quarta-feira, outubro 20, 2010
A ética republicana e socialista - versão faz-de-conta governamental
Postado por Pedro Luna às 14:40 0 bocas
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domingo, outubro 17, 2010
Sobre o vergonhoso orçamento geral do estado de 2011 - II
Este monstro não é um orçamento
Isto não é um orçamento. Na verdade, não sei que nome lhe hei-de dar. Não tem, propriamente falando, um cenário macroeconómico. É um orçamento feito sobre qualquer coisa, mas também sobre outra totalmente diferente e, sobretudo, sobre as duas ao mesmo tempo. Esquisito? Já lá vai.
Sobre aquilo que, até este ano da história portuguesa, costumava ser o cenário macroeconómico, e como tal apresentado e assumido, determinante para a credibilidade de um orçamento, pois é nele que se projectam os rendimentos sobre os quais vai incidir a sua função de redistribuição, o Pedro Braz Teixeira já aqui e aqui teceu comentários importantes. Há já muita magia no facto de a procura externa relevante para a economia portuguesa aumentar, aí, 3,2% e as exportações 7,3% (bem mais do dobro). Vai ser um ganho brutal de quota de mercado. Estamos loucamente competitivos. Não menos curioso é que um abrandamento significativo mantenha a taxa de desemprego praticamente ao mesmo nível (10,6% para 10,8%).
Como nem o Governo mitómano que temos acredita nisto, e sobretudo sabe que ninguém a quem se pede que financie o possível resultado final disto pode acreditar, para que não restem dúvidas aos investidores de que se trata apenas de um peta para o presumido otário indígena, ao sexto paragrafo da segunda página do sumario executivo fica logo tudo claro: «para efeitos de cálculo de receita fiscal», contou-se com «o PIB nominal a crescer apenas 1%». Ou seja, está o Governo a explicar, «nós sabemos muito bem que 2011 é um ano de recessão». Quanto vai contrair a economia? O Governo não explica. Mas como o deflator do PIB usado no outro cenário macroeconómico é de 1,7% e o crescimento nominal neste (o que só serve para o cálculo da receita fiscal) é de 1%, a contracção pode ser qualquer coisa da ordem dos 0,7%. Qualquer coisa, porque, a partir daqui, tudo é nebuloso, incerto. De facto, não há um cenário macroeconómico.
Há uma projecção global de um só número (1%) para a economia, apresentada assim, sem mais, usada para a previsão de impostos, de que se pode inferir qualquer coisa, não se sabe muito bem, como uma contracção do PIB de 0,7%, não se sabe também com que composição, sem o que se não sabe nada que permita aferir a consistência dessa previsão, e uma outra, de um crescimento real de 0,2%, composta com um aumento dos preços de 1,7% (deflator), o que dá 1,9% de crescimento nominal, que sustenta tudo o resto, designadamente o orçamento da Segurança Social, os seus 14.000 milhões de euros de receita contributiva, etc., etc., coisa e tal e assim por diante. Temos uma base a crescer um tanto, e outra, praticamente o dobro desse tanto.
Pela minha parte, não volto a esquadrinhar isto, que não é um orçamento. É, vá lá, um monstro para entreter totós.
Postado por Fernando Martins às 00:21 0 bocas
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Sobre o vergonhoso orçamento geral do estado de 2011
Postado por Fernando Martins às 00:18 0 bocas
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sábado, outubro 16, 2010
O filho pródigo
Em quase todas as famílias existe um filho pródigo (1). Mas lá no fundo – debaixo da preguiça, do desleixo, da falta de respeito e da rebeldia – o filho tinha amor pelos pais, e acabava por ganhar juízo e endireitar. Hoje em dia, neste mundo cada vez mais egoísta, já nem isso. Esses filhos não têm escrúpulos e são capazes até de vender os próprios pais para “subir” na vida.
Conheci o caso de um casal (2) que se tinha esforçado imenso para ter uma vida desafogada. Durante anos trabalharam para juntar um “pé de meia” e prepararam-se para construir uma família. Tiveram um filho. Filho único – mimado e com tudo facilitado – tornou-se pródigo. Não estudava, nem queria trabalhar.
Chegado a adulto tudo piorou. Continuava a exigir dinheiro para fazer o que lhe apetecia e ameaçava sair de casa se os pais não lhe fizessem a vontade. O amor sobrepunha-se à razão e o casal continuava a desculpá-lo e a dar-lhe dinheiro. Enquanto os pais se esforçavam (3) todos os dias no trabalho, o menino comprava telemóveis topo de gama, roupa de marca e automóveis. Nas férias o casal ia para a Caparica, enquanto o filho esquiava em Dezembro e ia para o estrangeiro no verão.
Um dia os pais fartaram-se e fizeram-lhe um ultimato. Afinal de contas, depois de tantos anos de regabofe do menino, a situação financeira era insustentável. O “pé de meia” tinha-se esgotado e já tinham várias dívidas contraídas pelo filho. Vai daí o rapaz prometeu endireitar-se, pediu-lhes apenas mais um esforço. O amor de pai fê-los confiar nele.
O casal endividou-se mais uma vez (4) para que o filho pudesse abrir o negócio que desejava, uma loja de computadores. Passados uns meses a situação era ainda pior. A empresa não vendia, e em vez de trabalhar o filho comprava inutilidades e fazia grandes jantaradas com os amigos, armado em empresário chico-esperto. Os pais confrontaram-no e ele, com enorme cara de pau, pediu um novo cheque em branco (5), afirmando que desta vez é que se endireitava.
Legenda:
(1) filho = José Sócrates
(2) casal = Povo português
(3) 1º esforço = PEC
(4) 2º esforço = PEC II
(5) Cheque em Branco = OE2011
Postado por Pedro Luna às 17:18 1 bocas
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É preciso ter topete
Andavam preocupadíssimos com a imagem de Portugal junto dos mercados internacionais e depois fazem uma coisa destas. O Orçamento de Estado é entregue incompleto, em clara violação da lei do enquadramento orçamental, o que acontece pela primeira vez.
A esta hora, os mercados internacionais só podem estar a tecer rasgados elogios a tão comprovada competência...
Como diria Freitas do Amaral, no tempo em que havia Governo, é preciso ter topete.
in Albergue Espanhol - post de Pedro Correia
Postado por Fernando Martins às 17:10 0 bocas
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sábado, setembro 25, 2010
vai-te embora ó melga
Bem haja
Sócrates, em Nova Iorque, e no decorrer de uma missão de melhoria de imagem de Portugal, ameaça demitir-se de primeiro-ministro. É um patriota.
in Blasfémias - post de Gabriel Silva
Postado por Pedro Luna às 21:24 0 bocas
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Um suicídio em grande
Postado por Fernando Martins às 16:30 0 bocas
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Unir buracos
Total descrédito
Ruptura total entre Passos Coelho e Sócrates
O encontro de terça-feira em São Bento pôs fim ao que restava da confiança entre primeiro-ministro e líder da oposição. Sócrates apontou “inverdades” ao que o PSD disse sobre o encontro. Passos quer testemunhas para futuras reuniões.
Postado por Fernando Martins às 11:47 1 bocas
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E já vais tarde...
Cotação | Var | Var% | Data | ||
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PSI20 | 7444,060 | 61,85 | 0,84% | 17:03 | |
PSI Geral | 2639,470 | 22,49 | 0,86% | 17:03 | |
Postado por Pedro Luna às 00:01 0 bocas
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sexta-feira, setembro 24, 2010
O tona d’água
Ontem Teixeira dos Santos reconheceu que se enganou. Outra vez. Não é a primeira vez, nem a segunda, nem a terceira, nem… Tem sido assim desde que é ministro: os seus orçamentos revelam-se ficções, quando não autênticos embustes. Com ele, a despesa pública sobe sempre. Com ele, a receita sacada sobe sempre, lixando mais o contribuinte. Por vezes, tal subida serviu para mascarar os objectivos. Este ano falhou novamente: vão ser preciso «medidas adicionais». Ah e anunciou que para o ano é que é, que vai reduzir a despesa….mas claro, também seria preciso aumentar a receita. Ouvir Teixeira dos Santos é a prova do algodão: nunca engana que se engana sempre; nunca engana que a sua receita é esmifrar quem pode e beneficiar quem não devia. Reconheceu no parlamento que é incapaz de ver no OE onde cortar. Reconheceu que já não é capaz (a bem dizer nunca foi), capaz de ser ministro das finanças.
Postado por Fernando Martins às 23:50 0 bocas
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