Mostrar mensagens com a etiqueta URSS. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta URSS. Mostrar todas as mensagens

domingo, março 03, 2024

O Tratado de Brest-Litovski foi assinado há 106 anos

As primeiras páginas do Tratado de Brest-Litovsk, escrito em alemão, húngaro, búlgaro, turco otomano e russo

O Tratado de Brest-Litovski (ou de Brest-Litovsk) foi um tratado de paz assinado entre o governo bolchevique russo e as Potências Centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Império Otomano) em 3 de março de 1918, em Brest (antigamente Brest-Litovski), na atual Bielorrússia, pelo qual era reconhecida a saída do Império Russo da Primeira Guerra Mundial.
A retirada da Rússia da guerra foi um dos principais objetivos da Revolução Russa de 1917 e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo russo, devido às imensas perdas humanas (cerca de quatro milhões de mortos). Leon Trotsky, no exercício das relações exteriores do governo bolchevique, pressionou França e Reino Unido para que iniciassem em conjunto o processo de paz, encerrando a Primeira Guerra Mundial. Porém, sem obter resposta, ameaçou iniciar esse processo de forma solitária, o que de facto ocorreu.
Os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes, mesmo Lenine, defendendo a paz, chamou-a de "paz vergonhosa". Através deste, a Rússia desistia do controle da Finlândia, Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), Polónia, Bielorrússia e Ucrânia, bem como dos distritos turcos de Ardaham e Kars, e do distrito georgiano de Batumi, antes sob o seu domínio. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, 50% da sua indústria e 90% das suas minas de carvão.
A maior parte desses territórios tornar-se-iam, na prática, partes do Império Alemão, sob a tutela de reis e duques. Entretanto, a derrota da Alemanha na guerra, marcada pelo armistício com os países aliados em 11 de novembro, em Compiègne, permitiu que a Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia se tornassem estados verdadeiramente independentes e os monarcas indicados tiveram que renunciar aos seus tronos. Por outro lado, a Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na Guerra Civil Russa, e acabaram por ser novamente anexadas, agora sob o nome de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
As negociações de paz tinham sido iniciadas em 22 de dezembro de 1917, uma semana após o armistício entre a Rússia e as Potências Centrais, em Brest-Litovsk.
   
Delegação bolchevique em Brest-Litovsk. Sentados, desde a esquerda: Lev V. Kamenev, Adolff A. Ioffe e Anastasia A. Bitzenko. De pé: V. V. Lipskiy, P. Stučka, Lev D. Trotsky e Lev M. Karakhan
  
in Wikipédia

sábado, março 02, 2024

Gorbatchov nasceu há 93 anos...


Mikhail Sergeevitch Gorbatchov ou Gorbachev (Stavropol, 2 de março de 1931Moscovo, 30 de agosto de 2022) foi um estadista e político russo. Oitavo e último líder da União Soviética, foi Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) de 1985 a 1991. Foi chefe de Estado do país de 1988 a 1991, na posição de Presidente do Presidium do Soviete Supremo de 1988 a 1989, Presidente do Soviete Supremo de 1989 a 1990 e Presidente da União Soviética de 1990 a 1991. Ideologicamente, a sua identificação inicial era com os ideais marxistas-leninistas, tendo, entretanto, no início da década de 90, se inclinado para a social democracia

De origens russas e ucranianas, Gorbatchov nasceu em Privolnoye, Krai de Stavropol numa família pobre, de camponeses. Nascido e criado durante o governo de Estaline, operava ceifeiras debulhadoras numa fazenda coletiva durante a sua juventude, antes de filiar-se no Partido Comunista, que, à época, governava a União Soviética sob um regime unipartidário de orientação marxista-leninista. Durante seus estudos na Universidade Estatal de Moscovo, casou-se com sua colega de faculdade Raíssa Titarenko em 1953, dois anos antes de graduar-se em direito. Ao mudar-se para Stavropol, trabalhou para a Komsomol, organização juvenil do PCUS e, após a morte de Estaline, tornou-se um forte apoiante das reformas desestalinizadoras do líder soviético Nikita Khrushchov. Foi nomeado Primeiro Secretário do Comité Regional de Stavropol do PCUS em 1970, posição na qual supervisionou a construção do Grande Canal de Stavropol. Em 1978, retornou a Moscovo para tornar-se Secretário do Comité Central do PCUS e, em 1979, entrou para o Politburo. Após os três anos que se seguiram desde a morte do líder soviético Leonid Brezhnev, após os breves governos de Yuri Andropov e Konstantin Chernenko, o Politburo elegeu Gorbatchov Secretário-Geral, tornando-o chefe de governo de facto, em 1985.

Apesar de seu compromisso de preservar o estado soviético e seus ideais socialistas, Gorbatchov acreditava que reformas políticas significativas eram necessárias, especialmente após o acidente nuclear de Chernobyl de 1986. Ordenou a retirada soviética da Guerra do Afeganistão e participou de diversos encontros com o presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan para limitar a proliferação de armas nucleares e acabar com a Guerra Fria. No que diz respeito à política interna, implementou a glasnost ("transparência"), política que aumentava as liberdades de expressão e imprensa, e a perestroika ("reestruturação"), política que objetivava descentralizar a tomada de decisões no âmbito econômico, com o propósito de aumentar a eficiência económica. As suas medidas democratizantes e a formação do Congresso dos Deputados do Povo enfraqueceram o sistema estatal unipartidário. Gorbatchov recusou-se a intervir militarmente nos vários países do Bloco do Leste que abandonaram as suas orientações marxistas-leninistas nos anos de 1989 e 1990. Um sentimento nacionalista crescente ameaçava o colapso da União Soviética, levando partidários marxistas-leninistas a tentarem um golpe de Estado contra o governo de Gorbatchov em agosto de 1991. Subsequentemente, houve a dissolução da União Soviética contra os desejos de Gorbatchov, levando-o a renunciar em dezembro. Após deixar o cargo, criou a Fundação Gorbatchov, tornou-se crítico dos governos dos presidentes russos Boris Yeltsin e Vladimir Putin, e fez campanha pelo movimento social-democrata russo.

Considerado uma das figuras mais importantes da segunda metade do século XX, Gorbatchov continua uma figura controversa. Galardoado com um grande número de prémios, incluindo o Prémio Nobel da Paz, foi amplamente elogiado por seu papel pelo fim da Guerra Fria, pela redução dos abusos de direitos humanos na União Soviética e por sua tolerância tanto à queda dos governos socialistas do leste europeu quanto à reunificação da Alemanha. Por outro lado, na Rússia, é constantemente escarnecido por não ter impedido o colapso soviético, evento que resultou em um declínio da influência russa no mundo e precedeu uma crise económica.

 

O Komintern, III Internacional ou Internacional Comunista, foi fundado há 105 anos

  
Komintern (do alemão Kommunistische Internationale) é o termo com que se designa a Terceira Internacional ou Internacional Comunista (1919-1943), isto é, a organização internacional fundada por Vladimir Lenine e pelo PCUS (bolchevique), em 2 de março de 1919, para reunir os partidos comunistas de diferentes países.
Tinha como propósito, conforme seus primeiros estatutos, lutar pela superação do capitalismo, o estabelecimento da ditadura do proletariado e da República Internacional dos Sovietes, a completa abolição das classes e a realização do socialismo, como uma transição para a sociedade comunista, com a completa abolição do Estado e para isso se utilizando de todos os meios disponíveis, inclusive armados, para derrubar a burguesia internacional.
A sua fundação representou, originalmente, uma cisão da extrema esquerda da Segunda Internacional como reação ao apoio que os partidos socialistas europeus deram à votação de créditos de guerra, mobilizações, etc. por parte de seus governos burgueses nacionais, quando da eclosão da Primeira Guerra Mundial, considerada pela ala esquerda do movimento socialista como uma guerra civil entre burguesias nacionais e como uma guerra de pilhagem imperialista.
A Comintern teve sete congressos mundiais, o primeiro deles em 2 de março de 1919. Enquanto Lenine viveu, os congressos eram anuais e foram realizados cinco, de 1919 a 1923. Após a morte de Lenine, este princípio da anualidade foi abandonado por Estaline, que desconfiava do Komintern e desejava transformá-lo num mero instrumento da política externa soviética. Assim, sob o comando de Estaline, o Komintern teria apenas dois congressos: o sexto, em 1928, e o sétimo e último, em 1935, antes de ser dissolvido, em 1943.
     
 
in Wikipédia

sexta-feira, março 01, 2024

A sonda Venera 13 aterrou em Vénus há quarenta e dois anos

Postage stamp of Venera 13/14
  
Venera 13 (Russian: Венера-13 meaning Venus 13) was a probe in the Soviet Venera program for the exploration of Venus.
Venera 13 and 14 were identical spacecraft built to take advantage of the 1981 Venus launch opportunity and launched 5 days apart, Venera 13 on 30 October 1981 at 06:04:00 UTC and Venera 14 on 4 November 1981 at 05:31:00 UTC, both with an on-orbit dry mass of 760 kg.
    
(...)
    
After launch and a four-month cruise to Venus the descent vehicle separated from the cruise stage and plunged into the Venusian atmosphere on 1 March 1982. After entering the atmosphere a parachute was deployed. At an altitude of about 50 km the parachute was released and simple airbraking was used the rest of the way to the surface.
Venera 13 landed at 7.5°S 303°E, about 950 km northeast of Venera 14, just east of the eastern extension of an elevated region known as Phoebe Regio.
The lander had cameras to take pictures of the ground and spring-loaded arms to measure the compressibility of the soil. The quartz camera windows were covered by lens caps which popped off after descent.
The area was composed of bedrock outcrops surrounded by dark, fine-grained soil. After landing, an imaging panorama was started and a mechanical drilling arm reached to the surface and obtained a sample, which was deposited in a hermetically sealed chamber, maintained at 30 °C and a pressure of about 0.05 atmosphere (5 kPa). The composition of the sample determined by the X-ray fluorescence spectrometer put it in the class of weakly differentiated melanocratic alkaline gabbroids.
The lander functioned for 127 minutes (the planned design life was 32 minutes) in an environment with a temperature of 457 °C (855 °F) and a pressure of 89 Earth atmospheres (9.0 MPa). The descent vehicle transmitted data to the satellite, which acted as a data relay as it flew by Venus.
    
   
   in Wikipédia

terça-feira, fevereiro 27, 2024

Pavlov morreu há 88 anos

 
Ivan Petrovich Pavlov (Riazan, 26 de setembro de 1849 - Leninegrado, atualmente São Petersburgo, 27 de fevereiro de 1936) foi um fisiologista russo conhecido principalmente pelo seu trabalho no condicionamento clássico. Foi premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904, por suas descobertas sobre os processos digestivos de animais. Ivan Pavlov veio no entanto a entrar para a história por sua pesquisa num campo que se apresentou a ele quase que por acaso: o papel do condicionamento na psicologia do comportamento (reflexo condicionado).

Na década de 20, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, Pavlov percebeu que com o tempo a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como por exemplo o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). Curioso, realizou experiências em situações controladas de laboratório e, com base nessas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.

A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são inatas em vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos condicionados, aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da reflexologia e psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, inclusive no tratamento de fobias e nos anúncios publicitários entre outras aplicações da medicina e ciências cognitivas.

Foi sepultado no Cemitério de Volkovo em São Petersburgo

 

domingo, fevereiro 25, 2024

Nikita Khrushchev desmascarou finalmente os crimes de Estaline há 68 anos

 
O XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) teve lugar entre 14 e 26 de fevereiro de 1956. Na ocasião, o secretário do Partido, Nikita Khrushchov, com o seu célebre discurso secreto, denunciou as violências, os expurgos e as limitações à liberdade impostas pelo regime de Estaline, seu predecessor.
Durante a sessão a portas fechadas, no penúltimo dia do congresso, Khrushchov criticou asperamente a política estalinista, denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e seus colaboradores. Estaline não procurava persuadir com explicações mas impunha suas ideias e exigia uma submissão absoluta, qualquer um que discordasse era demitido de qualquer função diretiva, e em seguida liquidado moralmente e fisicamente.
 

...Estaline descartou o método leninista de convencer e educar, ele abandonou o método de luta ideológica para que a violência, repressões em massa e terror...

...É claro que Estaline mostrou em toda uma série de casos a sua intolerância, a sua brutalidade e o seu abuso de poder. Em vez de provar a sua correção política e mobilizar as massas, muitas vezes ele escolheu o caminho da repressão e aniquilação física, não só contra os inimigos reais, mas também contra as pessoas que não tinham cometido qualquer crime contra o partido e o governo soviético. Aqui vemos nenhuma sabedoria, mas apenas uma demonstração da força brutal que outrora tão alarmou Lenine.

  

  
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda estavam convencidos da grandeza de Estaline. Após um longo debate, o discurso veio a tornar-se público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989. Logo após o congresso quase todos os Gulag foram fechados e, somente em Moscovo, regressaram 200.000 presos políticos. Anastas Mikoyan, vice-primeiro ministro, criou comissões para reabilitar os presos acusados ou mortos injustamente.
    

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

A sonda Luna 20 chegou à Lua há 52 anos

     
Luna 20 foi a designação da segunda missão robótica bem sucedida, conduzida pela União Soviética, com o objetivo de pousar na Lua e regressar com uma amostra do solo lunar para a Terra. O foguetão usado nessa missão era do tipo E-8-5.
O foguetão consistia de duas partes interligadas: um de descida e um de subida montada sobre o primeira. Aparte de descida era um cilindro montado sobre um conjunto de tanques esféricos com quatro "pernas", um motor principal e jatos auxiliares para atuar durante a descida diminuindo a velocidade. O estágio de subida, era um cilindro menor com o topo arredondado. Ele carregava um recipiente hermeticamente fechado para a amostra de solo dentro de uma cápsula de reentrada esférica.

Local de chegada da Luna 20, fotografado pelo LRO
    
Lançamento
O lançamento da Luna 20, ocorreu a 14 de fevereiro de 1972 as 03:27:59 UTC, através de um foguete Proton-K, a partir da plataforma 81/24 do Cosmódromo de Baikonur que a levou a uma órbita de espera intermediária e em seguida impulsionada em direção à Lua.

Percurso e órbita
Depois de quatro dias e meio de voo em direção à Lua, que incluíram uma única manobra de correção de curso, realizada em 15 de fevereiro, a Luna 20 entrou em órbita circular a 100 km da superfície da Lua com 65° de inclinação, em 18 de fevereiro de 1972. Nessa órbita foram efetuados estudos sobre a gravidade lunar.

Pouso 
Três dias depois de entrar em órbita, em 21 de fevereiro, às 19:13:00 UTC a sonda disparou o seu foguete principal 267 segundos, para iniciar a descida para a superfície lunar. Um segundo disparo diminuiu a velocidade antes que a Luna 20 pousasse com sucesso na Lua, às 19:19:00 UTC de 21 de fevereiro de 1972, a 3°32' de latitude Norte e 56°33' de longitude Leste, numa região montanhosa conhecida como Terra Apollonius (ou serra Apollonius) próxima do Mare Fecunditatis (Mar da Fertilidade), a apenas 1,8 km do local de queda da Luna 18.
   
Recolha
Alguns minutos depois do pouso a sonda começou a transmitir imagens da superfície lunar. Uma broca automatizada perfurou alguns centímetros do solo lunar recolhendo amostras no seu interior. Em seguida suspendeu o recipiente com as amostras, depositando-o no interior da cápsula de reentrada esférica localizada no módulo de subida, no topo da sonda.
  
Regresso
Finalmente, depois de pouco menos de 28 horas na superfície lunar, o módulo de subida foi acionado partindo da Lua em direção à Terra, às 22:58:00 UTC de 22 de fevereiro de 1972. Três dias depois, sem necessidade de correção de voo, numa trajetória direta, a cápsula, com 55 gramas de amostra de solo lunar, reentrou na atmosfera terrestre. O paraquedas foi acionado e a cápsula aterrou a 40 km a norte da cidade de Dzhezkazgan, no Kazaquistão, às 19:19 UTC de 25 de fevereiro de 1972.
   

terça-feira, fevereiro 20, 2024

O lançamento do primeiro módulo da estação espacial Mir foi há 38 anos

       

A Mir (em russo: Мир, Paz ou Mundo) foi uma estação espacial que operou na órbita baixa da Terra entre 1986 e 2001, de propriedade da União Soviética e depois da Rússia. A Mir foi a primeira estação espacial modular e foi montada em órbita entre 1986 e 1996, tinha uma massa maior do que a de qualquer estação espacial anterior. Até 21 de março de 2001 foi o maior satélite em órbita, sucedida pela Estação Espacial Internacional (EEI) depois que a sua órbita declinou. A estação serviu como um laboratório de pesquisa de microgravidade em que as equipas realizaram experiências de biologia, biologia humana, física, astronomia, meteorologia e sistemas da naves espaciais, com o objetivo de desenvolver tecnologias necessárias para a ocupação humana permanente do espaço



Estatísticas
Tripulação: 3
Lançamento 20 de fevereiro de 1986 a 23 de abril de 1996
Data de ocupação
(EO-1 / Mir-1)
12 de março de 1986
Período Orbital: 91,9 min
Inclinação: 51,6 graus
Órbitas por dia: 15,70
Órbitas 86.331
Reentrada 23 de março de 2001 05:59 UTC
Países  União Soviética
 Rússia
Velocidade média: 7 700 m/s (27 700 km/h)
Massa : 129 700 kg
Pressãoc. 101,3 kPa (29,91 inHg, 1 atm)

 

in Wikipédia

 

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

A retirada do Afeganistão das tropas da União Soviética terminou há 35 anos

Uma coluna de BTR-80 soviéticos durante a retirada
      
A Retirada das forças de combate soviéticas do Afeganistão começou a 15 de maio de 1988, sob a liderança do Coronel-General Boris Gromov, que também foi o último oficial soviético a retirar-se do Afeganistão para o território soviético, através da Ponte de Amizade Afeganistão-Uzbequistão. Nos Acordos de Genebra, assinados a 15 de abril de 1988, o Afeganistão e Paquistão subscreveram três acordos com princípios de relações mútuas, em particular a não-interferência, sobre o regresso voluntário de refugiados afegãos e inter-relações para o estabelecimento da retirada gradual das tropas estrangeiras, a partir de 15 de maio do mesmo ano.
Os Estados Unidos e a União Soviética também assinaram uma declaração sobre as garantias internacionais, afirmando a sua intenção de se abster de qualquer forma de intervenção.
No período de três meses, em primeiro lugar, foi relatado que 50.183 soldados soviéticos retiraram do Afeganistão. Outros 50.100 retiraram entre 15 de agosto de 1988 e 15 de fevereiro de 1989.
Durante a retirada, ao longo da fronteira, os comboios de tropas foram sendo alvo de constantes ataques de combatentes afegãos, tendo sido mortos 523 soldados soviéticos, só durante a sua fuga do país.
A retirada total das tropas soviéticas do Afeganistão ficou concluída em 15 de fevereiro de 1989, em conformidade com os termos dos Acordos de Genebra, assinados 10 meses antes.
Num gesto simbólico, o Coronel-General Boris Gromov foi o último soldado soviético a retirar-se do Afeganistão e a regressar à URSS.
   

quarta-feira, fevereiro 14, 2024

Os crimes de Estaline começaram a ser finalmente denunciados há 68 anos


O XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) teve lugar entre 14 e 26 de fevereiro de 1956. Na ocasião, o secretário do Partido, Nikita Khrushchov, com o seu célebre discurso secreto, denunciou as violências, as purgas e as limitações à liberdade impostas pelo regime de Estaline, o seu predecessor.
Durante a sessão a portas fechadas, no último dia do congresso, Khrushchov criticou asperamente a política estalinista, denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e os seus colaboradores.
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda, estavam convencidos da grandeza de Estaline. Após um longo debate, o discurso veio a tornar-se público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989

Dmitri Kabalewski morreu há trinta e sete anos...

    
Dmitriy Borisovich Kabalevskiy
(São Petersburgo, 30 de dezembro de 1904 - Moscovo, 14 de fevereiro de 1987) foi um compositor erudito soviético de origem russa.
     

 


segunda-feira, fevereiro 12, 2024

O Meteorito de Sikhote-Alin atingiu a Rússia há 77 anos

A 1.7kg individual meteorite from the Sikhote Alin meteorite shower

  

An iron meteorite fell on the Sikhote-Alin Mountains, in southeastern Russia, in 1947. Large iron meteorite falls have been witnessed and fragments recovered but never before, in recorded history, a fall of this magnitude. An estimated 23 tonnes of fragments survived the fiery passage through the atmosphere and reached the Earth.

 

Orbit

Because the meteor fell during daytime, it was observed by many eyewitnesses. Evaluation of this observational data allowed V. G. Fesenkov, then chairman of the meteorite committee of the USSR Academy of Science, to estimate the meteoroid's orbit before it encountered the Earth. This orbit was ellipse-shaped, with its point of greatest distance from the sun situated within the asteroid belt, similar to many other small bodies crossing the orbit of the Earth. Such an orbit was probably created by collisions within the asteroid belt.  

 

Size

Sikhote-Alin is a massive fall with the pre-atmospheric mass of the meteoroid estimated at approximately 90,000 kg. A more recent estimate by Tsvetkov (and others) puts the mass at around 100,000 kg.

Krinov had estimated the post-atmospheric mass of the meteoroid at some 23,000 kg (51,000 lb). 

 

Strewn field and craters

The strewn field for this meteorite covered an elliptical area of about 1.3 km2 (0.50 sq mi). Some of the fragments made impact craters, the largest of which was about 26 m (85 ft) across and 6 m (20 ft) deep. Fragments of the meteorite were also driven into the surrounding trees. 

 

Composition and classification

The Sikhote-Alin meteorite is classified as an iron meteorite belonging to the meteorite group IIAB and with a coarse octahedrite structure. It is composed of approximately 93% iron, 5.9% nickel, 0.42% cobalt, 0.46% phosphorus, and 0.28% sulfur, with trace amounts of germanium and iridium. Minerals present include taenite, plessite, troilite, chromite, kamacite, and schreibersite.

 

Specimens

Specimens of the Sikhote-Alin Meteorite are basically of two types:

  1. individual, thumbprinted or regmaglypted specimens, showing fusion crust and signs of atmospheric ablation
  2. shrapnel or fragmented specimens, sharp-edged pieces of torn metal showing evidence of violent fragmentation

The first type probably broke off the main object early in the descent. These pieces are characterized by regmaglypts (cavities resembling thumb prints) in the surface of each specimen. The second type are fragments which were either torn apart during the atmospheric explosions or blasted apart upon impact on the frozen ground. Most were probably the result of the explosion at 5.6 km (3.5 mi) altitude.

A large specimen is on display in Moscow. Many other specimens are held by Russian Academy of Science and many smaller specimens exist in the collectors' market.

 

domingo, fevereiro 11, 2024

Eisenstein morreu há 76 anos...


Serguei Mikhailovitch Eisenstein (Riga, 23 de janeiro de 1898 - Moscovo, 11 de fevereiro de 1948) foi um dos mais importantes cineastas soviéticos. Foi também um filmólogo, relacionado com o movimento de arte de vanguarda russa, participando ativamente na Revolução de 1917 e da consolidação do cinema como meio de expressão artística.
Notabilizou-se pelos seus filmes mudos A Greve, O Couraçado Potemkin e Outubro, assim como os épicos históricos Alexandre Nevski e Ivan, o Terrível. A sua obra influenciou fortemente os primeiros cineastas devido ao seu uso inovador de textos sobre a montagem.
 
Eisenstein nasceu em Riga, na Letónia, mas sua família mudava-se com frequência nos seus primeiros anos, como Eisenstein continuou a fazer ao longo de sua vida. O pai de Eisenstein, Mikhail Ossipovitch Eisenstein, era descendente de judeus-alemães e suecos e a sua mãe, Iulia Ivanovna Konetskaya, era de uma família russa ortodoxa. Ele nasceu em uma família de classe média. O seu pai era um arquiteto e a sua mãe era filha de um próspero comerciante. Iulia deixou Riga no ano da Revolução de 1905, levando Serguei com ela para São Petersburgo. Serguei voltaria às vezes para ver o seu pai, que mais tarde, se mudou para se juntar a eles, por volta de 1910. O divórcio seguiu-se a esse tempo de separação, com Iulia abandonando a família para morar na França.
No Instituto de Engenharia Civil de Petrogrado, Serguei estudou arquitetura e engenharia, a profissão do seu pai. No entanto, na escola, juntamente com os seus colegas, Serguei juntar-se-ia aos militares para servir a revolução, o que o separaria de seu pai. Em 1918 Serguei juntou-se ao Exército Vermelho, enquanto seu pai Mikhail apoiava o lado oposto. Isso levou o seu pai para a Alemanha após a derrota, enquanto Serguei foi para Petrogrado, Vologda e Dvinsk. Em 1920, Serguei foi transferido para uma posição de comando em Minsk, após ter êxito na propaganda da Revolução de Outubro. Nesta época, Serguei estudou japonês, aprendeu cerca de trezentos caracteres kanji que ele citava como uma influência no seu desenvolvimento pictórico, e ganhou uma exposição no teatro Kabuki; esses estudos levaram-no a viajar para o Japão.Em 1920 Eisenstein mudou-se para Moscovo e começou a sua carreira no teatro trabalhando em Proletkult. As suas produções receberam os títulos Máscaras de Gás, Ouça Moscovo e Estupidez Suficiente em cada Homem Sábio, Eisenstein trabalharia então como designer de Vsevolod Meyerhold. Em 1923, Eisenstein começou a sua carreira como um teórico, escrevendo A Montagem das Atrações para o jornal LEF. O primeiro filme de Eisenstein, O Diário de Glumov, também foi feito no mesmo ano com Dziga Vertov contratado inicialmente como um "instrutor". O filme fez parte da sua produção teatral O Homem Sábio.
Eisenstein teve constantes atritos com o regime de Estaline, devido à sua visão do comunismo e à sua defesa da liberdade de expressão artística e da independência dos artistas em relação aos governantes, posição que era perseguida num país no qual a indústria cinematográfica sofria com a falta de recursos para se nacionalizar.
Criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialética.
Com 26 anos fez “A Greve”, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo “O Couraçado Potemkin”, obra que é considerada, juntamente com "Citizen Kane (O Mundo a Seus Pés)", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.
   
 
Graças ao sucesso extraordinário do “O Couraçado Potemkin”, foi chamado pela MGM e embarcou para os Estados Unidos. Só que os seus projetos não avançavam, apesar de ter amigos poderosos, como Chaplin e Flaherty. Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e fazer “Que Viva México”, uma obra ambiciosa sobre a história de um país e a sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros.
Desolado, o cineasta voltou para o seu país, mas a imprensa não lhe perdoava o seu afastamento e o seu curto idílio capitalista. Quando a sua carreira parecia perdida, entretanto, recebeu a ordem de filmar “Alexandre Nevski”, como uma peça de propaganda anti-germânica. E, assim como já fizera no “Potemkin”, Eisenstein construiu uma obra-prima, que está acima da ideologia.
Com o prestígio recuperado, Eisenstein começou “Ivã, o Terrível”, que teria três partes. Mas então começou a II Guerra, e tudo se complicou. O cineasta morreu, de ataque cardíaco, em 1948. Encontra-se sepultado no Cemitério Novodevichy, Moscovo, na Rússia.
  

quarta-feira, fevereiro 07, 2024

O assassino a quem Estaline ordenou a morte de Trotsky nasceu há cento e dez anos

  
Jaime Ramón Mercader del Río Hernández, também conhecido como Ramón Mercader, Jacques Monard ou ainda Frank Jacson (Barcelona, 7 de fevereiro de 1914 - Havana, 18 de outubro de 1978) foi um agente no estrangeiro do Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD - futura KGB) da URSS, na época em que Estaline era o secretário geral do Partido Comunista da União Soviética. O seu ato mais conhecido foi infiltrar-se na casa de Leon Trotski, no seu exílio no México e cometer o atentado que levaria à morte do principal rival de Estaline.
Como um suposto rico comerciante, ele tornara-se amante da trotskista de origem americana Sylvia Agelot, e infiltrara-se na casa onde Trotski morava, cometendo o atentado mortal no final da tarde de 20 de agosto de 1940. Em 1961 foi condecorado com a medalha de Herói da União Soviética, uma das mais altas comendas do país.
   
(...)
  
Mesmo sendo frequentemente torturado pela polícia mexicana, Mercader jamais revelou a sua identidade ou as suas ligações com a NKVD. Alfonso Quiroz, um psicólogo mexicano que se interessou pelo caso, concluiu, após diversas análises, que Mercader era uma pessoa superdotada, pois além de dominar vários idiomas fluentemente, tinha uma capacidade de raciocínio acima do normal. Após poucos anos de prisão, Mercader solicitou liberdade condicional, que foi negada pelo Dr. Jesús Siordia e pelo criminologista Q. Cuarón. Após cumprir a sua pena, foi finalmente libertado do presídio Lecumberri, na Cidade do México, em maio de 1960, e mudou-se para Havana, onde Fidel Castro o acolheu.
Em 1961, Mercader mudou-se para a URSS e foi condecorado com a medalha de Herói da União Soviética, uma das mais altas comendas do país. Mercader dividiu-se entre Cuba e a União Soviética no resto da sua vida, reverenciado pela KGB (sucessora da NKVD). Veio a falecer em Havana, em 1978, e encontra-se sepultado, sob o nome de Ramon Ivanovitch López, no cemitério de Kuntsevo, em Moscovo, possuindo um lugar de honra no museu da KGB na capital russa.
   

sábado, fevereiro 03, 2024

O principal carrasco de Estaline suicidou-se há 79 anos


Vasili Mikhailovich Blokhin (Gavrilovskoye, 7 de janeiro de 1895 - Moscovo, 3 de fevereiro de 1955) foi um major-general soviético que serviu como o carrasco chefe do NKVD estalinista, sob as administrações de Genrikh Yagoda, Nikolai Iejov e Lavrenty Beria. Escolhidos a dedo para o cargo por Estaline em 1926, Blokhin levou uma companhia de executores que realizaram a maioria das execuções levadas a cabo durante o regime de Estaline, a maioria durante a Grande Purga. Reconhecido por parte do governo soviético que o número de execuções oficiais da NKVD foi de 828.000 durante o período no poder de Estaline, Blokhin terá executado pessoalmente dezenas de milhares de prisioneiros, por sua própria mão, ao longo de um período de 26 anos, incluindo 7.000 prisioneiros condenados polacos, numa execução em massa prolongada, tornando-se ostensivamente o carrasco oficial mais prolífico na história do mundo. Ele recebeu tanto a ordem do Distintivo de Honra (1937) como a Ordem da Bandeira Vermelha (1941). 

 

Blokhin foi aposentado após a morte de Estaline, embora o seu serviço irrepreensível foi publicamente reconhecida por Lavrenty Beria, no momento da sua partida. Depois da queda do poder de Beria (em junho de 1953), Blokhin foi finalmente destituído do seus posto, nas campanhas de desestalinização de Nikita Khrushchev. Ele teria se tornado alcoólico, enlouqueceu, e morreu em fevereiro de 1955, com a causa oficial da morte colocada como "suicídio". Entretanto, dado o seu papel-chave no terror estalinista, a hipótese de queima de arquivo não é de se excluir.

in Wikipédia

A sonda Luna 9 alunou há 58 anos

Réplica da Luna 9 em exibição no Museu do Ar e do Espaço de Paris, Le Bourget
     
A Luna 9, também conhecida como Luna E-6M No.1, foi a designação de uma sonda soviética do Programa Luna usando a plataforma E-6M, com o objetivo de efetuar uma alunagem suave na Lua.
Depois de um lançamento bem sucedido, em 31 de janeiro de 1966, ela efetuou as correções de voo necessárias, acionou os retrofoguetes conforme o planeado e tornou-se a primeira nave espacial a efetuar uma alunagem suave na superfície da Lua, a 3 de fevereiro de 1966.
   
A sonda
A nave espacial era baseada na plataforma E-6M, uma versão melhorada e reforçada (desenvolvida pelo escritório Lavochkin), em relação à anterior. Pesando 1.583 kg no total, o módulo de aterragem possuía uma esfera de aço no topo, pesando 99 kg. Essa esfera era recoberta por bolsas infláveis pouco antes do pouso e libertada a cerca de cinco metros de altura, momentos antes de o módulo de aterragem/alunagem tocar o solo. Essa esfera, hermeticamente fechada, possuía no seu interior equipamento de rádio comunicação, dispositivos temporizadores, sistema de controle de temperatura, instrumentos científicos e um sistema de transmissão de imagens de televisão. 
 
Lançamento e percurso
A Luna 9 foi lançada por um foguete Molniya-M (8K78M) as 11:45:00 UTC de 31 de janeiro de 1966, a partir da plataforma 31/6 do Cosmódromo de Baikonur. Depois de um lançamento bem sucedido e de ter atingido uma órbita de espera de 168 por 219 km e 51,8° de inclinação, a parte superior do foguete, um Bloco-L, reiniciou e ela foi colocada em trajetória de injeção translunar (uma órbita elíptica alta com 500.000 km de apogeu).
Depois disso, a sonda iniciou um processo de rotação sobre o próprio eixo a 0.67 rpm, usando jatos de azoto. Em 1 de fevereiro, às 19.29 horas UTC, uma correção de curso foi efetuada, envolvendo o acionamento de um dos motores durante 48 segundos.
     
Descida e alunagem
A uma distância de 8.300 km da Lua, a sonda foi orientada para acionar os seus retrofoguetes e a sua rotação parou, para preparação para o pouso. A 25 km da superfície lunar, o radioaltímetro comandou o abandono dos módulos laterais, o enchimento das bolsas de ar, e um novo acionamento dos retrofoguetes. A 250 m da superfície, o retrofoguete principal foi desligado e os quatro retrofoguetes auxiliares foram usados para diminuir a velocidade. A aproximadamente 5 m acima da superfície lunar, um sensor de contacto tocou o solo e comandou o desligar dos motores e a ejeção da cápsula de pouso. A nave "pousou" a 22 km/h de velocidade.
A esfera de pouso, bateu e rolou algumas vezes antes de parar a oeste das crateras Reiner e Marius, num lugar com as coordenadas aproximadas de 7.08 N, 64.37 W, da região conhecida como Oceanus Procellarum (Oceano das Tormentas, em português), às 18.45.30 UTC do dia 3 de fevereiro de 1966, 3 dias, 8 horas, 3 minutos e 15 segundos após o seu lançamento.
A Luna 9, foi o primeiro objeto feito pelo homem a pousar num outro corpo celeste. Foi a décima segunda tentativa da União Soviética em efetuar um pouso suave na Lua; também foi a primeira sonda espacial bem sucedida produzida pelo escritório de projetos Lavochkin, que passou a ser o responsável por praticamente todas as sondas lunares e interplanetárias soviéticas (depois russas). Todas as operações antes da alunagem, correram sem falhas. Aproximadamente cinco minutos depois do alunagem, a Luna 9 começou a transmitir dados para a Terra, mas somente depois de 7 horas, quando o Sol atingiu 7° de elevação, a sonda começou a enviar a primeira de nove imagens (incluindo cinco panorâmicas) da superfície da Lua. Essas foram as primeiras imagens transmitidas da superfície de um outro corpo celeste.
      
   
Operação na superfície
 
Aproximadamente 250 segundos depois do pouso, as quatro "pétalas" que cobriam a parte superior da sonda esférica abriram e estabilizaram-na na superfície lunar. As antenas assumiram sua posições operacionais e o sistema de espelhos rotativos da câmara de televisão iniciaram o varrimento do ambiente lunar. Sete sessões de rádio, totalizando 8 horas e 5 minutos, foram transmitidas, assim como três séries de imagens de TV. Depois de editadas, as fotografias forneceram uma visão panorâmica da superfície lunar nas vizinhanças do local de pouso, incluindo rochas e o horizonte, a cerca de 1,4 km.
As imagens da Luna 9, não foram mostradas imediatamente pelas autoridades soviéticas. No meio tempo, os cientistas do observatório Jodrell Bank,  na Inglaterra, que estava monitorizando a nave espacial, notaram que o formato dos sinais utilizados por ela era o mesmo usado internacionalmente pelos jornais da época para transmitir fotografias. O Daily Express apressou-se a obter um recetor para o observatório, e as fotografias da Luna 9 foram descodificadas e publicadas em todo o Mundo. A BBC News especulou que os projetistas da nave deliberadamente equiparam a sonda com equipamentos de acordo com o padrão comercial da época, para permitir a receção das imagens pelo observatório Jodrell Bank.
O detetor de radiação, o único instrumento a bordo, mediu uma dosagem de 30 milirads (0,3 miligrays), por dia. A missão também constatou que um foguetão não iria afundar no solo lunar; que o solo podia suportar um módulo de aterragem pesado. A última transmissão da sonda foi recebida no dia 6 de fevereiro de 1966, às 22.55 horas UTC, quando se perdeu contacto com a superfície lunar.