domingo, março 12, 2023
O vulcanólogo e mineralogista Alfred Lacroix morreu há 75 anos...
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sábado, março 11, 2023
sábado, março 04, 2023
A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - ponto da situação...
Até ao momento, foram registados aproximadamente 56.801 eventos de baixa magnitude e de origem tectónica. Entre as 00.00 e as 10.00 de hoje foram contabilizados aproximadamente 2 sismos. O sismo mais energético desta crise ocorreu no dia 29 de março de 2022, às 21.56 (hora local = UTC), teve epicentro a cerca de 2 km a SSW de Velas e uma magnitude 3,8 (Richter). Até ao momento foram identificados cerca de 347 sismos sentidos pela população.
Globalmente, a atividade sísmica das últimas semanas apresenta uma ligeira tendência decrescente, por vezes interrompida por pequenos períodos de maior frequência e/ou energia libertada, situando-se presentemente os hipocentros, no geral, a profundidades superiores a 5 km.
No âmbito da monitorização geodésica, os dados existentes desde o início de abril não evidenciam deformação significativa na zona epicentral.
As campanhas de medição de gases e temperatura no solo que se vêm desenvolvendo desde o início desta crise na área epicentral não resultaram, até à data, na identificação de anomalias resultantes da atividade sismovulcânica, mantendo-se os levantamentos de campo.
As campanhas de hidrogeoquímica nas águas subterrâneas dos dois furos de captação monitorizados (Queimada II e Ribeira do Nabo - IROA) não têm revelado variações significativas que possam ser associadas à crise sismovulcânica em curso.
A integração da informação disponível permite concluir que as estruturas tectónicas onde se desenvolveram as erupções históricas de 1580 e 1808, e a crise sismovulcânica de 1964, no Sistema Vulcânico Fissural de Manadas, foram reativadas, sendo de admitir que no início do fenómeno ocorreu uma intrusão magmática em profundidade.
A diminuição da atividade sísmica, ainda que de forma lenta, e a observação de tal padrão ao longo das últimas semanas, assim como a ausência de outros sinais anómalos ao nível da deformação, dos gases e das águas, levaram o CIVISA a determinar, no dia 9 de junho de 2022, às 09:20, a descida do Nível de Alerta Científico de V4 para V3 na ilha de S. Jorge. A atividade sísmica continua, no entanto, muito acima dos valores de referência para a região, pelo que se mantém a possibilidade de se registarem eventos sentidos e não se pode excluir a eventual ocorrência de sismos de magnitude mais elevada.
O CIVISA mantém os níveis de monitorização na ilha de S. Jorge e está a providenciar o reforço da rede de observação sismovulcânica permanente, no sentido de, caso o padrão de atividade se inverta, poder detetar sinais precursores de uma nova situação pré-eruptiva.
Alertas anteriores:
Alerta V2 – Dia 20 de março de 2022 às 00.40;
Alerta V3 – Dia 20 de março de 2022 às 02.40;
Alerta V4 – Dia 23 de março de 2022 às 15.30;
O CIVISA retirou igualmente o alerta para o Centro de Controlo Aéreo de Santa Maria (ACC Santa Maria), para o Volcanic Ash Advisory Centre (VAAC) de Toulouse e para o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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segunda-feira, fevereiro 20, 2023
O vulcão Paricutín surgiu, ex nihilo, no México, há oitenta anos...!
O primeiro ano do vulcão
Diminuição de atividade
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quinta-feira, fevereiro 16, 2023
Orlando Ribeiro nasceu há 112 anos
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segunda-feira, setembro 19, 2022
Há um ano começou uma erupção nas Canárias
El origen de la erupción se produjo en una nueva boca en el accidente geográfico de la Dorsal de Cumbre Vieja, donde ya existen diferentes conos volcánicos. Aún tras la finalización de la erupción volcánica el 13 de diciembre de 2021, el nuevo respiradero todavía no tenía nombre oficialmente. Los respiraderos de los volcanes de La Palma han recibido tradicionalmente el nombre de la zona geográfica donde surgió, que normalmente procede de la topografía benahoarita, o el nombre del santo en cuya festividad comenzó la erupción. Una de las primeras propuestas de nombre para el nuevo respiradero fue Jedey, en honor a un pueblo cercano, pero esto no fue recibido con buenos ojos. Sin embargo, una propuesta más acorde a la zona geográfica fue Tajogaite, por el nombre aborigen de Montaña Rajada, el área del lugar de la erupción, en la Hoya de Tajogaite. Este nombre gano apoyo más amplio por la ciudadanía, la cual en un proceso participativo no vinculante seleccionó Volcán de Tajogaite como nombre para el volcán.
in Wikipédia
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quarta-feira, agosto 24, 2022
Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1943 anos
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domingo, junho 12, 2022
A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - baixou o risco de erupção
Atividade Sísmica na ilha de S. Jorge - atualização
09.06.2022 - 13.20
O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que a crise sismovulcânica que se tem vindo a registar na ilha de S. Jorge desde as 16:05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março continua acima do normal, estendendo-se, grosso modo, ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, desde a Ponta dos Rosais até à zona do Norte Pequeno – Silveira.
in CIVISA
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sexta-feira, junho 03, 2022
O geólogo Harry Glicken, especialista em nuvens ardentes, morreu numa há 31 anos...
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Os Kraft, vulcanólogos alsacianos, morreram na erupção do vulcão Unzen há 31 anos...
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sábado, maio 21, 2022
Mercalli nasceu há 172 anos
Biografia
Nascido em Milão no seio de uma família de meios modestos, Giuseppe Mercalli ingressou no Seminário de Milão imediatamente após os estudos elementares e ali fez os seus estudos secundários e preparatórios. Foi ordenado, em 1871, sacerdote católico.
Entre 1871 e 1874 foi aluno da Escola Normal anexa ao Instituto Técnico Superior de Milão, frequentando o curso destinado à formação de professores de Ciências Naturais. Nesse curso estudou Geologia com Antonio Stoppani, obtendo a laurea em Ciências Naturais no ano de 1874. Pouco depois foi nomeado professor de Ciências Naturais no Seminário de Monza e no Liceo católico de Domodossola, mas em 1888 foi obrigado a abandonar o ensino em estabelecimentos católicos depois de ter apoiado a construção de um monumento nacional em homenagem ao sacerdote e filósofo Antonio Rosmini-Serbati, o que fez dele suspeito de aderente ao ideário do liberalismo. Dedicou-se ao estudos geológicos, iniciando-se com o estudo dos glaciares alpinos da Lombardia, publicando várias notícias sobre as suas características e os depósitos associados.
Depois de ter feitos exames pedagógicos em Monza, obtendo habilitação para o ensino liceal, foi nomeado em concurso feito pelo governo italiano para um lugar em Reggio di Calabria como professor liceal. Primeiro no concurso, a escolha de Reggio di Calabria deveu-se ao desejo de Mercalli de estar presente na região da Calábria, ao tempo atingida por uma crise sísmica e onde se esperava um terramoto. Manteve ativa investigação no campo da geologia, dedicando-se progressivamente à sismologia e à vulcanologia.
Concorreu a professor de mineralogia e geologia da Universidade de Catânia, mas ficou em terceiro lugar, concorrendo então para um lugar de professor liceal em Nápoles, o que conseguiu em 1892. No período de 1892 a 1911 foi professor no Reggio Liceo Vittorio Emanuele de Nápoles, onde contou entre os seus alunos Giuseppe Moscati. Entre os colegas e colaboradores estava Achille Ratti, que posteriormente seria o papa Pio XI, que fora seu aluno no Seminário de Milão e com quem manteve uma sólida amizade. A partir do ano seguinte (1893) passou a acumular com aulas de vulcanologia na Universidade de Nápoles.
Em 1911 foi escolhido para o lugar de diretor do Observatório Vesuviano, cargo em que sucedeu a Raffaele Vittorio Matteucci e que manteve até falecer. Passa então a dedicar-se em exclusivo ao estudo da vulcanologia e projeta uma reforma do Observatório, com base num programa de investigação que previa o estudo do vulcão e das suas erupções, o registo da atividade sísmica e pré-sísmica (precursores), para além das observações e das análise dos resultados do trabalho de campo que deveria ser feito no vulcão e suas proximidades.
Giuseppe Mercalli notabilizou-se pelo desenvolvimento, em 1902 da escala de Mercalli, uma escala destinada à avaliação da intensidade sísmica, que, com algumas modificações, ainda se mantém em uso, mais de um século após a sua publicação. Aquela escala, apesar de não medir a magnitude dos sismos, mas apenas os seus efeitos sobre as pessoas, terrenos e edifícios, sendo por isso pouco adequado para uso em áreas pouco povoadas, mostrou-se ideal para comparar os danos produzidos pelos terramotos e para fins de engenharia sísmica e de proteção civil.
Mercalli faleceu em 1914, vítima de um incêndio que deflagrou na sua casa na Via Sapienza (Nápoles), alegadamente por ter entornado uma lâmpada de parafina que utilizava para trabalhar durante a noite. Pensa-se que teria estado a trabalhar durante a noite, algo que fazia rotineiramente, contando-se que uma vez foi encontrado a trabalhar às onze horas da manhã e sendo informada da hora terá exclamado: Seguramente que ainda não é dia!. O seu cadáver foi encontrado carbonizado, próximo da sua cama, agarrando um cobertor que utilizara para tentar apagar o fogo. Apesar disso parecer indicar um acidente, as autoridades policiais informaram, alguns dias mais tarde, que Mercalli fora provavelmente assassinado, por estrangulamento, e o seu cadáver regado com petróleo e queimado, para esconder o crime. Teria desaparecido da casa uma importante quantia em dinheiro.
Giuseppe Mercalli observou a erupção vulcânica das ilhas Eólias, do vulcão de Stromboli e do Vulcano, publicando descrições que continuam a ser importante material de estudo para os vulcanólogos. Para além da investigação no campo de vulcanologia, também estudou os glaciares da Lombardia.
Foi autor de mais de uma centena de publicações científicas (pelo menos 115), com destaque para a obra I vulcani attivi della Terra (Os vulcões ativos da Terra), publicada em 1889, considerada um clássico da vulcanologia e que se mantém atual. Em 1903 publicou uma escala destinada à categorização das erupções vulcânicas. Realizou a primeira carta sísmica do território italiano. Estudou o comportamento dos animais antes e durante os sismos, detetando reações de nervosismo e de tremor que apelidou de síndrome cinestéstica inexplicável, depois conhecido como Síndrome de Mercalli. Também publicou informação pioneira sobre os bradissismos.
Foi membro de importantes sociedades científicas e foi cavaleiro da Ordine della Corona d'Italia por mérito científico. No Cemitério Monumental de Milão, onde está sepultado, foi-lhe erigido um busto em bronze da autoria de Michele Vedani. Em Nápoles existe em sua homenagem o Liceo Scientifico Statale "Giuseppe Mercalli".
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sábado, maio 14, 2022
E a crise sísmico-vulcânica em S. Jorge continua...
O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16:05 (hora local = UTC-1) do dia 19 de março na ilha de São Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE, desde a Ponta dos Rosais até à zona do Norte Pequeno - Silveira, continua acima do normal.
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quinta-feira, abril 14, 2022
O vulcão Eyjafjallajökull começou a chatear os viajantes de avião há doze anos
As erupções ocorridas em 2010 no glaciar Eyjafjallajökull foram uma série de grandes eventos vulcânicos que ocorreram em Eyjafjallajökull na Islândia. A atividade sísmica, que se iniciou no final de 2009, deu lugar a uma erupção vulcânica que começou a 20 de março de 2010, colocando seu Índice de Explosividade Vulcânica em 1. Uma fase da erupção, a 14 de abril de 2010, causou uma paralisação generalizada do transporte aéreo europeu, afetando milhares de voos e causando uma espécie de efeito dominó em todo o mundo.
Em outubro de 2010 as erupções cessaram, segundo declarações de Ármann Höskuldsson, cientista do Instituto de Ciências Terrestres da Islândia, embora a área ainda esteja geotermicamente ativa e ainda haja uma possibilidade de uma nova erupção no futuro.
in Wikipédia
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quarta-feira, abril 13, 2022
A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge continua...
Dia | Hora local | Mag. | Epicentro | Int. (EMM) | Freguesia |
12.04 | 20.41 | 2,3 | 8 km WSW Velas | III | Urzelina (Velas, S. Jorge) |
13.04 | 08.15 | 2,3 | 7 km WSW Velas | III/IV | Santo Amaro (Velas, S. Jorge) |
III | Rosais (Velas, S. Jorge) |
in CIVISA
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domingo, abril 03, 2022
A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - notícia interessante com erro grave no título
São Jorge já registou quase 25 mil sismos. Geólogos apanharam susto e recearam a “destruição total”
Foram registados quase 25 mil sismos na ilha de São Jorge, nos Açores, desde o início da crise sismo-vulcânica. 221 destes foram sentidos pela população que continua a preparar-se para o pior. Nos últimos dias, os geólogos apanharam um susto e temeram a “destruição total” nas Velas.
O presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismo-vulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, revela aos jornalistas que “foram registados 24.919 sismos até às 10:30″ horas desta sexta-feira desde 19 de março passado, quando começou a crise sismo-vulcânica.
Rui Marques diz que a população sentiu 221 desse total de sismos e que, desde a meia-noite até às 10 horas de sexta-feira, mais nenhum foi sentido pelos residentes.
Este responsável refere que a média é agora de “800 sismos por dia”, o que “ainda é uma frequência diária muitíssimo acima do que é normal nos Açores”.
A maior parte da sismicidade na ilha de São Jorge situa-se “no sistema fissural vulcânico de Manadas”, entre a vila de Velas e a Fajã do Ouvidor, explica ainda Rui Marques.
Na Ponta dos Rosais foram registados sete eventos, “com menor profundidade”, diz também.
O presidente do CIVISA repara que, para já, “é difícil perceber” a ligação entre a zona das Velas onde a crise sísmica tem tido maior frequência e os “sete eventos da Ponta dos Rosais”.
“De forma preventiva”, foi determinada a interdição do Farol dos Rosais, como explica à Lusa o presidente da Proteção Civil açoriana, Eduardo Faria. Os agricultores que usam os terrenos para a pastagem de animais “já foram avisados” de que não é aconselhável passar ou permanecer naquela zona, nota este responsável.
Eduardo Faria também frisa que, na quinta-feira, houve uma “significativa redução da quantidade de sismos”, numa “alteração de padrão” para a qual não “há, para já, nenhuma explicação”.
Erupção terrestre pode “causar a destruição total”
Na quarta-feira, os geólogos que têm observado os sismos que estão a ocorrer em São Jorge apanharam um susto, mas “foi falso alarme”, como assume o professor de Geologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), José Madeira, em declarações ao Nascer do Sol.
Houve receios de uma erupção depois de se ter sentido o sismo mais forte desde o início da crise, de magnitude 3.8 na escala de Richter.
“Parecia que a coisa ia começar a propagar-se para a superfície, mas foi falso alarme”, destaca José Moreira.
Esse sismo “causou uma perturbação do sistema”, “mas entretanto houve uma certa diminuição da frequência dos sismos, que já voltaram à profundidade inicial, entre os 10 e os 13 km”, salienta o também investigador do Instituto D. Luiz.
Continuam em cima da mesa três hipóteses: a crise sísmica passar simplesmente, haver um sismo mais forte e que cause danos ou ocorrer uma erupção vulcânica.
No caso de haver erupção, pode ser terrestre ou marítima, a maior ou menor profundidade. Se surgir a menos de 200 metros de profundidade, “aí o principal perigo é a grande produção de cinzas vulcânicas“, explica José Moreira ao Nascer do Sol.
Essa situação pode “justificar uma evacuação da zona mais próxima do centro eruptivo”, diz.
Em caso de erupção terrestre, se “houver derrame lávico nas vertentes sobranceiras” a Velas, “aí pode mesmo causar a destruição total desta”, aponta ainda o professor de Geologia.
Já foi concluído o plano de retirada da população
Mais de 2500 pessoas já saíram de Velas e já está concluído o plano de retirada da população para o caso de haver um episódio de maior magnitude – sismo ou erupção vulcânica, como explica o presidente da Proteção Civil açoriana.
“Estão definidos todos os caminhos de evacuação“, aponta Eduardo Faria.
Este responsável também nota que estão a ser feitos “refrescamentos de ações de formação” aos operacionais no terreno para atuação em situações de catástrofe.
Por outro lado, o “campo militar está completamente autónomo, com capacidade total”, acrescenta Eduardo Faria.
Foi ainda feita uma reunião com as forças de segurança sobre as zonas de triagem e acolhimento de população, caso seja necessário fazer uma evacuação.
São Jorge continua com um nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.
Missas retomadas apesar do perigo
Apesar dos receios, verifica-se “alguma acalmia” e a população deve “voltar à normalidade”, mantendo-se “vigilante”. Por isso, as celebrações religiosas estão a ser retomadas no concelho das Velas, como explica o padre António Azevedo.
“Passado o susto inicial, é o voltar à normalidade, porque não se sabe o tempo que isto vai levar. O objectivo é transmitir calma e apoio à população e voltarmos à nossa vida e tentarmos celebrar a Semana Santa dentro dos possíveis”, sublinhou o pároco em declarações à agência Lusa.
No fim de semana, as celebrações estiveram interditadas nas fajãs e foram desaconselhadas em todas as igrejas do concelho das Velas por precaução.
As imagens das igrejas foram removidas dos seus locais habituais e foi cancelada a procissão que deveria ter ocorrido na tarde de domingo, na freguesia da Urzelina.
“No sábado e no domingo, não se sabia o que iria acontecer e não houve missa, porque houve um êxodo da população e também não era aconselhável juntar pessoas. Nas Velas, nem pessoas tinha para as celebrações. Mas mantiveram-se as missas noutras zonas da ilha onde era possível”, explica ainda o padre António Azevedo.
Agora, as missas são retomadas após uma reunião do Administrador Diocesano com o clero da ilha de São Jorge esta semana.
“Sabemos que as igrejas são edifícios antigos e há o caso da igreja da Urzelina, cujo teto está a precisar de obras. Torna-se perigoso, mas não vou impedir“, salienta o pároco, aconselhando a população a “manter o distanciamento para que, em caso de sismo, se possam proteger”.
in ZAP
NOTA: há uma certa diferença entre a destruição total de UMA ILHA ou da destruição total de uma VILA (Velas)...
Postado por Fernando Martins às 17:19 0 bocas
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A crise sísmico-vulcânica em S. Jorge - aparente acalmia
São Jorge
Sismos sentidos na ilha de São Jorge - ponto de situação, 03.04.2022, 10.00
O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA)
informa que atividade sísmica que se tem vindo a registar desde as 16.05
(hora local = UTC-1) do dia 19 de março na parte central da ilha de São
Jorge, mais concretamente ao longo de uma faixa com direção WNW-ESE,
num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, continua acima do
normal.
O sismo mais energético ocorreu no dia 29 de março, às 21:56 (hora local = UTC) e teve magnitude 3,8 (Richter).
Fontes: IVAR/CIVISA
Postado por Fernando Martins às 12:38 0 bocas
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