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quinta-feira, maio 05, 2022

Um exército luso-inglês venceu o exército de Napoleão em Fuentes de Oñoro há 211 anos

      
A Batalha de Fuentes de Oñoro foi travada entre as forças aliadas (britânicos e portugueses), sob o comando do tenente-general Sir Arthur Wellesley, e as forças francesas, sob o comando do Marechal André Massena, entre os dias 3 e 5 de maio de 1811, no âmbito da Guerra Peninsular, após a 3ª invasão de Portugal. A tentativa feita por Massena para libertar do cerco a praça de Almeida, onde ainda existia uma guarnição francesa, falhou, pois a batalha resultou numa vitória das forças anglo-lusas.
    
(...)
     
As forças anglo-lusas sofreram 1.804 baixas (241 mortos, 1.247 feridos e 316 desaparecidos); quase 40% das baixas pertenceram à 1ª Divisão. Os franceses sofreram 2.844 baixas (343 mortos, 2.287 feridos e 214 desaparecidos), a maior parte nos VI e IX CE. A praça de Almeida continuou em posse dos franceses até à noite de 10 para 11 de maio, quando a guarnição francesa conseguiu passar através das forças anglo-lusas que cercavam a praça e escapar para Espanha.
  

Napoleão morreu há 201 anos

Napoleão I em regalia, por François Gérard, 1805, no Palácio de Versalhes
      
Napoleão Bonaparte (em francês: Napoléon Bonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769 - Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi Imperador dos Franceses de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (de 20 de março a 22 de junho). A sua reforma legal, o Código Napoleónico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleónicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa sobre maior parte da Europa.
Napoleão nasceu na Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana, e foi treinado como oficial de artilharia na França continental. Em 2011, um exame de DNA de uma costela de Napoleão que eram guardadas num relicário confirmou a origem caucasiana de Napoleão, desmentindo uma possível ascendência árabe do imperador.
Bonaparte ganhou destaque no âmbito da Primeira República Francesa e liderou com sucesso campanhas contra a Primeira Coligação e a Segunda Coligação. Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como primeiro cônsul. Cinco anos depois, o senado francês proclamou-o imperador. Na primeira década do século XIX o império francês, sob comando de Napoleão, envolveu-se numa série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleónicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa continental e Napoleão manteve a esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da França. As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo.
A Campanha da Rússia em 1812 marcou a viragem da sorte de Napoleão. A sua Grande Armée foi seriamente afetada na campanha e nunca recuperou totalmente. Em 1813, a Sexta Coligação derrotou as suas forças em Leipzig. No ano seguinte, a coligação invadiu a França, forçou Napoleão a abdicar e exilou-o na ilha de Elba. Menos de um ano depois fugiu de Elba e retornou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em junho de 1815. Napoleão passou os últimos seis anos da sua vida confinado pelos britânicos na ilha de Santa Helena. Uma autópsia concluiu que ele morreu de cancro no estômago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsénio.
   
     

terça-feira, maio 03, 2022

segunda-feira, maio 02, 2022

Os madrilenos revoltaram-se contra as tropas do ocupante ditador francês há 214 anos

 El dos de mayo de 1808 en Madrid, também chamado La carga de los mamelucos en la Puerta del Sol ou La lucha con los mamelucos - Goya
          
O Levantamento de 2 de maio, ocorrido em 1808, é o nome pelo qual se conhecem os factos violentos acontecidos em Madrid (Espanha) naquele dia, surgidos pelo protesto popular frente à situação de incerteza política gerada após o Motim de Aranjuez. Reprimido o protesto contra as forças napoleónicas presentes na cidade, estendeu-se por toda a Espanha uma onda de indignação e apelos públicos à insurreição armada que terminariam na Guerra de Independência Espanhola.

Defensa del Parque de Artillería de Monteleón, en Madrid, por las tropas al mando de Luís Daoiz y Pedro Velarde. el 2 de mayo de 1808 - Joaquín Sorolla
       

terça-feira, março 29, 2022

O desastre da Ponte das Barcas foi há 213 anos

As "Alminhas da Ponte" lembram a tragédia de 29 de março de 1809, no Rio Douro

 

A chamada Ponte das Barcas foi uma ponte sobre o Rio Douro que existiu na cidade do Porto no início do século XIX, construída sobre barcaças.

A necessidade de haver uma travessia para a margem Sul do Douro para circulação de pessoas e mercadorias do Porto, constituiu uma preocupação permanente ao longo dos séculos. Ao longo dos tempos houve várias "pontes das barcas" construídas para determinados propósitos, como a rápida deslocação de contingentes militares. No entanto, por regra a travessia do Douro fazia-se com recursos a barcos, jangadas, barcaças ou batelões.

A Ponte das Barcas, construída com objetivos mais duradouros, foi projetada por Carlos Amarante e inaugurada a 15 de agosto de 1806. Era constituída por vinte barcas ligadas por cabos de aço e que podia abrir em duas partes para dar passagem ao tráfego fluvial.

Foi nessa ponte que se deu o famoso desastre da Ponte das Barcas, em que milhares de legionários franceses pereceram, perseguindo portugueses civis e militares através da ponte e à carga de baionetas das tropas da segunda invasão francesa, comandada pelo marechal Soult, em 29 de março de 1809. Mais de quatro mil pessoas morreram. Mas os Portugueses conseguiram alcançar o posto Militar da Serra do pilar em Vila Nova de Gaia, contribuindo para o fracasso da 2ª invasão Francesa.

Anos mais tarde a cidade do Porto recebeu a mais famosa inscrição "Antiga, muy nobre sempre leal Invicta"

Reconstruida depois do desastre, a Ponte das Barcas acabaria por ser substituída definitivamente pela Ponte D.ª Maria II em 1843

  

Desenho do Barão de Forrester

 

in Wikipédia

quinta-feira, janeiro 27, 2022

Gomes Freire de Andrade nasceu há 265 anos

     
Gomes Freire de Andrade e Castro (Viena, 27 de janeiro de 1757 - Forte de São Julião da Barra, 18 de outubro de 1817) foi um general português.
    
Biografia
Teve a educação que na época se costumava dar aos filhos da nobreza. Seu pai, António Ambrósio Pereira Freire de Andrade e Castro, fora um ótimo colaborador do marquês de Pombal na campanha contra a Companhia de Jesus, sendo o filho Gomes Freire enviado para Portugal com 24 anos de idade, em Fevereiro de 1781, já com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Destinado à carreira militar, assentou praça de cadete no regimento de Peniche, sendo em 1782 promovido a alferes. Passou à Armada Real, embarcando em 1784 na esquadra que foi auxiliar as forças navais espanholas de Carlos III de Espanha no bombardeamento de Argel.
Regressou a Lisboa em setembro, promovido a tenente do mar da Armada Real, e, em abril de 1788, voltou ao antigo regimento no posto de sargento-mor.
Tendo alcançado licença para servir no exército de Catarina II, em guerra contra a Turquia, partiu para a Rússia. Em São Petersburgo terá conquistado as maiores simpatias na corte e da própria imperatriz. Na campanha de 1788-1789, comandada pelo príncipe Potemkin, ter-se-á distinguido nas planícies do rio Danúbio, na Guerra da Crimeia e sobretudo no cerco de Oczakow, alegadamente o primeiro a entrar na frente do regimento quando a praça se rendeu em 17 de outubro de 1788 depois de cerco prolongado. Na hora das condecorações esqueceram-se dele, negando-lhe a Comenda de São Jorge. Mas ele protesta, pede atestados de heroísmo ao coronel Markoff, e a imperatriz condescende atribuindo-lhe o posto de coronel do seu exército, que em 1790 lhe foi confirmado no exército português, mesmo ausente.
Foi iniciado na Maçonaria antes de 1785, provavelmente em Viena na Loja Zur gekrönten Hoffnung (À Esperança Coroada), a cujo quadro pertencia, juntamente com Wolfgang Amadeus Mozart, em 1790. Tinha então o grau de Mestre. Ocupa o cargo de Venerável da Loja Regeneração.
Depois, na esquadra do príncipe de Nassau, salva-se milagrosamente durante a batalha naval de Schwensk, quando os canhões suecos fazem ir a pique a "bateria flutuante" que ele comandava. Perdeu-se toda a tripulação, mas Gomes Freire conseguiu salvar-se, acabando por receber o hábito de São Jorge, uma das Ordens mais importantes da Rússia, não das mãos da imperatriz, como se tem dito, mas sim das do príncipe de Nassau, em nome da imperatriz. Houve rumores de simpatia e entusiasmo da imperatriz por Freire de Andrade, aparentemente confirmado pelas desinteligências entre ele e o príncipe de Potemkin, favorito conhecido.
Voltou a Lisboa, nomeado coronel do regimento do marquês das Minas, prestes a embarcar para a Catalunha, na divisão que Portugal enviava auxiliar a Espanha contra a República francesa e a que chegou em 11 de novembro de 1793, seguindo por terra. Nesta expedição iam estrangeiros no Estado-Maior: o duque de Northumberland, general e par de Inglaterra, o príncipe de Luxemburgo Montmorency, o conde de Chalons, o conde de Liautaud. O regimento de Freire de Andrade e o de Cascais ocuparam a povoação de Rebós, na sua linha de batalha, correndo logo às trincheiras da ponte de Ceret, onde o exército espanhol estava a ponto de capitular. A acção do regimento terá sido brilhante, apesar do mau desempenho de Gomes Freire de Andrade, carregando os franceses com brio em combate a 26 de novembro de 1793. Em Arles, acampou em quartéis de inverno o seu regimento e o de Cascais, que constituíam a 2° Brigada, comandada por ele. Segundo Latino Coelho, começa aí a evidenciar-se o espírito indisciplinado e irrequieto de Gomes Freire; desordeiro e intrigante, "o animo altivo do coronel, avesso, como era a toda a sujeição, difundia na divisão auxiliar o fermento da indisciplina".
Mas apesar das vitórias do exército hispano-português sobre os republicanos da Convenção, a guerra do Roussillon ia-se tornar armadilha, os espanhóis tinham 18 mil feridos em hospitais e os portugueses mil homens fora de combate, enquanto os franceses recebiam constantes reforços. Em 29 de abril de 1794 o general Dugommier atacou a esquerda do exército espanhol, composta de corpos da divisão portuguesa, que sustentou o fogo do romper da manhã às catorze horas, salvando o exército espanhol.
Em 1801 reúne-se em sua casa a assembleia que levou à organização definitiva da Maçonaria Portuguesa, com a posterior criação do Grande Oriente Lusitano em 1802, sendo eleito como um dos seus principais dignitários.
Regressado a Portugal, veio a integrar a "Legião Portuguesa" criada por Jean-Andoche Junot e que, sob o comando do marquês de Alorna, partiu para França em Abril de 1808, onde vem a ser recebida por Napoleão Bonaparte no dia 1 de junho. Participou na campanha da Rússia.
Entretanto, fez parte da Loja Militar Portuguesa Chevaliers de la Croix (Cavaleiros da Cruz), em Grenoble, entre 1808 e 1813. onde vem a ser o 5.º Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, de 1815 ou 1816 a 1817.
    
Acusação e execução
Libertado Portugal da ocupação das tropas francesas, e após a derrota de Napoleão, Freire de Andrade ao regressar a Portugal, veio a ser implicado e acusado de liderar uma conspiração em 1817 contra a monarquia de Dom João VI, em Portugal continental representada pela Regência, então sob o governo militar britânico do marechal William Carr Beresford. Foi detido, preso, condenado à morte e enforcado (embora tenha pedido para ser fuzilado) junto do Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, por crime de traição à Pátria, juntamente com outras onze pessoas: o coronel Manuel Monteiro de Carvalho, os majores José Campelo de Miranda e José da Fonseca Neves e mais oito oficiais do Exército. Essa data, 18 de outubro, foi, durante mais de um século, dia de luto na Maçonaria Portuguesa. Ainda hoje o seu nome é venerado como um dos grandes maçons e mártires da Liberdade de todos os tempos, tendo sido numerosas as lojas crismadas com o seu nome e abundantes os iniciados que o escolheram como nome simbólico.
Após o julgamento e execução do tenente-general e outros, Beresford deslocou-se ao Brasil para pedir mais poderes. Havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante ordena que se proceda à execução imediatamente".
Este procedimento da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência anti-britânica, o que conduziu o país à Revolução do Porto e à queda de Beresford (1820), impedido de desembarcar em Lisboa ao retornar do Brasil, onde conseguira de D. João VI maiores poderes.

(imagem daqui)

   

sábado, janeiro 22, 2022

A Família Real luso-brasileira chegou ao Brasil há 214 anos

  
A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa, a sua corte de nobres e mais servos e demais empregados domésticos e, inclusive, uma biblioteca com mais de 60.000 livros, se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1821. Tendo a leva inicial de 15.000 pessoas. Posteriormente, após 1821, muitos destes voltaram a Portugal.
A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colónia passou a ser exercida a soberania e a governação do império ultramarino português. Pela primeira e única vez na história uma colónia passava a sediar uma corte europeia.
 
  
A conjuntura de 1807
Depois das campanhas do Rossilhão e da Catalunha, a Espanha abandonara a aliança com Portugal, fazendo causa comum com o inimigo da véspera – a França de Napoleão. Resultou daí a invasão de 1801, em que a Grã-Bretanha de nada serviu a Portugal.
Enquanto o Corpo de Observação da Gironda penetrava em Portugal, sob o pretexto da protecção, o tratado de Fontainebleau entretanto assinado entre a França e a Espanha, retalhava Portugal em três principados. O plano de Napoleão era o de aprisionar a família real portuguesa, sucedendo ao Príncipe-regente D. João de Bragança (futuro Rei Dom João VI), o que veio a suceder a Fernando VII de Espanha e a Carlos IV de Espanha em Baiona – forçar uma abdicação. Teria Portugal um Bonaparte no trono e, paralelamente, a Inglaterra apossar-se-ia das colónias do império ultramarino português, sobretudo a colónia do Brasil.
     
(...)
    
O príncipe regente apenas no dia 23 de novembro recebeu a notícia da penetração de tropas francesas em território português. Convocou imediatamente o Conselho de Estado, que decidiu embarcar o quanto antes toda a família real e o governo, servindo-se da esquadra que estava pronta para o Príncipe da Beira e as infantas.
Nos três dias seguintes ainda se aprontaram outros navios, que viriam a transportar para o Brasil cerca de quinze mil pessoas. Em 26 de novembro, foi nomeada uma Junta Governativa do Reino para permanecer em Portugal, e difundidas Instruções aos governadores, nas quais se dizia que "quanto possível for", deviam procurar conservar em paz o reino, recebendo bem as tropas do imperador.
     
 (...)
    
A família real embarcara no dia 27 de novembro, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28 de novembro não foi possível levantar ferros, porque o vento soprava do Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 de novembro, o vento começou a soprar de nordeste, e bem cedo o Príncipe Regente ordenou a partida. Quatro naus da Marinha Real Britânica, sob o comando do capitão Graham Moore, reforçaram a esquadra portuguesa até o Brasil.
O general Junot entrou em Lisboa às 09.00 horas da manhã do dia 30 de novembro, liderando um exército de cerca 26 mil homens e tendo à sua frente um destacamento da cavalaria portuguesa, que se rendera e se pusera às suas ordens.
    
(...)
    
Chegada à Bahia
Após a partida, os navios da esquadra portuguesa, escoltados pelos britânicos, dispersaram-se devida a uma forte tempestade. Em 5 de dezembro conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a ilha da Madeira.
As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte (governador da capitania da Bahia à época) foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara.
A comitiva real só desembarcou às cinco horas da tarde do dia 24, numa grande solenidade.
Em Salvador foi assinado o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas.
     
     

sábado, janeiro 08, 2022

O Marechal Beresford morreu há 168 anos

   
William Carr Beresford (Bedgebury Cross, 2 de outubro de 1768 - Kilndown, 8 de janeiro de 1854), 1.º visconde Beresford (1st Viscount Beresford), barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular.
Depois serviu como mestre de ordenanças no governo de Wellington em 1828.

Foi governador e comandante-chefe, durante seis meses, na Madeira, para evitar a ocupação da ilha pelas forças napoleónicas francesas.

Depois, em 7 de março de 1809, terá sido escolhido pelo governo britânico, de acordo com o parecer do general Wellesley, para comandar o Exército português. É-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército, igual aos usados pelos duque de Waldeck, em 1797, e pelo conde de Goltz, em 1801. A sua missão era a de compatibilizar a organização e a táctica existentes no exército português com a britânica, permitindo uma actuação conjunta no campo de batalha.

Em 1817, após rumores de uma conspiração maçónica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa, mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade).

Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental.

Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite.

Mais tarde, foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance", equivalente em Portugal ao posto militar de Director do Arsenal.
  

Viscount_Beresford.jpg

Brasão do Marechal Beresford (daqui)
  

quinta-feira, dezembro 02, 2021

A Batalha de Austerlitz foi há 216 anos

 

Napoleão em Austerlitz, por François Gérard (Palácio de Versalhes)


A Batalha de Austerlitz, também conhecida como a Batalha dos Três Imperadores, foi uma batalha que resultou numa das maiores vitórias de Napoleão Bonaparte, em que o Império Francês derrotou a Terceira Coligação. No dia 2 de dezembro de 1805, um exército francês, sob o comando de Napoleão, derrotou um exército austro-russo, liderado pelo czar Alexandre I da Rússia e pelo imperador Francisco II, após uma difícil luta de cerca de nove horas. A batalha teve lugar perto de Austerlitz (Slavkov u Brna), a cerca de 10 km a sudeste de Brno, na Morávia, na altura uma região da Império Austríaco (actualmente República Checa). A batalha é vista como uma obra-prima em termos tácticos.
A vitória francesa em Austerlitz acabou definitivamente com a Terceira Coligação. A 26 de dezembro de 1805, a Áustria e a França assinaram o Tratado de Pressburg, que implicou a saída da Áustria tanto da guerra como da Coligação, enquanto reforçava os anteriores tratados de Campoformio e Lunéville entre as duas potências. O tratado obrigava a entrega de regiões na península Itálica e na Baviera à França e, na Alemanha, aos aliados alemães de Napoleão; impunha uma indemnização de 40 milhões de francos aos derrotados Habsburgos e permitia às tropas russas livre-passagem, com armas e equipamentos, através de territórios hostis até ao seu país. A vitória em Austerlitz também permitiu a criação da Confederação do Reno, um conjunto de estados alemães que actuariam como uma zona de barreira entre a França e a Europa Central. Uma consequência imediata destes acontecimentos foi o fim do Sacro Império Romano-Germânico quando, em 1806, o sacro imperador romano Francisco II abdicou do trono imperial, mantendo a designação de "Francisco I da Áustria" como seu único título oficial. Todos estas alterações, no entanto, não mantiveram a paz por muito tempo no continente europeu. A crescente influência francesa na Europa Central, causava preocupações à Prússia, o que acabou por dar origem à Guerra da Quarta Coligação, em 1806.
    

segunda-feira, novembro 29, 2021

A família real de Portugal foi para o Brasil há 214 anos

   
A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa, a sua corte de nobres, mais servos e demais empregados domésticos e inclusive uma biblioteca com mais de 60.000 livros, se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1821. Tendo a leva inicial de 15.000 pessoas, posteriormente, após 1821, muitos destes voltaram a Portugal.
A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colónia passou a ser exercida a soberania e a governação do império ultramarino português. Pela primeira e única vez na história uma colónia passava a ser sede duma corte europeia.

(...)

A família real embarcara no dia 27 de novembro, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28 de novembro não foi possível levantar ferros, porque o vento soprava de Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 de novembro, o vento começou a soprar de nordeste, e bem cedo o Príncipe Regente ordenou a partida. Quatro naus da Marinha Real Britânica, sob o comando do capitão Graham Moore, reforçaram a esquadra portuguesa até o Brasil.
O general Junot entrou em Lisboa às 9 horas da manhã do dia 30 de novembro, liderando um exército de cerca 26 mil homens e tendo à sua frente um destacamento da cavalaria portuguesa, que se rendera e se pusera às suas ordens.

quinta-feira, outubro 21, 2021

O Almirante Nelson morreu há 216 anos

    
Horatio Nelson, 1st Viscount Nelson (29 September 1758 – 21 October 1805) was a British flag officer in the Royal Navy. He was noted for his inspirational leadership, superb grasp of strategy, and unconventional tactics, all of which resulted in a number of decisive naval victories, particularly during the Napoleonic Wars. He was wounded several times in combat, losing one arm in the unsuccessful attempt to conquer Santa Cruz de Tenerife and the sight in one eye in Corsica. He was shot and killed during his final victory at the Battle of Trafalgar in 1805.
  
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Nelson's death at Trafalgar secured his position as one of Britain's most heroic figures. The significance of the victory and his death during the battle led to his signal, "England expects that every man will do his duty", being regularly quoted, paraphrased and referenced up to the modern day. Numerous monuments, including Nelson's Column in Trafalgar Square, London, and the Nelson Monument in Edinburgh, have been created in his memory and his legacy remains highly influential. The Hoste Hotel in Burnham Market, Norfolk, features a tribute museum to Lord Nelson and a room which was slept in by Lord Nelson.
   

 

  

segunda-feira, setembro 27, 2021

A Batalha do Buçaco foi há 211 anos

     
A Batalha do Buçaco foi uma batalha travada durante a Terceira Invasão Francesa, no decorrer da Guerra Peninsular, na Serra do Buçaco, a 27 de setembro de 1810. De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o comando do Tenente-General Arthur Wellesley, visconde Wellington (futuro Duque de Wellington). Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças francesas lideradas pelo Marechal André Massena. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente do lado anglo-luso.
    
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Os franceses tiveram 4.486 baixas, incluindo cinco generais. Os Aliados tiveram 1.252 mortos e feridos durante esta batalha, que é considerada um modelo defensivo. No dia seguinte, a cavalaria de Massena descobriu um caminho que contornava a serra por oeste e Wellington teve que movimentar imediatamente as suas tropas para as Linhas de Torres Vedras. Os franceses continuaram o seu avanço, mas tinham sofrido já baixas importantes, com a correspondente influência negativa no moral das tropas. Para os Aliados, pelo contrário, a batalha levantou o moral das tropas, especialmente dos portugueses, mesmo não tendo obrigado os franceses a desistir da invasão.
     
     

terça-feira, setembro 14, 2021

O primeiro Duque de Wellington morreu há 169 anos

  
Wellesley foi nomeado como alferes no exército britânico em 1787. Servindo na Irlanda como ajudante-de-campo para dois sucessivos Lordes Tenentes da Irlanda, também foi eleito como membro da Câmara dos Comuns do parlamento irlandês. Como coronel em 1796, Wellesley esteve em ação na Holanda e depois na Índia, onde lutou na Quarta Guerra Anglo-Maiçor na batalha de Seringapatão. Foi nomeado governador de Seringapatão e Maiçor, em 1799, e como major-general recém-nomeado, obteve uma vitória decisiva sobre a Confederação Marata na batalha de Assaye em 1803.
Wellesley aumentou a sua relevância como general durante a Guerra Peninsular das Guerras Napoleónicas, e foi promovido a marechal de campo depois de liderar as forças aliadas na vitória contra os franceses na batalha de Vitória, em 1813. Após o exílio de Napoleão Bonaparte em 1814, atuou como embaixador na França e foi-lhe concedido um ducado. Durante o Governo dos Cem Dias, em 1815, comandou o exército aliado que, juntamente com um exército prussiano sob ordens de Blücher, derrotou Napoleão na batalha de Waterloo. O registo de batalha de Wellesley é exemplar, em última análise, participou em cerca de 60 batalhas durante o curso da sua carreira militar.
Wellesley era famoso pelo seu estilo de adaptação defensiva de guerra e um extenso planeamento antes de batalhas, o que lhe permitia escolher o campo de batalha e forçar o inimigo a vir até ele, que resultaram em várias vitórias contra uma força numericamente superior, minimizando as suas próprias perdas. Ele é considerado um dos maiores comandantes de defesa de todos os tempos, e muitas das suas táticas e planos de batalha ainda são estudadas em academias militares de todo o mundo.
Ele foi duas vezes o primeiro-ministro pelo partido tory e supervisionou a aprovação do Roman Catholic Relief Act 1829. Foi primeiro-ministro entre 1828 e 1830 e serviu brevemente em 1834. Foi incapaz de impedir a aprovação do Reform Act 1832 mas continuou como uma das principais figuras na Câmara dos Lordes até à sua retirada. Permaneceu comandante em chefe do Exército Britânico até à sua morte.

Títulos, honras e estilos  
 

Pariato do Reino Unido
  • Barão Douro de Wellesley no Condado de Somerset – 26 de agosto de 1809
  • Visconde Wellington de Talavera, e de Wellington no Condado de Somerset – 26 de agosto de 1809
  • Conde de Wellington – 28 de fevereiro de 1812
  • Marquês de Wellington – 18 de agosto de 1812
  • Marquês Douro – 3 de maio de 1814
  • Duque de Wellington – 3 de maio de 1814
O seu irmão William escolheu o nome de Wellington por sua semelhança com o sobrenome da família de Wellesley, que deriva da aldeia de Wellesley, em Somerset, não muito longe da de Wellington.

Honras britânicas e irlandesas
O duque de Wellington foi um dos padrinhos do sétimo filho da rainha Vitória, o príncipe Artur, em 1850. Artur também nasceu no dia primeiro de maio, e, quando criança, o jovem príncipe foi encorajado a lembrar as pessoas de que o duque de Wellington era seu padrinho.

  
Títulos de nobreza fora do Reino Unido
Honras

Postos militares

A Áustria, Hanôver, os Países Baixos, Portugal, Prússia, Rússia e Espanha deram-lhe a sua mais alta patente militar:
Cada nação presenteou-o com um bastão de Marechal, como símbolo da sua posição.