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quinta-feira, maio 30, 2024

Rubens morreu há 384 anos


Auto-retrato de 1639, Kunsthistorisches Museum
 
 
Peter Paul Rubens (Siegen, 28 de junho de 1577 - Antuérpia, 30 de maio de 1640) foi um pintor flamengo inserido no contexto do Barroco.
Além de manter um grande estúdio em Antuérpia que produziu muitas pinturas populares entre a nobreza e os colecionadores por toda a Europa, Rubens foi humanista de educação clássica, um colecionador e um diplomata, e foi elevado ao título de cavaleiro por Filipe IV da Espanha (III de Portugal) e Carlos I de Inglaterra.
 
 

 O Duque de Bragança, futuro D. João IV (circa 1628)

 
A Assunção da Virgem Maria
  

terça-feira, maio 28, 2024

Carl Larsson nasceu há cento e setenta e um anos

  
Carl Larsson (Gamla Stan, 28 de maio de 1853Sundborn, Dalecárlia, 22 de janeiro de 1919) foi um pintor sueco. É conhecido pelas suas aguarelas, retratando a vida familiar e os interiores da sua casa na pequena aldeia de Sundborn, perto de Falun, na província histórica da Dalecárlia. Foi um dos mais importantes pintores do realismo na Suécia do século XIX.
  
Biografia

Carl Larsson nasceu em Gamla Stan, uma antiga região de Estocolmo, em 28 de maio de 1853. Sua família era muito pobre e Carl cresceu em tristes circunstâncias. O único brilho de esperança era seu forte talento artístico, que apareceu mais tarde em sua vida. Quando ele tinha treze anos seu professor o convenceu a tentar uma vaga na Principskolan, um departamento temporário da Academia de Arte. Durante os primeiros anos na Principskolan, Carl encontrou dificuldade de adaptação. Seu senso de inferioridade social o fez sentir um estranho. Mas quando tinha dezasseis anos, ele foi transferido para uma escola antiga, o mais simples departamento da Academia de Arte. Ele começou a sentir-se mais confiante e não demorou para que se tornasse uma das figuras centrais do círculo de estudantes.

Depois da Academia de Arte, Carl trabalhou na ilustração de livros, revistas e jornais diários. Ele também gastou muitos anos em Paris onde tentou se manter como um artista, mas apesar de todo o seu duro trabalho nunca encontrou sucesso. A reviravolta veio em 1882 quando ele se mudou para Grez, uma colónia escandinava de artistas fora de Paris. E foi lá que ele conheceu sua futura esposa Karin Bergöö e onde houve uma transformação artística, depois de abandonar suas pretensões de pintura a óleo em favor da aguarela – uma mudança de sorte que significaria em partes no seu desenvolvimento artístico. E foi em Grez que ele pintou algum de seus trabalhos mais significantes.

Carl e Karin casaram em 1883 e tiveram oito filhos (um deles morreu com dois meses). Karin e seus filhos tornaram-se rapidamente os modelos favoritos de Carl.

De volta à Suécia, Carl Larsson aderiu aos "opositores" (opponenterna), desenvolvendo um estilo decorativo inspirado no estilo jugend e na arte japonesa.

O pai de Karin, Adolf Bergöö, deu a casa Lilla Hyttnäs para Carl e Karin em 1888. O minúsculo chalé de madeira, que foi construído em 1837, tornou-se o centro artístico do pintor. Lilla Hyttnäs, localizado em Sundborn, manteve-se na família Larsson por gerações é agora administrada pela família legítima de Carl e Karin Larsson.

 

Modelo escrevendo postais (Modellen skriver vykort

    
A Cozinha (Köket) de 1898
       

domingo, maio 26, 2024

Aurélia de Sousa morreu há cento e dois anos...

Retrato fotográfico (1895) de Aurélia de Sousa diante do seu Auto-retrato do Laço Negro

       
Maria Aurélia Martins de Sousa (Valparaíso, 13 de junho de 1866 - Porto, 26 de maio de 1922) foi uma pintora portuguesa.
   

Auto-retrato de Aurélia de Sousa (circa 1900)
   
Vida
Filha de emigrantes portugueses no Brasil e no Chile, Aurélia de Sousa nasceu em Valparaíso, filha de António Martins de Sousa e de Olinda Peres. Era a quarta de sete filhos do casal. Mudou-se para Portugal, juntamente com os pais, com apenas três anos. Passou a habitar a Quinta da China, junto ao rio Douro, no Porto, comprada por seu pai, que veio a falecer em 1874, quando Aurélia tinha apenas oito anos.
Aos dezasseis anos começou a ter lições de desenho e pintura com António da Costa Lima e pintou o seu primeiro auto-retrato. Em 1893, entrou para a Academia de Belas-Artes do Porto, onde foi aluna de João Marques de Oliveira, o qual muito influenciou a sua obra. Em 1898, Aurélia mudou-se para Paris onde frequentou, na Academia Julian, os cursos de Jean-Paul Laurens e de Jean-Joseph Benjamin-Constant.
Realizou as primeiras exposições e, durante os três anos seguintes, viajou e visitou os museus de Bruxelas, Antuérpia, Berlim, Roma, Florença, Veneza, Madrid e Sevilha. Tendo regressado a Portugal em 1901, desenvolveu intensa atividade como ilustradora e participou regularmente na vida artística portuense, expondo na Sociedade de Belas-Artes do Porto, na Galeria da Misericórdia e, anualmente, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa.
Passou a última fase de sua vida residindo na Quinta da China, onde faleceu em 1922, com cinquenta e cinco anos.
     

"Santo António" (1902), pintura a óleo de Aurélia de Sousa, Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, Porto
   
Obra
A sua obra denota influência dos estilos de pintura mais inovadores do seu tempo. Pintou num estilo naturalista muito pessoal, às vezes com influências realistas, impressionistas e pós-impressionistas.
Nas palavras da biógrafa Raquel Henriques da Silva, a obra de Aurélia de Sousa "regista a silenciosa narrativa da casa: a presença da velha mãe, os afazeres das mulheres e das crianças, os cantos escuros da cozinha e do atelier, as tardes em que a luz se confunde com os fatos de verão, os caminhos campestres ou as vistas do rio. Pratica uma pintura vigorosa, raramente volumétrica, detida na análise das sombras para nelas captar a luz".
Entre as suas principais obras, caracterizadas pela força da expressão técnica e artística, encontram-se "Santo António", "Cabeça de italiano", "Cena familiar", "Moinho-Granja", "Porcelanas antigas", "Cristo ressuscitando e a filha de Jairo", "Rio Douro-Areinho" e o seu "Auto-retrato" (c. 1900), uma das obras-primas da pintura portuguesa de todos os tempos.
Parte da sua obra encontra-se hoje no Museu Nacional de Soares dos Reis e na Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, ambos no Porto.
     
Cena familiar (1911) - Aurélia de Sousa
       

quarta-feira, maio 22, 2024

Júlio Pomar morreu há seis anos...

  
Júlio Pomar
(Lisboa, 10 de janeiro de 1926 - Lisboa, 22 de maio de 2018) foi um artista plástico/pintor português. Pertenceu à 3ª geração de pintores modernistas portugueses, sendo autor de uma obra multifacetada, centrada na pintura, desenho, cerâmica e gravura, com importantes desenvolvimentos nos domínios da tridimensão (escultura; assemblage) ou da escrita. Os primeiros anos da sua carreira estão ligados à resistência contra o regime do Estado Novo e à afirmação do movimento neorrealista em Portugal, marcando a especificidade deste no contexto europeu. Teve uma ação artística e cívica intensa ao longo das décadas de 40 e 50 e é consensualmente considerado o mais destacado dos cultores do neorrealismo nacional.
  
Painel de azulejos (fragmento), circa 1958, Avenida Infante Santo, Lisboa
    
O almoço do trolha, 1946-50, óleo sobre tela
   

terça-feira, maio 21, 2024

Albrecht Durer nasceu há 553 anos

       
Albrecht Dürer (Nuremberga, 21 de maio de 1471 - Nuremberga, 6 de abril de 1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos. A sua mestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo e, no campo das artes gráficas, não tinha rival. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias, são ainda marcadas pelo estilo gótico. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aguarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens. Os seus interesses, no espírito humanista do Renascimento, abrangiam ainda outros campos, como a geografia, a arquitetura, a geometria e a fortificação.
Conseguiu chamar a atenção do imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por ele nomeado pintor da corte em 1512. Viveu, provavelmente, duas vezes na Itália em adulto. Em 1520, depois da morte do imperador, partiu para os Países Baixos, visitou muitas das cidades do norte e conheceu pintores e homens de letras, como Erasmo de Roterdão. Nos seus últimos anos, em Nuremberga, partindo de estudos de teoria da Arte italianos de autores que o antecederam, ocupou-se principalmente com a elaboração de tratados sobre a medida e proporções humanas, perspetiva e geometria como elementos estruturantes da obra de arte.
Chegou até nós uma quantidade apreciável de documentos pessoais e autobiográficos, como cartas, textos e desenhos acompanhados de anotações minuciosas que permitem uma boa compreensão da sua obra. Esta documentação é ainda enriquecida por diversas fontes que derivam da fama conquistada por Dürer numa idade relativamente jovem.
 
Damião de Góis em desenho de Albrecht Dürer
      
O cavaleiro, a morte e o diabo, 1513, gravura em metal, Museu Boymans Van Beuningen, Roterdão
         

Henri Rousseau nasceu há cento e oitenta anos

Henri Rousseau - auto-retrato, Galeria Nacional  de Praga
  
Henri-Julien-Félix Rousseau (Laval, 21 de maio de 1844 - Paris, 2 de setembro de 1910), conhecido também pelo público como o douanier (aduaneiro) por ter trabalhado como inspetor de alfândega, foi um pintor francês inserido no movimento moderno do pós-impressionismo. A sua obra foi pouco apreciada pelo público geral e pelos críticos, seus contemporâneos, tendo sido constantemente remetida para o grupo da arte naïf e primitivista - pelo seu carácter autodidata, resultado da inexistência de formação académica no campo artístico, pela recusa dos cânones da arte reconhecida até então e pela aparente ingenuidade grotesca.
  
    
Vida
Henri Rousseau, filho de Julien Rousseau (latoeiro) e Eléonore, vai refletir ao longo da sua vida o insucesso financeiro da sua família e o tormento pela falta de perspetivas resultante desse nível social inferior. A sua vida escolar até 1860 toma lugar em Laval, incluindo a permanência num internato em consequência da vida pouco sedentária que os seus pais se veem obrigados a levar, após a falência do negócio do pai. 
Em 1861 a família estabelece-se em Angres, onde Rousseau trabalhará num escritório de advocacia entre 1863 e 1867. Após roubar 20 francos a este escritório e ser condenado a 1 mês de prisão, Rousseau alista-se voluntariamente no 51º Regimento de Infantaria de Angres para um período de 7 anos, o qual não chegará ao fim, por ser dispensado em 1868. Neste mesmo ano o seu pai morre e Rousseau estabelece-se em Paris onde, no ano seguinte, casa com Clémence Boitard, uma costureira, com quem terá 5 filhos, dos quais 4 morrerão precocemente.
A partir de 1871, e após ter trabalhado como empregado de um oficial de diligências, Rousseau inicia o seu trabalho na alfândega de Paris. Decorridos 19 anos de casamento, Clémence morre vítima de tuberculose e Rousseau volta a contrair matrimónio dez anos depois, em 1899, com a viúva Joséphine-Rosalie Nourry. Pouco tempo depois, em 1903, morre também a sua segunda mulher, um ano após Rousseau se tornar professor na Association Philotechnique onde ensina a técnica da pintura em porcelana e de miniaturas.
Rousseau infringe de novo a lei e é sentenciado, em 1909, a 2 anos de prisão com pena suspensa e uma coima de 200 francos, por fraude bancária. Morre, com 66 anos, a 2 de setembro de 1910, vítima de septicemia
 
Passeio na Floresta, circa 1886, Zurique
      
O sonho, 1910, Nova Iorque
    

sexta-feira, maio 17, 2024

Botticelli morreu há 514 anos...

Provável autorretrato de Botticelli, na Adoração dos Magos (Uffizi, Florença)
    
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, ou Sandro Botticelli (Florença, 1 de março de 144517 de maio de 1510), estudou na Escola Florentina do Renascimento. Igualmente recetivo às aquisições do introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspetiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. As suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista, e o seu talento, excecional de transpor para a linguagem formal as conceções de seus clientes, tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo. A sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que a sua arte voltou a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.
    

        

quarta-feira, maio 15, 2024

O pintor Viktor Vasnetsov nasceu há 176 anos

Autorretrato - 1873

Viktor Mikhailovich Vasnetsov (Kirov, 15 de maio de 1848Moscovo, 23 de julho de 1926) foi um artista russo que se especializou na temática da mitologia e em temas históricos. É atualmente considerado uma das figuras chave do movimento revivalista na arte russa.
Viktor Vasnetsóvnasceu na remota aldeia de Viatka em 1848. O seu pai, Mikhail Vasilievich Vasnetsov, era o padre local. Sendo um homem de intelecto filosófico e com educação superior era conhecido o seu interesse pelas ciências naturais, astronomia e pintura. O seu avô tinha sido um pintor de ícones religiosos e dois dos seus três filhos, Viktor e Apollinary, tornaram-se pintores reconhecidos, tendo o terceiro tornado-se professor. Numa carta, onde recorda a sua infância, enviada a Vladimir Stasov, Vasnetsóv recorda como "tinha vivido com crianças camponesas e sempre gostara delas como amigas e não como narodnik".  

Tendo estudado num seminário em Viatka desde os dez anos de idade, durante a época do verão Viktor e a sua família deslocavam-se para a cidade mercantil de Riabovo. Durante os seus anos de seminário Viktor teria trabalhado para um criador local de ícones e também auxiliado um artista exilado da Polonia, Michał Elwiro Andriolli, a executar afrescos para a catedral de Alexander Nevski em Viatka.

Após ter terminado o seminário, Viktor decidiu mudar-se para São Petersburgo para estudar arte, tendo vendido os seus quadros "Mulher na Colheita" e "Entregadora de Leite (ambos de 1867) de modo a poder juntar dinheiro para a viagem em direção à capital russa.

Esta sepultado no Cemitério Vvedenskoye.



Batismo do Príncipe Vladimir (1890)

terça-feira, maio 14, 2024

O pintor Thomas Gainsborough nasceu há 297 anos

Autorretrato
     
Thomas Gainsborough (Suffolk, 14 de maio de 1727 - Londres, 2 de agosto de 1788) foi um dos mais célebres artistas do arcadismo.
Gainsborough estudou em França, no atelier de Hubert François Gravelot, e no estúdio de um pintor em voga na corte, de nome Francis Hayman. Cedo tomou contacto com a pintura da Europa Central pela qual se apaixonou de imediato. Deu especial atenção à pintura popular alemã do século XVII e aos ícones russos.
Decidido a tornar-se um pintor influente entra a corte inglesa vai, em 1759, para Bath, uma cidade preferida cada vez mais pelos cortesãos e altos burgueses. Prontamente tornou-se um pintor de preferência entre a nobreza e a emergente burguesia, passando até o seu rival de longa data Joshua Reynolds.
Gainsborough conheceu o sucesso devido aos seus retratos. Contudo, na sua obra também é frequente encontrar paisagens. Também é conhecido como um dos mais célebres fundadores da Real Academia, onde exibiu muitas obras de 1769 até 1772.
Já a morar em Londres, Thomas recebeu várias comendas da aristocracia, que quase o «santificava». Nas suas pinturas, até o mais pobre padeiro, se assemelhava a uma figura divina, perante a qual nos temos que curvar. Gainsborough concedia, aos seus modelos, uma altivez e sobriedade curiosas e particular carácter, geralmente forte.
Geralmente - e em consequência dos anos que passou em Bath - é na sua obra frequente encontrar o estilo de Anthony van Dyck, que era igualmente um pintor de excelência entre a aristocracia inglesa e flamenga. Talvez por isso, muitos dos patronos de Gainsborough o tenham escolhido como seu retratista.
A sua paleta de cores pouco variou ao longo da sua trajetória. Nela estavam bem compactos os tons leves e mais brilhantes subjugados a fluidas cores escuras, como o castanho. Entre as suas obras mais importantes estão "Retrato de Mrs. Philip Thickness" e "O menino azul".
O túmulo de Gainsborough está no cemitério da igreja de Kew, no seu lado sul.
    
The Blue Boy (1770) - The Huntington, California
    

segunda-feira, maio 13, 2024

Sarah Affonso nasceu há 125 anos

Família, 1937

 

Sarah Affonso, nome artístico de Sara Sancha Afonso (Beato, Lisboa, 13 de maio de 1899 - Campo Grande, Lisboa, 15 de dezembro de 1983) foi uma pintora portuguesa.

 

(...)   

   

Em 1934 casa-se com Almada Negreiros, tentando a partir daí conciliar a vida de mãe de família e de pintora. Nos primeiros anos de casamento desenvolve o que será a parte mais importante da sua obra pictórica. "Dos retratos de meninas e mulheres e das paisagens urbanas passa para composições que incorporam motivos antes utilizados nos bordados, oriundos da cultura e imaginário populares. Evoca, a partir da memória da infância passada no Minho, costumes (procissões, festas, alminhas) e mitologias populares".

Celebraria também a sua vida pessoal em pinturas como Família, 1937, um dos seus trabalhos mais emblemáticos, onde se figura com o marido e o primeiro filho. Neste auto-retrato alargado à sua família e que funciona também como metáfora para a lenda do "menino-deus", Sarah Afonso faz uma síntese de vários aspetos da sua obra: "a qualidade do traço, o cromatismo, o desenho implícito na composição narrativa – como se tratasse de um sonho acordado – elementos tradicionais da cultura popular, como os bordados, os brinquedos e as lendas. É comum verificarmos esta associação lírica sobre a realidade, em que o tema se funde com a vivência dos retratados".

Foram várias as razões que a levaram a abandonar a pintura em finais dos anos de 1940. "Às razões pessoais juntavam-se a insegurança profissional e a falta de condições de trabalho. Continuou, no entanto, com um trabalho menos visível nas artes decorativas e de apoio a Almada Negreiros [...]. Em finais dos anos 50, retomou algumas das direções interrompidas, como a ilustração infantil (entre outros de A Menina do Mar, 1958, de Sophia de Mello Breyner Andresen) e o desenho".

Expôs individualmente em 1932 e 1939. Participou na Exposição do Mundo Português, 1940. Em 1944 recebeu o Prémio Sousa Cardoso na 8ª Exposição de Arte Moderna organizada pelo SPN. Em 1953 participou na Bienal de S. Paulo, Brasil.

Encontra-se colaboração sua na revista Sudoeste (1935).

Foram realizadas mostras retrospetivas da sua obra em 1953 e 1962 (Galeria de Março, Lisboa, e Academia Dominguez Alvarez, Porto respetivamente).

Sarah Afonso está sepultada nos Cemitério dos Prazeres, junto do marido. 

 

Procissão, 1934, óleo sobre tela

    

domingo, maio 12, 2024

O pintor Dante Gabriel Rossetti, da Irmandade Pré-Rafaelita, nasceu há 196 anos

 

Autoretrato, 1847

Dante Gabriel Rossetti (Londres, 12 de maio de 1828 - Birchington-on-Sea, 10 de abril de 1882), originalmente Gabriel Charles Dante Rossetti, foi um poeta, ilustrador e pintor inglês de origem italiana. Devido à sua preferência pela poesia medieval e em especial pela obra de Dante, Rossetti muda a ordem dos seus nomes e passa a usar Dante em primeiro lugar.
Fundou, juntamente com John Everett Millais e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.
Rossetti também escrevia poemas para os seus quadros, como "Astarte Syraica". Como designer, trabalhou com William Morris para produzir imagens para vitrais e decorações.
Como ilustrador, Rossetti produziu poucas trabalhos, mas que tiveram influência duradoura sobre ilustradores do século XIX e XX. Fez ilustrações para Moxon Tennyson, Allingham e para os livros de poesia da sua irmã, Christina Rossetti.
   

Lady Lilith (1868), Delaware Art Museum

 
  

H. R. Giger morreu há dez anos...

   
Hans Ruedi Giger (Chur, Graubünden, Switzerland, 5 February 1940 – Zürich, Switzerland, 12 May 2014) was a Swiss painter, whose style was adapted for many forms of media, including record albums, furniture and tattoos.
The Zurich-based artist was best known for airbrush images of humans and machines linked together in a cold 'biomechanical' relationship. Later he abandoned airbrush work for pastels, markers, and ink. He was part of the special effects team that won an Academy Award for design work on the film Alien. In Switzerland there are two theme bars that reflect his interior designs, and his work is on permanent display at the H.R. Giger Museum at Gruyères.
   
Early life
Giger was born in 1940 in Chur, capital city of Graubünden, the largest and easternmost Swiss canton. His father, a pharmacist, viewed art as a "breadless profession" and strongly encouraged him to enter pharmacy, Giger recalled. He moved to Zürich in 1962, where he studied architecture and industrial design at the School of Applied Arts until 1970.
  
Career
Giger's first success was when H. H. Kunz, co-owner of Switzerland's first poster publishing company, printed and distributed Giger's first posters, beginning in 1969.
Giger's style and thematic execution were influential. He was part of the special effects team that won an Academy Award for Best Achievement in Visual Effects for their design work on the film Alien. His design for the Alien was inspired by his painting Necronom IV and earned him an Oscar in 1980. His books of paintings, particularly Necronomicon and Necronomicon II (1985) and the frequent appearance of his art in Omni magazine continued his rise to international prominence. Giger was admitted to the Science Fiction and Fantasy Hall of Fame in 2013. He is also well known for artwork on several music recording albums including Danzig III: How The Gods Kill by Danzig, Brain Salad Surgery by Emerson, Lake & Palmer and Deborah Harry's KooKoo.
In 1998, Giger acquired the Château St. Germain in Gruyères, Switzerland, and it now houses the H.R. Giger Museum, a permanent repository of his work.
 
Floh de Cologne: Coverbild für Mumien – Kantate für Rockband von HR Giger
 
  
Personal life
Giger had a relationship with Swiss actress Li Tobler until she committed suicide in 1975. Li's image appears in many of his paintings. He married Mia Bonzanigo in 1979; they divorced a year and a half later.
The artist lived and worked in Zürich with his second wife, Carmen Maria Scheifele Giger, who is the Director of the H.R. Giger Museum.
  
Death 
On 12 May 2014, Giger died in a hospital in Zürich after having suffered injuries in a fall.
    
Birth Machine sculpture in Gruyères 
   
Style
Giger started with small ink drawings before progressing to oil paintings. For most of his career, Giger had worked predominantly in airbrush, creating monochromatic canvasses depicting surreal, nightmarish dreamscapes. However, he then largely abandoned large airbrush works in favor of works with pastels, markers or ink.
Giger's most distinctive stylistic innovation was that of a representation of human bodies and machines in a cold, interconnected relationship, he described as "biomechanical". His main influences were painters Dado, Ernst Fuchs and Salvador Dalí. He met Salvador Dalí, to whom he was introduced by painter Robert Venosa. Giger was also influenced by the work of the sculptor Stanislas Szukalski, and by the painters Austin Osman Spare and Mati Klarwein. He was also a personal friend of Timothy Leary. Giger studied interior and industrial design at the School of Commercial Art in Zurich (from 1962 to 1965) and made his first paintings as a means of art therapy. 
  
Ibanez H. R. Giger signature bass and guitars
   
Other works
Giger directed a number of films, including Swiss Made (1968), Tagtraum (1973), Giger's Necronomicon (1975) and Giger's Alien (1979). Giger created furniture designs, particularly the Harkonnen Capo Chair for a film of the novel Dune that was to be directed by Alejandro Jodorowsky. Many years later, David Lynch directed the film, using only rough concepts by Giger. Giger had wished to work with Lynch, as he stated in one of his books that Lynch's film Eraserhead was closer than even Giger's own films to realizing his vision. Giger applied his biomechanical style to interior design. One "Giger Bar" appeared in Tokyo, but the realization of his designs was a great disappointment to him, since the Japanese organization behind the venture did not wait for his final designs, and instead used Giger's rough preliminary sketches. For that reason Giger disowned the Tokyo bar. The two Giger Bars in his native Switzerland, in Gruyères and Chur, were built under Giger's close supervision and they accurately reflect his original concepts. At The Limelight in Manhattan, Giger's artwork was licensed to decorate the VIP room, the uppermost chapel of the landmarked church, but it was never intended to be a permanent installation and bore no similarity to the bars in Switzerland. The arrangement was terminated after two years when the Limelight closed. As of 2009 only the two authentic Swiss Giger Bars remain. Giger's art has greatly influenced tattooists and fetishists worldwide. Under a licensing deal Ibanez guitars released an H. R. Giger signature series: the Ibanez ICHRG2, an Ibanez Iceman, features "NY City VI", the Ibanez RGTHRG1 has "NY City XI" printed on it, the S Series SHRG1Z has a metal-coated engraving of "Biomechanical Matrix" on it, and a 4-string SRX bass, SRXHRG1, has "N.Y. City X" on it. Giger is often referred to in popular culture, especially in science fiction and cyberpunk. William Gibson (who wrote an early script for Alien 3) seems particularly fascinated: A minor character in Virtual Light, Lowell, is described as having New York XXIV tattooed across his back, and in Idoru a secondary character, Yamazaki, describes the buildings of nanotech Japan as Giger-esque. 
  
Weiblicher Torso von HR Giger, 2009 im Garten des Bündner Kunstmuseums
  
Films
  • Dune (designs for unproduced Alejandro Jodorowsky adaptation of the Frank Herbert novel; the movie Dune was later made in an adaptation by David Lynch)
  • Alien (designed, among other things, the Alien creature, "The Derelict" and the "Space Jockey")
  • Aliens (credited for the creation of the creature only)
  • Alien 3 (designed the dog-like Alien bodyshape, plus a number of unused concepts, many mentioned on the special features disc of Alien 3, despite not being credited in the movie theater version)
  • Alien Resurrection (credited for the creation of the creature only)
  • Poltergeist II: The Other Side
  • Killer Condom (creative consultant, set design)
  • Species (designed Sil, and the Ghost Train in a dream sequence)
  • Batman Forever (designed radically different envisioning of the Batmobile; design was not used in the film)
  • Future-Kill (designed artwork for the movie poster)
  • Tokyo: The Last Megalopolis (creature designs)
  • Prometheus (the film includes "The Derelict" spacecraft and the "Space Jockey" designs from the first Alien film, as well as a "Temple" design from the failed Jodorowsky Dune project and original extraterrestrial murals created exclusively for Prometheus, based in conceptual art from Alien. Unlike Alien Resurrection, the Prometheus film credited H. R. Giger with the original designs).
   

O pintor João Cristino da Silva morreu há 147 anos...

Auto-retrato do pintor (circa 1855)
  
João Cristino da Silva (Lisboa, 24 de julho de 1829 - Lisboa, 12 de maio de 1877), foi um pintor português da época romântica.

Nasceu em Lisboa, filho de António Paulino da Silva e de Maria do Carmo Silva, burgueses de Alfama. O pai, proprietário e mestre de uma fábrica de fitas, assiste com orgulho ao despontar da vocação do seu filho para a pintura, que com as sobras das tintas realiza as suas primeiras experiências, e inscreve-o na Academia das Belas Artes de Lisboa. Iniciou os seus estudos em 1841 na Academia de Belas Artes de Lisboa, onde mais tarde viria a ser professor, mas não terminou o curso, por discordar dos métodos de ensino. No período de 1847 a 1849 estudou cinzelagem na oficina de lavrantes do Arsenal do Exército. Em 1849 voltou a dedicar-se à pintura.
No entanto, continuou a pintar e a expor, quer em Portugal, quer no estrangeiro, nomeadamente em Paris e Madrid. Artista ligado ao Romantismo, ficou sobretudo conhecido como um pintor de pintura da paisagem, sendo companheiro de Tomás da Anunciação, que considerava como um Mestre.
Na Exposição Universal de Paris de 1855 expôs a sua obra Cinco Artistas em Sintra.
Em Madrid expôs algumas das sua obras, tendo sido condecorado pelo rei Amadeu I.
Em 1860 tornou-se professor substituto da Academia, mas devido ao seu temperamento irreverente acabou por abandonar o cargo, nove anos depois.
Casou em 23 de julho de 1864 na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, com Maria Joana de Mesquita e Melo Silva, com quem teve quatro filhos. Teve ainda um filho, fora do casamento, que educou e que seguiu o percurso do pai na Academia de Belas Artes.
A partir de 1867 Cristino, passou a receber um subsídio oficial, o que lhe permitiu viajar por França e Suíça, dando-lhe a possibilidade de contactar com a pintura desses países. Esse contacto reforçou a aproximação da sua pintura do naturalismo.
O artista pintou, ao longo dos seus 47 anos de vida, mais de trezentos quadros.
Encontra-se colaboração artística da sua autoria no semanário Arquivo Pitoresco (1857-1868).
O pintor, acabou os seus dias no hospício de Rilhafoles, em virtude de ter enlouquecido. Foi sepultado no Cemitério do Alto de São João.
  
 
Serra de Sintra e Palácio da Pena (1855-1857)