segunda-feira, setembro 16, 2024
El-Rei D. Pedro V nasceu há 187 anos...
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sábado, agosto 24, 2024
A Revolução Liberal do Porto foi há 204 anos
- Brigadeiro António da Silveira Pinto da Fonseca - Presidente
- Coronel Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira - Vice-presidente
- Luís Pedro de Andrade e Brederode - Vogal representante do clero
- Pedro Leite Pereira de Melo - Vogal representante da nobreza
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira - Vogal representante da nobreza
- Desembargador Manuel Fernandes Tomás - Vogal representante da magistratura
- Fr. Francisco de São Luís - Vogal representante da universidade
- João da Cunha Sotto Maior - Vogal representante da província do Minho
- José Maria Xavier de Araújo - Vogal representante da província do Minho
- José de Melo e Castro de Abreu - Vogal representante da província da Beira
- Roque Ribeiro de Abranches Castelo Branco - Vogal representante da província da Beira
- José Joaquim Ribeiro de Moura - Vogal representante da província de Trás-os-Montes
- José Manuel Ferreira de Sousa e Castro - Vogal representante da província de Trás-os-Montes
- Francisco José de Barros Lima - Vogal representante do comércio
- Coronel Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda - Vogal nomeado depois de se constituir a Junta, mas no próprio dia 24
- José Ferreira Borges - Secretário com voto nas deliberações
- José da Silva Carvalho - Secretário com voto nas deliberações
- Francisco Gomes da Silva - Secretário com voto nas deliberações
- o imediato retorno da Corte para Portugal, visto como forma de restaurar a dignidade da antiga Metrópole, deslocada para o Brasil; e
- a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil (reinstauração do Pacto Colonial).
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quarta-feira, julho 31, 2024
Manuel Fernandes Tomás nasceu há 253 anos
Manuel Fernandes Tomás (Figueira da Foz, 31 de julho de 1771 - Lisboa, 19 de novembro de 1822), por muitos considerado a figura mais importante do primeiro período liberal, foi um magistrado e político vintista que se destacou na organização dos primeiros movimentos pró-liberalismo. Era juiz desembargador na Relação do Porto quando foi um dos fundadores do Sinédrio, assumindo um papel central na revolução liberal do Porto de 24 de agosto de 1820. Foi figura primacial do liberalismo vintista, fez parte da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, criada no Porto, que administrou o Reino após a revolução liberal, sendo encarregue dos negócios do Reino e da Fazenda. Eleito deputado às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, pela Beira, participou ativamente na elaboração das Bases da Constituição da Monarquia Portuguesa, que D. João VI jurou em 1822.
Biografia
Manuel Fernandes Tomás nasceu na Figueira da Foz, a 31 de junho de 1771, no seio de uma família da burguesia. Foram seus pais João Fernandes Tomás e Maria da Encarnação, os quais, à vista do engenho precoce que o moço revelava, o mandaram para Coimbra ainda muito jovem, aparentemente com o fito de o fazer seguir a carreira eclesiástica.
Formação e ingresso na magistratura
Fernandes Tomás tomou o grau de bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra tendo apenas 20 anos, decidindo trocar o sacerdócio, que lhe destinavam, pela advocacia. Para tal, praticou com vários jurisconsultos de Lisboa, aperfeiçoando-se através do estudo das ciências do Direito.
A 30 de agosto de 1792 foi nomeado síndico e procurador fiscal do município da Figueira da Foz, sendo vereador da respetiva Câmara entre 1795 e 1798.
Ingressando na magistratura, em 1801 foi nomeado juiz de fora da comarca de Arganil,
cargo que desempenhou com notável zelo e energia. Em 1805 foi nomeado
superintendente das alfândegas e dos tabacos nas comarcas de Leiria, Aveiro e Coimbra, cargo que desempenhava quando em 1807 ocorreu a primeira invasão francesa.
Participação na Guerra Peninsular
Perante a ocupação francesa, retirou-se para uma quinta sua, sita próximo da Figueira da Foz, e aí permaneceu até que, em 1808, ocorreu naquela região o desembarque das tropas anglo-portuguesas comandadas por Arthur Wellesley. Face a inexistência de autoridades estabelecidas, foi então indigitado como a pessoa competente para tratar com o comandante inglês os assuntos referentes aos interesses e necessidades do exército.
A atividade de Fernandes Tomás foi devidamente apreciada pelo comando britânico. Restabelecido o governo português, em 1809 foi nomeado provedor da comarca de Coimbra e logo o general instou para que fosse adjunto ao comissariado do exército. Em 1810 foi nomeado intendente dos víveres no quartel-general do marechal William Carr Beresford, tendo sido incansável para que nada faltasse ao exército.
Como prémio da sua atividade, em 1811 foi nomeado desembargador honorário do Tribunal da Relação do Porto, ou seja recebeu o predicamento de desembargador, posto que ocupará somente em 1817 já que à data da nomeação ainda não tinha o triénio de provedor que lhe era requerido para o lugar.
De 1812 a 1814, ano em que findou a Guerra Peninsular, esteve Fernandes Tomás em Coimbra, ali começando provavelmente a germinação do seu plano revolucionário, que anos depois levaria a cabo no Porto.
Ao longo deste período, Fernandes Tomás afirmou-se como um erudito, ganhando renome através da publicação de algumas obras de Direito, afirmando-se como um pensador preocupado com a degradação da vida nacional portuguesa e com a necessidade de reformar as instituições e eliminar a tutela política britânica que entretanto se instalara.
O Porto e a fundação do Sinédrio
Transferindo-se de Coimbra para o Porto em 1817, com o fim de ocupar a vaga de desembargador para que estava nomeado, naquela cidade encontrou Fernandes Tomás quem simpatizasse com as suas ideias e aspirações, vendo o sentimento patriótico invadindo todos os espíritos. Esta indignação nacional foi catalisada pela execução de Gomes Freire de Andrade e dos seus companheiros de desdita, que, imputada ao general William Carr Beresford, o tornou fortemente impopular.
Com outro jurisconsulto também de ideologia liberal, José Ferreira Borges, com quem se tinha relacionado após a sua chegada à cidade do Porto, estabeleceu a 18 ou 21 de janeiro de 1818 um pacto secreto visando o fomento de ações que contribuíssem para a implantação do liberalismo em Portugal e para a dignificação da vida nacional.
Juntaram ao projeto José da Silva Carvalho e João Ferreira Viana, seus amigos e correligionários, iniciando um conjunto de reuniões secretas para formularem as bases em que devia assentar o plano a seguir pela sociedade secreta que tinham fundado, a qual ficou constituída sob o nome de Sinédrio, tendo por objeto Observar os acontecimentos em Portugal e Espanha, tomando devagar o pulso às tendências e às aspirações do espírito público.
Ajustaram reunir-se em segredo no dia 22 de cada mês na Foz do Douro para discorrerem acerca dos sucessos e das notícias do mês passado e assentarem nos propósitos mais oportunos segundo as circunstâncias.
Em 1819 o Sinédrio compunha-se, além dos quatro fundadores, dos sócios Duarte Leça, José Pereira de Menezes, Francisco Gomes da Silva, João da Cunha Sotto Maior, José Maria Lopes Carneiro e José dos Santos Silva. O número dos associados no Sinédrio nunca passou de treze, sendo o último a inscrever-se, em 18 de agosto de 1820, Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda, que depois prestou à causa liberal relevantes serviços.
A Revolução do Porto
Manuel Fernandes Tomás, e o seu grupo do Sinédrio, é considerado o motor do movimento de 24 de agosto de 1820 que resultou na Revolução do Porto.
Este papel mobilizador e de verdadeiro ideólogo daquele movimento, para além do seu papel destacado na Junta Provisional do Governo Supremo do Reino fazem dele figura primacial do liberalismo vintista. Naquela Junta, criada no Porto e que administrou o Reino após a revolução liberal, foi encarregue dos Negócios do Reino e da Fazenda, as duas pastas mais importantes da governação de então.
Com a adesão de Lisboa, e a fusão das duas Juntas, o papel de Manuel Fernandes Tomás sai reforçado, fazendo depois a charneira entre o governo e as Cortes.
A experiência governativa e parlamentar e a morte
Eleito deputado às Cortes Constituintes, pela Beira, elaborou as bases da Constituição que D. João VI jurou em 1822.
Fernandes Tomás, além de membro da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, foi deputado eleito pela Beira às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, a cuja sessão inaugural assistiu em 26 de janeiro de 1821 e em cujos trabalhos teve parte ativa e conspícua. Participou nos trabalhos parlamentares até ao seu encerramento com a aprovação da Constituição Política da Monarquia Portuguesa, a 4 de novembro de 1822.
Agravando-se-lhe a enfermidade crónica de que padecia, faleceu em Lisboa, na antiga rua do Caldeira, n.º 2, a Santa Catarina, a 19 de novembro de 1822, escassas duas semanas após a aprovação da Constituição de que fora um dos principais obreiros. A sua morte deixou consternado todo o partido liberal, que lhe tributava uma espécie de culto e via nele um dos mais firmes sustentáculos do sistema para cujo triunfo concorrera tão poderosa e eficazmente.
Os seus restos mortais foram sepultados, primeiro na antiga igreja de Santa Catarina, trasladados depois para a Igreja dos Paulistas, e desta transferidos para jazigo de família no cemitério dos Prazeres. No Jornal do Comércio, de fevereiro de 1883, estão reproduzidos alguns documentos acerca do óbito e trasladações de Fernandes Tomás.
Manuel Fernandes Tomás nas Cortes Constituintes, em quadro de Veloso Salgado
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O Infante D. Afonso, último Príncipe Real de Portugal e tio do Rei D. Manuel II, nasceu há 159 anos
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El-Rei D. João V morreu há 274 anos
quarta-feira, julho 24, 2024
Os Liberais conquistaram Lisboa há 191 anos...
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sexta-feira, julho 19, 2024
A Batalha de Matapão foi há 307 anos
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segunda-feira, julho 15, 2024
A Rainha Dª Estefânia nasceu há 187 anos...
Nascida no Castelo de Krauchenwies, D. Estefânia era a filha mais velha de D. Carlos António, Príncipe de Hohenzollern, e da princesa D. Josefina de Baden, esta filha de D. Carlos II, Grão-Duque de Baden. Teve cinco irmãos, entre os quais o que viria a ser o primeiro rei da Roménia da dinastia de Hohenzolern, D. Carlos I, o seu irmão mais velho, D. Leopoldo, que sucedeu ao pai e tornou-se príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e a sua irmã mais nova, a mãe do rei D. Alberto I da Bélgica, D. Maria Luísa, a condessa de Flandres, casada com o príncipe Filipe, Conde de Flandres.
D. Estefânia recebeu, naturalmente, educação católica.
Quando D. Estefânia tinha onze anos, o pai abdicou dos seus direitos ao principado, em nome do rei da Prússia, e mudou-se com a família para o Palácio de Jägerhof, em Düsseldorf, onde cresceu no meio de belos jardins.
Estefânia chegou à barra do rio Tejo no dia 17 de maio de 1858. No dia seguinte, em 18 de maio, na Igreja de São Domingos, em Lisboa, a princesa D. Estefânia casou-se, perante o Cardeal-Patriarca de Lisboa, com o rei D. Pedro V, tornando-se, assim, rainha consorte de Portugal.
Eles passaram a lua-de-mel em Sintra, passeando de braços dados pela serra repetidas vezes.
D. Pedro V, para impressionar a sua consorte, não poupou despesas com a decoração dos aposentos de D. Estefânia, no Palácio das Necessidades. Mandou vir de Paris móveis, candeeiro, carpetes e tecidos para estofos e cortinados.
D. Estefânia escreveu cartas íntimas à sua mãe, em francês. Numa delas, ela critica a alta sociedade portuguesa: "Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade".
Embora tivesse sentido saudades das margens do Reno e não tivesse gostado do calor e da aridez de Lisboa, D. Estefânia escreveu que apreciara Sintra e Mafra. A companhia do sogro, D. Fernando II, não lhe agradava.
Juntamente com o marido, D. Estefânia fundou diversos hospitais e instituições de caridade, o que lhe granjeou uma grande aura de popularidade entre os portugueses de todos os quadrantes políticos e sociais.
O Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, foi assim nomeado em sua honra.
Morte
Decorrido pouco tempo depois do seu casamento, a rainha faleceu, aos vinte e dois anos de idade, vítima de difteria. A doença teria sido contraída durante uma visita a Vendas Novas. As suas últimas palavras terão sido: Consolem o meu Pedro.
D. Estefânia jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
O rei, viúvo, faleceu dois anos mais tarde, de febre tifoide.
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sexta-feira, julho 12, 2024
O rei-consorte D. Pedro III nasceu há 307 anos
De seu casamento com Maria I de Portugal, tiveram os seguintes filhos:
- José, Príncipe do Brasil (20 de agosto de 1761 - 11 de setembro de 1788), casou com a sua tia, Maria Benedita de Bragança, não tiveram filhos;
- João Francisco de Bragança (16 de setembro de 1763 - 10 de outubro de 1763), morreu com três semanas de idade;
- João VI de Portugal (13 de maio de 1767 - 10 de março de 1826), casou-se com Carlota Joaquina de Bourbon, tiveram nove filhos;
- Mariana Vitória de Bragança (15 de dezembro de 1768 - 2 de novembro de 1788), casou-se com Gabriel de Bourbon, tiveram três filhos;
- Maria Clementina de Bragança (9 de junho de 1774 - 27 de junho de 1776), morreu com dois anos de idade;
- Maria Isabel de Bragança (12 de dezembro de 1776 - 14 de janeiro de 1777), morreu com um mês de idade.
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sábado, julho 06, 2024
El-Rei D. José I nasceu há 310 anos
D. José I (Lisboa, 6 de junho de 1714 – Sintra, 24 de fevereiro de 1777), cognominado o Reformador, foi Rei de Portugal e Algarves de 1750 até sua morte. Era o terceiro filho do rei João V e a sua esposa, a rainha Maria Ana da Áustria. O seu reinado foi marcado sobretudo pelas políticas do seu secretário de Estado, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesa, transformando Portugal num país moderno.
Quando subiu ao trono, José I tinha à sua disposição os mesmos meios de ação governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII. Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
A 1 de novembro de 1755, José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no sismo de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia a edifícios de pedra e cal, vivendo o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda, em Lisboa. Outro acontecimento notável do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu, a 3 de setembro de 1758, e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
D. José I faleceu no dia 24 de fevereiro de 1777. Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.
in Wikipédia
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sexta-feira, julho 05, 2024
A rainha D.ª Maria Pia morreu há cento e treze anos...
No dia de seu batismo, o Papa Pio IX, o seu padrinho, concedeu-lhe a Rosa de Ouro.
Casamento e vida como Rainha de Portugal
No dia 6 de outubro de 1862, um dia depois de chegar a Lisboa, D. Maria Pia casou-se com o rei D. Luís I, tornando-se assim rainha de Portugal. A cerimónia ocorreu na Igreja de São Domingos.
Rainha aos quinze anos, D. Maria Pia cumpriu rapidamente o seu principal papel, assegurando a sucessão ao trono com o nascimento do príncipe D. Carlos, em 28 de setembro de 1863, e do infante D. Afonso Henriques, em 31 de julho de 1865, titulado como Duque do Porto.
Mulher de temperamento meridional, ela foi mãe extremosa dos seus filhos e mulher atenta aos mais necessitados, tendo-se destacado pela sua solidariedade para com os parentes das vítimas do incêndio do Teatro Baquet, em 1888. Habituada aos luxos da corte de Turim, D. Maria Pia era amante da alta costura e de festas, como bailes de máscaras.
Manteve-se alheia aos assuntos políticos, exceto quando o Marechal Saldanha, que cercou o Palácio da Ajuda em 1870, obrigou o rei a nomeá-lo presidente do Conselho de Ministros. Reza a lenda que D. Maria Pia teria exclamado ao Marechal:
Se eu fosse o Rei, mandava-o fuzilar!
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Reinado do filho e neto
Após a subida ao trono português de seu filho, o rei D. Carlos I, D. Maria Pia cedeu o protagonismo à sua nora, a princesa Amélia de Orleães, continuando a residir oficialmente no Palácio da Ajuda (cuja decoração se deve ao seu gosto), utilizando como residências de recreio o Palácio da vila de Sintra e um chalé que adquiriu no Estoril. Serviu diversas vezes como regente do Reino durante as visitas oficiais do seu filho e da nora ao estrangeiro.
Na sequência do Regicídio de 1908, em que o seu filho, D. Carlos I, e o seu neto, o herdeiro do trono, D. Luís Filipe, Duque de Bragança, foram assassinados, D. Maria Pia ficou abatida pelo desgosto e, durante o breve reinado do seu outro neto, D. Manuel II, a rainha manteve-se praticamente retirada do público e quase sempre estava acompanhada do segundo filho, D. Afonso, Duque do Porto.
Morte
Com a implantação da república, em 5 de outubro de 1910, D. Maria Pia seguiu então para o exílio, mas não com os restantes membros da família real; partiu para o seu Piemonte natal, onde viria a falecer no ano seguinte, a 5 de julho de 1911. Foi sepultada no Panteão Real dos Saboias, na Basílica de Superga, em Itália. Momentos antes de expirar, ela pediu que a voltassem no leito na direção de Portugal, país onde permaneceu durante quarenta e oito anos. Espera ainda hoje que seja cumprido o seu último desejo, o regresso a Portugal, onde possa descansar em paz junto do marido, dos seus filhos, dos seus netos e restante família. É o único membro da Família Real exilada que ainda não voltou para Portugal.
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