quarta-feira, dezembro 17, 2025
A Primavera Árabe começou há quinze anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:15
0
bocas
Marcadores: autoimolação, Mohamed Bouazizi, Primavera Árabe, suicídio, Tunísia
segunda-feira, dezembro 08, 2025
Florbela Espanca nasceu há 131 e morreu há 95 anos...

Não tenhas medo, não! Tranquilamente,Como adormece a noite pelo outono,Fecha os olhos, simples, docemente,Como à tarde uma pomba que tem sono…
Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...
Florbela Espanca
terça-feira, novembro 25, 2025
Yukio Mishima suicidou-se há cinquenta e cinco anos...
Yukio Mishima (Tóquio, 14 de janeiro de 1925 - Tóquio, 25 de novembro de 1970) é o nome artístico utilizado por Kimitake Hiraoka, novelista e dramaturgo japonês mundialmente conhecido por romances como O Templo do Pavilhão Dourado e Cores Proibidas. Escreveu mais de 40 novelas, poemas, ensaios e peças modernas de teatro Kabuki e Nô.
Mishima tinha 24 anos quando publicou Confissões de Uma Máscara, uma história com sabores autobiográficos de um jovem talento homossexual que precisa se esconder atrás de uma máscara para evitar a sociedade. O romance acabou alcançando um tremendo sucesso literário, o que levou Mishima a tornar-se uma celebridade, seguindo-se-lhe outras publicações e traduções, de forma a ficar internacionalmente conhecido. Yukio Mishima concorreu a três Prémios Nobel de literatura, sendo o último deles concedido ao seu amigo, Yasunari Kawabata, que o introduziu nos círculos literários de Tóquio nos anos 40.
Depois da publicação de Confissões de Uma Máscara, Mishima adquire uma postura mais realista e ativa, tentando deixar para trás o jovem frágil e obsessivo. Começa a praticar artes marciais e alista-se no Exército de Auto-Defesa japonês, onde, um ano depois, forma o Tatenokai (Sociedade da Armadura), uma entidade de extrema direita, composta de jovens estudantes de artes marciais que estudavam o Bushido sob a disciplina e tutela de Mishima. Casou-se em 1958 com Yoko Sugiyama, tendo com ela um filho e uma filha. Nos últimos dez anos de sua vida, atuou como ator em filmes e co-dirigiu uma adaptação duma das suas histórias.
Tentativa de golpe de estado e seppuku
Em 25 de novembro de 1970, Yukio Mishima, acompanhado de 4 membros do Tatenokai tentaram forçar a rendição do comandante do quartel general das Forças de Auto-Defesa japonesas em Tóquio. Ele realizou um discurso patriótico, na tentativa de persuadir os soldados do quartel a restituírem ao Imperador todos os seus poderes. Notando a indiferença dos soldados, Yukio Mishima cometeu seppuku, sendo assistido por Hiroyasu Koga, uma vez que Masakatsu Morita, o seu amante, falhou no momento final.
“A vida humana é finita mas eu gostaria de viver para sempre”, escreveu Mishima na manhã antes da sua morte.
Acredita-se que Mishima tenha preparado o seu suicídio durante um ano. Segundo John Nathan, seu biógrafo, tradutor e amigo, ele teria criado este cenário apenas como pretexto para o suicídio ritual com o qual sempre sonhou. Quando morreu, Mishima tinha acabado de escrever O Mar da Fertilidade.
Postado por
Fernando Martins
às
00:55
0
bocas
Marcadores: homossexuais, Imperador, Japão, literatura, seppuku, suicídio, teatro, Yukio Mishima
sábado, novembro 22, 2025
Saudades de Michael Hutchence...
Postado por
Pedro Luna
às
02:08
0
bocas
Marcadores: INXS, Michael Hutchence, música, Need You Tonight, new wave, pop rock, Rock, suicídio
Michael Hutchence, o vocalista dos INXS, morreu há vinte e oito anos...
Michael falou com a ex-namorada Michelle Bennett, com quem combinou um almoço no dia seguinte. Michelle passou logo de manhã, no dia 22, no quarto de Michael, mas presumiu que este estava dormindo, já que não obteve resposta deste. Foi uma empregada que abriu a porta e encontrou Michael sem vida, logo após. Ele havia morrido enforcado com o próprio cinto, preso à maçaneta da porta. Apesar de suspeita de asfixia autoerótica, a versão oficial diz que se enforcou com um cinto. Segundo Rhett, irmão de Michael, o quarto estava todo revirado. O pai de Michael, Kelland Hutchence, ficou sabendo da morte do filho por um telefonema de uma rede de TV. Paula logo viajou para a Austrália com a filha Tiger.
A cerimónia ocorreu na igreja de Santo André, em Sydney, com transmissão nacional. Milhares de pessoas acompanharam do lado de fora da catedral. O caixão de Michael foi coberto por flores (Iris) e uma única tigerlily (lírio), representando a filha. Ele foi cremado e parte das cinzas foram espalhadas em Sydney.
Postado por
Fernando Martins
às
00:28
0
bocas
Marcadores: INXS, Michael Hutchence, música, Never Tear Us Apart, new wave, pop rock, Rock, suicídio
segunda-feira, novembro 10, 2025
Torquato Neto morreu há cinquenta e três anos...
era um pacato cidadão de roupa clara
seu terno, sua gravata lhe caíam bem
seu nome, que eu me lembre, era ezequias
casado, vacinado e sem ninguém.
brasileiro e eleitor, seu ezequias
reservista de terceira e com família
três filhos, prestações e alguns livros
(enciclopédias e biografias).
era um pacato cidadão de roupa clara
era um homem de bem que eu conhecia
cumpria seus deveres, trabalhava
chegava cedo em casa de madrugava
lutando pelo pão de cada dia.
era um pacato cidadão de roupa clara
e todo dia passava e me dizia
que o mundo estava andando muito mal
eu perguntava por que, eu perguntava
seu ezequias nunca me explicava
apenas repetia
lá dentro do seu puro tropical
este mundo vai seguindo muito mal
este mundo, meu filho, vai seguindo muito mal.
ah, seu ezequias!
que pena, que desastre, que tragédia
que coisa aconteceu naquele dia
seu ezequias, ah, seu ezequias
saiu do emprego e foi tomar cachaça
e apenas de manhã voltou pra casa
batendo na mulher, xingando os filhos
seu ezequias, ah seu ezequias
era um pacato cidadão de roupa clara
era um homem de bem que eu conhecia
e agora é a vergonha da família.
Torquato Neto
Postado por
Fernando Martins
às
00:53
0
bocas
Marcadores: música, poesia, suicídio, Torquato Neto, Tropicalismo
domingo, novembro 02, 2025
Keith Emerson, o teclista dos Emerson, Lake & Palmer, nasceu há 81 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
08:10
0
bocas
Marcadores: ELP, Emerson Lake and Palmer, Fanfare For the Common Man, Keith Emerson, música, Rock Progressivo, suicídio, teclista
quarta-feira, outubro 29, 2025
A terça-feira negra do capitalismo norte-americano foi há 96 anos
29 de outubro de 1929: uma multidão à porta da Bolsa de Valores de Nova Iorque
Postado por
Fernando Martins
às
09:06
0
bocas
Marcadores: Grande Depressão, Nova Iorque, suicídio, Terça-feira negra, USA, Wall Street
A poetisa Ana Cristina Cesar morreu há 42 anos...
Abri curiosa
o céu.
Assim, afastando de leve as cortinas.
Eu queria entrar,
coração ante coração,
inteiriça
ou pelo menos mover-me um pouco,
com aquela parcimônia que caracterizava
as agitações me chamando
Eu queria até mesmo
saber ver,
e num movimento redondo
como as ondas
que me circundavam, invisíveis,
abraçar com as retinas
cada pedacinho de matéria viva.
Eu queria
(só)
perceber o invislumbrável
no levíssimo que sobrevoava.
Eu queria
apanhar uma braçada
do infinito em luz que a mim se misturava.
Eu queria
captar o impercebido
nos momentos mínimos do espaço
nu e cheio
Eu queria
ao menos manter descerradas as cortinas
na impossibilidade de tangê-las
Eu não sabia
que virar pelo avesso
era uma experiência mortal.
Ana Cristina Cesar
Postado por
Fernando Martins
às
00:42
0
bocas
Marcadores: Ana C., Ana Cristina Cesar, Brasil, poesia, Poesia Marginal, suicídio
quinta-feira, outubro 23, 2025
O poeta Antonio Cicero morreu há um ano...

Antônio Cícero Correia Lima (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1945 – Zurique, 23 de outubro de 2024) foi um compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor brasileiro. Em 10 de agosto de 2017 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, tomando posse em 16 de março de 2018.
Biografia
É filho dos piauienses Amélia Correia Lima e Ewaldo Correia Lima. Seu pai foi um dos intelectuais fundadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), tendo sido também diretor do BNDE durante o governo JK. Em 1960, Ewaldo assume um cargo executivo no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que então acabava de ser criado, e toda a família se transfere para Washington, D.C.. Lá, Antonio Cicero fará os seus estudos secundários.
De volta ao Brasil, Cicero começa a estuda Filosofia na PUC do Rio de Janeiro e, depois, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Em 1969, devido a problemas políticos, vai para Londres, onde conclui o curso de Filosofia na Universidade de Londres. Em 1976, Cicero vai fazer pós-graduação na Georgetown University, nos Estados Unidos, onde estuda grego e latim, o que lhe permitirá ler no original clássicos como Homero, Píndaro, Horácio e Ovídio. Posteriormente lecionará Filosofia e Lógica, em universidades do Rio de Janeiro.
Antonio Cicero escreve poesia desde jovem, mas seus poemas só apareceram para o grande público quando sua irmã, a cantora e compositora Marina Lima, passou a musicá-los. Antes, porém, já eram suas canções como Fullgás, Para Começar e À Francesa - as duas primeiras em parceria com sua irmã, e a última com Cláudio Zoli. A partir de então, Cicero tornar-se-ia um dos mais próximos parceiros de Marina. Entre outras parcerias, destacam-se aquelas com Waly Salomão, João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos (co-autor, junto com Antonio Cicero e Sérgio Souza, do hit O Último Romântico, de 1984).
De 1991 a 1992, Antonio Cicero coordenou, em colaboração com o poeta e professor de Filosofia da Universidade Federal Fluminense Alex Varella os cursos de Estética e Teoria da Arte do Galpão do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ).
Em 1993, concebeu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco Nacional, o projeto "Banco Nacional de Ideias", através do qual, nesse ano e nos dois anos subsequentes, promoveu ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, como João Cabral de Melo Neto, Haroldo de Campos, John Ashbery, Derek Walcott, Caetano Veloso, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Ernest Gellner, Bento Prado Júnior e Darcy Ribeiro, entre outros.
Em 1994, organizou, em parceria com Waly Salomão, o livro O relativismo enquanto visão do mundo, que reúne as conferências realizadas pelo projeto Banco Nacional de Ideias nesse ano.
Em 1995, publicou O Mundo Desde o Fim, uma reflexão filosófica sobre a modernidade.
Em 1996, lançou o livro de poemas Guardar, vencedor do Prémio Nestlé de Literatura Brasileira na categoria estreante. Lançou também um CD em 1996, Antonio Cicero por Antonio Cicero, onde recita seus poemas.
Em 2001, seu poema "Guardar" foi incluído na antologia Os cem melhores poemas brasileiros do século, organizada por Ítalo Moriconi.
Em 2002, lançou o livro de poemas A cidade e os livros. No mesmo ano participou, junto com outros artistas como Gabriel o Pensador, Chico Buarque, Ronaldo Bastos e Fernando Brant, entre outros, de uma coletânea de quatro CDs em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Ainda em 2002, participou, junto a personalidades como José Saramago, Hermeto Pascoal e Wim Wenders, do documentário Janela da alma, de João Jardim e Walter Carvalho.
Em 2005, lançou o livro de ensaios filosóficos Finalidades sem fim, que foi finalista do Prémio Jabuti na categoria "Teoria / Crítica literária".
Em 2010, lançou, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, o Livro de sombras: pintura, cinema e poesia.
Em 2012, lançou o livro de poemas Porventura, o livro Poesia e filosofia (ensaio filosófico) e, como organizador, o livro de ensaios estéticos Forma e sentido contemporâneo: poesia. No mesmo ano, lançou o livro de entrevistas, organizado por Arthur Nogueira, Antonio Cicero por Antonio Cicero.
Antonio Cicero foi, de abril de 2007 a novembro de 2010, colunista do jornal Folha de S. Paulo.
Em junho de 2007, Antonio Cicero apresentou em Lisboa a palestra "Da atualidade do conceito de civilização", no encontro intitulado O Estado do Mundo, organizado pela Fundação Gulbenkian, publicada, em Portugal, no livro A urgência da teoria (Lisboa: Gulbenkian, 2007) e, na Inglaterra, traduzido por "On the concept of civilization", no livro The urgency of theory (Manchester: Carcanet, 2007). Em novembro de 2008, pronunciou a palestra de encerramento do Congresso Internacional Fernando Pessoa, em Lisboa, publicada, com o título de "Fernando Pessoa: poesia e razão", em Pessoa. Revista de ideias, em dezembro de 2010.
O escritor Antonio Cicero foi eleito no dia 10 de agosto 2017 para a cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo Eduardo Portella, morto no dia 3 de maio deste ano. "Antonio Cicero é um dos escritores mais representativos da literatura brasileira contemporânea", declarou o presidente da ABL, acadêmico Domício Proença Filho. Cicero foi eleito por 30 votos. Concorreram na eleição 22 acadêmicos - 12 por cartas. Antes de Cicero, os ocupantes anteriores da cadeira 27 foram: Joaquim Nabuco – fundador da cadeira e que escolheu como patrono Maciel Monteiro, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro e Otávio de Faria.
in Wikipédia
O FIM DA VIDA
Conhece da humana lida
a sorte:
o único fim da vida
é a morte
e não há, depois da morte
mais nada.
Eis o que torna esta vida
sagrada:
ela é tudo e o resto, nada.
Antonio Cicero
terça-feira, outubro 14, 2025
Soares dos Reis nasceu há 178 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
17:08
0
bocas
Marcadores: escultura, Soares dos Reis, suicídio
Rommel morreu há 81 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
08:10
0
bocas
Marcadores: Afrika Korps, II Grande Guerra, II Guerra Mundial, nazis, resistência, Rommel, suicídio
segunda-feira, outubro 13, 2025
Morreram dois grandes poetas da língua portuguesa há 57 anos...
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira
Cristovam Pavia, ou Cristóvam Pavia, pseudónimo de Francisco António Lahmeyer Flores Bugalho (Lisboa, 7 de outubro de 1933 - Lisboa, 13 de outubro de 1968) foi um poeta português, filho do também poeta Francisco Bugalho (da geração da revista Presença), oriundo de Castelo de Vide.
Além do pseudónimo Cristovam Pavia, António Flores Bugalho assinou
composições com os pseudónimos Sisto Esfudo, Marcos Trigo e Dr. Geraldo
Menezes da Cunha Ferreira.
Para José Bento, "A poesia de Cristovam Pavia é a revelação de si
próprio, de uma personalidade em conflito com o mundo em que vive e que
procura uma fuga pela recuperação da infância morta, pela aceitação do
seu conhecer-se diferente e despojado do que lhe é mais caro (a
infância, o amor, o espaço e o tempo em que ambos se situavam), a
transformação do seu próprio ser pelo sofrimento, num movimento de
ascese e de autodestruição, quando o poeta atinge a consciência de si
próprio e da sua voz."
A tarde declina com uma luz ténue.
Estou grave e calmo.
E não preciso de ninguém
Nem a luz da tarde me comove: entendo-a.
Até as imagens me são inúteis porque contemplo tudo.
Os ventos rodam, rodam, gemem e cantam
E voltam. São os mesmos.
Como os conheço desde a infância!
E a terra húmida das tapadas da quinta...
O estrume da égua morta quando eu tinha seis anos
Gira transparente nesta brisa fria...
(Na noite gotas de orvalho sumiam-se sob as folhas das ervas)
Oh, não há solidão, nas neblinas de inverno
Pela erma planície...
E foi engano julgar-te morto e tão só nas tapadas em silêncio...
Agora sei que vives mais
Porque começo a sentir a tua presença, grande como o silêncio...
Já me não vem a vaga tristeza do teu chamamento longínquo
Já me confundo contigo.
Cristovam Pavia
Postado por
Fernando Martins
às
00:57
0
bocas
Marcadores: Cristovam Pavia, Manuel Bandeira, morte, poesia, suicídio
quarta-feira, outubro 01, 2025
Donny Hathaway nasceu há oitenta anos...
Donny Hathaway (Chicago, 1 de outubro de 1945 - Nova Iorque, 13 de janeiro de 1979) foi um cantor e compositor norte-americano de soul, gospel e jazz. Tem como maiores sucessos as músicas "A Song for You", "Jealous Guy", "For All We Know" e "The Closer I Get to You".
Hathaway teve seu primeiro contrato profissional com a gravadora Atlantic Records em 1969, gravando seu primeiro single "The Ghetto, Part I". No início dos anos 70, era considerado uma nova sensação na soul music. Na sua curta carreira lançou quatro álbuns de estúdio, sendo o primeiro "Everything is everything" em 1970.
No ano de 1973 foi-lhe diagnosticada esquizofrenia paranoica, sofrendo de fases de depressão desde os anos 60. Donny suicidou-se em 1979, perto do seu quarto de hotel, no Essex House Hotel, em Nova York.
Gravou com Roberta Flack a música "The Closer I Get to You e as ótimas "You Are My Heaven" e "Back Together Again".
Considerado um dos grandes nomes da soul music americana, foi homenageado com álbuns especiais após o seu falecimento, sendo influência artística e musical para as novas gerações.
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
00:08
0
bocas
Marcadores: A Song For You, blues, Donny Hathaway, gospel, jazz, música, soul, suicídio
sábado, setembro 20, 2025
Pedro Alpiarça morreu há dezoito anos...
quinta-feira, setembro 11, 2025
Hoje é dia de celebrar Antero...
De pé (Saudação a Antero) - José Mário Branco
Que a morte, quando escolhida
É uma espécie de antever
A vida dentro da vida
É parecida
Só parecida
Com a vida por viver
À vista do oceano
Pode perder-se o olhar
Na praia do desengano
É humano
Sobre-humano
É ter um canto p'ra salvar
Saúda o mestre das oferendas
Canta, canta, coração
Que o poeta só te dá o que lhe dão
Há sempre luz ao fim do escuro
Numa ilha só morre o que lá está
O que conta no que foi, é o que será
Render-se ao desespero
E ver só morte na mão
Direita de Antero
O que eu quero
Porque quero
É negar a negação
Que veste a nossa mágoa
E esquecemos que é por nós
Que a fonte deita água
Mas eu trago-a
Sim eu trago-a
É a razão da minha voz
De pé meu canto não te rendas
Saúda o mestre das oferendas
Canta, canta, coração
Que o poeta só te dá o que lhe dão
Há sempre luz ao fim do escuro
Numa ilha só morre o que lá está
O que conta no que foi, é o que será
À vista do oceano
Pode perder-se o olhar
Na praia do desengano
É humano
Sobre-humano
É ter um canto p'ra salvar
Saúda o mestre das oferendas
Canta, canta, coração
Que o poeta só te dá o que lhe dão
Há sempre luz ao fim do escuro
Numa ilha só morre o que lá está
O que conta no que foi, é o que será
Postado por
Pedro Luna
às
13:40
0
bocas
Marcadores: Açores, Antero de Quental, De pé (saudação a Antero), José Mário Branco, música, poesia, São Miguel, suicídio
Antero suicidou-se há cento e trinta e quatro anos...
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!
Antero de Quental
terça-feira, setembro 09, 2025
Cesare Pavese nasceu há 117 anos...

Cesare Pavese (Santo Stefano Belbo, 9 de setembro de 1908 - Turim, 26 de agosto de 1950) foi um escritor e poeta italiano.
Combatente antifascista, o que lhe rendeu três anos de prisão no sul da Itália, nessa época, iniciou o seu diário "O Ofício de Viver", título original "Il Mestiere di Vivere", uma autocrítica revelada em reflexões sobre a sua arte, seus processos criativos e sobre o sentido da existência.
Biografia
Cesare Pavese nasceu em Santo Stefano Belbo, nas Langhe (província de Cuneo), tendo-se mudado ainda em criança para Turim, donde se ausentou sempre apenas durante pouco tempo: passou um ano na prisão em Barcaleone (Reggio Calabria), comprometido por amigos políticos; passou algum tempo em Roma em trabalho para a editora Einaudi, da qual foi um dos mais eficazes conselheiros editoriais; suicidou-se em Turim em 1950.

questa morte che ci accompagna
dal mattino alla sera, insonne,
sorda, come un vecchio rimorso
o un vizio assurdo. I tuoi occhi
saranno una vana parola,
un grido taciuto, un silenzio.
Cosí li vedi ogni mattina
quando su te sola ti pieghi
nello specchio. O cara speranza,
quel giorno sapremo anche noi
che sei la vita e sei il nulla.
Per tutti la morte ha uno sguardo.
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi.
Sarà come smettere un vizio,
come vedere nello specchio
riemergere un viso morto,
come ascoltare un labbro chiuso.
Scenderemo nel gorgo muti.
Virá a morte e terá os teus olhos -
esta morte que nos acompanha
de manhã até à noite, insone,
surda, como um remorso antigo
ou um vício absurdo. Os teus olhos
serão uma palavra inútil,
um grito reprimido, um silêncio.
Assim os vês todas as manhãs
quando sozinha te inclinas
diante do espelho. Ó cara esperança,
nesse dia saberemos nós também
que és a vida e és o nada.
Para todos a morte tem um olhar.
Virá a morte e terá os teus olhos.
Será como abandonar um vício,
como ver no espelho
ressurgir um rosto morto,
como escutar lábios fechados.
Mudos, desceremos ao abismo.
Cesare Pavese
domingo, agosto 31, 2025
O músico Bob Welch nasceu há oitenta anos...
Robert Lawrence "Bob" Welch, Jr. (Hollywood, 31 de agosto de 1945 – Antioch, Tennessee, 7 de junho de 2012) foi um cantor e compositor norte-americano de rock.
Bob tornou-se notável como vocalista e guitarrista dos Fleetwood Mac, de 1971 a 1974, na fase de transição do grupo entre a sua formação original de blues e a formação clássica, de orientação pop rock. Ao sair da banda, por problemas pessoais, foi substituído por Lindsey Buckingham e, com a colaboração de integrantes dos Mac como Buckingham e Christine McVie, teve uma carreira a solo bem-sucedida no fim dos anos 70, mas que declinou na década de 80. Os seus singles incluem "Hot Love, Cold World," "Ebony Eyes," "Precious Love" e a famosa faixa "Sentimental Lady."
Welch morreu em 2012, vítima de suicídio.
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
00:08
0
bocas
Marcadores: Bob Welch, Fleetwood Mac, guitarra, Rock, Sentimental Lady, suicídio







.jpg)


