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quarta-feira, março 06, 2019

Kiri Te Kanawa nasceu há 75 anos!

Dame Kiri Te Kanawa (Gisborne, 6 de março de 1944) é uma aclamada soprano lírica neozelandesa. O seu reportório vai do século XVII ao século XX. É particularmente dedicada às obras de Mozart, Richard Strauss, Verdi, Handel e Puccini.
Atualmente é raroe atuar em óperas, embora seja vista com frequência em recitais e concertos. Em agosto de 2009, o jornal The Daily Telegraph de Londres relatou que Te Kanawa iria deixar de cantar óperas, que requerem uma disciplina exaustiva. A sua última apresentação operística foi em abril de 2010, na Ópera de Colónia, onde cantou "Marschallin" de Der Rosenkavalier (Richard Strauss).
  
Biografia
Nascida Claire Mary Teresa Rawstron em Gisborne, Ilha do Norte, na Nova Zelândia, de origem māori e irlandesa, foi adotada, quando bebê, por Thomas Te Kanawa e sua mulher, Nell, que lhe deram o nome de Kiri. Thomas, assim como o pai biológico de Kiri era um māori, e Nell era de ascendência irlandesa, tal como a mãe biológica da cantora. 
Foi educada no Saint Mary's College de Auckland e preparada para o canto operístico pela Irmã Mary Leo, RSM. Começou a sua carreira como mezzo-soprano, passando posteriormente a soprano.
Conheceu Desmond Park, num encontro às cegas, em Londres, em agosto de 1967. Os dois se casaram, seis semanas depois, na Catedral de St Patrick, em Auckland. O casal adotou duas crianças - Antonia (nascida em 1976) e Thomas (nascido em 1979). O divórcio veio em 1997.
Na sua adolescência e no começo de sua juventude, foi uma estrela pop e de entretenimento popular nos clubes em Nova Zelândia. Em 1965, venceu o Mobil Song Quest cantando a ária "Vissi d'Arte" da Tosca, de Puccini. Em 1963 ela ganhou o segundo lugar, perdendo para Malvina Major. Como vencedora, ela recebeu uma bolsa de estudos em Londres. Em 1966 ela venceu o prestigioso Australian Melbourne Sun-Aria.
Em 1966, sem uma audição, ela entrou no Centro de Ópera de Londres para estudar com Vera Rózsa e James Robertson.
As suas primeiras aparições foram em A Flauta Mágica, de Mozart, e em Dido and Aeneas, de Henry Purcell, em dezembro de 1968, no Sadler's Wells Theatre. Ela também cantou o papel que dá o título à ópera Anna Bolenna, de Gaetano Donizetti. Em 1969, fez o papel de Elena de La Donna del Lago de Gioacchino Rossini, no Camden Festival e a Condessa em Le Nozze di Figaro. Após a apresentação, o maestro Colin Davis disse: "Não posso acreditar em meus ouvidos. Eu presenciei milhares de audições, mas esta tem uma voz fantasticamente linda". Orgulhoso por Idamante, em Idomeneo (Mozart), ele ofereceu-lhe três anos de contrato no Royal Opera House, Covent Garden, onde ela fez a sua estreia como Xenia, em Boris Godunov, e Flower Maiden, em Parsifal, no ano de 1970.
  
Carreira internacional
Kiri Te Kanawa apresentou-se como a Condessa, em Le Nozze di Figaro, na Ópera de Santa Fé, no Covent Garden, na Ópera Nacional de Lyon e na Ópera de São Francisco, entre 1971 e 1972. A sua estreia no Metropolitan Opera House foi em 1974, como Desdemona em Otello, apresentando-se no lugar de Teresa Stratas, no último momento. Ela cantou no Glyndebourne Festival em 1973. Outras estreias memoráveis foram em Paris (1975), Milão e Sidnei (1978), Salzburgo (1979) e Viena (1980).
Em outros anos, ela apresentou-se na Ópera Lírica de Chicago, na Ópera de Paris, na Casa de Ópera de Sydney, na Ópera Estatal de Viena, no La Scala e na Ópera de São Francisco, adicionando os papéis de Donna Elvira, Pamina e Fiordiligi ao seu reportório.
Te Kanawa foi vista e ouvida por aproximadamente 600 milhões de pessoas em 1981, quando cantou "Let the Bright Seraphim", de Handel, no casamento de Charles, Príncipe de Gales com Lady Diana Spencer.
  
Prémios e honrarias
Kiri Te Kanawa é Dame Commander da Ordem do Império Britânico desde 1982, como também é da Companhia de Honra da Ordem da Austrália (1990) e recebeu o prémio de Ordem da Nova Zelândia (1995). Também recebeu títulos honoris causa das Universidades de Cambridge, Dundee, Durhanm, Nottingham, Oxford, Sunderland, Warwick, Chicago, Auckland e Waikato.
Estabelecida na Inglaterra desde 1966, quando chegou ao país optou por continuar seus estudos de canto no famoso London Opera Centre. Após várias apresentações em teatros de menor projeção, estreou, com redundante sucesso, na Royal Opera House (Covent Garden), em 1971, no papel da Condessa Almaviva, na ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart. É considerada uma das melhores intérpretes de Mozart.
Prima Donna da Royal Opera House, apresentou-se ao longo de três décadas no seu palco. Foi convidada pelo príncipe Charles de Windsor, seu admirador e amigo, para cantar no seu casamento com a então Lady Di. Todos os grandes teatros de ópera do mundo a tiveram em seus palcos, nomeadamente o Metropolitan Opera House, de Nova Iorque, que já a recebeu inúmeras vezes.
É divorciada e mãe de um casal de filhos. Ambos - tal como ela mesma o é - são adotados. Hoje, semi-aposentada, continua a morar na Inglaterra e dedica-se à Fundação Kiri Te Kanawa, que criou em Auckland, para ajudar os talentos da música erudita locais. A sua portentosa e aveludada voz, somada a uma técnica impecável e a uma presença cénica forte e carismática garantem seu nome na galeria das maiores cantoras líricas de todos os tempos.
A 28 de junho de 2008 apresentou-se no Casino Estoril, concerto no qual um dos pontos altos foi o dueto com Mariza, na canção Summertime.
Em 1982, Kiri Te Kanawa foi nomeada Dame Commander of the Order of the British Empire por sua contribuição para a ópera. Em 1990, foi nomeada Honorary Companion of the Order of Australia pelos seus serviços às artes, particularmente à opera, e à comunidade. Em 1995, foi indicada para a Ordem da Nova Zelândia.
  
  


quarta-feira, novembro 07, 2018

La Stupenda nasceu há 92 anos

Dame Joan Sutherland (Sydney, 7 de novembro de 1926 - Genebra, 10 de outubro de 2010) foi uma cantora de ópera australiana que se tornou uma das mais famosas sopranos do século XX. É conhecida também como La Stupenda ou Koloraturwunder por seus fãs.
Sutherland ganhou renome internacional pela sua voz belíssima e cheia, dotada de uma rara combinação, no meio operístico, de enorme volume e extensão vocal com uma notável flexibilidade na realização de intrincados ornamentos vocais e de sobreagudos. Dona de impecável domínio do legato, do trilo, do staccato e de amplos recursos de fraseado, ideais para o repertório de coloratura tanto lírica como dramática, deu uma decisiva contribuição à redescoberta de óperas que haviam sido escritas para grandes divas do bel canto e que haviam sido negligenciadas por anos até a década de 50, quando se iniciou um movimento de resgate, liderado inicialmente por Maria Callas.
   
    

domingo, dezembro 10, 2017

A soprano suiça Lisa Della Casa morreu há cinco anos

(imagem daqui)

Lisa Della Casa (Burgdorf, 2 de fevereiro de 1919 –  Muensterlingen, 10 de dezembro de 2012) foi uma soprano suíça, célebre pelas suas interpretações de obras de Mozart e Richard Strauss, assim como pelo charme, dotes cénicos e grande beleza.
 
 

sábado, setembro 16, 2017

Maria Callas morreu há 40 anos...

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano e cantora de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operáticas, à raridade e diferença do seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.

Biografia
Nascida Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou, Callas era filha de imigrantes gregos e, devido a dificuldades económicas, teve que regressar à Grécia com a sua mãe, em 1937. Estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano coloratura Elvira de Hidalgo.
Existem diferentes versões sobre a sua estreia. Alguns situam-na em 1937, como Santuzza, numa montagem estudantil da Cavalleria Rusticana, de Mascagni; outros, na Tosca (Puccini), de 1941, na Ópera de Atenas. De todo modo, o seu primeiro papel na Itália teve lugar em 1947, na Arena de Verona, com a ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que logo se tornaria seu "mentor".
Callas começou a despontar no cenário lírico em 1948, com uma interpretação bastante notável para a protagonista da ópera Norma, de Bellini, em Florença. Todavia, a sua carreira só viria a projetar-se à escala mundial no ano seguinte, quando a cantora surpreendeu crítica e público ao alternar, na mesma semana, récitas de I Puritani, de Bellini, e Die Walküre, de Wagner. Ela preparara o papel de Elvira para a primeira ópera em apenas dois dias, a convite de Serafin, para substituir quem realmente faria aquele papel. Para se ter ideia do seu feito, é o mesmo que pedir para Birgit Nilsson, famosa soprano dramático para cantar Violetta em La Traviata, e como Callas não teve tempo para aprender o libretto completo, apenas a música, tanto que o ponto lhe soprou o texto.
A partir dos anos 1950, Callas começou a apresentar-se regularmente nas mais importantes casas de espetáculo dedicadas à ópera, tais como La Scala, Covent Garden e Metropolitan. São os seus anos áureos e, ao lado de sua fama como cantora internacional, também vai sua fama de temperamental, muitas vezes excessivamente por causa do seu perfecionismo. Famosa foi a sua rivalidade com Renata Tebaldi e as disputas públicas, através de declarações para jornais, que várias vezes lhe renderam a primeira página, assim como seus triunfos operáticos. Era uma figura extremamente pública e contribuiu para reacender o estrelato da ópera e dos seus intérpretes. Alguns críticos inclusive afirmam que até nas gravadoras havia uma divisão, para acirrar as disputas entre Callas e Tebaldi, e para influenciar as comparações entre gravações feitas por Tebaldi ao lado do tenor Del Monaco, e Callas ao lado de Di Stefano. A sua voz começou a apresentar sinais de declínio no final dessa década, e a cantora diminuiu consideravelmente as suas participações em montagens de óperas completas, limitando sua carreira a recitais e noites de gala e terminando por abandonar os palcos em 1965. O seu abandono deveu-se em grande parte ao desequilíbrio emocional da cantora, que ao conhecer o magnata grego Aristóteles Onassis, dedica-se integralmente ao seu amado, afirmando ter começado ali sua vida de verdade. Foi quando ela parou de ensaiar, adiou e cancelou apresentações, se tornou figura constante em noites de festa, bebendo inclusive, coisas que contribuíram para o declínio de sua voz e o fim da carreira. Em 1964, encorajada pelo cineasta italiano Franco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior criação, Tosca, no Convent Garden, tendo como seu parceiro o amigo de longa data Tito Gobbi. Essa versão da Tosca está disponível em DVD (apenas o segundo ato) e em CD (completa) e entrou para a história do mundo operático. A sua última apresentação em uma ópera completa foi como Norma, em Paris, no ano de 1965, e, devido à sua saúde vocal debilitada, não aguentou até ao fim, desmaiando ao cair da cortina no fim da terceira parte.
No início dos anos 1970, passou a dedicar-se ao ensino de música na Juilliard School. Em 1974, entretanto, retornou aos palcos para realizar uma série de concertos pela Europa, Estados Unidos e Extremo Oriente ao lado do tenor Giuseppe di Stefano. Com sucesso no público, o programa foi todavia massacrado pela crítica especializada. A voz já não era a mesma, mas o que mantinha o público firme nas apresentações era o amor. A sua atuação foi prejudicada, pois uma vez que tinha que fazer muito mais esforço para manter a afinação, a entrega à interpretação não foi tão subtil como no passado.
Cantou em público pela última vez, a 11 de novembro de 1974, no Japão.
Onassis, então casado com Mrs. Kennedy, tem sérios problemas de saúde e vem a falecer. Callas começa agora um período de isolamento e, afastada do mundo, passa a viver na Avenue Georges Mandel, em Paris, com a companhia da governanta, Bruna, e do motorista, Ferruccio. Um possível regresso é ensaiado e preparada pelo cineasta Franco Zefirelli, mas Callas não tem mais a segurança do passado, pois faltava-lhe a vontade. Tenta realmente outras funções, como professora, diretora artística, mestre de coral, mas nada a satisfazia. Não sabia sequer como deslocar um coro. Começa a impor exigências absurdas para que aconteçam as apresentações. Essa é agora sua maneira de dizer não, exigindo o impossível. Uma gravação da Traviata, com o tenor em ascensão Luciano Pavarotti é estudada, mas o projeto logo é abandonado por Maria. Amigos ainda a visitam com frequência. Giulini (maestro), o crítico John Ardoin, mas Callas ja está "morta" há muito tempo, e, em 16 de setembro de 1977, ela simplesmente deixa de existir, pouco antes de completar 54 anos, no seu apartamento em Paris, por causa de um ataque cardíaco.
As suas cinzas foram atiradas ao Mar Egeu, como era a sua vontade.
 
Vida pessoal
Maria Callas foi a mais controversa e possivelmente a mais dedicada intérprete lírica. Com uma voz de considerável alcance, Callas encantou nos teatros mundiais de maior destaque. Esta intérprete, senhora de raros dotes vocais e interpretativos, revolucionou o mundo da Ópera, trazendo-a novamente às origens. Para Maria Callas a expressão vocal era primordial, em detrimento dos exageros vocais injustificados - tudo na Ópera tem que fazer sentido visando a dar ao público algo que o mova, algo credível.
Esta foi a mais destacada e famosa cantora lírica, e fez jus à sua fama, pois interpretou várias dezenas de Óperas de diversíssimos estilos. Callas perpetuou-se em papéis como Medea, Norma, Tosca, Violetta, Lucia, Gioconda, Amina, entre outros, continuando, nestes papéis, a não existir nenhuma artista que lhe faça sombra.
Um dos aspectos que certamente contribuiu para a lenda que se formou em torno de Maria Callas diz respeito à sua conturbada vida pessoal. Dona de um temperamento forte, que parecia a correlação perfeita para a intensa carga dramática com que costumava abordar as suas personagens no palco, tornou-se famosa por indispor-se com maestros e colegas em nome de suas crenças estéticas.
Em 1958, após ter abandonado uma récita de Norma na Ópera de Roma doente, foi fortemente atacada pela imprensa italiana, que julgou que a soprano queria ofender o presidente italiano, presente na plateia. O escândalo comprometeu sua carreira na Itália e, no mesmo ano, ela entrou em disputa com Antonio Ghiringhelli, dirigente do La Scala, que não mais a queria no teatro. Somente voltou a apresentar-se no La Scala em 1960, na ópera Poliuto de Donizetti; ainda em 1958, foi sumariamente demitida do Metropolitan por Rudolf Bing, que desejava que ela alternasse apresentações de La Traviata e Macbeth, óperas de Verdi com exigências vocais muito distintas para a soprano. À exigência de Bing, Callas, numa réplica célebre, respondeu que a sua voz não era um elevador.
Em 1959, rompeu um casamento de dez anos com seu empresário, G. B. Meneghini, muito mais velho do que ela. Manteve, em seguida, uma tórrida relação com o milionário grego Aristoteles Onassis, com quem não foi feliz e que rendeu variado material para jornais tablóides sensacionalistas.
Trabalhava intensamente e em mais de uma ocasião subiu aos palcos contra a recomendação dos seus médicos. Com uma forte constipação, escapou em 2 de janeiro de 1958 da Ópera de Roma pela porta dos fundos após um primeiro ato sofrível de Norma, de Bellini, em uma récita prestigiada pelo então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, o que gerou o escândalo acima referido. Em 29 de maio de 1965, ao concluir a primeira cena do segundo ato de Norma, Callas desfaleceu e a apresentação foi interrompida. Depois disso, ela só cantaria em ópera mais uma vez, numa última apresentação de Tosca no Covent Garden de Londres, ao lado de Tito Gobbi.
Poucos sopranos podem rivalizar com Callas no que diz respeito à capacidade de despertar reações intensas entre seus admiradores e detratores. Elevada à categoria de "mito" e conhecida mesmo fora do círculo de amantes de ópera, ela criou em torno de si uma legião de entusiastas capazes de defender a todo custo os méritos da cantora. Apesar da mútua amizade, as disputas entre seus fãs e os de Renata Tebaldi tornaram-se célebres, chegando mesmo em alguns casos às vias de facto.
 
Características
Callas possuía uma voz poderosa com uma amplitude fora do comum. Isto permitia à cantora abordar papéis desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Com domínio perfeito das técnicas do canto lírico, possuía um repertório incrivelmente versátil, que incluía obras do bel canto (Lucia di Lammermoor, Anna Bolena, Norma), de Verdi (Un ballo in maschera, Macbeth, (La Traviata) e do verismo italiano (Tosca), e até mesmo Wagner (Tristan und Isolde, Die Walküre).
Apesar destas características, Callas entrou para a história da ópera por suas inigualáveis habilidades cénicas. Levando à perfeição a habilidade de alterar a "cor" da voz com o objetivo de expressar emoções, e explorando cada oportunidade de representar no palco as minúcias psicológicas de suas personagens, Callas mostrou que era possível imprimir dramatismo mesmo em papéis que exigiam grande virtuosismo vocal por parte do intérprete - o que usualmente significava, entre as grandes divas da época, privilegiar o canto em detrimento da cena.
Muitos consideram que seu estilo de interpretação imprimiu uma revolução sem precedentes na ópera. Segundo este ponto de vista, Callas seria tributária da importância que assumiram contemporaneamente os aspectos cénicos das montagens. Em particular, é claramente perceptível desde a segunda metade do século XX uma tendência entre os cantores em favor da valorização de sua formação dramática e de sua figura cénica - que se traduz, por exemplo, na constante preocupação em manter a forma física. Em última análise, esta tendência foi responsável pelo surgimento de toda uma geração de sopranos que, graças às suas habilidades de palco, poderiam ser considerados legítimos herdeiros de Callas, tais como Joan Sutherland ou Renata Scotto.
 

segunda-feira, novembro 07, 2016

A cantora lírica Joan Sutherland nasceu há 90 anos

Dame Joan Sutherland (Sydney7 de novembro de 1926 - Genebra10 de outubro de 2010) foi uma cantora de ópera australiana que se tornou uma das mais famosas sopranos do século XX. É conhecida também como La Stupenda ou Koloraturwunder por seus fãs.
Sutherland ganhou renome internacional pela sua voz belíssima e cheia, dotada de uma rara combinação, no meio operístico, de enorme volume e extensão vocal com uma notável flexibilidade na realização de intrincados ornamentos vocais e de sobreagudos. Dona de impecável domínio do legato, do trilo, do staccato e de amplos recursos de fraseado, ideais para o repertório de coloratura tanto lírica como dramática, deu uma decisiva contribuição à redescoberta de óperas que haviam sido escritas para grandes divas do bel canto e que haviam sido negligenciadas por anos até a década de 1950, quando se iniciou um movimento de resgate, liderado inicialmente por Maria Callas.


quarta-feira, dezembro 02, 2015

Maria Callas nasceu há 92 anos

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica norte-americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano e cantora de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à raridade e distinção do seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.


sábado, novembro 07, 2015

Joan Sutherland nasceu há 89 anos

Joan Sutherland (Sydney, 7 de novembro de 1926 - Genebra, 10 de outubro de 2010) foi uma cantora de ópera australiana que se tornou uma das mais famosas sopranos do século XX e de todos os tempos. É conhecida também como La Stupenda ou Koloraturwunder pelos seus fãs.

quarta-feira, setembro 16, 2015

Maria Callas morreu há 38 anos...

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica norte-americana de ascendência grega, considerada a mais renomada e influente cantora de ópera do século XX e a maior soprano de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à raridade e distinção do seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.


domingo, abril 12, 2015

Montserrat Caballé - 82 anos

María de Montserrat Bibiana Concepción Caballé i Folch (Barcelona, 12 de abril de 1933) é uma famosa cantora lírica catalã com voz de soprano.


sexta-feira, março 06, 2015

Kiri Te Kanawa - 71 anos

Kiri Te Kanawa em La Fille du Régiment (Metropolitan Opera House - 24 de dezembro de 2011)

Kiri Te Kanawa (Gisborne, 6 de março de 1944) é uma aclamada soprano lírica neozelandesa. O seu reportório vai do século XVII ao século XX e é particularmente dedicada às obras de Mozart, Richard Strauss, Verdi, Handel e Puccini.


quinta-feira, janeiro 15, 2015

A soprano Victoria de los Ángeles morreu há dez anos

Victoria de los Ángeles López García (Barcelona, 1 de noviembre de 1923 – 15 de enero de 2005) fue una soprano española.
  
Biografía
Victoria de los Ángeles era hija de un bedel de la Universidad de Barcelona. Su nombre completo era Victoria de los Ángeles López García. Victoria de los Ángeles siempre reconoció su origen humilde. Descubrió su vocación musical muy joven, y ganó diversos concursos de canto internacionales, en especial el festival de Ginebra.

Inicios
Estudió en el Conservatorio Superior de Música del Liceo, donde se graduó en sólo tres años, en 1941 cuando contaba 18 años de edad. Ese mismo año realizó su presentación operística en el Gran Teatro del Liceo para proseguir luego con sus estudios.
En 1945 hizo su debut profesional con el papel de la Condesa en Las bodas de Fígaro, de Mozart. Después ganó el primer premio en el concurso internacional de Ginebra de 1947. En 1948, interpretó en Londres La vida breve, de Manuel de Falla, acompañada por la orquesta de la BBC.

Consagración
En 1949 interpretó en la Ópera de París el papel de Marguerite en la ópera Fausto. En 1950 debutó en el Festival de Salzburgo y en la Royal Opera House; fue la Mimi de La Bohème en el Covent Garden londinense, teatro en el que siguió actuando de forma regular hasta 1961.
Fue muy apreciada en el Teatro Colón de Buenos Aires entre 1952 y 1980 —en el primer coliseo argentino debutó como Madama Butterfly y se la recuerda por su actuación en Manon, Werther, El barbero de Sevilla, Pelléas et Mélisande, Las bodas de Fígaro y Lohengrin junto a Christa Ludwig— y en la Scala de Milán entre 1950 y 1956.
Actuó por vez primera en los Estados Unidos en octubre de 1950 con un recital en el Carnegie Hall. En marzo del año siguiente, hizo lo mismo en el Metropolitan Opera de Nueva York y cantó regularmente con esa compañía hasta 1961. En sólo tres años y sólo siete después de su debut, ya había cantando en los teatros más importantes del mundo.
Fue la primera cantante española en actuar en el Festival de Bayreuth (1961 y 1962). Interpretó el papel de Elisabeth, de Tannhäuser, a las órdenes del nieto de Richard Wagner, que quedó tan impresionado con su actuación que volvió a invitarla al año siguiente.

Recitalista
Desde finales de los 60, Victoria de los Ángeles se dedicó principalmente a su carrera como concertista. Es muy destacable la atención y la especial sintonía que siempre dedicó al lied, en el que brilló con luz propia, para asombro de los alemanes. A pesar de ello, siguió realizando algunas apariciones en la ópera (Carmen y Pelléas et Mélisande): su despedida de la ópera fue en el Teatro de la Zarzuela de Madrid en 1980, precisamente con el papel de Mélisande. Dio su último recital en 1996, a los 72 años.
Preciosa voz de soprano lírica (o lírica spinto, como ella misma se consideraba), poseedora de un timbre inconfundible, supeditó siempre el lucimiento personal a las exigencias y el espíritu de la partitura. Los críticos coinciden en afirmar que la voz de Victoria es una de las más exquisitas y delicadas que haya dado el siglo XX. Sin poseer la belleza tímbrica de Tebaldi ni la fuerza dramática de Callas, era un compendio de una y otra. Siempre se señaló que sus agudos eran algo tirantes y metálicos, algo que tenía como contraprestación la posibilidad de cantar papeles de mezzosoprano, como Carmen o la Rosina de (El Barbero de Sevilla). Fue sin duda una de las más grandes artistas que ha dado la ópera.

Premios y grabaciones
Realizó gran número de grabaciones, siendo muchas de ellas auténticas referencias todavía hoy día: Manon, La Bohème, Madama Butterfly, Fausto, Carmen, Werther, Pelléas et Mélisande, Les nuits d'eté. Su discografía es tan abundante como magnífica, fundamentalmente la de la década de los 50. Basta con mirar no sólo los títulos de ópera sino también sus compañeros de grabación:
Carmen, con Nicolai Gedda, dirigidos por Sir Thomas Beecham (1958). I Pagliacci, con Jussi Björling y Leonard Warren, dirigidos por Renato Cellini (1953). Cavalleria rusticana, con Franco Corelli, dirigidos por Gabriele Santini (1962). Los cuentos de Hoffmann, con Nicolai Gedda y Elisabeth Schwarzkopf, dirigidos por Andre Cluytens (1965). La bohème, con Jussi Björling, dirigidos por sir Thomas Beecham (1955). Madama Butterfly, de la que hay dos grabaciones: la primera con Giuseppe di Stefano y Tito Gobbi, dirigidos por Gianandrea Gavazzeni (1954), y la segunda con Jussi Björling, dirigidos por Gabriele Santini (1959). El barbero de Sevilla, con Sesto Bruscantini y Luigi Alva, dirigidos por Vittorio Gui (1962). Simón Boccanegra, con Tito Gobbi y Boris Christoff, dirigidos por Gabriele Santini (1957). Melodies, con el pianista Gonzalo Soriano, una recopilación de canciones de compositores franceses (Gabriel Faure, Claude Debussy, Maurice Ravel y Reynaldo Hahn), (EMI Records ALP 2287, 1967). 20th Century Spanish Songs, también con Gonzalo Soriano, obras de Frederic Mompou, Joaquín Turina y Xavier Montsalvatge (Angel (S) 35775). Shéhérazade, 5 Mélodies Populaires Grecques, de Maurice Ravel, con Georges Pretre, Gonzalo Soriano, Orchestre de la Societe du Conservatoire Paris. (EMI Records, 1963). Manon, con Henry Legay, dirigidos por Pierre Monteux (1955), interpretación personal aún no superada.
  
Vida privada  
Modelo de la antidiva, huyó de las alharacas inherentes a su profesión. Hay una anécdota que refleja perfectamente el carácter de Victoria y muestra el aprecio que suscitaba allá adonde iba: una vez, la gran Renata Tebaldi tuvo que abandonar el Met e ir a Italia, ya que había muerto su madre. Era Navidad y Rudolf Bing, gerente del teatro neoyorquino, le suplicó que sustituyera a la de Pésaro en La Traviata. Victoria accedió y Bing, agradecido, hizo venir de Viena nada menos que a los Niños Cantores para que le dedicaran unos villancicos, lo que hicieron en medio de la ovación de un público entregado.
Aclamada en el escenario y maltratada por la vida, Victoria de los Ángeles tuvo que lidiar con tragedias reales que supo asumir y superar trasladándolas a su expresión vocal. Estuvo casada con Enrique Magriñá, con el que tuvo dos hijos. El mayor falleció unos años antes que ella. El segundo padece el síndrome de Down. Alejada del mundanal ruido por decisión propia, no se volvió a tener noticias de ella hasta el 15 de enero del 2005, cuando, víctima de una bronquitis, se iba para siempre, a los 81 años, una de las más grandes voces del siglo XX.


sexta-feira, novembro 07, 2014

La Stupenda nasceu há 88 anos

Dame Joan Sutherland (Sydney, 7 de novembro de 1926 - Genebra, 10 de outubro de 2010) foi uma cantora de ópera australiana que se tornou uma das mais famosas sopranos do século XX. É conhecida também como La Stupenda ou Koloraturwunder por seus fãs.


domingo, agosto 03, 2014

A soprano Elisabeth Schwarzkopf morreu há oito anos

Elisabeth Schwarzkopf (Jarotschin, 9 de dezembro de 1915 - Schruns, 3 de agosto de 2006) foi uma cantora de ópera alemã, uma das principais sopranos, do período pós-Segunda Guerra Mundial, alvo de grande admiração pelas suas interpretações de Mozart, Schubert, Strauss e Wolf.


quinta-feira, março 06, 2014

A soprano neozelandesa Kiri Te Kanawa nasceu há 70 anos!

(imagem daqui)

Dame Kiri Te Kanawa (Gisborne, 6 de março de 1944) é uma aclamada soprano lírica neozelandesa. O seu reportório vai do século XVII ao século XX. É particularmente dedicada às obras de Mozart, Richard Strauss, Verdi, Handel e Puccini.
Atualmente, ela raramente atua em óperas, embora seja vista com frequência em recitais e concertos. Em agosto de 2009, o jornal The Daily Telegraph de Londres relatou que Te Kanawa iria deixar de cantar óperas, que requerem uma disciplina exaustiva. A sua última apresentação operística foi em abril de 2010, na Ópera de Colónia, onde ela cantou "Marschallin" de Der Rosenkavalier (Richard Strauss).

Biografia
Nascida Claire Mary Teresa Rawstron em Gisborne, Ilha do Norte, na Nova Zelândia, de origem māori e irlandesa, foi adotada, quando bebê, por Thomas Te Kanawa e sua mulher, Nell, que lhe deram o nome de Kiri. Thomas, assim como o pai biológico de Kiri era um māori, e Nell era de ascendência irlandesa, tal como a mãe biológica da cantora. 
Foi educada no Saint Mary's College de Auckland e preparada para o canto operístico pela Irmã Mary Leo, RSM. Começou a sua carreira como mezzo-soprano, passando posteriormente a soprano.
Conheceu Desmond Park, num encontro às cegas, em Londres, em agosto de 1967. Os dois se casaram, seis semanas depois, na Catedral de St Patrick, em Auckland. O casal adotou duas crianças - Antonia (nascida em 1976) e Thomas (nascido em 1979). O divórcio veio em 1997.
Na sua adolescência e no começo de sua juventude, foi uma estrela pop e de entretenimento popular nos clubes em Nova Zelândia. Em 1965, venceu o Mobil Song Quest cantando a ária "Vissi d'Arte" da Tosca, de Puccini. Em 1963 ela ganhou o segundo lugar, perdendo para Malvina Major. Como vencedora, ela recebeu uma bolsa de estudos em Londres. Em 1966 ela venceu o prestigioso Australian Melbourne Sun-Aria.
Em 1966, sem uma audição, ela entrou no Centro de Ópera de Londres para estudar com Vera Rózsa e James Robertson.
As suas primeiras aparições foram em A Flauta Mágica, de Mozart, e em Dido and Aeneas, de Henry Purcell, em dezembro de 1968, no Sadler's Wells Theatre. Ela também cantou o papel que dá o título à ópera Anna Bolenna, de Gaetano Donizetti. Em 1969, fez o papel de Elena de La Donna del Lago de Gioacchino Rossini, no Camden Festival e a Condessa em Le Nozze di Figaro. Após a apresentação, o maestro Colin Davis disse: "Não posso acreditar em meus ouvidos. Eu presenciei milhares de audições, mas esta tem uma voz fantasticamente linda". Orgulhoso por Idamante, em Idomeneo (Mozart), ele ofereceu-lhe três anos de contrato no Royal Opera House, Covent Garden, onde ela fez a sua estreia como Xenia, em Boris Godunov, e Flower Maiden, em Parsifal, no ano de 1970.
Carreira internacional
Kiri Te Kanawa apresentou-se como a Condessa, em Le Nozze di Figaro, na Ópera de Santa Fé, no Covent Garden, na Ópera Nacional de Lyon e na Ópera de São Francisco, entre 1971 e 1972. A sua estreia no Metropolitan Opera House foi em 1974, como Desdemona em Otello, apresentando-se no lugar de Teresa Stratas, no último momento. Ela cantou no Glyndebourne Festival em 1973. Outras estreias memoráveis foram em Paris (1975), Milão e Sidnei (1978), Salzburgo (1979) e Viena (1980).
Em outros anos, ela apresentou-se na Ópera Lírica de Chicago, na Ópera de Paris, na Casa de Ópera de Sydney, na Ópera Estatal de Viena, no La Scala e na Ópera de São Francisco, adicionando os papéis de Donna Elvira, Pamina e Fiordiligi ao seu reportório.
Te Kanawa foi vista e ouvida por aproximadamente 600 milhões de pessoas em 1981, quando cantou "Let the Bright Seraphim", de Handel, no casamento de Charles, Príncipe de Gales com Lady Diana Spencer.
Prémios e honrarias
Kiri Te Kanawa é Dame Commander da Ordem do Império Britânico desde 1982, como também é da Companhia de Honra da Ordem da Austrália (1990) e recebeu o prémio de Ordem da Nova Zelândia (1995). Também recebeu títulos honoris causa das Universidades de Cambridge, Dundee, Durhanm, Nottingham, Oxford, Sunderland, Warwick, Chicago, Auckland e Waikato.
Estabelecida na Inglaterra desde 1966, quando chegou ao país optou por continuar seus estudos de canto no famoso London Opera Centre. Após várias apresentações em teatros de menor projeção, estreou, com redundante sucesso, na Royal Opera House (Covent Garden), em 1971, no papel da Condessa Almaviva, na ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart. É considerada uma das melhores intérpretes de Mozart.
Prima Donna da Royal Opera House, apresentou-se ao longo de três décadas no seu palco. Foi convidada pelo príncipe Charles de Windsor, seu admirador e amigo, para cantar no seu casamento com a então Lady Di. Todos os grandes teatros de ópera do mundo a tiveram em seus palcos, nomeadamente o Metropolitan Opera House, de Nova Iorque, que já a recebeu inúmeras vezes.
É divorciada e mãe de um casal de filhos. Ambos - tal como ela mesma o é - são adotados. Hoje, semi-aposentada, continua a morar na Inglaterra e dedica-se à Fundação Kiri Te Kanawa, que criou em Auckland, para ajudar os talentos da música erudita locais. A sua portentosa e aveludada voz, somada a uma técnica impecável e a uma presença cénica forte e carismática garantem seu nome na galeria das maiores cantoras líricas de todos os tempos.
A 28 de junho de 2008 apresentou-se no Casino Estoril, concerto no qual um dos pontos altos foi o dueto com Mariza, na canção Summertime.
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segunda-feira, dezembro 09, 2013

A soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf nasceu há 98 anos

Elisabeth Schwarzkopf, em 1958

Elisabeth Schwarzkopf (Jarotschin, 9 de dezembro de 1915 - Schruns, 3 de agosto de 2006) foi uma cantora de ópera alemã, uma das principais sopranos, do período pós-Segunda Guerra Mundial, alvo de grande admiração pelas suas interpretações de Mozart, Schubert, Strauss e Wolf.