quarta-feira, novembro 19, 2025
O Prestige afundou-se há vinte e três anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:23
0
bocas
Marcadores: desastre ambiental, Galiza, maré negra, Nunca Mais, Prestige
sábado, agosto 30, 2025
Música adequada à data...
Postado por
Pedro Luna
às
22:22
0
bocas
Marcadores: Espanha, Galiza, Miro Casabella, música, Olla meu irmán, Ti Galiza, Voces ceibes
Miro Casabella nasceu há 79 anos
Postado por
Fernando Martins
às
07:09
0
bocas
Marcadores: A morte saiu à Rua, Espanha, Galiza, Miro Casabella, música, No Desterro, Voces ceibes
domingo, julho 27, 2025
Manuel Vázquez Montalbán nasceu há 86 anos...
Manuel Vázquez Montalbán (Barcelona, España, 27 de julio de 1939 - Bangkok, Tailandia, 18 de octubre de 2003) fue un escritor español conocido sobre todo por sus novelas protagonizadas por el detective Pepe Carvalho.
Personalidad casi inabarcable, se definió a sí mismo como "periodista, novelista, poeta, ensayista, antólogo, prologuista, humorista, crítico, gastrónomo, culé y prolífico en general", campos todos en los que destacó.
El buen amor
Amores porque sí. certificados
amarillos en cajas de caoba con flores
esmaltadas, junto al jabón de olor
en cajones de madera repujada, cómodas
donde descansa en paz el ajuar
encajes
de bolillo y letras bordadas, siglas
de un contrato territorial, celosos
lindes de una ciudad y sábanas almidonadas
castos cálculos de menstruos regulares,
celosos termómetros de infiel temperatura,
vaginas díscolas, hijos imprevistos
atribuibles
a la voluntad de Dios, Padre al fin
y al cabo
lentos días sin preguntas, sin
respuestas, pequeño y gran mundo en orden
porque sí
porque sí
la vaciedad del mundo
más allá de las pinturas ya funcionales
en las paredes, del cucú que marca
la hora del regreso, de las cuentas
de las cenas sorprendentes, especiales
recetas misteriosas de vecinas nuevas,
aventuras exóticas por mares de sofrito
y olorosas especias
o bien relojes de zozobra
y un primo hermano habitual a las cuatro
y cuarto, porteras dormidas, despiertas
súbitamente
y amores,
porque no
a las tardes
sin más solución que noches que concluyen
que días que amanecen para anochecer,
que no tendrán jardines con moreras
ni bancos de cemento tras los setos
como antes
cuando todavía era posible algún misterio
más allá de los labios besados, silenciosos
ahora como un mundo prohibido
sin lluvias,
sin fronteras, un vasto mundo de venas
heladas, ramajes de bosques horrorosos
sin pájaros
ni estrellas
donde no cabe el miedo ni el valor.
Manuel Vázquez Montalbán
Postado por
Fernando Martins
às
08:06
0
bocas
Marcadores: Barcelona, Catalunha, Galiza, livros, Manuel Vázquez Montalbán, Pepe Carvalho, poesia, policiais
sexta-feira, julho 25, 2025
Hoje é dia de Santiago...!
![]()
Santiago Maior, também chamado de Santiago Filho do Trovão (Boanerge), Tiago, filho de Zebedeu e Santiago Apóstolo o Maior, martirizado no ano 44, foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Foi feito santo e chamado Maior (mais velho) para o diferenciar de outro discípulo de Jesus de mesmo nome, conhecido como Santiago Menor (mais jovem) e também de Tiago, o Justo, sendo estes últimos possivelmente a mesma pessoa: Tiago, menor; Tiago, o justo; e Tiago, irmão do Senhor.
![]()
O nome do apóstolo Santiago
Os nomes Tiago e Jaime derivam indiretamente do latim Iacobus, por sua vez uma latinização do nome hebraico Ya'akov (aportuguesado em "Jacó") e da sua associação Sanctus Iacopus.
Com o decorrer do tempo, o nome evoluiu em diversas direções consoante as línguas: manteve-se Jakob em alemão e noutras línguas nórdicas, James em inglês, Giacomo em italiano e Jacques em francês.
Na Península Ibérica, há diferenças substanciais: tornou-se Jaume ou Jaime (formas correntes no catalão). Jácome é adaptação antiga do italiano Giàcome, que subsiste como apelido pouco comum na Galiza e em Portugal. Há quem pense que o nome Iago / Yago é a forma patrimonial das línguas do centro e ocidente da Península Ibérica, mas isto é falso. A únicas formas patrimoniais em castelhano, que já aparecem registadas no Cantar del Mio Cid, são Yaguo e Yagüe, ambas com evolução fonética normal a partir do acusativo e do vocativo, respetivamente. O nome do santo nesta obra aparece como Santi Yaguo e, em função vocativa, Santi Yagüe (por exemplo, quando é usado como grito de guerra dos cristãos). A forma Yaguo parece ter desaparecido por completo, mas Yagüe ainda se conserva como apelido (por exemplo, em Madrid há uma rua dedicada ao General Yagüe).
No domínio linguístico galego-português, é impossível que Iago seja uma forma patrimonial, porque todos os I latinos em posição inicial pré-vocálica (pronunciados [i] primeiro e [j] semivogal depois) dão lugar em romance à consoante fricativa sibilante pré-palatal ou palato-alveolar [ž] (IPA [ʒ]), assim já < iam, Janeiro < Ianuarius, jantar < iantare, jeito < iactus, João < Iohannes, jogo < iocus, junco < iuncus, etc., como se pode verificar em qualquer manual básico de história da língua. Portanto, o resultado esperado, a ter havido uma evolução do nome isolado, seria "Jago", "Jagó", "Jágovo", ou qualquer coisa semelhante. O que de facto ocorreu é que aqui a pressão conservadora da Igreja manteve unido o nome ao adjetivo, que evoluíram juntos como uma palavra: "Santiago". A partir de "Santiago", por via popular, produz-se a deglutinação lógica San-Tiago (São Tiago). É assim que nasce o nome próprio português e galego "Tiago" e é por isso que o nome do apóstolo e os padroeiros de múltiplas freguesias por todo o país aparecem abreviados nos textos escritos como STiago desde a mesma Idade Média.
O nome Iago / Yago entra nas línguas peninsulares, bem como no italiano, no século XIX e início do XX, devido à popularidade das personagens das óperas dramáticas e, em especial, líricas (por exemplo, "Otelo", "Aída", "Carmen"...). En concreto, "Yago" é uma personagem da ópera "Otelo" (baseada na obra do mesmo título de Shakespeare), com libreto do Conde Berio e música de Rossini, que foi estreada em 1816. E Iago é apenas a adaptação escrita do nome às ortografias portuguesa e galega, que não usam a letra Y. Chega com consultar um bom dicionário da língua portuguesa como o Aurélio, para verificar que não só "Iago" procede da personagem da peça "Otelo", como ainda é empregado como substantivo comum para designar o "indivíduo astuto, intrigante, falso, velhaco", coisa que não faria sentido se se tratasse dum nome próprio tradicional e comum na língua portuguesa. A chegada do nome a Espanha é o que fez inventar, em certos ambientes, a forma "Sant'Iago", da abreviatura do latim de Sant Iacob.
![]()
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
11:56
0
bocas
Marcadores: apóstolos, Galiza, Igreja Católica, Santiago de Compostela, Santiago Maior, Santigo
Música adequada à data - viva a Galiza e os galegos...!
Postado por
Pedro Luna
às
11:11
0
bocas
Marcadores: A Carolina, Canteixere, Dia Nacional da Galiza, Faltriqueira, galego, Galiza, Luar Na Lubre, Santiago de Compostela, Santiago Matamouros
Viva Santiago - hoje é o Dia da Galiza...!
Postado por
Fernando Martins
às
00:00
0
bocas
Marcadores: Dia Nacional da Galiza, galego, Galiza, Santiago de Compostela, Santiago Matamouros
terça-feira, julho 15, 2025
Rosalía de Castro morreu há cento e quarenta anos...
Negra Sombra
Cando penso que te fuches,
Negra sombra que m’asombras,
Ó pé d’os meus cabezales
Tornas facéndome mofa.
Cando maxino que’ês ida
N’o mesmo sol te m’amostras,
Y eres a estrela que brila,
Y eres o vento que zóa.
Si cantan, ês tí que cantas,
Si choran, ês tí que choras,
Y-ês o marmurio d’o río
Y-ês a noite y ês a aurora.
En todo estás e ti ês todo,
Pra min y en min mesma moras,
Nin m’abandonarás nunca,
Sombra que sempre m’asombras.
in Follas Novas (1880) - Rosalía de Castro
sábado, junho 21, 2025
Manu Chao comemora hoje sessenta e quatro anos
Postado por
Fernando Martins
às
06:40
0
bocas
Marcadores: anarquismo, França, Galiza, Mano Negra, Manu Chao, Me gustas tu, música latina, punk, reggae, Rock, ska, world music
domingo, maio 25, 2025
Hoje é o Dia da Toalha (e do do Orgulho Lusista)...!
O Dia da Toalha é celebrado no dia 25 de maio como uma homenagem dos fãs ao autor de The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (no Brasil O Guia do Mochileiro das Galáxias, em Portugal À Boleia Pela Galáxia), livro imortal de Douglas Adams.
A towel, it says, is about the most massively useful thing an interstellar hitchhiker can have. Partly it has great practical value. You can wrap it around you for warmth as you bound across the cold moons of Jaglan Beta; you can lie on it on the brilliant marble-sanded beaches of Santraginus V, inhaling the heady sea vapours; you can sleep under it beneath the stars which shine so redly on the desert world of Kakrafoon; use it to sail a miniraft down the slow heavy River Moth; wet it for use in hand-to-hand-combat; wrap it round your head to ward off noxious fumes or avoid the gaze of the Ravenous Bugblatter Beast of Traal (such a mind-bogglingly stupid animal, it assumes that if you can't see it, it can't see you); you can wave your towel in emergencies as a distress signal, and of course dry yourself off with it if it still seems to be clean enough. More importantly, a towel has immense psychological value. For some reason, if a strag (strag: non-hitch hiker) discovers that a hitchhiker has his towel with him, he will automatically assume that he is also in possession of a toothbrush, face flannel, soap, tin of biscuits, flask, compass, map, ball of string, gnat spray, wet weather gear, space suit etc., etc. Furthermore, the strag will then happily lend the hitch hiker any of these or a dozen other items that the hitch hiker might accidentally have "lost." What the strag will think is that any man who can hitch the length and breadth of the galaxy, rough it, slum it, struggle against terrible odds, win through, and still knows where his towel is, is clearly a man to be reckoned with.
Hence a phrase that has passed into hitchhiking slang, as in "Hey, you sass that hoopy Ford Prefect? There's a frood who really knows where his towel is." (Sass: know, be aware of, meet, have sex with; hoopy: really together guy; frood: really amazingly together guy.)Douglas Adams, The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
Postado por
Fernando Martins
às
00:00
0
bocas
Marcadores: À Boleia pela Galáxia, Dia da Toalha, Dia do Orgulho Lusista e Reintegrata, Douglas Adams, galaico-português, Galiza, Olivença, Português, The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
segunda-feira, maio 19, 2025
O poeta galego Valentín Paz-Andrade faleceu há 38 anos...
Valentín Paz-Andrade ( Pontevedra, Galiza, 23 de abril de 1898 - Vigo, Galiza, 19 de maio de 1987) foi um jurista, economista, escritor, poeta e jornalista galego. O Dia das Letras Galegas do ano 2012 foi dedicado a este escritor.
O QUE TODO GALEGO CHORARÍA
Chora, Terra, teu pranto xeneroso.
O que todo galego choraría,
en roda de multánime silenzo
e ollares abatidos
sobor do longo corpo derrubado
que fora vivo mastro en loita núa;
perto daqueles beizos, seca fonte
da verba nunca de antes máis belida;
do peito petrucial, refrorecido
de mapoulas pampeiras,
que envexan a nacencia das chorimas;
xunto das postas maos voltas ao xelo,
onde a eito agromaron da súa arte,
no cerne da galega patronía,
vizosas primaveras.
Valentín Paz-Andrade
sábado, maio 17, 2025
Viva o Día das Letras Galegas...!
O Día das Letras Galegas é un día de exaltación da lingua de Galiza a través da súa manifestación literaria. Comezou a celebrarse o 17 de maio do 1963, coincidindo co centenario da primeira edición de Cantares gallegos, de Rosalía de Castro.
14
in Cantares Gallegos (1863) - Rosalía de Castro
Postado por
Fernando Martins
às
00:00
0
bocas
Marcadores: Cantares Gallegos, Día das Letras Galegas, galego, Galiza, Rosalía de Castro
domingo, maio 11, 2025
Camilo José Cela nasceu há 109 anos
Camilo José Cela Trulock, 1º. Marquês de Iria Flavia (Padrón, 11 de maio de 1916 - Madrid, 17 de janeiro de 2002) foi um escritor espanhol, galego de nascimento mas que sempre escreveu em língua castelhana.
Poema en forma de mujer que dicen temeroso, matutino, inútil
Ese amor que cada mañana canta
y silba, temeroso, matutino, inútil
(también silba)
bajo las húmedas tejas de los más solitarios corazones
-¡Ave María Purísima!-
y rosas son, o escudos, o pajaritas recién paridas,
te aseguro que escupe, amoroso
(también escupe)
en ese pozo en el que la mirada se sobresalta.
Sabes por donde voy:
tan temeroso
tan tarde ya
(también tan sin objeto).
Y amargas o semiamargas voces que todos oyen
llenos de sentimiento,
no han de ser suficientes para convertirme en ese dichoso,
caracol al que renuncio
(también atentamente).
Un ojo por insignia,
un torpe labio,
y ese pez que navega nuestra sangre.
Los signos de oprobio nacen dulces
(también llenos de luz)
y gentiles.
Eran
-me horroriza decirlo-
muchos los años que volqué en la mar
(también como las venas de tu garganta, teñida de un tímido color).
Eran
-¿por qué me lo preguntas?-
dos las delgadas piernas que devoré.
Quisiera peinar fecundos ríos en la barba
(también acariciarlos)
e inmensas cataratas de lágrimas
sin sosiego,
desearía, lleno de ardor, acunar allí mismo donde nadie se atreve a
levantar la vista.
Un muerto es un concreto
(también se ríe)
pensamiento que hace señas al aire.
La mariposa,
aquella mariposa ruin que se nutría de las más privadas
sensaciones,
vuela y revuela sobre los altos campanarios
(también hollados campanarios)
aún sin saber,
como no sabe nadie,
que ese amor que cada día grita
y gime, temeroso, matutino, inútil
(también gime)
bajo las tibias tejas de los corazones,
es un amor digno de toda lástima.
Camilo José Cela
Postado por
Fernando Martins
às
01:09
0
bocas
Marcadores: Camilo José Cela, castelhano, Galiza, literatura, Prémio Nobel
segunda-feira, março 17, 2025
Lá Fhéile Pádraig - viva a Irlanda e todas as nações celtas...!
Postado por
Fernando Martins
às
15:06
0
bocas
Marcadores: Allariz, Baiuca, Bretanha, celtas, Cornualha, Dia de São Patrício, Escócia, Galiza, Ilha de Man, Irlanda, Lá Fhéile Pádraig, música, música celta, orgulho celta, País de Gales, São Patrício
sexta-feira, fevereiro 28, 2025
Álvaro Cunqueiro morreu há 44 anos...
Amiga, namorado vou
Por oír a unha rula decir de amor,
amiga, namorado vou!
Por mirar as cerdeiras como botan fror,
amiga, namorado vou!
Por verte e non te vere no verde prado,
amiga, namorado vou!
Porque non me non queres por teu namorado!
amiga, namorado vou!
- No vento pórei este meu lume novo
porque ardan as rulas, as cerdeiras e todo!
Amiga, namorado vou!
Álvaro Cunqueiro
Postado por
Fernando Martins
às
00:44
0
bocas
Marcadores: Álvaro Cunqueiro, Galiza, literatura, poesia
segunda-feira, fevereiro 24, 2025
Hoje é dia de celebrar a língua irmã do português e a sua poetisa maior...
Negra sombra
Cando penso que te fuches,
Negra sombra que m'asombras,
Ô pe d'os meus cabezales
Tornas facéndome mofa.
Cando ma
ino qu'ês ida
N'o mesmo sol te m'amostras,
Y eres a estrela que brila,
Y eres o vento que zóa.
Si cantan, ês tí que cantas,
Si choran, ês tí que choras,
Y-ês o marmurio d'o rio
Y-ês a noite y ês a aurora.
En todo estás e ti ês todo,
Pra min y en min mesma moras,
Nin m'abandonarás nunca,
Sombra que sempre m'asombras.
Rosalia de Castro
Rosalía de Castro nasceu há 188 anos
Adios, ríos; adios, fontes;
adios, regatos pequenos;
adios, vista dos meus ollos:
non sei cando nos veremos.
Miña terra, miña terra,
terra donde me eu criei,
hortiña que quero tanto,
figueiriñas que prantei,
prados, ríos, arboredas,
pinares que move o vento,
paxariños piadores,
casiña do meu contento,
muíño dos castañares,
noites craras de luar,
campaniñas trimbadoras
da igrexiña do lugar,
amoriñas das silveiras
que eu lle daba ó meu amor,
camiñiños antre o millo,
¡adios, para sempre adios!
¡Adios gloria! ¡Adios contento!
¡Deixo a casa onde nacín,
deixo a aldea que conozo
por un mundo que non vin!
Deixo amigos por estraños,
deixo a veiga polo mar,
deixo, enfin, canto ben quero...
¡Quen pudera non deixar!...
Mais son probe e, ¡mal pecado!,
a miña terra n'é miña,
que hastra lle dan de prestado
a beira por que camiña
ó que naceu desdichado.
Téñovos, pois, que deixar,
hortiña que tanto amei,
fogueiriña do meu lar,
arboriños que prantei,
fontiña do cabañar.
Adios, adios, que me vou,
herbiñas do camposanto,
donde meu pai se enterrou,
herbiñas que biquei tanto,
terriña que nos criou.
Adios Virxe da Asunción,
branca como un serafín;
lévovos no corazón:
Pedídelle a Dios por min,
miña Virxe da Asunción.
Xa se oien lonxe, moi lonxe,
as campanas do Pomar;
para min, ¡ai!, coitadiño,
nunca máis han de tocar.
Xa se oien lonxe, máis lonxe
Cada balada é un dolor;
voume soio, sin arrimo...
Miña terra, ¡adios!, ¡adios!
¡Adios tamén, queridiña!...
¡Adios por sempre quizais!...
Dígoche este adios chorando
desde a beiriña do mar.
Non me olvides, queridiña,
si morro de soidás...
tantas légoas mar adentro...
¡Miña casiña!,¡meu lar!
in Cantares Gallegos (1863) - Rosalía de Castro
Postado por
Fernando Martins
às
18:08
0
bocas
Marcadores: Adiós ríos adiós fontes, Amancio Prada, galego, Galiza, música, poesia, Rosalía de Castro
quarta-feira, fevereiro 05, 2025
Amancio Prada faz hoje 76 anos
Amancio Prada (Devesas, Castela e Leão, 5 de fevereiro de 1949), nascido no Bierzo, na zona de língua galega, filho de camponeses, é um dos mais destacados cantautores espanhóis.
Postado por
Fernando Martins
às
07:06
0
bocas
Marcadores: Amancio Prada, Galiza, Libre te quiero, música, poesia
sexta-feira, janeiro 17, 2025
Camilo José Cela, prémio Nobel da Literatura, morreu há vinte e três anos
Camilo José Cela Trulock, 1º. Marquês de Iria Flavia (Padrón, 11 de maio de 1916 - Madrid, 17 de janeiro de 2002) foi um escritor espanhol, galego de nascimento, mas que escreveu sempre em língua castelhana.
Poema en forma de mujer que dicen temeroso, matutino, inútil
Ese amor que cada mañana canta
y silba, temeroso, matutino, inútil
(también silba)
bajo las húmedas tejas de los más solitarios corazones
-¡Ave María Purísima!-
y rosas son, o escudos, o pajaritas recién paridas,
te aseguro que escupe, amoroso
(también escupe)
en ese pozo en el que la mirada se sobresalta.
Sabes por donde voy:
tan temeroso
tan tarde ya
(también tan sin objeto).
Y amargas o semiamargas voces que todos oyen
llenos de sentimiento,
no han de ser suficientes para convertirme en ese dichoso,
caracol al que renuncio
(también atentamente).
Un ojo por insignia,
un torpe labio,
y ese pez que navega nuestra sangre.
Los signos de oprobio nacen dulces
(también llenos de luz)
y gentiles.
Eran
-me horroriza decirlo-
muchos los años que volqué en la mar
(también como las venas de tu garganta, teñida de un tímido color).
Eran
-¿por qué me lo preguntas?-
dos las delgadas piernas que devoré.
Quisiera peinar fecundos ríos en la barba
(también acariciarlos)
e inmensas cataratas de lágrimas
sin sosiego,
desearía, lleno de ardor, acunar allí mismo donde nadie se atreve a
levantar la vista.
Un muerto es un concreto
(también se ríe)
pensamiento que hace señas al aire.
La mariposa,
aquella mariposa ruin que se nutría de las más privadas
sensaciones,
vuela y revuela sobre los altos campanarios
(también hollados campanarios)
aún sin saber,
como no sabe nadie,
que ese amor que cada día grita
y gime, temeroso, matutino, inútil
(también gime)
bajo las tibias tejas de los corazones,
es un amor digno de toda lástima.
Camilo José Cela
Postado por
Fernando Martins
às
00:23
0
bocas
Marcadores: Camilo José Cela, castelhano, Espanha, Galiza, literatura, Prémio Nobel, Prémio Príncipe das Astúrias
domingo, dezembro 22, 2024
O poeta galego Álvaro Cunqueiro nasceu há 113 anos
Al otro lado me dijeron
los viejos se van convirtiendo en árboles
viejos también sin hojas en el lado del sol
aguardando sin saber qué, mudos.
Pero súbitamente un árbol cualquiera
siente subir dentro de él la savia de un sueño
al borde de la muerte ya, pero todavía
tibio como la leche de la madre.
El sueño va subiendo por las venas del árbol
una vida entera que pasa
hasta hacerse pájaro en una rama
un pájaro que recuerda, canta y se marcha
poco antes de que todos los árboles mueran.
Si yo me hago árbol viejo al otro lado del río
y me toca ser el árbol que recuerda y sueña
puedes estar bien segura que soñaré contigo
con tus ojos grises como el alba
y con tu sonrisa
con la cual se vistieron los labios de los rosales
en los días mas felices.
Postado por
Fernando Martins
às
11:30
0
bocas
Marcadores: Álvaro Cunqueiro, Galiza, literatura, poesia











