 2008 no GeoFCUL.


Como usufruir da "Bolsa de Palestras"

As escolas interessadas deverão contactar directamente o docente do GeoFCUL em causa, por forma a calendarizar a realização da palestra pretendida.

As palestras realizar-se-ão, preferencialmente, nas instalações das escolas que o solicitarem.


Palestras disponíveis:

Os Saberes e o Desenvolvimento Sustentável
Nível etário/de ensino: 8º e 9º anos.
Responsável: António Mateus.


Recursos Minerais: O que são? Porque necessitamos deles? Porque os devemos gerir de forma sustentável?

Nível etário/de ensino: 12º ano.
Responsável: António Mateus.


Recursos Minerais Metálicos de Portugal

Nível etário/de ensino: 10º e 11º anos.
Responsável: António Mateus.


Propriedades físicas dos minerais: pedras preciosas e semi-preciosas

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Isabel Costa.


Portugal ao Microscópio

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Isabel Costa.


Magmatismo como expressão da Dinâmica da Terra

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: João Mata.


Dinossáurios de Portugal

Nível etário/de ensino: 7º ano.
Responsável: Mário Cachão.


Origem e Evolução da Vida: o berçário terrestre

Nível etário/de ensino: 10º e 11º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Fósseis em vulcões: Porto Santo (Madeira)

Nível etário/de ensino: 7º a 12º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Fósseis em vulcões: Santa Maria (Açores)

Nível etário/de ensino: 7º a 12º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Origem das areias de Porto Santo

Nível etário/de ensino: 7º-12º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Petróleo - O papel do Geólogo para o encontrar

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Nuno Pimentel.


A Geologia do Globo, com o Google Earth

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Nuno Pimentel.


Geólogo que Profissão? Geólogos e o Mundo

Nível etário/de ensino: Básico e secundário.
Responsável: Paulo Fonseca.


Geologia e as actividades Práticas. Modelação analógica, para que serve?

Nível etário/de ensino: Básico e secundário.
Responsável: Paulo Fonseca.


terça-feira, janeiro 29, 2008

Há coisas realmente fantásticas (parte II)

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Roubado ao Antero - Blog Anterozóide...

Há coisas realmente fantásticas!

Sondagem Gallup para o Fórum Económico Mundial
Professores são profissão em que portugueses mais confiam e a quem dariam mais poder
25.01.2008 - 12h29 Lusa

Os professores são os profissionais em quem os portugueses mais confiam e também aqueles a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).

Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.

Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas sete por cento a dizerem que confiam nesta classe.

Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com seis por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.

A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se (tal como em Portugal) os líderes militares e policiais, com 26 por cento.

Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.

Políticos em último também na Europa

Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com dez por cento. A nível mundial, os professores são igualmente os que merecem maior confiança, de 34 por cento dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27 por cento) e os dirigentes militares e da polícia (18 por cento).

Uma vez mais, os políticos surgem na cauda, com apenas oito por cento dos 61.600 inquiridos pela Gallup, em 60 países, a darem-lhes a sua confiança. Os professores surgem na maioria das regiões como a profissão em que as pessoas mais confiam.

Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70 por cento dos inquiridos, bastante acima dos 48 por cento dos professores, e para os responsáveis militares e policiais no Médio Oriente, que reúnem a preferência de 40 por cento, à frente dos líderes religiosos (19 por cento) e professores (18 por cento).

A Europa Ocidental daria mais poder preferencialmente aos intelectuais (30 por cento) e professores (29 por cento), enquanto a nível mundial voltam a predominar os professores (28 por cento) e os intelectuais (25 por cento), seguidos dos líderes religiosos (21 por cento).

28 por cento dos portugueses não confiam em nenhuma classe

A Gallup perguntou “em qual deste tipo de pessoas confia?”, indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou “nenhum destes”, tendo esta última resposta sido escolhida por 28 por cento dos portugueses, 26 por cento dos europeus ocidentais e 30 por cento no mundo.

A Gallup questionou “a qual dos seguintes tipos de pessoas daria mais poder no seu país?”, dando como opções políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, estrelas desportivas, músicos, estrelas de cinema, intelectuais, advogados, professores, sindicalistas ou nenhum destes.

A opção “nenhum destes” foi escolhida por 15 por cento em Portugal, 19 por cento na Europa Ocidental e 23 por cento a nível internacional.

in Público - ver notícia

domingo, janeiro 27, 2008

Sismo sentido na ilha Terceira (27.01.2008)

O Sistema de Vigilância Sismovulcânica dos Açores registou um sismo às 12:52 (hora local; 13:52 UTC) com epicentro no mar, a cerca de 27 km a ESE da Vila de São Sebastião, na Terceira. O evento foi sentido com intensidade máxima de IV (Escala de Mercalli Modificada), na ilha Terceira, em S. Sebastião e Porto Martins. Foi ainda sentido com intensidade III/IV no Porto Judeu, III na Silveira e II/III em Angra do Heroísmo.

Recorde-se que já no início de Janeiro havia sido sentido um outro evento na Terceira com epicentro a cerca de 40 km a leste da ilha.

Fonte: Blog Desambientado - ver post original.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Modern times

E ainda dizem que o Ministério da Educação não está a conseguir o que pretende...? Vejam mais este exemplo de que está tudo a correr bem:

(Para ampliar, clicar na imagem)

terça-feira, janeiro 22, 2008

Podemos prever um Tsunami?

CICLO DE CONFERÊNCIAS: NA FRONTEIRA DA CIÊNCIA

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

A ciência dedica-se ao estudo dos fenómenos da natureza e das suas interacções. Sendo o universo infinito, o processo de o apreendermos, acompanhando o progresso da ciência, não pode parar nem retroceder. A fronteira pula e avança.

Mas a ciência é também um poderoso veículo da cultura das sociedades contemporâneas e do exercício da cidadania. Por este motivo, torna-se necessário que cada vez se faça mais investigação e em melhores condições. O conhecimento científico está na base do espírito crítico, da atitude participativa, da verificação sistemática das condições do funcionamento da realidade de todos os dias.

A democracia é o único regime político que permite questionar livremente a relação da ciência com a sociedade. Ciência e democracia estão, pois, indissoluvelmente ligadas. Importa assim que todos compreendam os desafios e as perspectivas novas que decorrem das actividades na fronteira da ciência. Essas percepções são um poderoso indicador das oportunidades bem como das dificuldades com que se depara a nossa sociedade.

A leitura que fazemos do presente com vista ao futuro é a utopia que se tornará realidade no intervalo de uma geração. Torna-se assim tão importante falar sobre a ciência como fazer investigação na sua fronteira. É este encontro entre a ciência e os cidadãos que é fundamental promover. Para que as suas implicações sejam claras para todos – e para que o gosto pela aventura e pela descoberta perdure como aspiração colectiva.


PODEMOS PREVER UM TSUNAMI?
por Ana Vieira Batista
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

30 de Janeiro de 2008, 18.00 horas, Auditório 2

O tsunami gerado pelo sismo de 1 de Novembro de 1755 foi o maior desastre natural verificado em Portugal. O sismo ocorreu cerca das 09.30, hora de Lisboa, tendo sido sentido um pouco por toda a Europa. O tsunami foi observado no Atlântico Norte, desde as Ilhas Barbados até à Escócia; no entanto as ondas mais destrutivas ocorreram em Portugal Continental, Espanha (Golfo de Cádiz) e no Norte de Marrocos. As dimensões catastróficas deste evento deram origem a uma onda de solidariedade e de consternação a nível global.

Passados cerca de duzentos e cinquenta anos, no início do século XXI, a Humanidade assiste quase em directo, pela televisão, ao desenrolar de duas catástrofes naturais de grandes dimensões: o tsunami de Sumatra e o furacão Katrina. O que tiveram em comum estas duas catástrofes? Ambas são fenómenos altamente energéticos e com um elevado poder devastador; por outro lado, verificou-se a incapacidade de ser prestado auxílio às populações em fuga e a enorme vulnerabilidade dos locais atingidos, quer se trate de um dos países mais ricos do mundo ou do litoral mais pobre do oceano Índico.

Os tsunamis têm um potencial destrutivo enorme, sendo gerados por grandes sismos, por gigantescos deslizamentos de terrenos ou grandes explosões vulcânicas. Os furacões são gerados pela evolução de tempestades tropicais, em regiões onde a temperatura da água do mar à superfície é elevada. Se bem que envolvendo escalas temporais distintas, ambos são fenómenos globais no que diz respeito ao impacto social e económico.

Quatro anos passados sobre o grande tsunami de Sumatra em que ponto nos encontramos? Quais os avanços científicos nesta área? Qual a resposta dos países e das organizações mundiais a futuros fenómenos semelhantes a um grande tsunami?

O que foi feito em Portugal? Às 22.14 horas do dia 25 de Agosto de 2007 foi colocado o primeiro observatório submarino integrado na rede de alerta precoce de tsunamis em instalação no Golfo de Cádiz. Este acontecimento é parte de um conjunto de projectos que visa dotar as populações da área do Golfo de Cádiz de um sistema integrado de alerta precoce.