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terça-feira, abril 26, 2016

O desastre de Chernobyl foi há 30 anos...


O desastre de Chernobyl, também conhecido como acidente de Chernobyl, foi um acidente nuclear catastrófico que ocorreu em 26 de abril de 1986 na central eléctrica da Central Nuclear de Chernobyl (então na República Socialista Soviética Ucraniana), que estava sob a jurisdição direta das autoridades centrais da União Soviética. Uma explosão e um incêndio lançaram grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera, que se espalhou por boa parte da União Soviética e da Europa ocidental.
O desastre é o pior acidente nuclear da história em termos de custo e de mortes resultantes, além de ser um dos dois únicos classificados como um evento de nível 7 (classificação máxima) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (sendo o outro o acidente nuclear de Fukushima I, no Japão, em 2011, causado por um tsunami). A batalha para conter a contaminação radioativa e evitar uma catástrofe maior envolveu mais de 500 mil trabalhadores e um custo estimado de 18 mil milhões de rublos. Durante o acidente em si, 31 pessoas morreram e longos efeitos a longo prazo, como cancro e deformidades ainda estão sendo contabilizados.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo a sua expansão durante muitos anos, e forçando o governo soviético a ter menos secretismo. Os agora separados países da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobyl. É difícil dizer com precisão o número de mortes causadas pelos eventos de Chernobyl, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com cancro da tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:
Cquote1.svg Boa tarde, camaradas. Todos sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle. Cquote2.svg

quinta-feira, março 05, 2015

Prokofiev morreu há 62 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev (Sontsovka, atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou por todo o mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Nos seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Em conjunto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.

(...)

Aos 61 anos, Prokofiev morreu em 5 de março de 1953, no mesmo dia que Estaline. Ele vivia próximo da Praça Vermelha, e durante três dias, a multidão que se despedia de Estaline impossibilitou a retirada do corpo de Prokofiev para o serviço funerário. No funeral, não havia flores nem músicos, todos reservados para o funeral do líder soviético. A sua morte é frequentemente atribuída a uma hemorragia cerebral, mas é sabido que ele já estava muito doente pelos últimos oito anos de sua vida. Ele havia apenas iniciado os ensaios para o seu bailado A Flor de Pedra, que foi levado à cena no ano seguinte.


segunda-feira, junho 23, 2014

Anna Akhmatova nasceu há 125 anos

Anna Akhmatova (Odessa, 23 de junho de 1889 - Leningrado, 5 de março de 1966) é o pseudónimo de Anna Andreevna Gorenko, uma das mais importantes poetas acmeístas russas.
Começou a escrever poesia aos onze anos de idade, mas o pai, um engenheiro naval, temia que Anna viesse a desonrar o nome da família, convencido de estar a adivinhar hábitos decadentes associados à vida artística. Assim, assinou os seus primeiros trabalhos com o primeiro nome da sua bisavó, Tatar.
Apesar do seu pai ter abandonado a família, quando Anna contava apenas dezasseis anos, conseguiu prosseguir os seus estudos. Portanto, não só estudou no liceu feminino de Tsarskoe Selo e no célebre Instituto Smolnyi de São Petersburgo, como também no Liceu Fundukleevskaia de Kiev e numa Faculdade de Direito, em 1907.
A obra de Akhmatova compõem-se tanto de pequenos poemas líricos como de grandes poemas, como o Requiem, um grande poema acerca do terror estalinista. Os temas recorrentes são o passar do tempo, as recordações, o destino da mulher criadora e as dificuldades em viver em escrever à sombra do estalinismo.
Os seus pais separaram-se em 1905. Ela casou-se com o poeta Nikolaï Goumilev em 1910 e o filho deles, nascido em 1912, foi o historiador Lev Goumilev.
Akhmatova teve uma longa amizade com a poeta Marina Tsvetaeva, sua compatriota. Estas duas amigas trocaram uma correspondência poética.
Nikolaï Goumilev foi executado em 1921, por causa de actividades consideradas anti-soviéticas; Akhmatova foi forçada ao silêncio, não podendo a sua poesia ser publicada de 1925 a 1952 (exceptuando-se o período de 1940 a 1946). Excluída da vida pública, vivendo de uma irrisória pensão e forçada a ir fazendo traduções de obras de escritores como Victor Hugo e Rabindranath Tagore, Akhmatova começou, após a morte de Estaline, em 1953, a ser reabilitada, tendo-lhe sido autorizada uma viagem a Itália, para receber o prémio literário Taormina, e a Oxford, para receber um título honorário, em 1965.
Na generalidade, a sua obra é caracterizada pela aparente simplicidade e naturalidade e pela precisão e clareza da sua escrita.


Primeira canção

O mistério de um não-encontro
tem desolados triunfos:
frases não-ditas,
palavras silenciadas,
olhares que não se cruzaram
nem souberam onde repousar -
só as lágrimas se alegram
por poderem livremente correr.
Um roseiral perto de Moscovo
- ai meu Deus! - teve tanto a ver com tudo isso...
E a tudo isso chamaremos
de amor imortal.


Anna Akhmatova

sábado, abril 26, 2014

Há 28 anos a História deu razão aos ecologistas que diziam que as Centrais Nucleares eram perigosas e inseguras...

O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Central Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Ilyich Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a libertação de 400 vezes mais radioatividade do que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e recolocação de aproximadamente 200 mil pessoas. Curiosamente, cerca de 60% da radioatividade ficou em território bielorrusso.
O acidente fez crescer as preocupações sobre a segurança das centrais nucleares soviéticas, diminuindo a sua expansão durante muitos anos e forçando o governo soviético a ser mais aberto. Os agora países independentes da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data - 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com cancro de tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contestou as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detetada em outros países. O líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência, disse o seguinte na televisão:
 
Cquote1.svg Boa tarde, meus camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle. Cquote2.svg

quarta-feira, março 05, 2014

Prokofiev morreu há 61 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas bandas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou pelo mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Nos seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Em conjunto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.


domingo, setembro 29, 2013

O Massacre de Babi Yar começou há 72 anos


Ravina de Babi Yar, em Kiev
 
Babi Yar é uma ravina existente em Kiev, capital da Ucrânia, que ficou conhecida na história como local de um dos maiores massacres de judeus e civis da então União Soviética pelos nazis, durante a II Guerra Mundial.
Em 29 e 30 de setembro de 1941, 92.771 civis ucranianos judeus foram levados a Babi Yar e assassinados coletivamente, num dos maiores massacres de massa da história. Nos meses que seguiram, milhares de outros judeus e não-judeus russos foram capturados, trazidos à ravina e fuzilados, num total de cerca de 100.000 mortos.

História
A ravina de Babi Yar é mencionada por registos históricos desde 1401 e através dos tempos sua área foi usada para diferentes propósitos, incluindo campos militares e cemitérios, um dos quais, judeu, foi fechado em 1937. Após a invasão da URSS pelas tropas nazis, em junho de 1941, a cidade de Kiev acabou caindo em mãos alemães depois de 45 dias de batalha, em 19 de setembro. Poucos dias após a ocupação, as execuções começaram com o fuzilamento de 700 pacientes de um hospital psiquiátrico da cidade.
Em 28 de setembro, um aviso foi afixado pelos postes e muros de Kiev, dirigido aos judeus:
Ordena-se a todos os judeus residentes de Kiev e suas vizinhanças que compareçam à esquina das ruas Melnyk e Dokterivsky, às 8 horas da manhã de segunda-feira, 29 de setembro de 1941 portando documentos, dinheiro, roupas de baixo, etc. Aqueles que não comparecerem serão fuzilados. Aqueles que entrarem nas casas evacuadas por judeus e roubarem pertences destas casas serão fuzilados.
Os judeus levados à ravina esperavam ser embarcados em comboios. A multidão de homens, mulheres e crianças era grande o bastante para que ninguém tomasse conhecimento do que estava para acontecer a não ser tarde demais. Todos passavam por um corredor de soldados gritando, em grupos de dez, e de seguida fuzilados; ao escutarem o barulho das metralhadoras do grupo logo à frente, já não tinham como escapar.
O massacre foi realizado em dois dias, a cargo da unidade C do Einsatzgruppen, o esquadrão da morte das SS, apoiados por membros de um batalhão das Waffen-SS; unidades da polícia ucraniana também foram usadas para agrupar e conduzir os judeus até ao local de fuzilamento, o que provocaria uma grande discussão na Ucrânia após a guerra.
Além deste massacre, Babi Yar foi alvo de milhares de outras execuções durante os dois anos de ocupação nazi de Kiev. O número total de mortos na ravina não é exato, mas o número mais aceito, cerca de 100 mil, foi fornecido pelo cálculo de moradores obrigados a enterrar os corpos. Tempos depois, o campo de concentração de Syrets foi erguido no local e nele internados prisioneiros de guerra russos, civis comunistas e combatentes da resistência, que ali eram executados.
Quando os nazistas se retiraram de Kiev, fizeram tentativas de esconder os sinais das atrocidades cometidas durante os anos de ocupação. Entre agosto e setembro de 1943, o campo de Syrets foi parcialmente demolido e diversos corpos exumados e queimados, com as cinzas espalhadas pelas áreas vizinhas. Na noite de 29 de setembro de 1943, quando o campo estava a ser desmantelado, houve uma revolta entre os prisioneiros e quinze deles conseguiram escapar; após retomar o controle da situação, os alemães fuzilaram os 311 sobreviventes.

Selo ucraniano, recordando os 70 anos do Massacre de Babi Yar

Memória
Quando o Exército Vermelho retomou o controle de Kiev em novembro de 1943, o campo foi transformado num local de internamento de prisioneiros alemães e utilizado até 1946, quando foi totalmente demolido. Nos anos 50 e 60, a área tornou-se um grande parque e um complexo de apartamentos.
O governo soviético sempre desencorajou que se desse ênfase ao massacre de judeus em Babi Yar, preferindo oficialmente que a tragédia fosse lembrada como um crime cometido contra todo o povo soviético e a população de Kiev. Diversas tentativas de se erguer um memorial judeu no local dos massacres foram adiadas. Em 1976 foi erguido um memorial em honra de todos os cidadãos soviéticos ali fuzilados, mas apenas em 1991, com o fim da URSS, os judeus puderam finalmente erguer seu próprio monumento.
Sobre Babi Yar, o escritor e sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel escreveu:
As testemunhas oculares disseram que, meses após as mortes, o solo de Babi Yar continuava a esguichar geyseres de sangue.

sexta-feira, abril 26, 2013

O acidente nuclear de Chernobil foi há 27 anos

Cidade fantasma de Pripyat com a central nuclear de Chernobil, ao fundo

O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Central Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Ilyich Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e migração de aproximadamente 200 mil pessoas.
Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo a sua expansão durante muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com cancro de tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Veja-se o início do comunicado do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:
Cquote1.svg Boa tarde, camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós nos confrontámos com a força real da energia nuclear, fora de controle. Cquote2.svg

terça-feira, abril 23, 2013

Prokofiev nasceu há 122 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de Março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é conhecido mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Em seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Junto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.

Prokofiev nasceu em 23 de abril de 1891 na vila rural de Sontsovka (actualmente é a localidade de Krasne, no Óblast de Donetsk), na Ucrânia, na altura fazendo parte do Império Russo. Foi filho único, sua mãe era pianista, o pai era engenheiro agrónomo e a família vivia com relativo desafogo económico.
Prokofiev demonstrou bem cedo invulgares dotes musicais. Aos nove anos ele compôs sua primeira ópera, O Gigante, assim como uma abertura e outras peças. Em 1902, sua mãe conseguiu uma audiência com Sergei Taneyev, diretor do Conservatório de Moscovo. Taneyev sugeriu que Prokofiev começasse a ouvir aulas de composição com Alexander Goldenweiser, que declinou, e Reinhold Glière. Glière visitou o jovem Prokofiev em Sontsovka duas vezes durante o verão para ensiná-lo. Paralelamente, Prokofiev aprendeu xadrez, uma paixão que se manteve por sua vida. Quando aprendeu a base teórica musical necessária, dedicou-se a experimentar, definindo o que seria o seu estilo musical.
Pouco tempo depois, ele sente que o isolamento de onde morava estava restringindo o seu desenvolvimento musical. Apesar de seus pais não apoiarem a entrada de seu filho na carreira musical tão cedo, em 1904 ele se mudou para São Petersburgo e se inscreveu no Conservatório de São Petersburgo, após encorajamento de Alexander Glazunov. Entre seus professores estavam Rimsky-Korsakov, Liadov e Tcherepnin. Nesse momento, ele já havia composto mais duas óperas, e já estava trabalhando na quarta. Ele passou nos testes introdutórios e começou seus estudos de composição no mesmo ano. Sendo muito mais jovem que seus colegas de classe, era visto como excêntrico e arrogante, e ele frequentemente se mostrava insatisfeito com a educação, a qual ele considerava entediante. Entretanto, tornou-se amigo de Boris Asafiev e Nikolai Myaskovsky. Em 1908 ele estreou-se como pianista. No ano seguinte, gradou-se em composição, e continuou no conservatório para focar-se na aprendizagem de piano e condução. Era visto como enfant terrible, uma imagem que ele próprio cultivava.
No ano seguinte, seu pai morreu, o que resultou no fim do seu suporte económico. Mas ele já tinha certa reputação como compositor, apesar de causar escândalos frequentemente com seus trabalhos. Seus dois primeiros concertos para piano foram compostos nessa época, o que lhe valeu má fama como músico, contra a linha nacionalista russa. Fez sua primeira excursão fora da Rússia em 1913, viajando a Londres e depois a Paris, onde encontrou o Ballets Russes de Sergei Diaguilev. No ano seguinte, terminou o curso do Conservatório em São Petersburgo com as mais altas classificações, um prémio Rubenstein, o que lhe rendeu um piano. Retornou a Londres, onde entrou em contacto com Sergei Diaguilev e Igor Stravinsky. Durante a Primeira Guerra Mundial, retornou a academia, agora estudando órgão. Ele compôs a ópera O Jogador, com base na obra homónima de Fiodor Dostoievski, um estudo sobre obsessão. A estreia foi cancelada devido à Revolução Russa de 1917.
No verão do mesmo ano compôs sua primeira sinfonia, a Sinfonia Clássica, desenvolvida ao estilo clássico em quatro andamentos. Após breve estadia com sua mãe em Kislovodsk, preocupado com a captura inimiga de Petrogrado (São Petersburgo), retornou em 1918. Ele estava determinado a deixar a Rússia, pelo menos temporariamente, percebendo nenhuma oportunidade para a música experimental. Em maio, mudou-se para os Estados Unidos, mas manteve contacto com bolcheviques como Anatoly Lunacharsky. Posteriormente, escreveu que o motivo da sua ausência era estritamente musical, e não uma oposição ao novo regime que seu país instalado.

No exterior
Prokofiev passou a viver em São Francisco, e ao chegar foi imediatamente comparado a outros exilados como Sergei Rachmaninoff. Ele começou bem em Nova Iorque, o que levou a diversas outras oportunidades. Entretanto, recebeu um contrato de produção de sua ópera O Amor das Três Laranjas, que teve sua estreia cancelada devido à doença e morte do diretor. Esse facto lhe custou a carreira a solo nos Estados Unidos.
Com problemas financeiros, mudou-se para Paris em abril de 1920, sem querer voltar à Rússia como um fracasso. Por lá, retomou contacto com Diaghilev e Stravinsky, e retornou a trabalhos antigos e inacabados como o Concerto para Piano nº 3. Para Diaguilev, compôs os bailados Chout (O Bufão, 1921, op.21), e O Passo de Aço (1927, op.41), apoteose da industrialização que estava a produzir-se nesse momento na Rússia. No fim do ano, O Amor das Três Laranjas finalmente estreou em Chicago, sob desaprovação do compositor. Trabalhou na ópera O Anjo de Fogo, ópera mística tirada dum romance de Valeri Briussov, que só foi encenada na íntegra depois da morte do compositor.
Em março de 1922, se mudou com sua mãe para a cidade de Ettal, nos Alpes da Baviera por mais de um ano, a fim de se concentrar completamente nas composições. Nessa época, sua música repercutiu na Rússia, mas apesar de receber convites para retornar, permaneceu na Europa. Em 1923, se casou com a cantora espanhola Lina Llubera, antes de retornar a Paris. Por volta de 1927, recebeu comissão de Diaguilev e realizou diversas turnês pela União Soviética, com uma apresentação bem sucedida de O Amor das Três Laranjas em Leningrado. Duas óperas mais antigas também foram tocadas na Europa, e no ano seguinte Prokofiev produziu sua Terceira Sinfonia.
Em 1929, sofreu um acidente de carro em Domrémy e magoou-se nas mãos. O acidente impediu-o de realizar uma turnê em Moscou; em contrapartida, ele teve a oportunidade de aproveitar a cena musical russa contemporânea. Após sua recuperação, ele tentou realizar turnê nos Estados Unidos novamente, e dessa vez foi calorosamente recebido, refletindo seu recente sucesso na Europa. No começo da década de 1930, ele começou a passar muito mais tempo na União Soviética, trabalhando cada vez mais por lá em favor de Paris. Uma das comissões foi Lieutenant Kije, trilha sonora dum filme russo. Outro exemplo foi o ballet Romeu e Julieta, para o Balé Kirov em Leningrado, que estreou somente em 1938, em Brno. Atualmente, este é um dos trabalhos mais conhecidos de Prokofiev. Entretanto, teve diversos problemas de coreografia, e a estreia foi adiada por diversos anos.
Prokofiev foi solista da Orquestra Sinfónica de Londres, conduzida por Piero Coppola, na primeira gravação de seu terceiro concerto para piano, em junho de 1932. Ele também gravou alguns de seus trabalhos para piano em Paris em fevereiro de 1935. Em 1938, ele conduziu a Orquestra Filarmónica de Moscovo na gravação da segunda suite de seu balé Romeu e Julieta. Outros países visitados em excursão durante seu período no exterior incluíram Itália, Alemanha, Canadá e Cuba.

Regresso à União Soviética
Em 1935, Prokofiev voltou à União Soviética permanentemente; a sua família voltou somente no ano seguinte. Na época, a política soviética referente a música havia mudado; uma agência havia sido criada para vigiar os artistas e suas criações. Limitando a influência externa, tais políticas gradualmente isolaram os compositores soviéticos do resto do mundo. Tentando se adaptar às novas circunstâncias, Prokofiev escreveu uma série de canções (Opp. 66, 79, 89), usando letras de poetas aprovados oficialmente pelo governo, além do oratório Zdravitsa (Op. 85), o que assegurou sua posição como um compositor soviético. Na mesma época, compôs para crianças, incluindo Pedro e o Lobo, para narrador e orquestra, uma obra realizada para agradar a Josef Stalin.
Em 1938, Prokofiev colaborou com o famoso cineasta russo Sergei Eisenstein no épico Alexander Nevsky. Apesar do filme ter baixa qualidade sonora, Prokofiev adaptou grande parte da obra numa cantata, que tem sido apresentada e gravada frequentemente. Em 1941, o compositor sofre o primeiro de uma série de ataques cardíacos, resultando numa piora gradual de saúde. por causa da Segunda Guerra Mundial, ele foi periodicamente evacuado para o sul junto com outros artistas. Isso trouxe diversas consequências para sua família em Moscou, e seu relacionamento com a poetisa Mira Mendelson resultou na sua separação com a esposa Lina, apesar de não terem se divorciado. Mira já havia o ajudado em libretos.
A guerra inspirou Prokofiev a mais uma ópera, Guerra e Paz, com a qual ele trabalhou por dois anos, junto com mais uma trilha sonora para Sergei Eisenstein, dessa vez Ivan, o Terrível. Entretanto, o governo soviético revisou a ópera diversas vezes. Em 1944, Prokofiev se mudou para fora de Moscou, para compor sua quinta sinfonia (Op. 100) que tornou-se a mais popular delas. Pouco depois, sofreu uma concussão e nunca se recuperou. Por causa disso, a sua produtividade diminuiu drasticamente nos anos seguintes.
Após a guerra, o compositor ainda teve tempo para de escrever sua sexta sinfonia e sua nona sonata para piano, antes do Partido Soviético mudar de opinião sobre sua música. As atenções pós-guerra estavam voltadas novamente a assuntos internos, e o governo estava regulando novamente a atividade dos artistas locais. Em 10 de fevereiro de 1948, uma resolução do Partido Comunista condenou supostas tendências antidemocráticas na música. A música de Prokofiev agora era vista como um exemplo do formalismo, um perigo para o povo soviético. Em 20 de fevereiro, sua esposa Lina foi presa por espionagem, ao tentar enviar dinheiro para sua mãe na Catalunha. Nesse mesmo ano, Prokofiev deixa a família por Mira. Lina foi sentenciada a vinte anos, mas foi solta após a morte de Estaline em 1953, deixando a União Soviética.
Seus últimos projetos de ópera foram rapidamente cancelados pelo Teatro Kirov, o que, em combinação com sua saúde cada vez pior, causou a queda cada vez maior da atividade musical do compositor. Seus médicos ordenaram a limitação de suas atividades, fazendo com que ele reservasse somente um ou duas horas diárias à composição. Sua última apresentação pública foi a estreia da sétima sinfonia em 1952, cuja música foi escrita para um programa de televisão infantil. A obra recebeu o prémio Estaline em 1947.
Igor Stravinsky classificou-o como o maior compositor russo de sua época, para além dele próprio.
Aos 61 anos, Prokofiev morreu em 5 de março de 1953, no mesmo dia que Estaline. Ele vivia próximo da Praça Vermelha, e em três dias, enquanto a multidão que se despedia de Estaline, estas cerimónias impossibilitaram a retirada do corpo de Prokofiev para o serviço funerário. No funeral, não havia flores nem músicos, todos reservados ao funeral do líder soviético. A sua morte é frequentemente atribuída a uma hemorragia cerebral, mas é sabido que ele já estava muito doente pelos últimos oito anos de sua vida. Ele havia apenas iniciado os ensaios para o seu bailado A Flor de Pedra, que foi levado à cena no ano seguinte.
Com Lina Llubera teve dois filhos, Sviatoslav e Oleg.


terça-feira, março 05, 2013

Prokofiev morreu há 60 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka, atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas bandas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Nos seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Juntamente com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.


sábado, setembro 29, 2012

O massacre de Babi Yar foi há 71 anos

Selo postal ucraniano feito para recordar o 70º aniversário da tragédia em Babi Yar

Babi Yar é uma ravina existente em Kiev, capital da Ucrânia, que ficou conhecida na história como local de um dos maiores massacres de judeus e civis da então União Soviética pelos nazis, durante a II Guerra Mundial.
Em 29 e 30 de setembro de 1941, 92.771 civis ucranianos judeus foram levados a Babi Yar e assassinados coletivamente, num dos maiores massacres em massa da história. Nos meses que seguiram, milhares de outros judeus e não-judeus russos foram capturados, trazidos à ravina e fuzilados, num total de cerca de 100.000 mortos.

A ravina de Babi Yar é mencionada por registos históricos desde 1401 e através dos tempos sua área foi usada para diferentes propósitos, incluindo campos militares e cemitérios, um dos quais, judeu, foi fechado em 1937. Após a invasão da URSS pelas tropas nazistas em junho de 1941, a cidade de Kiev acabou caindo em mãos alemães depois de 45 dias de batalha, em 19 de setembro. Poucos dias após a ocupação, as execuções começaram com o fuzilamento de 700 pacientes de um hospital psiquiátrico da cidade.
Em 28 de setembro, um aviso foi afixado pelos postes e muros de Kiev, dirigido aos judeus:
Ordena-se a todos os judeus residentes de Kiev e suas vizinhanças que compareçam à esquina das ruas Melnyk e Dokterivsky, às 08.00 horas da manhã de segunda-feira, 29 de setembro de 1941 portando documentos, dinheiro, roupas de baixo, etc. Aqueles que não comparecerem serão fuzilados. Aqueles que entrarem nas casas evacuadas por judeus e roubarem pertences destas casas serão fuzilados.
Os judeus levados à ravina esperavam ser embarcados em comboios. A multidão de homens, mulheres e crianças era suficientemente grande para que ninguém tomasse conhecimento do que estava para acontecer a não ser tarde demais. Todos passavam por um corredor de soldados gritando, em grupos de dez e fuzilados; ao escutarem o barulho das metralhadoras do grupo da frente, já não tinham como escapar.
O massacre foi realizado em dois dias, a cargo da unidade C do Einsatzgruppen, o esquadrão da morte das SS, apoiados por membros de um batalhão das Waffen-SS; unidades da polícia ucraniana também seriam usadas para agrupar e conduzir os judeus até o local de fuzilamento, o que provocaria uma grande discussão na Ucrânia após a guerra.
Além deste massacre, Babi Yar foi alvo de milhares de outras execuções durante os dois anos de ocupação nazi de Kiev. O número total de mortos na ravina não é bem conhecido, mas o número mais aceite, cerca de 100 mil, foi fornecido pelo cálculo de moradores obrigados a enterrar os corpos. Tempos depois, o campo de concentração de Syrets foi erguido no local e nele internados prisioneiros de guerra russos, civis comunistas e combatentes da resistência, que ali eram executados.
Quando os nazis se retiraram de Kiev, fizeram tentativas de esconder os sinais das atrocidades cometidas durante os anos de ocupação. Entre agosto e setembro de 1943, o campo de Syrets foi parcialmente demolido e diversos corpos exumados e queimados, sendo as cinzas espalhadas pelas áreas vizinhas. Na noite de 29 de setembro de 1943, quando o campo estava sendo desmantelado, rebentou uma revolta entre os prisioneiros e quinze deles conseguiram escapar; após retomar o controle da situação, os alemães fuzilaram os 311 sobreviventes.

Quando o Exército Vermelho retomou o controlo de Kiev, em novembro de 1943, o campo foi transformado num local de internamento de prisioneiros alemães e utilizado até 1946, quando foi totalmente demolido. Nos anos 50 e 60, o local transformou-se num grande parque e num complexo de apartamentos.
O governo soviético sempre desencorajou que se desse ênfase ao massacre de judeus em Babi Yar, preferindo oficialmente que a tragédia fosse lembrada como um crime cometido contra todo o povo soviético e a população de Kiev. Diversas tentativas de se erguer um memorial judeu no local dos massacres foram adiadas. Em 1976 foi erguido um memorial em honra de todos os cidadãos soviéticos ali fuzilados, mas, apenas em 1991, com o fim da URSS, os judeus puderam finalmente erguer seu próprio monumento.
Sobre Babi Yar, o escritor e sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel escreveu:
As testemunhas oculares disseram que, por meses após as mortes, o solo de Babi Yar continuava a esguichar geysers de sangue.

quinta-feira, abril 26, 2012

Há 26 anos ocorreu o triste acidente nuclear de Chernobil

O "sarcófago" que abriga o reator 4, construído para conter a radiação libertada pelo acidente

O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Central Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a libertação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e recolocação de aproximadamente 200 mil pessoas.
Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da centrais nucleares soviéticas, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores por acidente ou em resultado direto da radiação e nove crianças com cancro da tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. O líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, disse o seguinte quando o governo admitiu a ocorrência:
Cquote1.svg Boa tarde, camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na usina nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle.

segunda-feira, março 05, 2012

Prokofiev morreu há 59 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia), 23 de Abril de 1891Moscovo, 5 de Março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é conhecido mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em tournées, e voltou à terra local, agora União Soviética. Em seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Junto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.
 
 

sábado, março 03, 2012

O Tratado de Brest-Litovski foi assinado há 94 anos

Leon Trotsky acompanhado por oficiais alemães em Brest-Litovsk

O Tratado de Brest-Litovski (ou de Brest-Litovsk) foi um tratado de paz assinado entre o governo bolchevique russo e as Potências Centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Império Otomano) em 3 de março de 1918, em Brest (antigamente Brest-Litovski), na atual Bielorrússia, pelo qual era reconhecida a saída russa da Primeira Guerra Mundial.
A retirada da Rússia da guerra foi um dos principais objetivos da Revolução Russa de 1917, e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo russo, devido às imensas perdas humanas (cerca de quatro milhões de mortos). Entretanto, os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes. Através deste, a Rússia abria mão do controle sobre a Finlândia, Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), Polónia, Bielorrússia e Ucrânia, bem como dos distritos turcos de Ardaham e Kars, e do distrito georgiano de Batumi, antes sob seu domínio. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, metade de sua indústria e nove décimos de suas minas de carvão.
A maior parte desses territórios tornar-se-iam, na prática, partes do Império Alemão, sob a tutela de reis e duques. Entretanto, a derrota da Alemanha na guerra, marcada pelo armistício com os países aliados em 11 de Novembro, em Compiègne, permitiu que Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia se tornassem estados verdadeiramente independentes, e os monarcas indicados tiveram que renunciar aos seus tronos. Por outro lado, a Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na Guerra Civil Russa, e terminaram por serem novamente anexadas ao território russo, agora sob o nome de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
As negociações de paz tinham sido iniciadas em 22 de dezembro de 1917, uma semana após o armistício entre a Rússia e as Potências Centrais, em Brest-Litovsk.