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quinta-feira, outubro 05, 2023

Always Look On The Bright Side Of Life...

Habemus Trophaeum Mundi...!

Os Monty Python celebram hoje cinquenta e quatro anos!

O pé de Cupido, utilizado em Monty Python's Flying Circus
      
Monty Python ou The Pythons é um grupo de comédia britânico, criadores e intérpretes da série cómica Monty Python's Flying Circus, um programa de televisão britânico que foi ao ar pela primeira vez em 5 de outubro de 1969. Como série televisiva, consistiu de 45 episódios divididos em 4 temporadas. Entretanto o fenómeno Python não se limitou a apenas isso, espalhando-se por shows, filmes, programas de rádio e diversos jogos de computador e livros, além de lançar os seus seis integrantes ao estrelato.
A sua influência na comédia chegou a ser comparada ao impacto causado na música pelos Beatles. Enquanto no humor britânico a sua presença sempre foi nítida, nos Estados Unidos ela é especialmente evidente em programas de conteúdo absurdo como South Park, Adult Swim, trechos de Late Night with Conan O'Brien, além do programa Saturday Night Live. O termo pythonesque, em tradução livre 'pythonesco', está em dicionários da língua inglesa para indiciar algo surreal ou absurdo.
No Brasil uma geração de humoristas e artistas cariocas, como Regina Casé, Luís Fernando Guimarães, Evandro Mesquita, integrantes do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e programas como Casseta e Planeta Urgente! e TV Pirata são exemplos do estilo non-sense sob influência do Monty Python. O cartunista Allan Sieber e o ator Bruno Mazzeo, mais conhecido pelo seu trabalho na série Cilada, também já admitiram gostar do grupo inglês.
Em Portugal, grupos de humoristas, como os Gato Fedorento, afirmam ser fortemente influenciados pelos Monty Python, no modo como os seus sketches muitas vezes tendem para o absurdo.
O nome Monty Python foi escolhido por o considerarem engraçado. No documentário Live at Aspen, de 1998, o grupo revelou como o nome foi escolhido. Monty veio em tributo a Lord Montgomery, um lendário general britânico da II Guerra Mundial. Python surgiu pois eles decidiram ter uma palavra que também soasse evasiva, e essa pareceu perfeita.
Num inquérito de 2005 para escolher O Comediante dos Comediantes realizada pela emissora britânica Channel 4, três dos seis integrantes do Monty Python foram incluídos entre os 50 maiores humoristas. Michael Palin ficou em trigésimo, Eric Idle em vigésimo-primeiro e John Cleese em segundo lugar, sendo superado apenas por Peter Cook. Recentemente, todos os integrantes do grupo (menos Graham Chapman, pois faleceu em 1989) se juntaram, para fazer um especial com os episódios mais engraçados da série.
      
     
Originalmente composto por Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones, jovens atores britânicos que implementaram um novo estilo de texto e representação, marcadamente anárquico e pautado pelo completo surrealismo das cenas. Também contavam com Terry Gilliam, cartunista que trabalhara na revista Mad.
O grupo também contava com Carol Cleveland, Neil Innes e alguns outros atores, todos tendo participações menores. Também esteve em alguns sketches Connie Booth, ex-mulher de John Cleese.
De igual modo, fizeram participações especiais celebridades como Steve Martin, Douglas Adams (autor da série À Boleia Pela Galáxia), Rowan Atkinson (ator que interpreta Mr. Bean) e os ex-beatles Ringo Starr e George Harrison.
       

 

NOTA: para celebrar a conquista de sermos um dos países que acolhe o Mundial de Futebol de 2030, e até porque ainda nos lembramos que vivemos numa cidade que vai passar as próximas dezenas de anos a pagar o estádio que recebeu dois jogos no Europeu de 2004, alguns sketches sobre este desporto dos Monty:

 

 

 


quarta-feira, outubro 04, 2023

Graham Chapman morreu há trinta e quatro anos...

    
Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um ator e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
  
(...)
  
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O discurso foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
   

 


segunda-feira, outubro 02, 2023

Groucho Marx nasceu há 133 anos

    
Groucho Marx, pseudónimo de Julius Henry Marx (Nova Iorque, 2 de outubro de 189019 de agosto de 1977) foi um comediante e ator dos Estados Unidos, célebre como um dos mestres do humor. Fez treze filmes com os seus irmãos, os irmãos Marx, dos quais foi o terceiro, por ordem de nascimento. Groucho teve também uma carreira a solo bem-sucedida, especialmente como apresentador de game shows de rádio e televisão como You Bet Your Life e Tell it to Groucho. A sua aparência característica, que recordava os seus dias de ator de vaudeville, incluía detalhes como óculos e um charuto, além de espessos bigode e sobrancelhas pintadas.
    

 (...)
   
 

Ao longo de sua carreira, ele introduziu uma série de canções memoráveis em filmes, incluindo "Hooray for Captain Spaulding", "Everyone Says I Love You" e "Lydia the Tattooed Lady". Frank Sinatra, que uma vez disse que a única coisa que podia fazer melhor do que Marx era cantar, fez um filme com Marx e Jane Russell em 1951, intitulado Double Dynamite.

Morreu aos 86 anos, vítima de uma pneumonia. Groucho notabilizou-se por diversas frases célebres em seus filmes, como: "Eu nunca faria parte de um clube que me aceitasse como sócio" ou ¨Eu nunca esqueço um rosto, mas no seu caso, vou fazer uma exceção¨. Foi sepultado no Eden Memorial Park, Mission Hills, Califórnia no Estados Unidos.
   

 


segunda-feira, setembro 25, 2023

Don Adams morreu há dezoito anos

  

Donald James Yarmy, mais conhecido como Don Adams (Nova Iorque, 13 de abril de 1923 - Los Angeles, 25 de setembro de 2005), foi um comediante e ator norte-americano.
Filho de um judeu  húngaro que geria uma pequena rede de restaurantes no bairro do Bronx, o jovem Don gostava de faltar às aulas para ir ao cinema. O sobrenome Adams foi retirado do casamento com a sua primeira esposa, Adelaide Adams, pois o seu último nome não o ajudava muito e as audições eram feitas sempre pela ordem alfabética.
Obteve fama como protagonista da série de comédia norte-americana Get Smart (Olho Vivo em Portugal e Agente 86 no Brasil), com o personagem Maxwell Smart, o trapalhão agente 86, nome pelo qual a série era conhecida no Brasil. Teve um sucesso estrondoso, rendendo-lhe várias nomeações para prémios como o Globo de Ouro e o Emmy, sendo que, nesse último, ganhou três vezes consecutivas na categoria de melhor ator de séries cómicas. A série foi exibida de 1965 a 1969 pela NBC e teve mais uma temporada em 1970 na ABC. Fazia-lhe par, na série, a agente 99, interpretada pela atriz Barbara Feldon. O par acabou por se tornar um casal na série. Smart e 99 "casaram" na temporada de 1969 e tiveram gémeos na temporada de 1970.
Mesmo com o término da série original, Don e Barbara ficaram ligados aos personagens. Realizaram longas-metragens e filmaram para a TV uma nova série, que continuou a história dos agentes 86 e 99: nesta, eram os pais de um jovem agente igualmente atrapalhado (interpretado por Andy Dick). Don Adams era amigo de Hugh Hefner, visitando-o com frequência na sua Mansão Playboy.
Don Adams faleceu em 2005, em Los Angeles, de complicações provenientes de um cancro do pulmão. Ele sempre dizia nas entrevistas que não se importava por ter feito apenas um papel de sucesso na televisão: o seu propósito como comediante era, antes de tudo, fazer o telespectador rir.
Casou-se 4 vezes e teve 7 filhos. Uma de suas filhas, Cecily, morreu um ano e cinco meses antes, vítima de cancro do pulmão, a mesma doença que viria a matar Adams. Adams foi sepultado num cemitério em Hollywood.
     

   
in Wikipédia

sábado, setembro 16, 2023

Hoje, não há quem aguente...

O músico Falcão faz hoje 66 anos

 
Marcondes Falcão Maia (Pereiro, 16 de setembro de 1957), mais conhecido pelo seu nome artístico Falcão, é um arquiteto, apresentador de televisão, ator, cantor, compositor, humorista e músico brasileiro notado pelo estilo irreverente e cómico. Tem dez discos gravados, com sucessos como as canções I'm Not Dog No, Black People Car, Holiday Foi Muito e I Love You Tonight.

  

in Wikipédia

 


sexta-feira, setembro 15, 2023

Bocage nasceu há 258 anos

   

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de setembro de 1765Lisboa, 21 de dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.
Era primo, em segundo grau, do zoólogo José Vicente Barbosa du Bocage.
Nascido em Setúbal às três horas da tarde de 15 de setembro de 1765, falecido em Lisboa na manhã de 21 de dezembro de 1805, era filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era francês.
Teve cinco irmãos. O pai do poeta, José Luís Soares de Barbosa, nasceu em Setúbal, em 1728. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, foi juiz de fora em Castanheira e Povos, cargo que exercia durante o Sismo de Lisboa de 1755, que arrasou aquelas povoações.
Em 1765, foi nomeado ouvidor em Beja. Acusado de ter desviado a décima enquanto ouvidor, possivelmente uma armadilha para o prejudicar, visto ser próximo de pessoas que foram vítimas de Pombal, o pai de Bocage foi preso para o Limoeiro em 1771, nunca chegando a fazer defesa das suas acusações. Com a morte do rei D. José I, em 1777, dá-se a "viradeira", que valeu a liberdade ao pai do poeta, que voltou para Setúbal, onde foi advogado.
A sua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Anne-Marie Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.
Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.
A sua infância foi infeliz. O pai foi preso, quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, surge nomeado guarda-marinha por D. Maria I.
Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.
Em 14 de abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de junho.
Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro" que "gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei algumas poesias-canção, cheias de bajulações, visando atingir os seus objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios,e admoestado com algumas rimas de baixo calão, que originaram a famosa frase: "quem tem c... tem medo, e eu também posso errar", fê-lo prosseguir viagem para as Índias". Fez escala na ilha de Moçambique (início de setembro) e chegou à Índia em 28 de outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau.
Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.
A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.
Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades.
Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das “Rimas”.
Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Ficou até 17 de fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente, como redator e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798.
De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.
A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa, por ele arrendada, no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da Travessa André Valente.
O dia 15 de setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.

 

Monumento de Bocage em Setúbal
  
 
 
Auto-retrato
 
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
 
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
 
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
 
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.

domingo, setembro 10, 2023

Nicolau Tolentino de Almeida nasceu há 283 anos

Frontispício de uma peça de teatro "de cordel" de Tolentino
        
Nicolau Tolentino de Almeida (Lisboa, 10 de setembro de 1740 - Lisboa, 23 de junho de 1811) foi um poeta português que pertenceu ao movimento da Nova Arcádia (1790-1794).
Aos vinte anos ingressou em Leis na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas ao invés dos estudos tinha vida boémia e de poeta. No ano de 1765 tornou-se professor de retórica, numa das cátedras criadas pelo Marquês de Pombal, após a expulsão dos jesuítas.
Os seus versos continham muitas vezes pedidos, pleiteando um cargo na secretaria de estado, até que este foi satisfeito, com a nomeação como oficial de secretaria.
Foi um professor durante quinze anos, mas esta vida desagradava-lhe, pois era inadaptado e descontente até conseguir o posto na Secretaria dos Negócios do Reino. Obteve tudo quanto pretendeu, o que não o fez deixar de deplorar uma suposta miséria.
Bom metrificador, compôs sátiras descritivas e caricaturais, sonetos e odes, que reuniu em 1801 num volume chamado Obras Poéticas. Ficou pela superfície, mas apreendeu bem os erros e ridículos da época. O seu cómico consistia no agravamento das proporções, hipertrofiando o exagero que encontrava.
     

  

 
Vai, mísero cavalo lazarento

    

Vai, mísero cavalo lazarento,
Pastar longas campinas livremente;
Não percas tempo, enquanto to consente
De magros cães faminto ajuntamento.

Esta sela, teu único ornamento,
Para sinal da minha dor veemente,
De torto prego ficará pendente,
Despojo inútil do inconstante vento.

Morre em paz, que, em havendo algum dinheiro,
Hei-de mandar, em honra de teu nome,
Abrir em negra pedra este letreiro:

«Aqui piedoso entulho os ossos come
Do mais fiel, mais rápido sendeiro,
Que fora eterno, a não morrer de fome».

 

Nicolau Tolentino de Almeida

sexta-feira, setembro 08, 2023

Peter Sellers nasceu há 98 anos...

   
Richard Henry Sellers (Southsea, Hampshire, 8 de setembro de 1925 - Londres, 24 de julho de 1980), mais conhecido como Peter Sellers, foi um ator, comediante e cantor britânico. Ele é mais conhecido pelo público mundial através dos seus papeis em muitos filmes, entre eles, o Inspetor-Chefe Clouseau da série de filmes A Pantera Cor de Rosa.
    
Biografia  
Sellers nasceu em 8 de setembro de 1925, em Southsea, um subúrbio de Portsmouth. Seus pais eram William "Bill" Sellers (1900-1962) e Agnes Doreen "Peg", nascidos em Yorkshire (Inglaterra) (nascido Marks, 1892-1967). A sua família era de ascendência portuguesa.
Peter Sellers tornou-se famoso em seu país com a série de rádio da BBC The Goon Show, antes de se lançar em uma carreira cinematográfica de sucesso internacional. Sellers foi o mais famoso intérprete do inspetor Jacques Clouseau, da série A Pantera Cor-de-Rosa.
Além de Clouseau, Sellers criou personagens antológicos como o sinistro Dr. Strangelove (Doutor Fantástico) e o jardineiro Chance do filme Being There ("Muito Além do Jardim"). Na vida real, tinha uma relação estranha com a mãe dominadora e submeteu as suas mulheres e filhos a torturas psicológicas. Numa entrevista ele disse: "odeio tudo o que eu faço, não sei como vocês gostam".
Além dos filmes da série de A Pantera Cor-de-Rosa, também foram importantes em sua carreira: The ladykillers (O Quinteto da Morte); Carlton Browne; The Mouse That Roared (O rato que ruge); I'm alright, Jack (Papai é Nudista); The millionairess (Com milhões e sem carinho); Lolita; Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (Dr. Fantástico); Cassino Royale; The Party (Um Convidado bem Trapalhão) e Being There (Muito Além do Jardim).
Em 1964, aos 38 anos, quando filmava a comédia de Billy Wilder Kiss Me, Stupid, Sellers sofreu uma série de ataques cardíacos (13 em alguns dias), que permanentemente danificaram o seu coração. A condição de Sellers deteriorou-se quando ele adiou tratamento médico adequado e optou por "curandeiros psíquicos". Ele também teve um pacemaker implantado no final de 1970, o que lhe trouxe mais problemas consideráveis.
Um jantar-reunião foi agendado em Londres, com os seus parceiros do The Goon Show, Spike Milligan e Harry Secombe, para finais de julho de 1980. Mas, em 22 de julho, Sellers entrou em colapso a partir de um ataque cardíaco no seu quarto de hotel Dorchester e entrou em coma. Ele morreu num hospital de Londres, pouco depois da meia-noite de 24 de julho de 1980, aos 54 anos. Foi socorrido pela sua quarta esposa, Lynne Frederick, e três filhos: Michael, Sarah e Vitória. No momento da sua morte, havia-lhe sido programada naquele mês uma cirurgia cardíaca em Los Angeles.
Embora Sellers tenha entrado com um processo de exclusão de Lynne Frederick do seu testamento, uma semana antes de morrer de um ataque cardíaco em 1980, ela herdou quase todas as suas propriedades, num valor estimado em £4,5 milhões (de libras esterlinas), enquanto os seus filhos, receberam £800 (libras esterlinas) cada. Quando Frederick morreu de alcoolismo, em 1994, aos 39 anos de idade, sua mãe Iris haveria de herdar tudo, inclusive todos os rendimentos e royalties dos seus trabalhos. Quando Iris Frederick morre, tudo vai para Cassie, a filha que Lynne teve com o seu terceiro marido, Barry Unger. O filho de Sellers, Michael, morreu de um ataque cardíaco aos 52 anos, durante cirurgia, em 24 de julho de 2006 (exatamente 26 anos após a morte de seu pai). Michael deixou vivos a sua segunda esposa, Alison, com quem se casou em 1986, e seus dois filhos.
No seu testamento, Sellers solicitou que a canção de Glenn Miller "In the Mood" fosse tocada no seu funeral. O pedido é considerado o seu último toque de humor, já que ele odiava a peça musical. O seu corpo foi cremado, e ele foi enterrado no Golders Green Crematorium, em Londres. Em 1994, as cinzas de sua viúva, Lynne, morta naquele mesmo ano, foram co-enterradas no seu túmulo.
O filme de 2004, baseado no livro com o mesmo nome, The Life and Death of Peter Sellers, fala de sua vida. Geoffrey Rush, que interpreta Peter Sellers, ganhou um BAFTA por esta atuação.
      

quinta-feira, agosto 17, 2023

O Triunfo dos Porcos foi publicado há 78 anos

    
Animal Farm (O Triunfo dos Porcos) é um romance alegórico do escritor inglês George Orwell, publicado no Reino Unido, a 17 de agosto de 1945, e nomeado pela revista americana Time entre os cem melhores da língua inglesa. A sátira feita pelo livro à União Soviética comunista obteve o 31º lugar na lista dos melhores romances do século XX organizada pela Modern Library List.
O livro narra uma história de corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e demolir o "paraíso comunista" proposto pela Rússia na época de Estaline. A revolta dos animais da Manor Farm contra os humanos é liderada pelos porcos Snowball (Bola-de-Neve) e Napoleon (Napoleão). Os animais tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleon é seduzido pelo poder, afasta Snowball e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos.
Para o autor, um social-democrata e membro do Partido Trabalhista Independente por muitos anos, a obra é uma sátira à política estalinista que, segundo a sua ótica, teria traído os princípios da revolução russa de 1917.
    
Enredo
Sentindo chegar a sua hora, Major, um velho porco, reúne os animais da fazenda para compartilhar de um sonho: serem governados por eles próprios, os animais, sem a submissão e exploração do homem. Ensinou-lhes uma antiga canção, Bichos da Inglaterra (Beasts of England), que resume a filosofia do animalismo, exaltando a igualdade entre eles e os tempos prósperos que estavam por vir, deixando os demais animais extasiados com as possibilidades.
O velho Major faleceu três dias depois, tomando a frente da luta os astutos e jovens porcos Bola-de-Neve e Napoleão, que passaram a reunir-se clandestinamente, a fim de traçar as estratégias da revolução. Certo dia o Sr. Jones, então proprietário da fazenda, descuidou-se na alimentação dos animais, facto este que se tornou o rastilho da Revolução para os animais.
Sob o comando dos inteligentes e letrados porcos, os animais passaram a chamar a Quinta Manor de Quinta dos Animais, e aprenderam os Sete Mandamentos, que, a princípio, tinham a seguinte forma:
Cquote1.svg 1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.
Cquote2.svg
Para os animais menos inteligentes, os porcos resumiram os mandamentos apenas na máxima "Quatro pernas bom, duas pernas ruim" que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas. Após a primeira invasão dos humanos, na tentativa frustrada de retomar a fazenda, Bola-de-Neve luta bravamente, dedica todo o seu tempo ao aprimoramento da fazenda e da qualidade de vida de todos, mas, mesmo assim, Napoleão expulsa-o do território, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam por toda a história, mesmo após o desaparecimento de Bola-de-Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação para os animais para catástrofes, criando-se um mito em torno do porco que, a partir daí, é considerado um traidor.
Napoleão apossa-se da ideia de Bola-de-Neve de construir um moinho de vento para a geração de energia, mesmo havendo feito duras críticas à imaginação do companheiro, e inicia a sua construção. Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, apontando essa ideia como mais uma invenção de Bola-de-Neve. Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:
Cquote1.svg 4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.
Cquote2.svg
O hino da Revolução é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando. Napoleão é declarado líder por unanimidade. As condições de trabalho se degradam, os animais recebem novo ataque humano e já não se lembram se na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era mesmo pior, mas lembravam-se da liberdade proclamada, e eram sempre lembrados por sábios discursos suínos, principalmente os proferidos por Garganta, um porco com especial capacidade persuasiva. Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Quinta dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. O que se assiste é um arremedo grotesco da sociedade humana.
O slogan das ovelhas fora modificado ligeiramente, “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”, pois agora os porcos andavam sobre as duas patas traseiras. No final, os animais, ao olhar para dentro de casa, já não conseguem distinguir os porcos dos homens.
    

terça-feira, agosto 08, 2023

Saudades da loucura mansa do Solnado...

Raul Solnado morreu há catorze anos...


   

Raul Augusto de Almeida Solnado (Lisboa, Santa Isabel, 19 de outubro de 1929 - Lisboa, Campo Grande, 8 de agosto de 2009) foi um humorista, apresentador de televisão e ator português.
    
Biografia
Filho de Bernardino da Silva Solnado (Vila de Rei, Fundada, 1902 - ?) e de sua mulher Virgínia Augusta de Almeida (Fornos de Algodres, Maceira, circa 1905 - Lisboa, Santa Isabel, 19 de outubro de 1929).
Unanimemente reconhecido como um dos maiores nomes do humor português, começou a fazer teatro na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul (1947), profissionalizando-se em 1952.
Em 1953 estreia-se no teatro de revista com "Viva O Luxo", apresentado no Teatro Monumental. Entra também em "Ela não Gostava do Patrão".
1956 é o ano de "Três Rapazes e Uma Rapariga" no Teatro Avenida. Participa ainda nos filmes "O Noivo das Caldas" e "Perdeu-se um Marido".
No ano de 1958 participou nos filmes "Sangue Toureiro" e "O Tarzan do Quinto Esquerdo". Desloca-se pela primeira vez ao Brasil em 1958, onde correu tudo mal.
Em 1960 torna-se primeiro ator na peça "A Tia de Charley" apresentada no Teatro Monumental. Participa no filme "As Pupilas do Senhor Reitor" (Prémio S.N.I.).
"A Guerra de 1908", um sketch do espanhol Miguel Gila, adaptado para português por Solnado, é interpretado na revista "Bate o Pé", estreada no Teatro Maria Vitória em outubro de 1961. Entra também no filme "Sexta-feira, 13".
O disco que reunia "A Guerra de 1908" e "A História da Minha Vida", editado em abril de 1962, bateu todos os recordes de vendas de discos.
Em 1962 entra em "Lisboa à Noite", em cena no Teatro Variedades, onde interpreta os sketcks "É do Inimigo" e "Concerto do Inimigo". É protagonista do filme neo-realista "Dom Roberto", de José Ernesto de Sousa. Vence o Prémio de Imprensa para melhor ator de cinema.
Após 1963, faz teleteatro no Brasil, onde apresentou-se em programas das TVs Record e Excelsior, e na RTP. "Vamos Contar Mentiras" é o grande espetáculo do ano de 1963. Torna-se em 1964 fundador e empresário do Teatro Villaret. A estreia foi em 1965 com "O Impostor-Geral" onde foi o protagonista.
Mariema e Raul Solnado recebem os Prémios de Imprensa para melhores atores de teatro de revista.
Em maio de 1966 foi lançado o EP "Chamada Para Washington."
O EP "Cabeleireiro de Senhoras" foi lançado em dezembro de 1968. Em janeiro de 1969 foi editada a compilação "O Irresistível Raul Solnado" que incluía alguns dos principais êxitos editados anteriormente em EP (História do Meu Suicídio, Chamada para Washington, O Bombeiro Voluntário, A Guerra de 1908, O Cabeleireiro de Senhoras, História da Minha Vida).
No dia 24 de maio de 1969 foi gravado o primeiro programa do "Zip-Zip", no Teatro Villaret. A última emissão foi no dia 29 de dezembro do mesmo ano. O programa da autoria de Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz foi um dos marcos desse ano.
Em dezembro de 1969 é o protagonista de "O Vison Voador".
A peça "O Tartufo de Moliére" é estreada em janeiro de 1972. Ainda em 1972 participa na revista "Prá Frente Lisboa". A canção "Malmequer" tornou-se um grande êxito popular.
Em 1974, fez quadros humorísticos de sucesso no programa Fantástico, da brasileira Rede Globo.
Em 1975 estrela o filme "Aventuras d'um Detetive Português".
O programa "A Visita da Cornélia" é um grande sucesso da televisão portuguesa em 1977.
Com César de Oliveira adapta a Peça "Checkup" do dramaturgo brasileiro Paulo Pontes. "Isto É Que Me Dói" incluía no elenco Raul Solnado, Guida Maria, Helena Matos, Joel Branco, Cândido Mota, Luís de Mascarenhas e David Silva.
O single "Dá O Cavaquinho, Os Ferrinhos e a Pandeireta" de 1978 inclui dois temas de Luiz Miguel d'Oliveira: "É Tão Bom Sabe tão Bem" e "Viste O Lino?".
Raul Solnado pertencia ao Grande Oriente Lusitano (GOL) desde meados da década de 80, embora depois não tivesse sido muito ativo.
Repete o enorme êxito com a peça "Há Petróleo no Beato" de 1981. "Super Silva" foi outro êxito enorme.
Com Fialho Gouveia e Carlos Cruz apresenta na RTP o programa "E O Resto São Cantigas" onde foram recordados músicos e compositores da época áurea da música ligeira portuguesa.
No concurso televisivo "Faz de Conta" mostra todo o seu talento ao contracenar e improvisar com os concorrentes que lhe davam réplica.
Na televisão é o protagonista da sitcom "Lá Em Casa Tudo Bem" que dura vários meses.
Em 1987 interpreta um papel dramático no filme "Balada da Praia dos Cães", de José Fonseca e Costa, baseado no livro de José Cardoso Pires.
Foi ator convidado do Teatro Nacional D. Maria II, como protagonista da peça "O Fidalgo Aprendiz", de D. Manuel de Melo.
Publicou a sua autobiografia – A Vida Não Se Perdeu (1991).
Em 1992 foi ator convidado do Teatro Nacional de S. Carlos, na personagem Frosch da opereta "O Morcego", de Strauss.
Em 1993 participou, ao lado de Eunice Muñoz, na telenovela "A Banqueira do Povo" de Walter Avancini.
Entrou na peça "As Fúrias", de Agustina Bessa-Luís, no Teatro Nacional D.Maria II, em 1994.
Em 1995 fez "O Avarento", de Molière, no Teatro Cinearte, encenado por Helder Costa. Nesse ano foi editada a compilação "Best Seller dos Discos".
Em março de 2000 realizou-se em Tondela uma homenagem, organizada pelo grupo Trigo Limpo ACERT, que foi acompanhada por uma exposição biográfica sobre o ator, baseada no livro de Leonor Xavier, "Raul Solnado - A Vida Não Se Perdeu".
Em 2001 voltou aos palcos do teatro com um papel de grande relevo na peça "O Magnífico Reitor" de Freitas do Amaral. Recebe o Prémio Carreira Luís Vaz de Camões.
Foi homenageado em 2002 com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa e recebeu, em 10 de junho de 2004, do Presidente Jorge Sampaio a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
A compilação "Tá Laáa…? O Melhor de Raul Solnado - volume 2" inclui o inédito "O Paizinho do Ladrão", "A História do Meu Suicídio" e ainda gravações "No Zip-Zip", "No Teatro" e "Nas Cantigas". Além de "Fado Maravilhas" e de "Malmequer" inclui duas novas gravações: "Eu Já Lá Vou" e "Haja Descanso (Viva o Chouriço)".
Foi, até à sua morte, Diretor da Casa do Artista, sociedade de apoio aos artistas, que fundou juntamente com Armando Cortez, entre outros.
Casou a 15 de março de 1958 com Joselita Alvarenga (Cambuquira, Minas Gerais, 4 de dezembro de 1934), de quem se divorciou a 30 de maio de 1980. Era pai de José Renato Alvarenga Solnado (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 2 de dezembro de 1959), de Alexandra Solnado e do cantor Mikkel Solnado (1975, filho de Anne Louise), além de avô da atriz Joana Solnado.
Raul Solnado faleceu no dia 8 de agosto de 2009, vitima de doença cardiovascular e os seus restos mortais descansam no Cemitério dos Prazeres. Será para sempre um ícone do povo português e de Portugal.
    

    

segunda-feira, agosto 07, 2023

Oliver Hardy morreu há 66 anos...

   
Oliver Hardy (Harlem, 18 de janeiro de 1892Los Angeles, 7 de agosto de 1957) foi um ator cómico norte americano que formou, ao lado de Stan Laurel, a famosa dupla Laurel and Hardy (“Bucha e Estica”), que atuou desde a época do cinema mudo até à sua morte, em 1957.

 
in Wikipédia

domingo, julho 30, 2023

Nicolau Breyner nasceu há 83 anos...

(imagem daqui)
    
João Nicolau de Melo Breyner Moreira Lopes (Serpa, 30 de julho de 1940Lisboa, 14 de março de 2016) foi um ator e realizador português.
Depois da infância em Serpa, onde nasceu no seio de uma família de proprietários agrícolas, mudou-se para Lisboa com os pais e o avô materno. Na capital estudou canto e integrou o coro da Juventude Musical Portuguesa, ao mesmo tempo que prosseguia os estudos, primeiro no Colégio Visconde de Castelões e depois no Liceu Camões. De seguida, ingressou na Faculdade de Direito, com a ambição de se tornar diplomata. Viria a desistir de Direito, optando por se diplomar no Conservatório Nacional, no curso de Teatro; já depois de concluir o de Canto, que ainda acumulou com a frequência de Direito
A sua estreia como ator dá-se quando ainda frequentava o Conservatório. Sob a direção de Ribeirinho, entra na peça Leonor Telles, de Marcelino Mesquita, produzida pelo Teatro Nacional Popular, uma companhia do Estado dirigida pelo próprio Ribeirinho, instalada no Teatro da Trindade. Passa depois pelo Teatro Moderno de Lisboa, uma companhia renovadora do teatro português dos anos 60, onde trabalhou junto de Ruy de Carvalho, Armando Cortez, Carmen Dolores e Manuel Cavaco.
Contratado por Vasco Morgado, estreia-se no teatro de revista, abandonando o Teatro Moderno de Lisboa. Pela mesma altura faz as suas primeiras digressões em África. A seguir, José Miguel, outro empresário, de casas de fado e de teatros, leva-o para o Teatro ABC, onde permanece quando o espaço é comprado pelo empresário Sérgio de Azevedo. Através da interpretação de papéis cómicos tornar-se-á conhecido do grande público, revelando-se um dos mais bem sucedidos atores da sua geração.
Em 2005, 25 anos depois de ausência do teatro, regressou aos palcos para interpretar o monólogo Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, produzido por Sérgio de Azevedo.
Após o 25 de abril de 1974 concebeu o seu primeiro programa televisivo, Nicolau no País das Maravilhas. Este programa tinha uma rábula chamada Senhor Feliz e Senhor Contente, onde lançaria um jovem aspirante a humorista, Herman José. Em princípios da década de 80 surge como ator e, simultaneamente, diretor de atores e co-autor do guião da primeira novela portuguesa, Vila Faia (1982). Segue-se a fundação da NBP Produções, hoje Plural Entertainment, a sua própria produtora de televisão, onde será administrador, produtor e realizador; atividades que fazem dele um verdadeiro precursor da indústria de ficção televisiva em Portugal.
Sem deixar a representação, concebeu outras produções televisivas, como as sitcoms Eu Show Nico e Euronico; e participou como ator noutras tantas (Gente Fina é Outra Coisa; Nico D'Obra; Reformado e Mal Pago; Santos da Casa; Aqui não Há Quem Viva); além de diversas séries (O Espelho dos Acácios; Conde D'Abranhos; A Ferreirinha; João Semana; Quando os Lobos Uivam, Pedro e Inês, Equador, Morangos com Açúcar, Barcelona, Cidade Neutral, Família Açoriana) e novelas (Origens, Cinzas (telenovela), Verão Quente (telenovela), Primeiro Amor (telenovela), Vidas de Sal, Fúria de Viver, Vingança, Flor do Mar, Meu Amor, Louco Amor, Jardins Proibidos, O Beijo do Escorpião).
Ao longo da sua carreira somou quase 50 participações no cinema, em filmes de cineastas de diversas gerações, como Augusto Fraga, Perdigão Queiroga, Henrique Campos, José Ernesto de Souza, Herlander Peyroteo, Artur Semedo, Luís Galvão Teles, Fernando Lopes, Jorge Paixão da Costa, António Pedro Vasconcelos, Roberto Faenza, Joaquim Leitão, Leonel Vieira, Mário Barroso, João Botelho e Bille August. Uma das suas participações mais recentes é o filme Comboio Noturno Para Lisboa, adaptação do livro homónimo de Pascal Mercier, e que estreou em 2013. Pelas suas prestações no grande ecrã recebeu três Globos de Ouro para Melhor Ator, com Kiss Me (2004), O Milagre Segundo Salomé (2004) e Os Imortais (2003).
A 9 de junho de 2005, foi agraciado pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito e, a 22 de abril de 2016, por Marcelo Rebelo de Sousa, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo.
Em 2010, deu voz ao personagem Gru, protagonista do filme "Gru - O Maldisposto", em 2013 na sequela "Gru - O Maldisposto 2", em 2015 no filme "Mínimos" e na "Abelha Maia: O Filme", onde deu voz ao gafanhoto Flip. 
Morreu a 14 de março de 2016, aos 75 anos, na sua casa de Lisboa, vítima de ataque cardíaco. O seu corpo foi sepultado no cemitério do Alto de São João.