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quinta-feira, dezembro 01, 2022

O Museu de Orsay faz hoje 36 anos

Museu de Orsay, fachada sobre o Sena
   
O Museu de Orsay (musée d'Orsay em francês) é um museu na cidade de Paris, na França. Situa-se na margem esquerda do rio Sena, no VII Bairro de Paris. As coleções do museu apresentam principalmente pinturas e esculturas da arte ocidental do período compreendido entre 1848 e 1914. Entre outras, estão aí presentes obras de Van Gogh, Degas, Maurice Denis e Odilon Redon. Existem também exposições temporárias que ocorrem paralelamente à exposição permanente.
  
Relógio do átrio principal do museu

História
O edifício, que atualmente alberga o museu, era originalmente uma estação ferroviária, Gare de Orsay, construída para o Chemin de Fer de Paris à Orléans (em português, Caminho de ferro de Paris a Orleães), no local onde se erguera até 1871 um antigo palácio administrativo, o Palais d'Orsay. Foi inaugurado em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. O projeto foi do arquiteto Victour Laloux.
Em 1939, deixou de ser o terminal da linha que ligava Paris a Orleães devido ao comprimento reduzido do cais, passando a ser apenas uma estação da rede suburbana de caminhos de ferro; e mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial serviu de centro de correios. A estação foi fechada a 1 de janeiro de 1973.
Em 1977, o Governo francês decidiu transformar o espaço num museu. Foi inaugurado pelo presidente de então, François Mitterrand, a 1 de dezembro de 1986. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon foram os responsáveis pela adaptação da estação.

Coleções
As coleções do museu provêm essencialmente de três locais: do Museu do Louvre, as obras de artistas nascidos a partir de 1820, ou que tenham emergido no mundo da arte com a Segunda República; do museu do Jeu de Paume, as obras impressionistas desde 1947; e do museu de arte moderna de Paris, as obras mais recentes. Estas coleções abrangem várias vertentes das artes plásticas tais como a pintura, a escultura, a fotografia entre outras.

Pintores

Escultores
 

Paul Gauguin - Arearea

   
 
van Gogh - Noite Estrelada Sobre o Rio Ródano
    
Henri Rousseau - A Encantadora de Serpentes
   

segunda-feira, novembro 14, 2022

Monet nasceu há 182 anos

     
Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 - Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha. A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, tendo consciência da revolução que estavam a iniciar na pintura.
   
Barcos vermelhos - 1875
   

 

A ponte Japonesa
   

domingo, outubro 30, 2022

Alfred Sisley nasceu há 183 anos

Retrato de Sisley feito por Renoir em 1874
        
Alfred Sisley (Paris, 30 de outubro de 1839 - Moret-sur-Loing, 29 de janeiro de 1899) foi um pintor francês de ascendência e nacionalidade britânica.
Sisley nasceu em Paris, filho de pais ingleses, tendo estudado comércio em Londres, (1857-1861) para continuar o trabalho do seu pai, diretor de uma empresa de exportação de flores artificiais para a América do Sul. Porém em vez de estudar, passava o tempo a visitar museus e copiando esboços de Constable, Turner e Bonington. Quando voltou para Paris conseguiu autorização dos pais para entrar para a escola de Gleyre. No ateliê de Paris, Sisley conheceu Renoir, Bazille e Monet, com os quais passava horas pintando no bosque de Fontainebleau. Em 1877 participou da terceira exposição do grupo impressionista. Juntamente com Camille Pissarro, Sisley foi um dos mais representativos paisagistas do impressionismo, sendo considerado também um dos pintores da escola de Barbizon.
Os seus primeiros quadros revelaram uma certa influência da obra de Jean-Baptiste Camille Corot, mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais subtis da luz, habilidade que demonstra nos seus quadros das estações do ano.
Também é muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu, inundando as suas paisagens de uma paz transcendental. O galerista Durand-Ruel expôs os seus quadros, sem sucesso, em Paris. Mais tarde, em 1890, Sisley foi indicado como académico da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde expôs as suas obras pela última vez, no ano de 1898.
   
Biografia
A família de Sisley, proveniente de Manchester, morava em Paris quando Alfred Sisley nasceu. O pai, William, exportava flores artificiais para a América do Sul. A mãe, Felicia Sell, era de uma família inglesa culta. O pai estimulava Alfred Sisley a interessar-se pelo comércio, razão pela qual o mandou para Londres estudar.
Entre 1857 e 1861, Sisley ficou em Londres para aprender sobre comércio mas também frequentou vários museus na capital inglesa. Quando retornou a Paris trocou o comércio pela pintura matriculando-se no ateliê de Gabriel Gleyre, onde conheceu outros pintores como Frédéric Bazille, Claude Monet e Renoir.
Em 1863, Sisley abandonou o ateliê de Gleyre. Tempos depois ele e seus novos amigos foram pintar na floresta de Fontainebleau, pintar ao ar livre e aperfeiçoar o uso de efeito da luz do sol.
Até praticamente 1870, Sisley pintava com tons escuros, mas a partir de então as suas cores tornam-se mais vivas e mais claras adotando mais as técnicas impressionistas. Iniciou uma série de obras pintadas à margem dos rios, tema constante de suas obras.
O pai foi à falência com o fim da guerra franco-prussiana e morreu pouco tempo depois. Com a falência do pai, Sisley teve de passar a viver do próprio trabalho já que o pai lhe ajudava financeiramente evitando até então de passar dificuldades. Durante a comuna de Paris, ele refugiou-se com a família em Voisin-Louveceiennes, aldeia próxima de Paris.
Em 1872, Sisley conheceu o marchand Paul Durand-Ruel, que investia o seu dinheiro em obras impressionistas. Em 1874, Sisley expôs cinco telas na exposição independente do Salão Oficial de Paris, mas não vendeu nenhuma tela, aliás a exposição foi um fracasso. No ano seguinte, assim como os outros pintores impressionistas, Sisley passava por dificuldades financeiras por isso resolveram fazer uma nova exposição onde conseguiu vender algumas telas por pouco dinheiro. Mesmo assim ainda fizeram a segunda e terceira exposição independente sem muito sucesso também, Sisley novamente não vendeu nenhuma tela.
Em 1877, Sisley mudou-se para Sèvres onde pintou a aldeia em várias telas. Dois anos depois foi rejeitado no salão oficial e acabou se mudando para Veneux-Nadon. No ano seguinte mudou-se para uma casa perto da floresta de Fontainebleu. Ano após ano a sua situação financeira piorava. Procurou ajuda do marchand Durand que, em 1883 promoveu-lhe uma exposição que foi um fracasso. Pouco tempo depois mudou-se para Sablons. Cinco anos mais tarde voltou a morar em Moret-sur-Loing.
Foi só no ano de 1890 que Sisley pode receber um pouco de reconhecimento por seu trabalho ao participar da exposição promovida pela Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em 1897, George Petit, um marchand, promoveu uma exposição completa de Sisley, que não vendeu nenhum quadro.
Em 1898, Eugenie Lescouezec, a sua mulher morreu a 8 de outubro. Alfred Sisley morreu alguns meses depois, em 29 de janeiro de 1899, sem o reconhecimento merecido em vida.

  

"A ponte e os Moinhos de Moret", obra de 1888
      

 

terça-feira, setembro 27, 2022

Edgar Degas morreu há 105 anos

Auto retrato de Edgar Degas - Museu de Orsay
     
Edgar Hilaire Germain Degas (Paris, 19 de julho de 1834 - Paris, 27 de setembro, 1917) foi um pintor, gravurista, escultor e fotógrafo francês. É conhecido sobretudo pela sua visão particular no mundo do ballet, sabendo captar os mais belos e subtis cenários. É ainda reconhecido pelos seus célebres pastéis e como um dos fundadores do impressionismo. Muitos dos seus trabalhos conservam-se hoje no Museu de Orsay, na cidade de Paris, onde o artista nasceu e faleceu. Se o quisermos classificar na história da arte, a maioria das obras consagradas de Degas ligam-se ao movimento impressionista, formado em França nos fins do século XIX, em reação à pintura académica da época. Com ele estavam Claude Monet, Paul Cézanne, August Renoir, Alfred Sisley, Mary Cassatt, Berthe Morisot e Camille Pissarro, que, cansados de serem recusados nas exposições oficiais, se associaram e criaram a sua própria escola para poderem apresentar as sua obras ao público.
     
A pequena bailarina de catorze anos, escultura forjada em bronze a partir da imagem em cera exibida na Mostra Impressionista de 1881
   
Exportadores de algodão - 1873
      

sexta-feira, setembro 23, 2022

Suzanne Valadon nasceu há 162 anos

Suzanne Valadon, Autoportrait (1898), Musée des beaux-arts de Houston
 
Suzanne Valadon, pseudonyme de Marie-Clémentine Valadon, née le à Bessines-sur-Gartempe (Haute-Vienne) et morte le à Paris, est une artiste peintre française.
Elle est la mère du peintre Maurice Utrillo. 

Portrait d'Erik Satie (1893), huile sur toile, Paris, Musée national d'art moderne
  

segunda-feira, agosto 22, 2022

Música adequada à data...

Claude Debussy nasceu há cento e sessenta anos...

  
A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Em França, só se aponta Ravel como influenciado, e só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prélude à l'après-midi d'un Faune ("Prelúdio ao entardecer de um Fauno"), com que, para Pierre Boulez, começou a Música moderna, até Jeux ("Jogos"), toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.

Vida
A vocação musical do jovem foi descoberta por Mme Fauté de Fleurville, que o preparou para o Conservatório, onde foi admitido em 1873.
Em 1884 recebe o Grande Prémio de Roma de composição. Viaja para Moscovo, com Mme von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.
Após uma estada na Villa Médici, em Roma, regressa a Paris, em 1887, entrando em contacto com a vanguarda artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé (reuniões semanais realizadas às terças-feiras, na casa do poeta simbolista Stéphane Mallarmé). No mesmo ano conhece Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do Oriente.
Por volta de 1887, inicia uma relação com Gabrielle Dupont. Os dois viverão juntos durante quase dez anos - Debussy levando uma vida boémia.
Debussy separa-se de Gabrielle para se casar, em 19 de outubro de 1899 em Paris, com Marie-Rosalie (Lilly) Texier, uma costureira de Bichain, um povoado de Villeneuve-la-Guyard (Yonne), a 80 km a sul de Paris, onde ele passará os verões de 1902 a 1904. Lá, Debussy compõe a maior parte de La Mer.
Quatro anos mais tarde, ele encontra Emma Bardac, esposa de um banqueiro e ex-amante de Gabriel Fauré, iniciando com ela uma nova relação sentimental. Deixa, então, Lilly, que, abalada pela separação, tenta matar-se com um tiro no peito, mas sobrevive. O caso provoca um escândalo, e Debussy é duramente criticado pela sua atitude, mesmo pelos amigos mais próximos. De todo modo, ele consegue o divórcio e casa com Emma em 1908. O casal terá uma filha, Claude-Emma Debussy, a que chamava de Chouchou, nascida a 30 de outubro de 1905, a quem ele dedica a sua suite para piano Children's Corner, composta entre 1906 e 1908.
A vida de Debussy corre sem grandes acontecimentos, excetuando-se o escândalo doméstico do seu divórcio e a tumultuada estreia de Pelléas et Mélisande, em 1902.
Em 1909, Debussy soube que sofria de cancro.
A maior parte da sua obra tardia constitui-se de música de câmara, incluindo três extraordinárias sonatas para violoncelo, para violino e para flauta, viola e harpa. Com o organismo em colapso, Debussy trabalhou com notável coragem. A eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, roubou-lhe todo o interesse pela música. Após um ano de silêncio, ele percebeu que tinha de contribuir para a luta da única maneira que podia, "criando com o melhor de minha capacidade um pouco daquela beleza que o inimigo está atacando com tanta fúria." Uma de suas últimas cartas fala de sua "vida de espera - a minha existência de sala de espera, eu poderia assim chamá-la - porque sou um pobre viajante, esperando por um comboio que não virá." O seu último trabalho, a Sonata para Violino e Piano L 140, foi executado em maio de 1917, com ele ao piano. Ele tocou essa mesma peça em setembro, em Saint-Jean-de-Luz. Foi a última vez que tocou em público.
Debussy morreu a 25 de março de 1918, durante o bombardeamento de Paris, na última ofensiva alemã da Primeira Guerra Mundial. Encontra-se sepultado no Cemitério de Passy, em Paris. Pouco tempo depois, a 14 de julho de 1919, também morreria a sua filha, Chouchou, de difteria. Ela foi sepultada no túmulo do seu pai, em Passy.
  

 


sexta-feira, julho 29, 2022

Poesia para recordar evento nesta data...

Autorretrato com Orelha Enfaixada e Cachimbo, 1889   
   
  
A CABEÇA LIGADA
    
La pintura è una poesia che si vede
Leonardo

    
Van Gogh, queria algo
tão consolador como a música.
   
Os campos de trigo e centeio
com ciprestes, os seus obeliscos,
e lírios e grandes nuvens,
a sesta dos camponeses,
a natureza morta
de girassóis e anémonas,
o sereno bivaque de ciganos,
as árvores com o azul tisnado do céu,
loendros, paveias,roçadores
de pastagens limão ouro pálido,
o semeador ferruginoso de ocre,
enxofre e do tamanho de uma catedral,
o voo de corvos sobre ramos
luminosos e ternos
de amendoeiras em flor.
    
Depois de cortar a orelha
retratou-se com os lábios
pintados de sangue.
Se o sofrimento fosse mensurável,
naquela cara de símio
louco de ser homem
haveria dores
de um inteiro campo de concentração.
 
     
   
in
A Ignorância da Morte (1978) - António Osório

Vincent van Gogh morreu há 132 anos...

   
Vincent Willem van Gogh (Zundert, 30 de março de 1853 - Auvers-sur-Oise, 29 de julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista neerlandês, considerado por muitos um dos maiores de todos os tempos.
A sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspetos importantes para o seu mundo, na sua época: foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.
A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de março de 1901.
Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo.
O Museu Van Gogh, em Amesterdão, é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.
      
        

quarta-feira, julho 20, 2022

Max Liebermann, pintor impressionista alemão, nasceu há 175 anos

   

Max Liebermann (Berlim, 20 de julho de 1847 - Berlim, 8 de fevereiro de 1935) foi um pintor, gravurista e litógrafo alemão, essencialmente ligado ao impressionismo e ao primeiro grupo de vanguarda alemão. Filho de um empresário judeu, faleceu pouco antes da perseguição anti-semita dos nazis.
  
Retrato do Presidente Paul von Hindenburg, 1927

 
Casas velhas em Scheveningen, 1897
 


Jardim em Leiden
, 1889, Berlim
  

terça-feira, julho 19, 2022

Degas nasceu há 188 anos

Auto-retrato, Museu de Orsay

Edgar Hilaire Germain Degas (Paris, 19 de julho de 1834 - Paris, 27 de setembro, 1917) foi um gravurista, pintor e escultor francês. Embora seja muito conhecido pelas suas pinturas, maioritariamente de carisma impressionista, é igualmente relembrado como gravurista. Muitos dos seus trabalhos estão hoje expostos no Museu de Orsay, em Paris, cidade onde o artista nasceu e faleceu.
     
A pequena bailarina de catorze anos, escultura forjada em bronze a partir da imagem em cera exibida na Mostra Impressionista de 1881
   
Exportadores de algodão - 1873
     

domingo, julho 17, 2022

Whistler morreu há 119 anos

Arrangement in Gray: Portrait of the Painter (self portrait, c. 1872), Detroit Institute of Arts

James Abbott McNeill Whistler (Lowell, Massachusetts, 10 de julho de 1834 - Londres, 17 de julho de 1903) foi um pintor norte-americano estabelecido na Inglaterra e na França. Os seus pais eram o engenheiro civil George Washington Whistler e a sua segunda esposa, Anna Matilda McNeill.
Whistler passou a infância nos Estados Unidos até 1843, quando se mudou para São Petersburgo, na Rússia, para onde o seu pai havia sido contratado para a construção de uma linha de comboio no ano anterior. Lá, o menino Whistler tinha aulas particulares de arte, ingressando na Academia Imperial de Belas Artes de São Petersburgo, com apenas 11 anos de idade.
Após a morte do seu pai, em 1849, a família retornou para a América. Em 1851, Whistler entrou para a Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, onde teve aula de artes com o famoso pintor Robert Walter Weir. Porém, um ato de indisciplina, numa aula de Química, levou à expulsão de Whistler da Academia Militar. No ano de 1855, James Whistler viajou para a Europa para estudar artes. Ele nunca mais regressará aos Estados Unidos, apesar de manter a sua cidadania americana.
Chegado a Paris, James Whistler alugou um estúdio no Quartier Latin e rapidamente adotou a vida de um artista boémio. Durante um curto período estudou os métodos tradicionais da arte na Ecole Impériale et Spéciale de Dessin e no atelier de Charles Gleyre. Nesta época, namorou uma costureira francesa chamada Heloísa.
Em 1857 visitou a "Art Treasures Exhibition", em Manchester, passando a ter uma paixão pelos grandes mestres holandeses, que permaneceria ao longo de toda sua vida. No Museu do Louvre conheceu Henri Fantin Latour, e, através dele, entrou no círculo de amizades de Gustave Courbet, líder dos realistas na época. A sua primeira pintura importante, um retrato da sua meia-irmã. Deborah Haden, e a sua filha, foi rejeitado no Salão de 1859, mas admirado por Courbet.
Em agosto de 1858, uma viagem pelo norte da França resultou na série de gravuras "Twelve Etchings from Nature", impressas com a ajuda de Auguste Delâtre, em Paris. As gravuras de Whistler foram aceites no 91º Salão da Royal Academy de Londres, em 1859. O sucesso do seu trabalho incentivou o artista a mudar-se para a capital inglesa.
Entre seus trabalhos mais conhecidos, destaca-se a pintura Arranjo em cinza e preto No.1 (1871), popularmente conhecida como Retrato da Mãe do Artista.
James Abbott McNeill Whistler morreu em Londres, com 69 anos de idade, a 17 de julho de 1903.
   

The Princess from the Land of Porcelain, 1863–1865

   

domingo, julho 10, 2022

Whistler nasceu há 188 anos

Arrangement in Gray: Portrait of the Painter (self portrait, c. 1872), Detroit Institute of Arts
     
James Abbott McNeill Whistler (Lowell, Massachusetts, 10 de julho de 1834 - Londres, 17 de julho de 1903) foi um pintor norte-americano estabelecido na Inglaterra e na França. Os seus pais eram o engenheiro civil George Washington Whistler e a sua segunda esposa, Anna Matilda McNeill.
Whistler passou a infância nos Estados Unidos até 1843, quando mudou-se para São Petersburgo, na Rússia, onde seu pai havia sido contratado para a construção de uma ferrovia no ano anterior. Lá, o menino Whistler tinha aulas particulares de arte, ingressando na Academia Imperial de Belas Artes de São Petersburgo, com apenas 11 anos de idade.
Após a morte do seu pai, em 1849, a família retornou para a América. Em 1851, Whistler entrou para a Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, onde teve aula de artes com o renomado pintor Robert Walter Weir. Porém, um ato de indisciplina numa aula de química levou à expulsão de Whistler da Academia Militar. No ano de 1855, James Whistler viajou para a Europa para estudar artes. Ele nunca mais retornará aos Estados Unidos, apesar de manter a sua cidadania americana.
Chegando em Paris, James Whistler alugou um estúdio no Quartier Latin e rapidamente adotou a vida de um artista boémio. Durante um curto período estudou os métodos tradicionais da arte na Ecole Impériale et Spéciale de Dessin e no atelier de Charles Gleyre. Nesta época, namorou uma costureira francesa chamada Heloísa.
Em 1857, ele visitou a "Art Treasures Exhibition", em Manchester, passando a ter uma paixão pelos grandes mestres holandeses que permaneceria ao longo de toda sua vida. No Museu do Louvre conheceu Henri Fantin Latour, e, através dele, entrou no círculo de amizades de Gustave Courbet, líder dos realistas na época. A sua primeira pintura importante, um retrato de sua meia-irmã Deborah Haden e sua filha, foi rejeitado no Salão de 1859, mas admirado por Courbet.
Em agosto de 1858, uma viagem pelo norte da França resultou na série de gravuras "Twelve Etchings from Nature", impressas com a ajuda de Auguste Delâtre, em Paris. As gravuras de Whistler foram aceites no 91º Salão da Royal Academy de Londres, em 1859. O sucesso do seu trabalho incentivou o artista a mudar-se para a capital inglesa.
Entre os seus trabalhos mais conhecidos, destaca-se a pintura Arranjo em cinza e preto No.1 (1871), popularmente conhecida como Retrato da Mãe do Artista.
James Abbott McNeill Whistler morreu em Londres, com 69 anos de idade, a 17 de julho de 1903.
 

Alice Butt
, circa 1895, National Gallery of Art
     
     

sexta-feira, junho 03, 2022

Raoul Dufy nasceu há 145 anos

    
Raoul Dufy, de nome completo Raoul Ernest Joseph, (Le Havre, 3 de junho de 1877 - Forcalquier, 23 de março de 1953) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador de livros, ceramista, ilustrador de tecidos, de tapeçarias e de móveis, decorador de interiores, espaços públicos e teatro francês. Impressionista a princípio, evoluiu gradualmente para o fauvismo, depois de travar contacto com Henri Matisse.

      

Raoul Dufy, Regatta at Cowes, 1934, National Gallery of Art, Washington, D.C.

      
 in Wikipédia

domingo, maio 08, 2022

Paul Gauguin morreu há 119 anos

Auto-retrato com halo, 1889

Eugène-Henri-Paul Gauguin (Paris, 7 de junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de maio de 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo.

Apesar de nascido em Paris, Gauguin viveu os primeiros sete anos da sua vida em Lima, no Peru, para onde seus pais foram após a chegada de Napoleão III ao poder. O seu pai pretendia trabalhar num jornal da capital peruana e foi o idealizador da viagem. Porém, durante a longa e terrível viagem de navio acabou por adoecer e faleceu no mar alto. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua a mãe e a irmã.
Quando voltou para o seu país natal, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou de seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, de quem teve cinco filhos.
Aos 35 anos, após a queda da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao movimento impressionista da época. Expôs pela primeira vez em 1876, mas não seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades económicas, problemas conjugais, privações e doenças.
Foi então para Copenhaga, onde acabou ocorrendo o rompimento do seu casamento.
A sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, teve seguidores e pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida.
As suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo,em que as cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente.
O pintor parte para o Taiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos da Europa. Então as suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas.
Morou durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde a sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista.
Decidiu então voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão das suas obras.
Colocou à venda cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como por exemplo Theo Van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil (importante estabelecimento que trabalhava com obras de arte).
Mesmo conseguindo menos de 3 mil francos, em meados de 1891 regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre temas indígenas, como "Vahiné no te tiare" ("A rapariga com a flor") e "Mulheres de Taiti", além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa noa.
Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominica. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?", uma tela enorme que sintetiza toda a sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio utilizando arsénio.
Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer de sífilis.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Atuona, Atuona, Arquipélago das Marquesas na Polinésia Francesa.

Gauguin desenvolveu as técnicas do "sintetismo" e "cloisonnisme" (alveolismo), estilos de representação simbólica da natureza onde são utilizadas formas simplificadas e grandes campos de cores vivas chapadas, que ele fechava com uma linha negra, e que mostravam uma forte influência das gravuras japonesas.
A sua pintura é caracterizada por:
  • Natureza alegórica, decorativa e sugestiva;
  • Formas dimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas.
Duas taitianas com flores de manga, 1899
  

sábado, abril 30, 2022

Manet morreu há 139 anos

   
Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 - Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.
Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassant.
Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também pela sua técnica, que escapava às convenções académicas. Frequentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua libertação das associações literárias tradicionais, cómicas ou moralistas, com a pintura, deve o facto de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. As suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano.
   
 A execução de Maximiliano - 1867
      
Olympia
 
Retrato do Senhor e Senhora Auguste Manet
 

sábado, abril 23, 2022

Turner nasceu há 247 anos

William Turner: Auto-retrato, 1798
  
Joseph Mallord William Turner (Londres, 23 de abril de 1775 - Chelsea, 19 de dezembro de 1851) foi pintor romântico londrino, considerado por alguns um dos precursores do impressionismo, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Ele é conhecido por suas colorações expressivas, paisagens imaginativas e pinturas marinhas turbulentas, muitas vezes violentas. Turner nasceu em Maiden Lane, Covent Garden, Londres, numa modesta família de classe média baixa. Ele viveu em Londres toda a sua vida, mantendo seu sotaque característico e evitando assiduamente o sucesso e a fama.
Uma criança prodígio, Turner passou a estudar na Academia Real Inglesa em 1789, matriculando-se quando tinha 14 anos, e exibindo seu primeiro trabalho lá aos 15 anos. Durante esse período, ele também serviu como desenhista de arquitetura. Ele ganhava uma renda estável de encomendas e vendas, que devido à sua natureza problemática e contrariada, eram muitas vezes aceitas de má vontade. Ele abriu sua própria galeria em 1804 e tornou-se professor de perspectiva na academia em 1807, onde lecionou até 1828, embora fosse visto como profundamente inarticulado. Ele passou a viajar para a Europa a partir de 1802, geralmente retornando com volumosos cadernos de esboços.
Intensamente privado, excêntrico e recluso, Turner foi uma figura controversa ao longo de sua carreira. Ele não se casou, mas teve duas filhas, Eveline (1801–1874) e Georgiana (1811–1843), ambas filhas da sua governanta Sarah Danby. Ele ficou mais pessimista e moroso quando ficou mais velho, especialmente após a morte de seu pai, quando a sua visão se deteriorou, sua galeria caiu em desuso e negligência, mas a sua arte se intensificou. Ele viveu na miséria e com saúde precária a partir de 1845, e morreu em Londres em 1851 aos 76 anos. Turner está enterrado na Catedral de Saint Paul, em Londres.
Ele deixou para trás mais de 550 pinturas a óleo, 2.000 aguarelas e 30.000 obras em papel. Ele havia sido amplamente defendido pelo principal crítico inglês da época, John Ruskin, em meados de 1840; hoje é considerado como detentor de uma pintura paisagista sofisticada, elevada a uma eminência que rivaliza com a pintura histórica.
   
Erupção do Vesúvio (1817), The British Art Center - New Haven