Mostrar mensagens com a etiqueta Vulcão. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vulcão. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, setembro 19, 2024

Há três anos começou uma erupção nas Canárias...!


La erupción volcánica de La Palma de 2021 se inició el 19 de septiembre en la zona de Montaña Rajada,​ cercano a la localidad de El Paraíso del municipio de El Paso, en la isla de La Palma, perteneciente al archipiélago atlántico de Canarias (España).​ Fue la última erupción en la isla desde la del Teneguía en 1971 y la última en Canarias desde la submarina de El Hierro de 2011.​ La erupción del volcán de Tajogaite se detuvo el 13 de diciembre tras 85 días de actividad,​ siendo la erupción histórica más larga registrada en la isla y tercera en el archipiélago, tras Timanfaya en Lanzarote y Tagoro en El Hierro.​ El 19 de diciembre de 2023 se anunció en el BOC las medidas cautelares por la posible existencia de valores geomorfológicos, por lo que quedarían protegido el volcán de Tajogaite y su entorno, así como las dos fajanas.​ El 9 de febrero de 2023 el Cabildo de La Palma oficializó en sesión plenaria la denominación de Volcán de Tajogaite para esta erupción.

 


Extensión de la colada de lava con resaltado de edificios destruidos, el 23 de noviembre de 2021

 

19 de septiembre

Después de más de 25.000 pequeños terremotos que azotaron la isla durante ocho días, a las 15:10 (hora local)​ se inició la erupción en un paraje denominado Cabeza de Vaca, en el lugar de Las Manchas, municipio de El Paso.​ La erupción tenía inicialmente dos fisuras separadas por 200 metros, y ocho bocas.​ Autoridades como la Guardia Civil, que desplegó sobre el terreno a más de 120 efectivos, estimaron que el número total de evacuados podría superar los 10 000, consonante al recorrido que hiciese la lava hacia la costa. Igualmente y en prevención de que la lava cortase las carreteras de acceso a los núcleos costeros, se evacuó Puerto Naos, La Bombilla, El Remo y Charco Verde, que hubieran quedado incomunicados. También se cerraron al tráfico varias carreteras por prevención.

 

sábado, agosto 24, 2024

A cidade de Pompeia foi destruida pelo Vesúvio há 1945 anos...

 
Pompeia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a 22 quilómetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto do ano 79 d.C.
     
    
A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79, que provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela manteve-se oculta durante cerca de dezasseis séculos, até ser reencontrada, por acaso, em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Classificada como Património Mundial pela UNESCO, juntamente com Herculano e Torre Annunziata, Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com cerca de dois milhões e meio de visitantes por ano.
    
   
A erupção do Vesúvio em 79 foi uma das mais conhecidas e catastróficas erupções vulcânicas de todos os tempos. Nas cercanias as cidades romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano, sendo completamente destruídas. O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e gases que chegou a uma altura de mais de 30 quilómetros, cuspindo lava e pedra-pomes a uma proporção de 1.5 milhão de toneladas por segundo e libertando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima.
Estima-se que 16.000 cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido ao fluxo piroclástico hidrotermal de temperaturas superiores a 700 °C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1.044 vítimas.
 

sexta-feira, agosto 23, 2024

É já a sexta erupção, desde dezembro, do vulcão Grindavik na Islândia...!

Vulcão entra em erupção na Islândia a partir de uma fissura de 4 km 

 

 

Na quinta-feira à noite, a península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, assistiu a um espetáculo natural espantoso. Pela sexta vez desde dezembro, um vulcão da região entrou em erupção, iluminando o céu noturno com uma impressionante exibição de lava vermelha.

A erupção começou pouco depois das 21:00 horas locais, marcando o sexto episódio de atividade vulcânica na zona desde o final do ano passado. O fenómeno caraterizou-se pela abertura de uma nova fissura de 4 quilómetros na cratera de Sundhnúkur, precedida por uma série de fortes sismos que serviram de precursores da atividade vulcânica iminente.

O fluxo de lava, visível a grande distância, criou um espetáculo noturno que deverá durar vários dias ou mesmo semanas, com base nos padrões observados em erupções anteriores.

Apesar da magnitude do evento, as autoridades islandesas afirmam que os efeitos da erupção permanecem localizados e não representam uma ameaça imediata para as áreas povoadas. No entanto, foram adotadas medidas preventivas, incluindo o encerramento de estradas nas proximidades da erupção.

A emissão de gases vulcânicos nas imediações é motivo de precaução e as equipas de monitorização mantêm-se permanentemente atentas à atividade sísmica e vulcânica.

 

O vulcão Grindavik entra em erupção na noite de 22 de agosto de 2024 

O vulcão Grindavik entra em erupção na noite de 22 de agosto de 2024

 

Grindavik, o epicentro vulcânico da Islândia, não foi afetado por enquanto

A cidade de Grindavik foi evacuada em dezembro durante um episódio anterior e também noutras ocasiões este ano de 2024, mas, desta vez, não se encontra na trajetória do fluxo de lava.

No entanto, as autoridades mantêm-se em estado de alerta e dispõem de planos de evacuação atualizados, prontos a serem aplicados caso a situação se altere. As equipas de proteção civil permanecem em alerta máximo, prontas a responder a qualquer eventualidade.

 

Especialistas falam sobre a situação na região

Especialistas em vulcanologia e geofísica apresentaram a sua análise da situação. Halldór Björnsson, responsável pelo clima na Agência Meteorológica Norueguesa, confirmou que o fluxo de lava não está a dirigir-se para áreas povoadas, o que diferencia esta erupção de eventos anteriores.

Entretanto, o geofísico Magnús Tuma Guðmundsson, após um sobrevoo dos centros de erupção, previu que a atividade já atingiu o seu pico e que começará a diminuir, seguindo o padrão de erupções anteriores. Ambos os peritos sublinham a importância de uma monitorização contínua para antecipar possíveis alterações da atividade vulcânica na Islândia.

 

Turismo vulcânico na Islândia

A erupção tornou-se rapidamente uma atração turística, atraindo centenas de espetadores locais e turistas internacionais para pontos de observação seguros.

O fenómeno levou a um aumento das reservas de hotéis e de excursões na região, impulsionando a economia local. As autoridades designaram zonas específicas para uma observação segura e guias turísticos especializados oferecem visitas a distâncias adequadas, equilibrando a experiência única com a segurança dos visitantes.

 

Erupção de um vulcão na Islândia, noite de 22 de agosto de 2024 

Erupção de um vulcão na Islândia, noite de 22 de agosto de 2024

 

Mahnoor Ali, um visitante dos Estados Unidos, descreveu a experiência como "a coisa mais incrível que já viu na minha vida", confessando que inicialmente confundiu a erupção com uma aurora boreal. Ameerul Awalludin, da Malásia, e Shohei Miyamito, do Japão, que acorreram ao local depois de terem ouvido a notícia, compararam a experiência com a dos vulcões dos seus países de origem.

Miyamito observou: "Também temos vulcões, mas não podemos ver lava como esta", sublinhando a singularidade do espetáculo islandês.

 

Impacto mínimo da nova erupção nos voos

A boa notícia é que, desta vez, a erupção tem um efeito mínimo na aviação. O aeroporto de Keflavík está a funcionar normalmente e não se preveem perturbações significativas nos voos.

No entanto, as autoridades aeronáuticas mantêm uma vigilância constante e têm planos de emergência preparados para o caso de a atividade vulcânica se alterar. Os viajantes são aconselhados a verificar as atualizações dos voos junto das companhias aéreas e a manterem-se informados sobre eventuais alterações da situação.

 

in euronews

sábado, junho 15, 2024

A erupção pliniana do Pinatubo, que afetou significativamente o clima da Terra, começou há 33 anos

The eruption column of Mount Pinatubo on June 12, 1991, three days before the climactic eruption
      
Mount Pinatubo is an active stratovolcano located on the island of Luzon, near the tripoint of the Philippine provinces of Zambales, Tarlac, and Pampanga. It is located in the Cabusilan Mountains separating the west coast of Luzon from the central plains. Before the volcanic activities of 1991, its eruptive history was unknown to most people. It was heavily eroded, inconspicuous and obscured from view. It was covered with dense forest which supported a population of several thousand indigenous people, the Aetas, who fled to the mountains during the Spanish conquest of the Philippines.
The volcano's Plinian/Ultra-Plinian eruption on June 15, 1991, produced the second largest terrestrial eruption of the 20th century after the 1912 eruption of Novarupta in the Alaska Peninsula. Complicating the eruption was the arrival of Typhoon Yunya bringing a lethal mix of ash and rain. Successful predictions at the onset of the climactic eruption led to the evacuation of tens of thousands of people from the surrounding areas, saving many lives, but the surrounding areas were severely damaged by pyroclastic flows, ash deposits, and subsequently, by the lahars caused by rainwaters re-mobilizing earlier volcanic deposits causing extensive destruction to infrastructure and altering the river systems months to years after the eruption.
The effects of the eruption were felt worldwide. It ejected roughly 10,000,000,000 tonnes  or 10 km3 of magma, and 20,000,000 tonnes of SO2, bringing vast quantities of minerals and metals to the surface environment. It injected large amounts of particulate into the stratosphere – more than any eruption since that of Krakatoa in 1883. Over the following months, the aerosols formed a global layer of sulfuric acid haze. Global temperatures dropped by about 0.5 °C and ozone depletion temporarily increased substantially.
    

segunda-feira, junho 03, 2024

O casal de vulcanólogos Kraft morreu na erupção do vulcão Unzen há 33 anos...

   
Katia Krafft (Mulhouse, 17 April 1942 – Unzen, 3 June 1991) and her husband, Maurice Krafft (Guebwiller, 25 March 1946 – Unzen, 3 June 1991) were French volcanologists who died in a pyroclastic flow on Mount Unzen, in Japan, on June 3, 1991. Their obituary appeared in the Bulletin of Volcanology, (vol. 54, pp 613–614).
Maurice and Katia were known for being pioneers in filming, photographing and recording volcanoes, often getting within feet of lava flows. They met at Strasbourg University, and their career as volcano observers began soon after. With little money, they saved up for a trip to Stromboli and photographed the eruption. Finding that people were interested in this documentation of eruptions, they soon made a career out of this, which afforded them the ability to travel the globe.
The Kraffts were often the first to arrive at an active volcano, and were respected and envied by many volcanologists. Their footage of the effects of volcanic eruptions was a considerable factor in gaining the cooperation of local authorities faced with volcanic threats. One notable example of this was after the onset of activity at Mount Pinatubo in 1991, where their video of the effects of the eruption of Nevado del Ruiz in Colombia was shown to large numbers of people, including Philippine President Cory Aquino, and convinced many skeptics that evacuation of the area would be necessary.
In June 1991, while filming eruptions at Mount Unzen, they were caught in a pyroclastic flow which unexpectedly swept out of a channel others had been flowing down and onto the ridge they were standing on. They were killed instantly, along with 40 journalists also covering the eruptions.
The work of the Kraffts was highlighted in a video issue of National Geographic, which contained a large amount of their film footage and photographs as well as interviews with both. Maurice is famous for saying in the video that "I am never afraid because I have seen so much eruptions in 23 years that even if I die tomorrow, I don't care," coincidentally on the day before his death. Volcano: Nature's Inferno. [videorecording]. Washington, DC: National Geographic Society. 2003.



PS - um casal unido (em vida e na morte...) pelo amor à Geologia e aos Vulcões...
 

quinta-feira, maio 30, 2024

A nova erupção do Grindavík em direto...

Começou a quinta erupção do vulcão Grindavik na Islândia...

Vulcão entra em erupção na Islândia pela quinta vez. As imagens são assustadoras

 

 
   
A atividade vulcânica começou em dezembro de 2023. O famoso spa geotérmico Lagoa Azul já foi evacuado.

A Islândia não tem tido descanso nos últimos meses. Um vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste do país, voltou a entrar em erupção esta quarta-feira, 29 de maio, obrigando à evacuação do famoso spa geotérmico Lagoa Azul. É a quinta erupção a ocorrer na região desde dezembro de 2023.

O fenómeno começou no início da tarde, após uma série de abalos sísmicos a norte de Grindavik, uma cidade costeira com cerca de 3.800 habitantes. O Gabinete Meteorológico da Islândia (IMO) informou que a lava estava a ser expelida a partir de uma fissura com cerca de um quilómetro de comprimento e chegou a atingir uma altura de cerca de 50 metros. Isto quase três semanas após o fim de uma erupção anterior que esteve em curso desde 16 de março.

As fotografias do momento já começaram a ser partilhadas nas redes sociais - e são tão incríveis quanto assustadoras. Além disso, é possível ver o vulcão em atividade em direto online.

A província de Reykjanes fica situada a 30 quilómetros de Reiquiavique, a capital do país. A 11 de novembro, face ao risco iminente de erupção, as autoridades islandesas já haviam procedido à retirada dos quatro mil habitantes da vila piscatória de Grindavik. Desde então, só puderam visitar as suas casas em determinados horários do dia. Apesar da baixa densidade populacional, trata-se de uma região bastante concorrida devido ao spa geotérmico Blue Lagoon — uma das maiores atrações turísticas da Islândia, situada a cinco quilómetros de Grindavik.

A Islândia, que fica acima de um ponto quente vulcânico no Atlântico Norte, vê erupções regulares e já tem experiência em lidar com elas. A mais perturbadora dos últimos tempos foi a do vulcão Eyjafjallajokull, em 2010, que lançou enormes nuvens de cinzas na atmosfera e levou ao encerramento generalizado do espaço aéreo na Europa. Com esta erupção, contudo, não são esperadas perturbações no tráfego aérea, uma vez que o vulcão Reykjanes apresenta características geológicas distintas.

 




  


in New in Oeiras

sábado, maio 18, 2024

Vancouver! Vancouver! This is it! - David A. Johnston morreu há quarenta e quatro anos...

Man sitting on a folding chair, writing in a notebook and smiling as he looks towards the camera

The last picture ever taken of Johnston, 13 hours before his death at the eruption site
 

David Alexander Johnston (Chicago, December 18, 1949 – Mount St. Helens, May 18, 1980) was an American United States Geological Survey (USGS) volcanologist who was killed by the 1980 eruption of Mount St. Helens in the U.S. state of Washington. A principal scientist on the USGS monitoring team, Johnston was killed in the eruption while manning an observation post six miles (10 km) away on the morning of May 18, 1980. He was the first to report the eruption, transmitting "Vancouver! Vancouver! This is it!" before he was swept away by a lateral blast; despite a thorough search, Johnston's body was never found, but state highway workers discovered remnants of his USGS trailer in 1993.

Johnston's career took him across the United States, where he studied the Augustine Volcano in Alaska, the San Juan volcanic field in Colorado, and long-extinct volcanoes in Michigan. Johnston was a meticulous and talented scientist, known for his analyses of volcanic gases and their relationship to eruptions. This, along with his enthusiasm and positive attitude, made him liked and respected by many co-workers. After his death, other scientists lauded his character, both verbally and in dedications and letters. Johnston felt scientists must do what is necessary, including taking risks, to help protect the public from natural disasters. His work, and that of fellow USGS scientists, convinced authorities to close Mount St. Helens to the public before the 1980 eruption. They maintained the closure despite heavy pressure to re-open the area; their work saved thousands of lives. His story became intertwined with the popular image of volcanic eruptions and their threat to society, and a part of volcanology's history. To date, Johnston, along with his mentee Harry Glicken, is one of two American volcanologists known to have died in a volcanic eruption.

Following his death, Johnston was commemorated in several ways, including a memorial fund established in his name at the University of Washington to fund graduate-level research. Two volcano observatories were established and named after him: one in Vancouver, Washington, and another on the ridge where he died. Johnston's life and death are featured in several documentaries, films, docudramas and books. A biography of his life, A Hero on Mount St. Helens: The Life and Legacy of David A. Johnston, was published 2019.

 

in Wikipédia

O vulcão do Monte Santa Helena assustou-nos há 44 anos...

  
O Monte Santa Helena (em inglês Mount St. Helens) é um vulcão activo que fica no sudoeste do estado norte-americano de Washington, 154 quilómetros a sul de Seattle e a 80 a nordeste de Portland.
Após 127 anos de inactividade o vulcão entrou violentamente em erupção no dia 18 de maio de 1980, às 08.32 horas, locais (hora do Pacífico), matando 57 pessoas e ferindo muitas outras.
Após um tremor de terra de magnitude 5,1 na escala de Richter, o lado norte do monte entrou em violenta erupção, provocando danos ambientais numa área de 550 km². A cinza emanada da erupção provocou problemas respiratórios nos habitantes até 1.550 quilómetros de distância do vulcão.
Como resultado da explosão a altura da cratera do vulcão diminuiu cerca de 400 metros, passando de 2.950 para 2.549 metros, e teve a sua largura aumentada de cerca de dois quilómetros.
  
Tectónica de Placas dos vulcões da Cordilheira das Cascatas
   

 

In 1980, a major volcanic eruption occurred at Mount St. Helens, a volcano located in Washington, in the United States. The eruption (which was a VEI 5 event) was the only significant one to occur in the contiguous 48 US states since the 1915 eruption of Lassen Peak in California. The eruption was preceded by a two-month series of earthquakes and steam-venting episodes, caused by an injection of magma at shallow depth below the volcano that created a huge bulge and a fracture system on Mount St. Helens' north slope.
Prior to the eruption, USGS scientists convinced local authorities to close Mount St. Helens to the general public and to maintain the closure in spite of pressure to re-open it; their work saved thousands of lives. An earthquake at 8:32:17 a.m. PDT (UTC−7) on Sunday, May 18, 1980, caused the entire weakened north face to slide away, suddenly exposing the partly molten, gas- and steam-rich rock in the volcano to lower pressure. The rock responded by exploding a hot mix of lava and pulverized older rock toward Spirit Lake so fast that it overtook the avalanching north face.
An eruption column rose 80,000 feet (24,400 m) into the atmosphere and deposited ash in 11 U.S. states. At the same time, snow, ice and several entire glaciers on the volcano melted, forming a series of large lahars (volcanic mudslides) that reached as far as the Columbia River, nearly 50 miles (80 km) to the southwest. Less severe outbursts continued into the next day only to be followed by other large but not as destructive eruptions later in 1980.
Fifty-seven people (including innkeeper Harry R. Truman, photographer Reid Blackburn and geologist David A. Johnston) perished. Hundreds of square miles were reduced to wasteland causing over a billion U.S. dollars in damage ($2.74 billion in 2011 dollars), thousands of game animals killed, and Mount St. Helens was left with a crater on its north side. At the time of the eruption, the summit of the volcano was owned by the Burlington Northern Railroad, but afterward the land passed to the United States Forest Service. The area was later preserved, as it was, in the Mount St. Helens National Volcanic Monument.

   
    

domingo, abril 14, 2024

O vulcão Eyjafjallajökull começou a chatear os utilizadores dos aviões há 14 anos...

Pluma vulcânica durante a segunda erupção, em 18 de abril de 2010.

 

As erupções ocorridas em 2010 no glaciar Eyjafjallajökull foram uma série de grandes eventos vulcânicos que ocorreram em Eyjafjallajökull na Islândia. A atividade sísmica, que se iniciou no final de 2009, deu lugar a uma erupção vulcânica que começou a 20 de março de 2010, colocando seu Índice de Explosividade Vulcânica em 1. Uma fase da erupção, a 14 de abril de 2010, causou uma paralisação generalizada do transporte aéreo europeu, afetando milhares de voos e causando uma espécie de efeito dominó em todo o mundo.

   

   
Em outubro de 2010 as erupções cessaram, segundo declarações de Ármann Höskuldsson, cientista do Instituto de Ciências Terrestres da Islândia, embora a área ainda esteja geotermicamente ativa e ainda haja uma possibilidade de uma nova erupção no futuro.
 
Mapa com a nuvem de cinza vulcânica abrangendo nos dias de 14 a 25 de abril de 2010

 

quinta-feira, abril 04, 2024

Notícia sobre vulcanismo na ilha que deu origem ao mito da Atlântida...

O mar “começou a ferver”. Descoberta estranha erupção vulcânica em Santorini há 1300 anos

 

 

A descoberta revela que há um risco de grandes erupções vulcânicas mesmo durante os períodos de calmaria.

Um estudo recente publicado na Nature Geoscience revela a descoberta surpreendente de uma erupção do vulcão de Santorini em 726 d.C., alterando drasticamente a nossa compreensão do comportamento vulcânico durante períodos considerados de calmaria.

Localizado no Arco das Ilhas Helénicas, entre a Grécia e a Turquia, o vulcão subaquático de Santorini faz parte de uma cadeia conhecida pela sua capacidade de produzir erupções cataclísmicas.

Estes eventos podem levar à formação de uma caldeira, um imenso buraco em forma de taça criado quando a crosta acima da câmara de magma colapsa. O último evento deste tipo em Santorini, a infame erupção Minoica de 1600 a.C., remodelou a paisagem no arquipélago observado hoje.

A erupção em 726 d.C., anteriormente minimizada em relatos históricos, foi reavaliada através de recentes esforços científicos. Descrições iniciais do evento falavam do mar “a ferver” dentro da caldeira de Santorini, seguindo-se a ejeção de grandes blocos de pedra-pomes que viajaram distâncias superiores a 400 km.

Contudo, a única evidência conhecida era uma fina camada de pedra-pomes em Palea Kameni. Esta narrativa foi significativamente expandida através da descoberta de uma espessa camada de pedra-pomes e cinza em volta do respiradouro Kameni, sugerindo uma magnitude de erupção comparável à colossal erupção do vulcão de Tonga em 2022, revela o Live Science.

Os investigadores perfuraram vários locais em volta do respiradouro, descobrindo núcleos de sedimento que revelaram um volume de material emitido estimado em 3,1 quilómetros cúbicos.

Este achado é surpreendente, dado que ocorreu relativamente pouco tempo após uma erupção formadora de caldeira, indicando o potencial da caldeira de Santorini para atividades explosivas significativas durante a sua suposta fase de recuperação.

A descoberta tem implicações profundas para a avaliação de riscos vulcânicos na região do Mediterrâneo Oriental, sugerindo um risco elevado de erupções em larga escala mesmo durante os chamados períodos de calmaria.

A erupção de 726 d.C., agora classificada como um evento de magnitude 5 na Índice de Explosividade Vulcânica, desfaz a noção de que apenas pequenas erupções poderiam ocorrer durante a fase de recarga da caldeira. Tal evento hoje representaria consequências graves para Santorini, as suas ilhas vizinhas e toda a região.

 

in ZAP

quarta-feira, abril 03, 2024

Notícia interessante sobre o vulcão Erta Ale...

Descobertas anomalias térmicas na “porta para o inferno” na Etiópia

 

 

Imagem de satélite do vulcão Erta Ale, na Etiópia, tirada a 27 dovembro de 2023, pelo OLI (Operational Land Imager) no Landsat 8

 

Uma recente imagem de satélite do vulcão Erta Ale mostra anomalias que indicam que houve erupções de cones de respingos e pequenos fluxos de lava dentro da cratera.

Erta Ale, situado na Fenda da África Oriental na Depressão de Danakil, na Etiópia, é reconhecido como o vulcão mais ativo do país. Esta área é uma zona geologicamente única, onde três placas tectónicas estão gradualmente a divergir, permitindo que o magma chegue à superfície e alimente múltiplos vulcões ativos. Erta Ale, com sua atividade vulcânica persistente, constitui uma parte significativa desta paisagem dinâmica.

Conhecido na língua afar como a “montanha fumegante” e a “porta do inferno”, Erta Ale é famoso pela sua cratera no topo que abriga um lago de lava continuamente ativo. Este lago tem estado ativo desde pelo menos 1967 e possivelmente desde 1906, escreve o SciTech Daily.

A atividade do vulcão foi captada numa imagem adquirida pelo Imageador Terrestre Operacional (OLI) do Landsat 8 a 27 de novembro de 2023. A imagem é notável pelo sinal infravermelho (vermelho) emitido pelo calor da rocha fundida.

Os satélites detetaram uma série de anomalias térmicas no cratera do vulcão a partir de meados de setembro de 2023. De acordo com o Programa de Vulcanismo Global, estas anomalias provavelmente indicam erupções de cones de respingos e pequenos fluxos de lava dentro da cratera. Devido à localização remota e em grande parte inacessível de Erta Ale, grande parte do conhecimento científico sobre a sua atividade deriva de observações por satélite.

Embora o topo seja conhecido pela sua atividade regular, Erta Ale também tem fluxos de lava noutras partes da montanha. Um evento significativo ocorreu de janeiro de 2017 a março de 2020, quando erupções de fissuras no caldeirão sudeste geraram extensos fluxos de lava basáltica.

Estes fluxos, que cobriram aproximadamente 30 quilómetros quadrados, desceram pelas encostas do vulcão, estendendo-se para nordeste e sudoeste, alguns dos quais são visíveis na imagem de satélite.

O estudo contínuo de Erta Ale é crucial para compreender a atividade vulcânica da região e os potenciais impactos. A imagem, destacando as características do vulcão e a atividade recente, foi criada por Lauren Dauphin usando dados do satélite Landsat, uma colaboração entre a NASA e o USGS - Serviço Geológico dos EUA.

 

in ZAP

domingo, março 17, 2024

Já vão em quatro as erupções do vulcão Grindavik na Islândia...

Nova erupção vulcânica na península de Reykjanes. Islândia declara estado de emergência 

 

Entre as pessoas a quem foi pedido que abandonassem a zona estão os residentes da pequena cidade de Grindavik. Esta é a quarta erupção que decorre na região desde dezembro de 2023.

 


Foi declarado estado de emergência no sul da Islândia devido a uma nova erupção vulcânica na península de Reykjanes, no sudoeste do país, a quarta na região desde 18 de dezembro. A televisão estatal islandesa RÚV está a partilhar imagens em direto da erupção.

 

Segundo a BBC, entre as pessoas a quem foi pedido que abandonassem a zona estão os residentes da pequena cidade de Grindavik, que tem sido gravemente afetada pelas erupções em curso nos últimos meses. A vizinha Lagoa Azul, uma das atrações turísticas mais populares da Islândia, também foi evacuada.

De acordo com a Agência Metereológica da Islândia, a erupção vulcânica entre o monte Hagafell e o monte Stóra Skógfell começou às 20:23, hora local deste sábado, 16 de março. É referida a “rápida formação de uma fissura de 2,9 km de comprimento”, dimensão semelhante à da erupção de 8 de fevereiro de 2024.

A agência divulga que a “fase de alerta pré-eruptiva foi muito curta” e que “o primeiro aviso ao Departamento de Proteção Civil e Gestão de Emergências foi dado às 19:43”, sendo que “o início da erupção foi confirmado pelas câmaras web apenas 40 minutos depois”. Informa-se ainda que a erupção é de “natureza efusiva, pelo que a pluma de erupção é constituída principalmente por vapor e gás”.

Nas redes sociais, começam a surgir vídeos que mostram a erupção a decorrer em direto.

 

 in Observador

 


sábado, março 09, 2024

Também há recordes geológicos...!

Vulcão islandês bate novo recorde mundial de velocidade do magma

 

 

Numa questão de semanas, a região à volta de Grindavik, na Islândia, passou de uma atividade sísmica regular para três erupções vulcânicas - a última ocorreu no dia 8 de fevereiro.

A cidade foi evacuada em novembro passado, quando os tremores de terra aumentaram em número e intensidade.

Os cientistas puderam constatar que se estava a formar um enorme dique magmático no subsolo e as novas análises, publicadas na revista Science, mostram quão poderosas podem ser as forças subterrâneas.

Estima-se que o dique magmático tenha um comprimento de 15 quilómetros, rachando o solo debaixo da cidade, ameaçando a famosa Lagoa Azul — um SPA geotérmico ao ar livre e um importante destino turístico.

O dique magmático foi visto a alongar-se e a subir e os investigadores estabeleceram agora o fluxo de magma para o dique magmático. Não foi apenas rápido, chamam-lhe: ultrarrápido.

Assim, calcularam que a taxa de fluxo era de 7400 metros cúbicos por segundo, o que equivale a três piscinas olímpicas por segundo.

Segundo o IFL Science, é uma taxa de fluxo incrível e, certamente, que não estava lá recentemente.

Desde 2021, houve três erupções na Península de Reykjanes, onde Grindavik está localizada. A taxa de fluxo de magma para estes fenómenos foi 30 vezes menor do que o que foi testemunhado desta vez.

Desde a primeira erupção, em dezembro passado, que os cientistas temiam que o novo sistema vulcânico fosse maior do que os três anteriores juntos - e está a provar-se que tinham razão.

A erupção de janeiro atingiu Grindavik e a nova erupção do vulcão Fagradalsfjall começou às 05.30 do dia 8 de fevereiro, num local semelhante ao da erupção de 18 de dezembro, mas mais afastado de Grindavik.

Foram observadas fontes de lava com 50 a 80 metros de altura e uma pluma (coluna de cinzas, gases e fragmentos de rocha) que atingiu uma altitude de 3 quilómetros.

O Gabinete Meteorológico da Islândia comunicou a formação de quedas de tefra na cidade - um material espumoso que se forma quando a lava arrefece rapidamente. A atividade da erupção é moderada e é comparada com o que se viu em dezembro.

“Uma pluma escura e conspícua ergue-se de uma parte da fissura eruptiva. Isto deve-se provavelmente à interação do magma com as águas subterrâneas, o que resulta numa ligeira atividade explosiva em que a pluma branca de vapor se mistura com a pluma vulcânica escura”, explicou a equipa da OMI.

“Parece que a tefra não se afasta muito da fissura eruptiva neste momento. A pluma vulcânica está dispersa em direção a sudoeste”, conclui.

 

in ZAP

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Há coisas muito estranhas perto de vulcões ativos...

Sim, este lago em forma de coração é real – mas tem uma história mortal

 

 

 

Pode parecer o cenário de um filme ou uma imagem concebida no Photoshop, mas o Spirit Lake é bem real.

Trata-se de um lago em forma de coração, mas com uma história muito pouco romântica a si associada.

Recuando no tempo… o Spirit Lake nem sempre teve o aspeto que atualmente é possível observar nas imagens de satélite.

O lago costumava ser mais parecido com a metade superior de um coração, com os braços leste e oeste apenas estritamente ligados, de acordo com o IFL Science.

O Spirit Lake foi também, em tempos, um destino turístico popular, repleto de nadadores, marinheiros e pescadores que se alojavam nas cabanas e pousas ao seu redor.

Tudo isso mudou com a erupção mortal do Monte St. Helens, que se situa a sudoeste do lago, que ocorreu no dia 18 de maio de 1980.

A erupção levou a um aumento da superfície do lado em cerca de 60 metros e o consequente deslizamento de detritos forçou as suas águas para terras próximas.

Com o tempo e gradualmente, a água voltou a fluir por cima dos detritos, tornando-se um lago mais largo, mais raso e em forma de coração - tal que pode ser visto atualmente.

Para além da sua “anatomia” alterada, o Spirit Lake alberga um tapete de troncos flutuantes arrancados pela erupção e que servem de lembrança do que aconteceu há mais de quatro décadas.

Longe vão os dias em que as águas do lago estavam cheias de turistas, uma vez que agora o acesso é limitado, sendo que a pesca e a natação são estritamente proibidas - embora exista um miradouro que está aberto quando as condições meteorológicas o permitem.

Atualmente, o Spirit Lake está a ser preservado como um laboratório natural para estudar a recuperação de paisagens depois das erupções vulcânicas, sendo o seu tapete de troncos intacto de particular interesse para os investigadores.

“Mais lagos teriam tapetes de troncos, mas muitas vezes os troncos são retirados para recreio e extração de madeira”, disse Jim Gawel, engenheiro ambiental, que estuda o lago.

“Gostaríamos de saber se existem outros lagos no mundo com um grande número de troncos flutuantes para comparar com o Spirit Lake“, concluí.

 

in ZAP

sábado, fevereiro 10, 2024

Terceira erupção do vulcão Grindavik na Islândia...!

Vulcão na Islândia volta a entrar em erupção e deixa população sem água quente e aquecimento

 


 

Uma nova erupção vulcânica na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, deixou a população sem água quente e aquecimento e obrigou a evacuar um famoso spa termal do país.

O vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, voltou a entrar em erupção esta quinta-feira, pela terceira vez desde dezembro, e já causou estragos. 

Uma estrada desapareceu e um rio de lava engoliu uma conduta de água, deixando a população da região sem água quente e aquecimento.

A primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, já admitiu que a situação está a evoluir mais rápido do que se esperava, garantindo que estão a ser tomadas medidas para assegurar a segurança da população

Mas o fenómeno é de grande imprevisibilidade, tal como atesta o vulcanólogo Dave McGarvie.

"Houve algumas erupções no mar, ao largo da península, mas em terra não aconteceu nada durante quase 800 anos. E durante esse tempo, o resto da Islândia experienciou provavelmente 150, 200 erupções. Por isso, naturalmente, as pessoas pensaram que esta área era bastante segura e começaram a construir", refere o cientista especialista em vulcões.

Para já a quantidade de cinzas expelidas não é suficiente para ameaçar o tráfego aéreo na Islândia e na Europa. No entanto, a erupção já obrigou ao encerramento da Lagoa Azul, um spa termal conhecido como um dos destinos turísticos mais famosos da Islândia e que fica a cerca de quatro quilómetros do vulcão.

A última vez que o vulcão entrou em erupção, a lava chegou à portas da cidade piscatória de Grindavik, incendiando mesmo algumas casas, e obrigando à retirada de quatro mil pessoas da região. Até agora não puderam voltar e não há previsão de quando isso poderá acontecer.

 

in Euronews

quinta-feira, fevereiro 01, 2024

O vulcão Mayon matou mais de mil pessoas há 210 anos

Fotografia das ruínas de Cagsawa com os restos da igreja ainda em pé, destruída em durante a erupção de 1814

O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
O Mayon é classificado por vulcanólogos como um estratovulcão (vulcão composto). O seu cone simétrico foi formado alternadamente por fluxos piroclásticos e escoadas de lava. É o vulcão mais ativo do país, tendo entrado em erupção pelo menos 50 vezes nos últimos 400 anos.
A erupção mais destrutiva do Mayon, alvo de relatos ou registos, ocorreu a 1 de fevereiro de 1814, tendo os fluxos de lava enterrado na cidade de Cagsawa e cerca de 1200 pessoas pereceram, tendo apenas resistido o campanário da igreja.
  
Principais vulcões filipinos
    
Situa-se entre a Placa Euroasiática e a Placa Filipina, numa fronteira com potencial altamente destrutivo, pois a placa continental, ao ser empurrada por uma placa oceânica, esta última, que é mais densa, é obrigada a descer, o que provoca a formação de magma no plano de Benioff assim gerado.
A sua última erupção foi em 2009.
   
Fluxos piroclásticos descem através das encostas do vulcão, em 1984
        

domingo, janeiro 14, 2024

Nova erupção na Islândia...

Vulcão entra em erupção na Islândia deixando cidade piscatória em risco

Atividade sísmica na Islândia tem aumentado nos últimos meses, deixando as autoridades em alerta. “Não há vidas em perigo”, garante Presidente do país.

 

Erupção de vulcão na Islândia

 
Um vulcão entrou em erupção no sudoeste da Islândia, neste domingo, representando uma ameaça imediata para uma pequena cidade piscatória próxima, Grindavik, apesar de ter sido evacuada mais cedo e de não haver pessoas em perigo, segundo as autoridades locais. 

As imagens de vídeo registadas ao início da manhã no local mostram fontes de rocha derretida a jorrar de fissuras no solo, com o fluxo de lava cor de laranja brilhante a contrastar com o céu cada vez mais escuro com o passar das horas. "Não há vidas em perigo, embora as infra-estruturas possam estar ameaçadas", declarou o Presidente da Islândia, Gudni Johannesson, na rede social X, acrescentando que não houve interrupções nos voos. 

A erupção começou na madrugada de domingo a norte da cidade de Grindavik, que no dia anterior tinha sido evacuada pela segunda vez num mês devido ao receio de que estivesse iminente uma erupção no meio de uma vaga de atividade sísmica naquela região. As autoridades têm vindo a construir barreiras de terra e rocha nas últimas semanas para tentar impedir que a lava chegue a Grindavik, cerca de 40 quilómetros a sudoeste da capital Reiquiavique, mas a última erupção parece ter penetrado nas defesas da cidade.

"De acordo com as primeiras imagens do voo de vigilância da Guarda Costeira, abriu-se uma fissura em ambos os lados das defesas que começaram a ser construídas a norte de Grindavík", declarou o Gabinete Meteorológico Islandês (IMO). A lava estava a fluir em direcção à cidade e tinha chegado a uma distância estimada de apenas 450 metros.

Com base nos modelos de fluxo, a lava poderá demorar algumas horas a chegar a Grindavik se continuar a fluir em direção à cidade, disse um porta-voz da OMI à estação pública RUV.

 

Atividade vulcânica
Foi a segunda erupção vulcânica na península de Reiquiavique, no sudoeste da Islândia, em menos de um mês e a quinta erupção desde 2021. No mês passado, uma erupção começou no sistema vulcânico Svartsengi a 8 de Dezembro, após a evacuação completa dos 4.000 residentes de Grindavik e o fechamento do spa geotérmico Blue Lagoon, um ponto turístico popular naquela região.

Segundo as autoridades locais, mais de 100 residentes de Grindavik tinham regressado nas últimas semanas, antes da nova ordem de evacuação de sábado. Situada entre as placas tectónicas euro-asiática e norte-americana, duas das maiores do planeta, a Islândia é um ponto quente sísmico e vulcânico, uma vez que as duas placas se movem em direções opostas.

Em 2010, as nuvens de cinzas resultantes das erupções do vulcão Eyafjallajokull, no sul da Islândia, espalharam-se por grande parte da Europa, paralisando cerca de 100 000 voos e obrigando centenas de islandeses a evacuar as suas casas.


in Público

terça-feira, dezembro 19, 2023

Começou ontem a erupção do vulcão Grindavik na Islândia...!

 

   

Diques de seis metros para conter a força da lava: como a Islândia preparou defesas para o vulcão Grindavik

 

As imagens da erupção do vulcão Grindavik, na Islândia, têm impressionado em todo o mundo, depois de intensa atividade sísmica, sentida na região, a península de Reykjanes, a sul de Reiquiavique, no inicio de novembro. Apesar do cenário aterrador, e da preocupação levantada com diversas populações, as autoridades admitem que estavam preparadas para este cenário. Uma das soluções encontradas foi a construção de barreiras para travar o avanço da lava do Grindavik.

“A questão não era se iria explodir. A questão era quando, diz Ármann Höskuldsson, vulcanologista da Universidade da Islândia, citado pelo El Confidencial. O quando foi esta segunda-feira à noite, com o vulcão a expelir uma quantidade de lava suficiente para encher uma piscina olímpica a cada 13 segundos (100 a 200 metros cúbicos de lava por segundo).

A preparação foi feita ao longo dos últimos meses. Para além das medidas ‘tradicionais’ de evacuação das populações e formação destas para situações de emergência, a Islândia encetou a construção de diques de contenção com cerca de seis a oito metros de altura e vários quilómetros de comprimento, de forma a conter a lava e impedi-la de chegar a infraestruturas, como a central energética próxima, e casas.

“As fortificações defensivas que recentemente começamos a construir terão um impacto significativo ao lidar com a erupção vulcânica”, disse a primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir.

O país está, aliás, habituado a lidar com este tipo de problema, tendo trinta e três sistemas vulcânicos considerados ativos, a região mais vulcânica da Europa.

A erupção mais significativa aconteceu em 2010, quando o vulcão Eyjafjallajokull causou enormes nuvens de cinza que durante dias afetaram o ar e os voos em toda o continente.

Depois da atividade sísmica de novembro, vila mais próxima, com 4 mil habitantes, foi logo evacuada, esperando-se erupção, mas até já estavam a ser feitos pedidos para as famílias poderem regressar a casa no Natal. Vieram a concretizar-se as previsões.

Foi depois declarado o estado de emergência, e lançados avisos da proteção civil para a população, pedindo a evacuação de Grindavík, pela estrada junto à costa “para sair da cidade”.

Já no início do ano, a Proteção Civil tinha apresentado o plano para a construção das ‘barragens’ para lava com até quatro quilómetros de comprimento e entre seis a oito de largura, em forma curva, desenhadas para proteger concentrações populacionais e infraestruturas essenciais.

A ideia não é “parar” realmente a lava (a força da Natureza não o permite), explica o geólogo Mendez Chazarra ao mesmo jornal, mas sim “desviá-la para outros locais”.

Outras tentativas, como a construção de enormes buracos, como trincheiras, não resultaram: a lava continua a o seu caminho.

O projeto começou a ser pensado logo em 2021, com a erupção do Fagradalsfjall, criado por uma equipa de especialistas de várias universidades, da Proteção Civil, engenheiros e elementos do Instituto Meteorológico e Geológico local, que estudaram cenários de futuras erupções, apurando quais as que poderiam ser mais prováveis de sofrer uma erupção, e atualizando a localização das potenciais barragens a construir, com os dados apurados.

O plano, portanto, tem um horizonte a longo-prazo. “As recomendações dos cientistas indicam para um período prolongado de terramotos e erupções vulcânicas em Reykjanes, e as barragens não serão apenas construídas para o cenário que estamos agora a ver, mas seriam sim construídas para parte de todos os cenários que foram propostos. Pensamos no longo prazo”, disse Víðir Reynisson, diretor de Segurança Pública da Polícia Nacional,

Vários vulcanólogos islandeses apontam que “foi bom a instalação destas defesas” e que “com ‘sorte’ se demonstrarão úteis”.

Fica no entanto o dilema de para onde ‘desviar’ o fluxo de lava. Dependendo do tempo que a erupção durar, a prioridade para as autoridades islandesas é proteger a Central Elétrica de Svartsengi e a zona da Blue Lagoon (Lagoa Azul), uma dos pontos turísticos mais visitados do país.

No entanto, nem todas as construções do ambicioso projeto estão já concluídas. O período, de apenas 45 dias, revelou-se curto, e estavam os trabalhadores no local quando a erupção começou. No entanto, segundo comunicado oficial “não estiveram em perigo e saíram da zona em segurança”.

Espera-se agora, com ansiedade para ver os diques de desvio de lava em ação e ver se os que já estão concluídos cumprem o seu efeito, numa altura em que as autoridades islandesas já indicaram que “a potência da erupção está a diminuir com o tempo, bem como a sismicidade”.

 

in Executive Digest