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quarta-feira, agosto 20, 2025

Música adequada à data...

Saudades de António Bernardino...

António Bernardino nasceu há 83 anos...

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António Bernardino Pires dos Santos (Berna), nasceu em 20 de agosto de 1941 em Óis da Ribeira, concelho de Águeda. Fez o liceu em Aveiro onde deu os primeiros passos nas cantigas, não só na Récita de Finalistas de 61/62, como também em inúmeras serenatas, tão em voga na época. Do seu primeiro Grupo de Fados de Aveiro marcaram presença António Andias, António Castro, Carlos Lima e Mário Cruz.

- Chegou a Coimbra em 1963 e desde logo as suas grandes capacidades de intérprete o guindaram à ribalta da Canção Coimbrã. Foram seus companheiros nessa época António Portugal, os irmãos Melo (Eduardo e Ernesto), Octávio Sérgio, Nuno Guimarães, Manuel Borralho, Francisco Martins, Hermínio Menino, Jorge Rino, Rui Pato, Durval Moreirinhas e Jorge Moutinho. Colaborou com quase todas as secções culturais da Associação Académica de Coimbra - Orfeão, Tuna, CITAC, Coro Misto / Danças Regionais - e manifestações académicas - Saraus, Serenatas Monumentais, Latadas, Festas de Repúblicas, etc.
- Gravou o seu primeiro disco em 1964 do qual faziam parte a “Samaritana” e “Fado do 5º Ano Médico”. Alguns dos seus registos fonográficos, nomeadamente os de contestação, não chegaram ao grande público, embora existam alguns exemplares guardados religiosamente em coleções particulares. Em 1969 grava o LP “Flores para Coimbra”, sem dúvida o seu trabalho mais importante e que marcou um momento histórico de viragem.
- António Bernardino considerou-se influenciado por José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e pela poesia de Manuel Alegre. Gravou oficialmente cerca de 50 temas.
- Em 1967 foi mobilizado para a guerra colonial, em Moçambique, local onde permaneceu até 1974. Regressado de África, passou a residir em Lisboa a partir de 1975. Licenciado em Ciências Geográficas, exerceu o cargo de Vice-presidente dos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa. Continuou sempre a cantar e a participar em espetáculos, gravações de discos e programas de televisão e rádio. Nesta fase foi acompanhado por António Portugal, António Brojo, João Bagão, Octávio Sérgio, Aurélio Reis, Luis Filipe, Rui Pato, Durval Moreirinhas e tantos outros.
- António Bernardino foi, seguramente, o cantor que mais divulgou a canção de Coimbra no estrangeiro. Dos E.U.A. à ex-URSS, da América Central à Tailândia, da América do Sul à Malásia, da África a Macau, a todos levou um pouco da cultura coimbrã.
- No dia 10 de junho de 1995, foi agraciado pelo então Presidente da Republica Dr. Mário Soares, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, por serviços relevantes prestados à cultura.
- Faleceu em 17 de junho de 1996. 
 
 

terça-feira, junho 17, 2025

Saudades de António Bernardino...

António Bernardino morreu há 29 anos...

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António Bernardino Pires dos Santos (Berna), nasceu em 20 de agosto de 1941 em Óis da Ribeira, concelho de Águeda. Fez o liceu em Aveiro onde deu os primeiros passos nas cantigas, não só na Récita de Finalistas de 61/62, como também em inúmeras serenatas, tão em voga na época. Do seu primeiro Grupo de Fados de Aveiro marcaram presença António Andias, António Castro, Carlos Lima e Mário Cruz.

- Chegou a Coimbra em 1963 e desde logo as suas grandes capacidades de intérprete o guindaram à ribalta da Canção Coimbrã. Foram seus companheiros nessa época António Portugal, os irmãos Melo (Eduardo e Ernesto), Octávio Sérgio, Nuno Guimarães, Manuel Borralho, Francisco Martins, Hermínio Menino, Jorge Rino, Rui Pato, Durval Moreirinhas e Jorge Moutinho. Colaborou com quase todas as secções culturais da Associação Académica de Coimbra (Orfeão, Tuna, CITAC, Coro Misto / Danças Regionais) e nas manifestações académicas: Saraus, Serenatas Monumentais, Latadas, Festas de Repúblicas, etc.
- Gravou o seu primeiro disco em 1964 do qual faziam parte a “Samaritana” e “Fado do 5º Ano Médico”. Alguns dos seus registos fonográficos, nomeadamente os de contestação, não chegaram ao grande público, embora existam alguns exemplares guardados religiosamente em coleções particulares. Em 1969 grava o LP “Flores para Coimbra”, sem dúvida o seu trabalho mais importante e que marcou um momento histórico de viragem.
- António Bernardino considerou-se influenciado por José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e pela poesia de Manuel Alegre. Gravou oficialmente cerca de 50 temas.
- Em 1967 foi mobilizado para a guerra colonial, em Moçambique, local onde permaneceu até 1974. Regressado de África, passou a residir em Lisboa a partir de 1975. Licenciado em Ciências Geográficas, exerceu o cargo de Vice-presidente dos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa. Continuou sempre a cantar e a participar em espetáculos, gravações de discos e programas de televisão e rádio. Nesta fase foi acompanhado por António Portugal, António Brojo, João Bagão, Octávio Sérgio, Aurélio Reis, Luis Filipe, Rui Pato, Durval Moreirinhas e tantos outros.
- António Bernardino foi, seguramente, o cantor que mais divulgou a canção de Coimbra no estrangeiro. Dos Estados Unidos à ex-URSS, da América Central à Tailândia, da América do Sul à Malásia, da África a Macau, a todos levou um pouco da cultura coimbrã.
- No dia 10 de junho de 1995, foi agraciado pelo então Presidente da Republica, Dr. Mário Soares, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, por serviços relevantes prestados à cultura.
- Faleceu a 17 de junho de 1996. 
 
 

quinta-feira, maio 01, 2025

Poema para iniciar um mês complicado...

 

Canção com Lágrimas - António Bernardino

Poema de Manuel Alegre e música de Adriano Correia de Oliveira

 

Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento, ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e Sol, o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem me dera em Lisboa
Quem me dera em Maio, depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro

Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o Sol, Lisboa com lágrimas
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera