sexta-feira, dezembro 01, 2023
O Museu de Orsay faz hoje 37 anos
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Marcadores: escultura, França, Henri Rousseau, impressionismo, Museu de Orsay, Paris, pintura
segunda-feira, novembro 27, 2023
Bernini morreu há 343 anos
Auto-retrato
Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini (Nápoles, 7 de dezembro de 1598 – Roma, 28 de novembro de 1680) foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma. Distinguiu-se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhador, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia. Como arquiteto e escultor é autor de obras de arte presentes até aos dias atuais em Roma e no Vaticano, como a Praça de São Pedro, a Capela Chigi, O Êxtase de Santa Teresa, Habacuc e o Anjo e inúmeras fontes espalhadas por Roma.
quarta-feira, novembro 22, 2023
O escultor Diogo de Macedo nasceu há 134 anos
Diogo Cândido de Macedo (Vila Nova de Gaia, 22 de novembro de 1889 - Lisboa 19 de fevereiro de 1959) foi um escultor, museólogo e escritor português.
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Marcadores: Diogo de Macedo, escultura, modernismo
sábado, novembro 18, 2023
O Aleijadinho morreu há 209 anos...
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sexta-feira, novembro 17, 2023
Machado de Castro morreu há duzentos e um anos
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Rodin morreu há 106 anos...
domingo, novembro 12, 2023
Rodin nasceu há 183 anos
sexta-feira, novembro 03, 2023
Cellini nasceu há 523 anos
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sábado, outubro 14, 2023
Soares dos Reis nasceu há 176 anos
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Marcadores: escultura, Soares dos Reis, suicídio
sexta-feira, setembro 15, 2023
Morreu Fernando Botero...
Fernando Botero Angulo (Medellín, 19 de abril de 1932 – Mónaco, 15 de setembro de 2023) foi um artista figurativista colombiano, cujo estilo é chamado por alguns de "Boterismo", o que lhe dá uma identidade inconfundível.
As suas obras destacam-se sobretudo por figuras rotundas, o que pode sugerir a estaticidade da humanidade. Percebe-se a sua escultura como uma crítica social, especialmente no que diz respeito à ganância do ser humano.
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domingo, setembro 10, 2023
O cineasta e poeta António Reis morreu há trinta e dois anos...
(imagem daqui)
António Ferreira Gonçalves dos Reis (Valadares, Vila Nova de Gaia, 27 de agosto de 1927 - Lisboa, 10 de setembro de 1991) foi um cineasta e poeta português que se distingue pelo sentido poético da sua obra. É um dos representantes no filme documentário do movimento do Novo Cinema, que explora as técnicas do cinema direto. Com contemporâneos seus, usando esses meios, empenha-se na prática da etnografia de salvaguarda.
Trás-os-Montes (1976) é, com as longas-metragens Gente da Praia da Vieira, de António Campos, e Mau Tempo, Marés e Mudança, de Ricardo Costa (cineasta), uma das primeiras docuficções do cinema português. Obras do mesmo ano, tendo como precursoras o O Ato da Primavera (1962), realizado por Manoel de Oliveira e co-realizado por Reis, e Ala-Arriba! (filme) (1948), de Leitão de Barros, caracterizam-se ainda como sendo etnoficções, explorando de modo original os métodos do filme etnográfico.
Biografia
Tendo sido membro ativo do Cineclube do Porto, iniciou-se na atividade cinematográfica como assistente, nomeadamente no filme Ato da Primavera, de Manoel de Oliveira (1962). Um ano depois, em 1963, realizou o seu primeiro documentário, encomendado pela Câmara Municipal do Porto, Painéis do Porto. Manteve-se no documentário com Alto do Rabagão (1966), ano em que assinou o argumento de Mudar de Vida, filme de Paulo Rocha.
A curta-metragem Jaime (1974) viria a chamar a atenção para a sua atividade de realizador, ao ser premiada no Festival de Cinema de Locarno desse ano como o melhor filme de curtas-metragens. Após a Revolução dos Cravos, em abril de 1974, António Reis e a sua mulher, a psiquiatra Margarida Cordeiro, co-realizadora de uma parte importante dos seus filmes, enveredaram por um cinema não convencional, de vertente lírica, baseado em elementos da cultura popular de locais isolados do interior do país, como Trás-os-Montes. Trás-os-Montes (1976), que participou em catorze festivais internacionais, incluindo o de Roterdão e o de Veneza, foi a primeira dessas obras, a que se seguiu Ana (Veneza, 1982). António Reis e Margarida Cordeiro retratam nestes filmes locais em que o 25 de Abril de 1974 não impediu o êxodo rural. Rosa de Areia (1989), estreado no Festival de Berlim, de carácter mais ficcional, foi o seu último trabalho.
Tal como António Campos, Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Ricardo Costa ou Pedro Costa, é um dos cineastas portugueses que se inspiraram no conceito de antropologia visual para criar obras de forte expressão poética.
António Reis deu-se também a conhecer como poeta, pintor e escultor.
- Rosa de Areia (l.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1989)
- Ana (l.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1984)
- Trás-os-Montes (l.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1976)
- Jaime (c.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1974)
- Alto do Rabagão (c.m.) - co-realização com César Guerra Leal (1966)
- Mudar de Vida (l.m.) - realizado por Paulo Rocha. Autoria dos diálogos (1966)
- Do Céu ao Rio (c.m.) - co-realização com César Guerra Leal (1964)
- Painéis no Porto (c.m. - 1963)
- O Ato da Primavera (l.m.) - realizado por Manoel de Oliveira, co-realizado por António Reis, António Soares e Domingos Carneiro (1962)
- Auto de Floripes (c.m. - 1959)
- Poemas Quotidianos (1957)
- Novos Poemas Quotidianos (1959)
- Poemas Quotidianos - Col. Poetas de Hoje (1967; reeditado em 2017 pela Tinta-da-China)
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Também eu trago a saudade
Também eu trago a saudade
nos sentidos
se dissesse que não
era mentira
Também eu perdi um cão
casas
rios
Mas hoje
tenho mulher
amigos
e uma saudade mais real
é que me inspira
António Reis
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domingo, agosto 27, 2023
O cineasta e poeta António Reis nasceu há 96 anos
(imagem daqui)
António Ferreira Gonçalves dos Reis (Valadares, Vila Nova de Gaia, 27 de agosto de 1927 - Lisboa, 10 de setembro de 1991) foi um cineasta e poeta português que se distingue pelo sentido poético da sua obra. É um dos representantes no filme documentário do movimento do Novo Cinema, que explora as técnicas do cinema direto. Com contemporâneos seus, usando esses meios, empenha-se na prática da etnografia de salvaguarda.
Trás-os-Montes (1976) é, com as longas-metragens Gente da Praia da Vieira, de António Campos, e Mau Tempo, Marés e Mudança, de Ricardo Costa (cineasta), uma das primeiras docuficções do cinema português. Obras do mesmo ano, tendo como precursoras o O Ato da Primavera (1962), realizado por Manoel de Oliveira e co-realizado por Reis, e Ala-Arriba! (filme) (1948), de Leitão de Barros, caracterizam-se ainda como sendo etnoficções, explorando de modo original os métodos do filme etnográfico.
Biografia
Tendo sido membro ativo do Cineclube do Porto, iniciou-se na atividade cinematográfica como assistente, nomeadamente no filme Ato da Primavera, de Manoel de Oliveira (1962). Um ano depois, em 1963, realizou o seu primeiro documentário, encomendado pela Câmara Municipal do Porto, Painéis do Porto. Manteve-se no documentário com Alto do Rabagão (1966), ano em que assinou o argumento de Mudar de Vida, filme de Paulo Rocha.
A curta-metragem Jaime (1974) viria a chamar a atenção para a sua atividade de realizador, ao ser premiada no Festival de Cinema de Locarno desse ano como o melhor filme de curtas-metragens (ver filmografia). Após a Revolução dos Cravos, em Abril de 1974, António Reis e a sua mulher, a psiquiatra Margarida Cordeiro, co-realizadora de uma parte importante dos seus filmes, enveredaram por um cinema não convencional, de vertente lírica, baseado em elementos da cultura popular de locais isolados do interior do país, como Trás-os-Montes. Trás-os-Montes (1976), que participou em catorze festivais internacionais, incluindo o de Roterdão e o de Veneza, foi a primeira dessas obras, a que se seguiu Ana (Veneza, 1982). António Reis e Margarida Cordeiro retratam nestes filmes locais em que o 25 de Abril de 1974 não impediu o êxodo rural. Rosa de Areia (1989), estreado no Festival de Berlim, de carácter mais ficcional, foi o seu último trabalho.
Tal como António Campos, Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Ricardo Costa ou Pedro Costa, é um dos cineastas portugueses que se inspiraram no conceito de antropologia visual para criar obras de forte expressão poética.
António Reis deu-se também a conhecer como poeta, pintor e escultor.
- Rosa de Areia (l.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1989)
- Ana (l.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1984)
- Trás-os-Montes (l.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1976)
- Jaime (c.m.) - co-realização com Margarida Cordeiro (1974)
- Alto do Rabagão (c.m.) - co-realização com César Guerra Leal (1966)
- Mudar de Vida (l.m.) - realizado por Paulo Rocha. Autoria dos diálogos (1966)
- Do Céu ao Rio (c.m.) - co-realização com César Guerra Leal (1964)
- Painéis no Porto (c.m. - 1963)
- O Ato da Primavera (l.m.) - realizado por Manoel de Oliveira, co-realizado por António Reis, António Soares e Domingos Carneiro (1962)
- Auto de Floripes (c.m. - 1959)
- Poemas Quotidianos (1957)
- Novos Poemas Quotidianos (1959)
- Poemas Quotidianos - Col. Poetas de Hoje (1967; reeditado em 2017 pela Tinta-da-China)
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Só o barbeiro
Só o barbeiro
julga que adormeço
saboreio
o tempo
Sigo as bicadas
a desenharem-me no pescoço
a sombra das orelhas
rio com as cócegas
vejo
como na infância
a mão pousando a tesoura em forma de A
oiço falar de jogos
E adormeço
António Reis
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sexta-feira, julho 28, 2023
Marcel Duchamp nasceu há 136 anos
Duchamp é um dos precursores da arte conceitual e introduziu a ideia de ready made como objeto de arte. Irmão de Jacques Villon, de Suzanne Duchamp e Raymond Duchamp-Villon, estes também artistas que gozaram de reputação no cenário artístico europeu, Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista.
Dessa fase, destaca-se o quadro «Nu descendo a escada», que apresenta uma sobreposição de figura de aspeto vagamente humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo. Esse quadro, na época de sua génese, foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irónico para com a proposta artística por eles pretendida.
Essa fase rendeu-lhe, ainda, o quadro Rei e rainha rodeados por rápidos nus, que sugere um rápido movimento através de duas figuras humanas, e A noiva, que apresenta formas geométricas bastante delineadas e sobrepostas, insinuando uma figura de proporções humanas. Este último foi bastante utilizado no seu projeto mais ambicioso, de que trataremos a seguir.
Sua carreira como pintor estendeu-se por mais alguns anos, tendo como produto quadros de inegável valor para a formação da pintura abstrata. É, no entanto, como escultor que Duchamp vai atingir grande fama. Tendo se mudado para Nova York e largado a Europa numa espécie de estagnação criativa, Duchamp encontra na América um solo fértil para sua arte dadaísta. Decorrente dessa fase, e em virtude de seus estudos sobre perspetiva e movimento, nasce o projeto para a obra mais complexa do artista: «A noiva despida pelos seus celibatários», mesmo ou «O grande vidro».
Trata-se de duas lâminas de vidro, uma sobre a outra, onde se vê uma figura abstrata na parte de cima, que seria a noiva, inspirada no quadro acima mencionado, e, na parte de baixo, se percebe uma porção de outras figuras (feitas de cabides, tecido e outros materiais), dispostas em círculo, ao lado de uma engrenagem (retirada de um moinho de café). Essa obra consumiu anos inteiros de dedicação de Duchamp, e só veio a público muito depois do início de sua construção, intercalada, portanto, por uma série de obras. Não se tem um consenso acerca do que representa essa obra, mas diversas opiniões conflituantes, com base em psicologismos e biografismos, renderam e ainda rendem bastante discussão.
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quarta-feira, julho 12, 2023
Modigliani nasceu há 139 anos
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segunda-feira, junho 26, 2023
João Cutileiro nasceu há 86 anos
João Pires Cutileiro (Lisboa, 26 de junho de 1937 – Lisboa, 5 de janeiro de 2021) foi um escultor português.
Vida
De família burguesa, de raízes alentejanas, nasceu em Lisboa. Sua mãe, de nome Amália Pires, dona de casa, era de Pavia, no Alto Alentejo, e foi viver para Évora, onde se casou com José Cutileiro, um médico da Organização Mundial da Saúde aí sediado. Dos três filhos do casal, João Cutileiro era o do meio, sendo irmão de José Cutileiro. Em Lisboa, a família Cutileiro vivia na Av. Elias Garcia, numa casa afamada por ser frequentada pela chamada intelligentsia, um grupo de personalidades da época. António Pedro, um deles, trá-lo para desenhar no seu atelier, em 1946. Durante os dois anos que aí trabalhou, foi fortemente influenciado pelo Surrealismo. A família do pai era republicana e oposicionista ao regime do Estado Novo; a família da mãe era católica conservadora, além de apoiante do regime de Salazar.
Quando tinha seis anos, a família deixou a cidade de Évora e passou a viver em Lisboa. Mais tarde, o seu pai, sofrendo constrangimentos na direção do Centro de Saúde de Lisboa por motivos políticos - antes, fora afastado de um concurso para professor na Faculdade de Medicina de Lisboa, por interferência da PIDE - passa a exercer a sua profissão ao serviço da Organização Mundial da Saúde. É assim que, por força da atividade profissional do pai, Cutileiro passa parte da sua adolescência em países tão distintos como a Suíça, a Índia e o Paquistão.
Entre 1949 e 1951, frequentou o estúdio de Jorge Barradas onde executa trabalhos de modelismo e de pintura, para além de vidrados de cerâmica. Descontente, mudou-se para o atelier de António Duarte, onde foi assistente de canteiro, voluntário, durante dois anos. Lá se deu o seu contacto com a pedra, pois tinha como trabalho ampliar os modelos do mestre canteiro, passá-los a gesso e, a esses últimos, metamorfoseá-los no mármore. Em 1951, com 14 anos, apresentou a sua primeira exposição individual em Reguengos de Monsaraz, numa loja de máquinas de costura, mostrando esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas.
Completou o liceu no Colégio Valsassina e foi nesse período que apresentou a sua ideologia política, quando ingressou na organização juvenil do Movimento de Unidade Democrática (MUD). Anos mais tarde, em 1960, assumiu de novo uma posição política, ao ingressar no Partido Comunista Português (PCP). Esta passagem pelo PCP como militante foi curta, pois a "célula" a que pertencia desmanchou-se e os contactos perderam-se.
A caminho de Cabul, para visitar o seu pai que lá ficaria um ano, passou por Florença, onde se encantou pela obra de Michelangelo. Confirmou então uma tendência que existia desde os seus seis anos, quando esculpiu um presépio, a tendência para a escultura. No regresso a Lisboa, inscreve-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), sendo aluno de Leopoldo de Almeida.
Não passou mais do que dois anos na ESBAL, entre 1953 e 1954, por perceber que em Portugal o único material considerado prestável era o bronze e as pesquisas, o experimentalismo e a criatividade eram travados. Saiu do país por influência de Paula Rego, que lhe deu a conhecer, em Londres, a Slade School of Art. Nessa escola, que frequentou entre 1955 e 1959 com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolveu a sua capacidade com o seu mestre escultor Reg Butler e no final recebeu três prémios: composição, figura e cabeça.
Obra
Ao começar a utilizar máquinas elétricas para executar o trabalho, dedicou-se ao mármore e surgem as figuras, as paisagens, as caixas e as árvores. Nos dez anos seguintes a 1961, fez cinco exposições em Lisboa e uma no Porto.
Em 1970, regressou a Portugal e instalou-se em Lagos. É lá que executou a sua obra mais polémica, D. Sebastião, erigida nessa mesma cidade.
Essa obra confrontou o academicismo do Estado Novo e recebeu fortes críticas, tendo Cutileiro afirmado, de modo irónico, que desistia da escultura, passando a ser apenas «um fazedor de objetos destinados à burguesia intelectual do ocidente», espantando os escultores, por, segundo ele próprio, ser essa mesma a função de um escultor, a de criador de peças decorativas. Esta frase pretendeu também menosprezar as críticas de quem o achava escultor menor.
Conquistou uma menção honrosa no Prémio Soquil no ano de 1971 e, cinco anos mais tarde, as suas esculturas e mosaicos foram expostos em Wuppertal, na Alemanha, seguindo-se exposições em Évora (1979, 1980 e 1981). No ano de 1980, a sua obra voltou à Alemanha, mas a Dortmund. Nesse mesmo ano, expõe em Washington, D. C. e na Sociedade Nacional de Belas Artes. No ano seguinte, participou no Simpósio da Escultura em Pedra, na cidade de Évora, e numa exposição na Jones Gallery, em Nova Iorque. A 3 de agosto de 1983, foi agraciado com o grau de Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.
A sua costela alentejana impulsionou-o a mudar-se para Évora no ano de 1985 e aí está exposta, na sua casa, uma grande parte do seu leque de obras.
As Meninas de Cutileiro, ironicamente assim chamadas, são provavelmente o seu tema mais famoso e valeram-lhe (e valem) a mais distinta glória e dinheiro, mas também desprezo da parte de alguns.
No ano de 1988, realizou exposições em Almancil, Macau e Lisboa e, no ano seguinte, fez novas exposições em Almancil e na capital de Portugal. Em 1990, elabora uma exposição que se apresentou como a retrospetiva da sua arte, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Daí resultou a amargura de só ver mostrada parte da sua obra e que não iria conseguir reunir todos os seus trabalhos de uma só vez.
Nos anos de 1992 e 1993, realizou mais exposições em Bruxelas, no Luxemburgo, em Évora, em Guimarães, em Lagos, Almancil e em Lisboa. Fez nos anos seguintes mais exposições.
Morte
Cutileiro morreu no dia 5 de janeiro de 2021, num hospital de Lisboa.
João Cutileiro, Estátua de El Rei Dom Sebastião
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Marcadores: escultura, João Cutileiro