quarta-feira, novembro 26, 2025
Música de aniversariante de hoje...
Postado por
Pedro Luna
às
11:11
0
bocas
Marcadores: canção de intervenção, cantautor, Fausto, Fausto Bordalo Dias, MPP, música, Namoro
Fausto nasceu há 77 anos...
Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias (Oceano Atlântico, registado em Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de julho de 2024), foi um compositor e cantor português.
Biografia
Embora nascido a bordo do navio Pátria, em viagem entre Portugal e Angola, Fausto Bordalo Dias foi registado em Vila Franca das Naves, Trancoso. Foi na antiga província ultramarina portuguesa que formou a sua primeira banda, Os Rebeldes. À musicalidade da sua origem beirã, assimilou os ritmos africanos.
Aos 20 anos, em Lisboa, onde se instalou a fim de prosseguir os estudos - concluiu a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais, no então denominado Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atual ISCSP.
Em 1969 lançou o primeiro EP, Fausto, com o qual venceu no mesmo ano o Prémio Revelação da Rádio Renascença.
No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Em maio de 1974 foi um dos fundadores do GAC, juntamente com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores.
Em 1978 colaborou com Sérgio Godinho e José Mário Branco na banda-sonora do filme A Confederação, de Luís Galvão Teles.
Entrou na Maçonaria em 1985, no Grande Oriente Lusitano.
No dia 8 de julho de 1997, em Belém, ofereceu um dos seus mais marcantes concertos, celebrando os 500 anos da partida de Vasco da Gama para a Índia, no mesmo dia em 1497, a convite da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
Em 2009 juntou-se novamente a Sérgio Godinho e José Mário Branco para o espectáculo Três cantos ao vivo, um evento de grande destaque cultural que resultou no lançamento de um álbum ao vivo.
Autor de 12 discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma compilação regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Pedro Moutinho, Teresa Salgueiro, Cristina Branco, Marco Oliveira ou Ana Moura.
O seu último álbum, Em busca das montanhas azuis, foi lançado em 2011 e conta com arranjos musicais de José Mário Branco em quatro faixas.
Em março de 2023 foi realizada uma homenagem de Filipe Sambado, Surma e Primeira-Dama a Fausto, na segunda semifinal da 57ª edição do Festival RTP da Canção. Foram interpretadas as canções "O barco vai de saída", "Como um sonho acordado", "A guerra é a guerra", "O cortejo dos penitentes" e "Lembra-me um sonho lindo".
Morreu a 1 de julho de 2024, aos 75 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
Álbuns de originais
- Fausto (1970)
- P'ró Que Der e Vier (1974)
- Um Beco com saída (1975)
- Madrugada dos Trapeiros (1977)
- Histórias de Viageiros (1979)
- Por Este Rio Acima (1982)
- O despertar dos alquimistas (1985)
- Para além das cordilheiras (1987)
- A preto e branco (1988)
- Crónicas da terra ardente (1994)
- A Ópera Mágica do Cantor Maldito (2003)
- Em Busca das Montanhas Azuis (2011)
Singles e EPs
Coletâneas
- O Melhor dos Melhores (1994)
- Atrás dos Tempos Vêm Tempos (1996)
- Grande Grande É a Viagem (ao vivo) (1999)
- 18 canções de amor e mais uma de ressentido protesto (2007)
Álbuns em colaboração
- Cantigas De Ida E Volta (1975), em conjunto com Sérgio Godinho, Vitorino e Sheila Charlesworth
- A Confederação (1978), em conjunto com Sérgio Godinho e José Mário Branco
- Três Cantos: Ao Vivo (2009), em conjunto com Sérgio Godinho e José Mário Branco
Prémios e condecorações
- 1969 — Prémio Revelação, atribuído pela Rádio Renascença
- 1988 — Prémio José Afonso
- 1994 — Oficial da Ordem da Liberdade (9 de junho)
- 2012 — Melhor Álbum — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "Em Busca das Montanhas Azuis"
- 2012 — Melhor Canção — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "E Fomos pela Água do Rio"
- 2017 — Prémio Carlos Paredes (Carreira)
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
07:07
0
bocas
Marcadores: canção de intervenção, cantautor, Fausto, Fausto Bordalo Dias, Lembra-me um Sonho Lindo, MPP, música
Hoje é dia de ouvir Fausto...
Postado por
Pedro Luna
às
00:07
0
bocas
Marcadores: canção de intervenção, cantautor, Como um sonho acordado, Fausto, Fausto Bordalo Dias, MPP, música
quinta-feira, outubro 16, 2025
Música para chorar a triste e clara madrugada da partida de Adriano...
E alegre se fez triste - Adriano Correia de Oliveira
Poema de Manuel Alegre e música de José Niza
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como
chuva que viesse em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
Postado por
Pedro Luna
às
04:30
0
bocas
Marcadores: Académica, Adriano Correia de Oliveira, Canção da Beira Baixa, canção de intervenção, E Alegre se Fez Triste, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
Adriano Correia de Oliveira morreu há 43 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:43
0
bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, Minha mãe, música
Música adequada à data...
Postado por
Pedro Luna
às
00:04
0
bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, As balas, canção de intervenção, Fado de Coimbra, música
terça-feira, julho 01, 2025
Fausto morreu há um ano...
Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias (Oceano Atlântico, registado em Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de julho de 2024), foi um compositor e cantor português.
Biografia
Embora nascido a bordo do navio Pátria, em viagem entre Portugal e Angola, Fausto Bordalo Dias foi registado em Vila Franca das Naves, Trancoso. Foi na antiga província ultramarina portuguesa que formou a sua primeira banda, Os Rebeldes. À musicalidade da sua origem beirã, assimilou os ritmos africanos.
Aos 20 anos, em Lisboa, onde se instalou a fim de prosseguir os estudos - concluiu a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais, no então denominado Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atual ISCSP.
Em 1969 lançou o primeiro EP, Fausto, com o qual venceu no mesmo ano o Prémio Revelação da Rádio Renascença.
No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Em maio de 1974 foi um dos fundadores do GAC, juntamente com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores.
Em 1978 colaborou com Sérgio Godinho e José Mário Branco na banda-sonora do filme A Confederação, de Luís Galvão Teles.
Entrou na Maçonaria em 1985, no Grande Oriente Lusitano.
No dia 8 de julho de 1997, em Belém, ofereceu um dos seus mais marcantes concertos, celebrando os 500 anos da partida de Vasco da Gama para a Índia, no mesmo dia em 1497, a convite da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
Em 2009 juntou-se novamente a Sérgio Godinho e José Mário Branco para o espectáculo Três cantos ao vivo, um evento de grande destaque cultural que resultou no lançamento de um álbum ao vivo.
Autor de 12 discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma compilação regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Pedro Moutinho, Teresa Salgueiro, Cristina Branco, Marco Oliveira ou Ana Moura.
O seu último álbum, Em busca das montanhas azuis, foi lançado em 2011 e conta com arranjos musicais de José Mário Branco em quatro faixas.
Em março de 2023 foi realizada uma homenagem de Filipe Sambado, Surma e Primeira-Dama a Fausto, na segunda semifinal da 57ª edição do Festival RTP da Canção. Foram interpretadas as canções "O barco vai de saída", "Como um sonho acordado", "A guerra é a guerra", "O cortejo dos penitentes" e "Lembra-me um sonho lindo".
Morreu a 1 de julho de 2024, aos 75 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
Álbuns de originais
- Fausto (1970)
- P'ró Que Der e Vier (1974)
- Um Beco com saída (1975)
- Madrugada dos Trapeiros (1977)
- Histórias de Viageiros (1979)
- Por Este Rio Acima (1982)
- O despertar dos alquimistas (1985)
- Para além das cordilheiras (1987)
- A preto e branco (1988)
- Crónicas da terra ardente (1994)
- A Ópera Mágica do Cantor Maldito (2003)
- Em Busca das Montanhas Azuis (2011)
Singles e EPs
Coletâneas
- O Melhor dos Melhores (1994)
- Atrás dos Tempos Vêm Tempos (1996)
- Grande Grande É a Viagem (ao vivo) (1999)
- 18 canções de amor e mais uma de ressentido protesto (2007)
Álbuns em colaboração
- Cantigas De Ida E Volta (1975), em conjunto com Sérgio Godinho, Vitorino e Sheila Charlesworth
- A Confederação (1978), em conjunto com Sérgio Godinho e José Mário Branco
- Três Cantos: Ao Vivo (2009), em conjunto com Sérgio Godinho e José Mário Branco
Prémios e condecorações
- 1969 — Prémio Revelação, atribuído pela Rádio Renascença
- 1988 — Prémio José Afonso
- 1994 — Oficial da Ordem da Liberdade (9 de junho)
- 2012 — Melhor Álbum — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "Em Busca das Montanhas Azuis"
- 2012 — Melhor Canção — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "E Fomos pela Água do Rio"
- 2017 — Prémio Carlos Paredes (Carreira)
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
00:01
0
bocas
Marcadores: Angola, canção de intervenção, cantautor, Fausto, Fausto Bordalo Dias, MPP, música, Voando por Cima das Águas
sábado, maio 17, 2025
Francisco Fanhais celebra hoje 84 anos
(imagem daqui)
Francisco Júlio Amorim Fanhais (Vila Nova da Barquinha, Praia do Ribatejo, 17 de maio de 1941), mais conhecido por Francisco Fanhais, é um ex-sacerdote católico e cantor português.
Intérprete da música portuguesa de intervenção, Francisco Fanhais entrou para o seminário com dez anos e foi ordenado padre aos 23.
Através da música tornou-se uma das mais ativas vozes dos chamados católicos progressistas que, desde a célebre carta de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, a Salazar, em 1958, combateram a ditadura de Salazar.
Com efeito, o então padre Fanhais emergiu na ribalta da música portuguesa após a participação no célebre programa de televisão Zip-Zip. Ainda em 1969 lança Cantilenas, o seu disco de estreia. Aparece na capa do primeiro numero da revista Mundo da Canção, editada em 19 de dezembro de 1969. O seu álbum Canções da Cidade Nova é editado em 1970. A partir de poemas de Sophia de Mello Breyner, musicou Cantata da Paz e Porque.
Impedido de cantar, de exercer o sacerdócio e de lecionar nas escolas oficiais, emigra para França em 1971. Entretanto torna-se militante da LUAR, força revolucionária liderada por Emídio Guerreiro.
Regressa a Portugal após o 25 de abril de 1974 e colabora nas campanhas de dinamização cultural do Movimento das Forças Armadas. Em 1975 é um dos participantes no disco República de José Afonso, gravado ao vivo em Itália.
No disco Ao Vivo no Coliseu de José Afonso, aparece a fazer coros na canção Natal dos Simples.
Em 1993 junta-se a Manuel Freire e Pedro Barroso para apresentarem o espetáculo Encontro. A 9 de junho de 1995 foi feito Oficial da Ordem da Liberdade, por ocasião das comemorações do Dia de Portugal.
A editora Strauss reeditou, em 1998, o disco Canções da Cidade Nova com o novo título de Dedicatória. A servir de capa foi colocado o manuscrito da dedicatória de José Afonso que aparecia na contracapa da edição original.
in Wikipédia
Corpo Renascido
Corpo Renascido
Canção.
Toco-te e respiras
Sangue do meu sangue.
Cantando é como se dissesse:
Estou aqui.
Cantando eu nego o que me nega
Acto de amor
Coração perpendicular ao tempo.
Cantando é como se dissesse:
Estou aqui.
Na multidão que está dentro de mim.
Recuso a morte cantando
Recuso a solidão.
Canção casa de mundo
Viagem do homem para o homem
Meu pedaço de pão rosa de Maio
Criança a rir na madrugada.
Manuel Alegre
Postado por
Fernando Martins
às
08:40
0
bocas
Marcadores: canção de intervenção, Corpo Renascido, Francisco Fanhais, LUAR, Manuel Alegre, música, poesia
Hoje é dia de ouvir cantar Francisco Fanhais...
Cantata de paz - Padre Fanhais
Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.
Postado por
Pedro Luna
às
00:08
0
bocas
Marcadores: canção de intervenção, Francisco Fanhais, música, poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, abril 09, 2025
Porque o Adriano continua a comemorar aniversários, enquanto o recordarmos...
Menina dos olhos tristes
Música: Zeca Afonso
Letra: Reinaldo Ferreira
Menina dos olhos tristes
o que tanto a faz chorar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
Vamos senhor pensativo
olhe o cachimbo a apagar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
Senhora de olhos cansados
porque a fatiga o tear
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
Anda bem triste um amigo
uma carta o fez chorar
o soldadinho não volta
do outro lado do mar
A lua que é viajante
é que nos pode informar
o soldadinho já volta
está mesmo quase a chegar
Vem numa caixa de pinho
do outro lado do mar
desta vez o soldadinho
nunca mais se faz ao mar
Postado por
Pedro Luna
às
19:42
0
bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, Associação Académica de Coimbra, canção de intervenção, Fado de Coimbra, Menina dos Olhos Tristes, música, música de intervenção, Universidade de Coimbra
Adriano Correia de Oliveira nasceu há oitenta e três anos...
Música - Adriano Correia de Oliveira e Rui Pato
Letra - José Afonso
Por aquele caminho
De alegria escrava
Vai um caminheiro
Com sol nas espáduas
Ganha o seu sustento
De plantar o milho
Aquece-o a chama
De um poder antigo
Leva o solitário
Sob os pés marcado
Um rasto de sangue
De sangue lavado
Levanta-se o vento
Levanta-se a mágoa
Soltam-se as esporas
De uma antiga chaga
Mas tudo no rosto
De negro nascido
Indica que o negro
É um espectro vivo
Quem lhe dá guarida
Mostra-lhe a pintura
Duma cor que valha
Para a sepultura
Não de mão beijada
Para que não viva
Nele toda a raiva
Dessa dor antiga
Falta ao caminheiro
Dentro da algibeira
Um grão de semente
De outra sementeira
O sol vem primeiro
Grande como um sino
Pensa o caminheiro
Que já foi menino
Postado por
Fernando Martins
às
08:30
0
bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, Associação Académica de Coimbra, canção de intervenção, Fado de Coimbra, música, música de intervenção, Por Aquele Caminho, Universidade de Coimbra
terça-feira, novembro 26, 2024
Música de aniversariante de hoje, recentemente falecido...
Lembra-me um sonho lindo - Fausto
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Canta, rouxinol, canta, não me dês penas
Cresce, girassol, cresce entre açucenas
Afaga-me o corpo todo, se te pertenço
Rasga-me o ventre ardendo em fumo de incenso
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai! Como eu te quero! Ai! De madrugada!
Ai! Alma da terra! Ai! Linda, assim deitada!
Ai! Como eu te amo! Ai! Tão sossegada!
Ai! Beijo-te o corpo! Ai! Seara tão desejada!
Postado por
Pedro Luna
às
11:11
0
bocas
Marcadores: canção de intervenção, cantautor, Fausto, Fausto Bordalo Dias, Lembra-me um Sonho Lindo, MPP, música
Fausto nasceu há 76 anos...
Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias (Oceano Atlântico, registado em Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948 - Lisboa, 1 de julho de 2024), foi um compositor e cantor português.
Biografia
Embora nascido a bordo do navio Pátria, em viagem entre Portugal e Angola, Fausto Bordalo Dias foi registado em Vila Franca das Naves, Trancoso. Foi na antiga província ultramarina portuguesa que formou a sua primeira banda, Os Rebeldes. À musicalidade da sua origem beirã, assimilou os ritmos africanos.
Aos 20 anos, em Lisboa, onde se instalou a fim de prosseguir os estudos - concluiu a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais, no então denominado Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atual ISCSP.
Em 1969 lançou o primeiro EP, Fausto, com o qual venceu no mesmo ano o Prémio Revelação da Rádio Renascença.
No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Em maio de 1974 foi um dos fundadores do GAC, juntamente com José Mário Branco, Afonso Dias e Tino Flores.
Em 1978 colaborou com Sérgio Godinho e José Mário Branco na banda-sonora do filme A Confederação, de Luís Galvão Teles.
Entrou na Maçonaria em 1985, no Grande Oriente Lusitano.
No dia 8 de julho de 1997, em Belém, ofereceu um dos seus mais marcantes concertos, celebrando os 500 anos da partida de Vasco da Gama para a Índia, no mesmo dia em 1497, a convite da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.
Em 2009 juntou-se novamente a Sérgio Godinho e José Mário Branco para o espectáculo Três cantos ao vivo, um evento de grande destaque cultural que resultou no lançamento de um álbum ao vivo.
Autor de 12 discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma compilação regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular. A sua obra tem sido revisitada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Pedro Moutinho, Teresa Salgueiro, Cristina Branco, Marco Oliveira ou Ana Moura.
O seu último álbum, Em busca das montanhas azuis, foi lançado em 2011 e conta com arranjos musicais de José Mário Branco em quatro faixas.
Em março de 2023 foi realizada uma homenagem de Filipe Sambado, Surma e Primeira-Dama a Fausto, na segunda semifinal da 57ª edição do Festival RTP da Canção. Foram interpretadas as canções "O barco vai de saída", "Como um sonho acordado", "A guerra é a guerra", "O cortejo dos penitentes" e "Lembra-me um sonho lindo".
Morreu a 1 de julho de 2024, aos 75 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
Álbuns de originais
- Fausto (1970)
- P'ró Que Der e Vier (1974)
- Um Beco com saída (1975)
- Madrugada dos Trapeiros (1977)
- Histórias de Viageiros (1979)
- Por Este Rio Acima (1982)
- O despertar dos alquimistas (1985)
- Para além das cordilheiras (1987)
- A preto e branco (1988)
- Crónicas da terra ardente (1994)
- A Ópera Mágica do Cantor Maldito (2003)
- Em Busca das Montanhas Azuis (2011)
Singles e EPs
Coletâneas
- O Melhor dos Melhores (1994)
- Atrás dos Tempos Vêm Tempos (1996)
- Grande Grande É a Viagem (ao vivo) (1999)
- 18 canções de amor e mais uma de ressentido protesto (2007)
Álbuns em colaboração
- Cantigas De Ida E Volta (1975), em conjunto com Sérgio Godinho, Vitorino e Sheila Charlesworth
- A Confederação (1978), em conjunto com Sérgio Godinho e José Mário Branco
- Três Cantos: Ao Vivo (2009), em conjunto com Sérgio Godinho e José Mário Branco
Prémios e condecorações
- 1969 — Prémio Revelação, atribuído pela Rádio Renascença
- 1988 — Prémio José Afonso
- 1994 — Oficial da Ordem da Liberdade (9 de junho)
- 2012 — Melhor Álbum — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "Em Busca das Montanhas Azuis"
- 2012 — Melhor Canção — Prémios Autores da Sociedade Portuguesa de Autores, "E Fomos pela Água do Rio"
- 2017 — Prémio Carlos Paredes (Carreira)
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
07:06
0
bocas
Marcadores: A Guerra é a Guerra, canção de intervenção, cantautor, Fausto, Fausto Bordalo Dias, MPP, música
quarta-feira, outubro 16, 2024
Saudades do Adriano Correia de Oliveira...
Senhora, partem tão tristes
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
partem tão tristes os tristes,
tão fora de esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo-Branco
Postado por
Pedro Luna
às
22:22
0
bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, música, Senhora partem tão tristes
Música para uma triste e clara madrugada...
E alegre se fez triste - Adriano Correia de Oliveira
Poema de Manuel Alegre e música de José Niza
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como
chuva que viesse em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
Postado por
Pedro Luna
às
04:20
0
bocas
Marcadores: Académica, Adriano Correia de Oliveira, Canção da Beira Baixa, canção de intervenção, E Alegre se Fez Triste, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
Adriano Correia de Oliveira morreu, nos braços da sua Mãe, há 42 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:42
0
bocas
Marcadores: Adriano Correia de Oliveira, canção de intervenção, Fado de Coimbra, Minha mãe, música




