sábado, setembro 30, 2023
A ilha de Sumatra sofreu os efeitos de um terramoto há catorze anos
terça-feira, setembro 19, 2023
Um terramoto quase arrasou a Cidade do México há trinta e oito anos...
O evento
A Cidade do México, com 18 milhões de habitantes na época, teve a sua energia elétrica, abastecimento de água e comunicações comprometidas. Diversos tubos de gás explodiram, provocando incêndios e ampliando a destruição.
Toda a cidade foi abalada, mas as áreas mais afetadas foram aquelas situadas sobre o que em tempos foi o lago de Texcoco, na antiga Tenochtitlán. Os sedimentos não consolidados, situados sob as construções afetadas, e a negligência na construção dos edifícios foram os motivos principais que levaram ao colapso de tantas estruturas.
Após mais de dois minutos, a terra deixou de tremer, e, por essa altura, parte do centro da cidade estava em ruínas. Entre as construções destruídas contam-se várias escolas, cerca de cem mil habitações, o edifício da emissora Televisa, vários edifícios governamentais e alguns hospitais. O número de vítimas foi estimado em 9.500 mortos (havendo algumas fontes que apontam até 35.000 mortos), 30.000 feridos, e 100.000 desalojados. As equipas de socorro terão salvo cerca de 4.000 pessoas, incluindo recém-nascidos de um hospital.
O governo foi criticado por ter se recusado a receber ajuda internacional e pela demora no início do socorro às vítimas.
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domingo, agosto 27, 2023
A ilha de Krakatoa explodiu há cento e quarenta anos...
Anak Krakatoa é um vulcão extremamente ativo e quase sempre é colocado em estado de alerta nível 2. Os cientistas não sabem afirmar quando ele vai entrar em erupção crítica, mas já disseram que vai acontecer.
No dia 22 de dezembro de 2018, o colapso e deslizamento de 2/3 do vulcão Anak Krakatoa no mar causou um tsunami no estreito de Sunda, na Indonésia. Foram contabilizados 429 vítimas, 128 desaparecidos e 1.459 feridos causados pelas ondas gigantes. O evento não foi precedido por terremoto.
Na manhã de 10 de abril de 2020, o Anak Krakatoa começou a entrar em erupção novamente. A primeira erupção pôde ser ouvida na cidade de Jacarta (capital da Indonésia), a mais de 150 quilómetros de distância, lançando uma coluna de cinza vulcânica e fumo de 200 metros de altura, para o relatório de atividade vulcânica do magma do The Center for Volcanology and Geological Disaster Mitigation’s (PVMBG) da Indonésia, disse que a primeira erupção durou um minuto e 12 segundos começando às 21.58. A erupção expeliu cinzas vulcânicas a cerca de 14 quilómetros e uma pluma secundária de cinzas atingiu cerca de 11 quilómetros. A erupção foi em grande parte magmática com fontes de lava visíveis. Nenhum dano generalizado foi relatado, e a erupção terminou várias horas depois.
quinta-feira, agosto 17, 2023
O sismo de Kocaeli, na Turquia, fez milhares de vítimas há 24 anos
O sismo de İzmit de 1999, também chamado sismo de Kocaeli ou sismo de Gölcük, foi um sismo de magnitude 7,6 ou 7,5 que atingiu o noroeste da Turquia a 17 de agosto de 1999 às 03.02 horas locais. O evento durou 37 segundos, provocou a morte de cerca de 17.000 pessoas (dados oficiais) e deixou cerca de meio milhão de pessoas sem casa. Fontes não oficiais referem um número de vítimas muito superior - 35 ou 45 mil mortos e um número semelhante de feridos. A cidade de İzmit ficou severamente danificada, mas também houve estragos significativos em Istambul, onde se registaram cerca de mil mortos.
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domingo, agosto 06, 2023
Notícia interessante sobre a erupção de 2022 de Tonga, a explosão e o tsunami...
A erupção vulcânica do Tonga foi a explosão natural mais poderosa do século
Quando o Tonga, um vulcão submarino localizado na ilha desabitada de Hunga Tonga Ha’apai, entrou em erupção em janeiro de 2022, criou uma das explosões naturais mais maciças em mais de um século.
A força desencadeada pela erupção foi maior que a explosão da maior arma nuclear dos Estados Unidos (EUA), com uma força equivalente a 15 megatons de TNT.
Segundo um estudo recente publicado na Science Advances, a erupção gerou um tsunami de 45 metros de altura ao longo da costa da ilha Tofua e ondas de até 17 metros em Tongatapu, a ilha mais populosa do país.
Liderado por cientistas da Universidade de Miami Rosenstiel School of Marine, Atmospheric, and Earth Science e da Khaled bin Sultan Living Oceans Foundation, o estudo utilizou uma combinação de imagens de satélite, mapeamento feito por drones, e observações de campo para analisar o evento.
“Percebemos imediatamente que o evento que tinha acabado de ocorrer em Tonga era de tal magnitude que era único na era moderna”, disse à ZME Science Sam Purkis, geocientista marinho da Escola de Ciências Marinhas, Atmosféricas e da Terra da Universidade de Miami Rosenstiel.
A equipa descobriu que o complexa batimetria superficial na região atuava como uma armadilha de ondas de baixa velocidade, capturando um tsunami de mais de uma hora de duração, com ondas até 85 metros de altura um minuto após a explosão.
“Tão feroz foi a erupção, que rivaliza facilmente com o Krakatoa, em 1883”, indicou Sam Purkis, referindo-se à erupção de um vulcão no Estreito de Sunda, entre as ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia, que vitimou mais de 36.000 pessoas.
Em 2022, investigadores da Universidade de Bath, no Reino Unido, também descobriram que a erupção de Tonga provocou ondas de choque na atmosfera que circundaram o globo pelo menos seis vezes e registaram as velocidades mais rápidas jamais constatadas na nossa atmosfera: 320 metros por segundo.
E mesmo estando submerso, o vulcão Tonga produziu uma pluma que se estendeu 57 quilómetros até à atmosfera – mais do que qualquer outro vulcão na História.
Mas apesar do seu enorme tamanho e duração, o tsunami causou poucas vítimas. Como é que isso é possível? Os cientistas apontam para três fatores principais: a localização da erupção, a pandemia covid-19 e o aumento da consciencialização e dos esforços de preparação em Tonga que conduziram ao evento.
“Tonga deve ser elogiada pela sua preparação para catástrofes. Certamente esse é o principal fator que impediu uma verdadeira catástrofe humanitária a 15 de janeiro de 2022”, referiu Sam Purkis.
Mas outros vulcões submarinos na área têm potencial para produzir futuros tsunamis da mesma escala. Os vulcões submarinos são muito mais difíceis de controlar do que os vulcões em terra, cujos fumos são visíveis. Isto faz com que as erupções vulcânicas submarinas sejam imprevisíveis e causem problemas a dobrar.
“Os vulcões submarinos são muito mais difíceis de controlar do que os vulcões em terra. O nosso estudo fornece um guia sobre o comportamento dos vulcões submarinos no período que antecede uma explosão geradora de tsunamis. Mostramos como uma série de pequenas explosões saudou a chegada do “grande” que gerou o maior tsunami”, notou Sam Purkis.
“Estas descobertas indicam que os detetores acústicos e sísmicos estrategicamente colocados são provavelmente um meio eficaz de manter o controlo dos vulcões submarinos”, acrescentou o investigador.
A erupção do vulcão Tonga foi um laboratório natural para testar hipóteses e modelos que podem ajudar a melhorar os esforços de preparação para catástrofes. Ao estudar as consequências deste evento, podemos compreender melhor erupções e tsunamis semelhantes e prepararmo-nos de forma mais adequada para o seu impacto.
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quinta-feira, junho 15, 2023
O sismo de Sanriku provocou um mortífero tsunami há 127 anos
segunda-feira, maio 22, 2023
Há 63 anos ocorreu no Chile um dos mais fortes terramotos com registo científico de sempre...
O sismo foi sentido em diferentes partes da Terra e produziu um tsunami que afetou diversas localidades ao largo do Oceano Pacífico, como Havaí e Japão e a erupção do vulcão Puyehue. Cerca de 5 700 pessoas perderam a vida e mais de 2 milhões ficaram feridas por causa desta catástrofe. Tsunamis produzidos pelo tremor causaram 62 mortes no Havai e 31 nas Filipinas nas horas seguintes, e réplicas do primeiro abalo puderam ser sentidas por mais de um ano. Os estragos chegaram a ameaçar seriamente a realização do Campeonato do Mundo FIFA de 1962, já programada para ocorrer no país.
O número de vítimas e os prejuízos deste desastre nunca foram conhecidos com precisão. Diversas estimativas quanto ao número total de mortes diretamente associadas ao sismo e tsunamis foram publicadas, com a USGS a citar estudos e números de 2.231, 3.000, ou 5.700 mortes, enquanto outras fontes usam estimativas de 6.000 mortes. Várias fontes estimam o custo monetário entre 400 milhões e 800 milhões de dólares norte-americanos (equivalentes a 2,9 e 5,8 mil milhões de dólares, aos custos de 2010, corrigidos pelo efeito da inflação).
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sábado, abril 01, 2023
O sismo que deu origem ao Centro de Avisos de Tsunamis do Pacífico foi há 77 anos
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terça-feira, fevereiro 21, 2023
Um terramoto afetou a capital da Ilha do Sul (da Nova Zelândia) há doze anos
O Sismo de Canterbury de 2011 (também conhecido como sismo de Christchurch) foi um sismo de 6,3 de magnitude que atingiu a Ilha do Sul da Nova Zelândia às 12.51 horas de 22 de fevereiro de 2011 (hora local), que corresponde às 23.51 horas de 21 de fevereiro UTC. O número de mortes provocadas pelo sismo foi inicialmente estimado em 159 (em 2 de março de 2011), passando depois para 185.
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segunda-feira, fevereiro 20, 2023
Charles Darwin viu os Andes a subir, ao vivo, há 188 anos
Yo estaba en tierra firme descansando en un césped. (El terremoto) vino de repente y duró dos minutos (aunque pareció mucho más). El sismo era muy notable; a mí y a mi sirviente nos pareció que la ondulación venía del este (…) Un terremoto como este destruye las asociaciones más antiguas, el mundo, el emblema de todo aquello que es sólido.
El maremoto fue advertido por la población al percatarse que se había retirado el mar, estando fresco el recuerdo del terremoto de 1751, la gente huyó de la costa. El maremoto dejó muchas embarcaciones al interior del territorio y miles de peces como es usual. Aunque es interesante la descripción que las aguas marinas se pusieron negras con un olor sulfuroso. Además de producirse un chorro vertical de agua similar a la columna que levanta una ballena en el centro de la bahía de San Vicente.
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quinta-feira, janeiro 12, 2023
Um terramoto, há treze anos, arrasou Port-au-Prince, a capital do Haiti...
Epicentro | 18° 27' 25,2" N 72° 31' 58,8" O |
Hipocentro | 10 km |
Magnitude | 7,0 MW |
Data | 12 de janeiro de 2010 |
Zonas atingidas | |
Vítimas | 100.000 - 316.000 mortos, 350. 000 feridos, mais de 1,5 milhão de afetados e 4 mil amputações |
Geologia
O abalo ocorreu nas imediações da fronteira norte, onde a placa tectónicas das Caraíbas se desloca para leste cerca de 20 mm por ano em relação à placa norte-americana. O sistema de falhas na região tem duas principais no Haiti, a falha de Septentrional-Orient no norte e na Falha de Enriquillo-Plantain Garden no sul, tanto a sua localização e o mecanismo focal sugerem que o terramoto de janeiro de 2010 foi causado pela rutura da Falha de Enriquillo-Plantain Garden, que tinha estado bloqueada durante 250 anos, com aumento de stress. O stress acabaria por ter sido dispersado, quer por um grande terremoto ou uma série de outras menores. A rutura deste terramoto de magnitude de Mw 7.0 foi de cerca de 65 quilómetros de comprimento, com deslizamento médio de 1,8 metros. A análise preliminar da distribuição de deslizamento encontradas nas amplitudes de até cerca de 4 metros, utilizando registos de movimento de terra de todo o mundo.
Um estudo de 2006 pelos peritos de terremoto C. DeMets e M. Wiggins-Grandison notaram que a zona da Falha de Enriquillo-Plantain Garden poderia estar no final do seu ciclo de atividade sísmica e a previsão de um cenário de, no pior caso, de um terremoto de magnitude de 7,2 (semelhante em tamanho ao sismo da Jamaica de 1692). Paul Mann e um grupo, incluindo a equipe de estudo de 2006 apresentou uma avaliação do risco do sistema de falhas de Jardim Enriquillo-Plantain ao 18ª Conferência Geológica do Caribe, realizada em março de 2008, observou a tensão grande (equivalente a um total 7,2 Mw de terremoto), a equipa recomendou "alta prioridade" para a possibilidade de uma rutura histórica defendida por alguns estudos geológicos, como a falha totalmente bloqueada e havia alguns terremotos nos últimos 40 anos. Um artigo publicado no jornal Le Matin do Haiti, em setembro de 2008, citou os comentários do geólogo Charles Patrick no sentido de que havia um risco elevado de atividade sísmica importante em Port-au-Prince.
O United States Geological Survey (USGS) registou seis réplicas nas duas horas após o terremoto principal, de magnitudes de 5,9 a 4,5. Nas primeiras nove horas, 26 abalos de magnitude 4,2 ou superior foram registados, 12 dos quais foram de magnitude 5,0 ou superior.
Em 20 de janeiro, às 11:03 UTC, o tremor mais forte desde o terramoto, de magnitude 5,9 Mw, atingiu o Haiti.
O Geological Survey dos Estados Unidos informou que o seu epicentro foi a cerca de 56 quilómetros a sudoeste de Port-au-Prince, o que a colocaria quase exatamente sob a cidade de Petit-Goâve. Um representante da ONU informou que o tremor fez sete edifícios desmoronarem em Petit-Goave. Trabalhadores de uma ONG, a Save the Children relataram ter ouvido "já enfraquecida estruturas em colapso", mas a maioria das fontes relatam nenhum dano mais significativo para a infraestrutura em Port-au -Prince. Outras vítimas provavelmente foram mínimas, pois as pessoas estavam a dormir a céu aberto.
Impactos imediatos
Um repórter da agência de notícia Reuters disse rapidamente que havia dezenas de mortos e feridos sob os escombros e ruas estavam inacessíveis por causa da destruição, complementando: "Tudo tremia, gente gritava, casas desabavam… Está um caos total".
Prédios desmoronaram, entre eles o Palácio Nacional, a sede das Forças de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti e um hospital em Pétionville, no subúrbio de Porto Príncipe.
Os meios de comunicação foram seriamente afetados. De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Charles Luoma-Overstreet, os serviços de rádio deixaram de funcionar.
O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico chegou a emitir um alerta por causa do tremor, mas foi suspenso logo depois.
Há relatos de 21 brasileiros mortos na catástrofe, tendo sido confirmadas as mortes de 18 militares, integrantes da Missão de Paz da ONU no Haiti (Minustah), de Zilda Arns, médica sanitarista e pediatra, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, além do diplomata brasileiro Luiz Carlos da Costa, a segunda maior autoridade civil da ONU no Haiti.
O arcebispo da capital, Joseph Serge Miot, também morreu, vítima do sismo.
Um oficial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos disse: "Todos ficaram completamente abalados… Ouvi um tremendo barulho e gritos distantes."
O embaixador haitiano no Estados Unidos, Raymond Joseph, classificou o abalo como "uma catástrofe de enormes proporções".
A Associated Press classificou esse como "o maior terramoto já registado na região" em duzentos anos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a comunidade internacional e as Nações Unidas enfrentam uma enorme catástrofe humanitária, com o terramoto no Haiti, e pediu "ajuda urgente" para os haitianos.
O Brasil doou alimentos para ajudar o Haiti e milhões de dólares e Portugal enviou para o Haiti um avião C-130 da Força Aérea com 32 elementos da Proteção Civil, que ajudaram nas operações de socorro.
A ONU, a Cruz Vermelha, os Médicos sem Fronteiras outras organizações e mais de 30 países ajudaram o Haiti.
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domingo, janeiro 01, 2023
Especulações sobre o tsunami gerado pelo asteroide que provocou a extinção dos Dinossáurios...
O asteroide que matou os dinossauros provocou o pai de todos os tsunamis
O mítico asteroide que dizimou os dinossauros gerou um tsunami com uns impressionantes 4,5 quilómetros de altura.
A maior onda alguma vez surfada, pelo havaiano Garrett McNamara, na Nazaré, tinha 27 metros de altura. O Empire State Building, em Nova Iorque, tem 443 metros. E o maior tsunami do mundo? A maior onda do mundo da qual se tem notícia foi a de 9 de julho de 1958, no Alasca. Este tsunami atingiu os 524 metros de altura.
Um novo estudo descobriu agora que o asteroide que matou os dinossauros, há 66 milhões de anos, desencadeou um tsunami gigante, no Golfo do México, com 4,5 quilómetros de altura. As suas águas viajaram metade do mundo.
“Este tsunami foi forte o suficiente para perturbar e erodir sedimentos em bacias oceânicas do outro lado do globo”, disse a autora principal do estudo, Molly Range, num comunicado citado pelo ScienceAlert.
A equipa de investigadores modelou o asteroide que media 14 quilómetros de diâmetro e viajava a 43.500 km/h, ou 35 vezes a velocidade do som, quando atingiu a Terra.
Após a colisão do asteroide, muitas formas de vida morreram; os dinossauros não-avianos foram extintos e cerca de 75% de todas as plantas e espécies animais foram completamente exterminadas.
Para perceber o impacto do asteroide nos tsunamis, os cientistas analisaram sedimentos marinhos depositados pouco antes ou depois do evento de extinção em massa.
A energia inicial do tsunami de impacto foi até 30 mil vezes maior do que a energia libertada pelo tsunami de dezembro de 2004 no Oceano Índico que matou mais de 230 mil pessoas.
Assim que atingiu a Terra, criou uma cratera de 100 km de largura e levantou uma densa nuvem de poeira. Dois minutos e meio depois, uma cortina de material ejetado empurrou uma parede de água, formando uma onda de 4,5 km de altura, de acordo com a simulação.
Ao fim de dez minutos, uma onda de tsunami de 1,5 km de altura, a cerca de 220 km de distância do local do impacto, varreu o Golfo do México. Uma hora após o impacto, o tsunami foi em direção ao Atlântico Norte. Quatro horas volvidas, o tsunami passou pelo Mar da América Central e entrou no Pacífico.
Um dia inteiro após a colisão do asteroide, as ondas viajaram pela maior parte do Pacífico e do Atlântico, entrando no Oceano Índico e tocando a maior parte das costas do globo 48 horas após o impacto.
Os resultados foram recentemente publicados na revista científica AGU Advances.
“Esta é talvez a confirmação mais reveladora do significado global deste evento”, disse Range.
“Dependendo das geometrias da costa e do avanço das ondas, a maioria das regiões costeiras terá sido inundada e erodida em certa medida”, escreveram os autores do estudo. “Quaisquer tsunamis historicamente documentados empalidecem em comparação com este impacto global”.
in ZAP
quarta-feira, dezembro 28, 2022
O Sismo de Messina, que arrasou o sul de Itália e a Sicília, foi há 114 anos
Date | December 28, 1908 5:20 am |
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Magnitude | 7.1 Mw |
Epicenter | 38.15°N 15.683°E |
Areas affected | Sicily & Calabria, Italy |
Tsunami | Yes |
Casualties | 100.000 to 200.000 |
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