segunda-feira, junho 24, 2024
A Batalha de São Mamede foi há 896 anos...
Postado por Fernando Martins às 08:09 0 bocas
Marcadores: Batalha de São Mamede, condado portucalense, D. Teresa, dinastia de Borgonha, Fernão Peres de Trava, independência
terça-feira, maio 28, 2024
El-Rei D. Afonso IV morreu há 667 anos
Postado por Fernando Martins às 06:06 0 bocas
Marcadores: D. Afonso IV, D. Pedro I, dinastia de Borgonha, El-Rei, Inês de Castro
domingo, maio 12, 2024
O Conde D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques, morreu há 912 anos
O Conde D. Henrique
Todo começo é involuntário.
Deus é o agente.
O herói a si assiste, vário
E inconsciente.
À espada em tuas mãos achada
Teu olhar desce.
“Que farei eu com esta espada?”
Ergueste-a, e fez-se.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 09:12 0 bocas
Marcadores: condado portucalense, D. Afonso Henriques, dinastia de Borgonha, Fernando Pessoa, Henrique de Borgonha, Mensagem, poesia
domingo, maio 05, 2024
El-Rei D. Afonso III nasceu há 814 anos
Postado por Fernando Martins às 08:14 0 bocas
Marcadores: D. Afonso III, dinastia de Borgonha, El-Rei, Monarquia, O Bolonhês
terça-feira, abril 23, 2024
El-Rei D. Afonso II nasceu há 839 anos
Postado por Fernando Martins às 08:39 0 bocas
Marcadores: D. Afonso II, dinastia de Borgonha, El-Rei, Monarquia
segunda-feira, abril 08, 2024
El-Rei D. Pedro I, o eterno namorado de Inês de Castro, nasceu há 704 anos
Alcobaça
Corpos feitos de pedra - para sempre
aqui
nesta nave de gelo e de sombra,
no incandescente sono a que chamamos
eternidade.
Quem desperta o teu rosto? Quem move
as tuas mãos no gesto com que iludes
a distância dos vivos? Não sabemos
morrer
e repetimos hoje o mesmo abraço
fiel à órbita dos astros
e a esta certeza de que fomos
e somos e seremos
um do outro.
É assim o amor - uma palavra
sonâmbula, uma bênção
que os séculos não apagam
sob as pequenas asas de alguns anjos
guardando e protegendo o nosso imenso
segredo.
Corpos feitos de pedra - ainda e sempre
aqui
até ao fim do mundo,
até ao fim.
in Pena Suspensa (2004) - Fernando Pinto do Amaral
Postado por Fernando Martins às 07:04 0 bocas
Marcadores: Alcobaça, dinastia de Borgonha, El-Rei, Fernando Pinto do Amaral, Inês de Castro, Monarquia, Pedro I, poesia
terça-feira, março 26, 2024
El-Rei D. Sancho I morreu há 813 anos
Estátua de El-Rei D. Sancho I, desterrada num canto da praça da Sé, na cidade da Guarda
D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de novembro de 1154 - Coimbra, 26 de março de 1211) foi o Rei de Portugal de 1185 a 1211. Era cognominado de o Povoador pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187) ou Belmonte (1199), povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e da Borgonha.
por meu amigo, que hei alongado!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!
Ai eu, coitada, como vivo en gran desejo
por meu amigo, que tarda e non vejo!
Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!
El-Rei D. Sancho I
Postado por Fernando Martins às 08:13 0 bocas
Marcadores: Ay eu coitada, D. Afonso Henriques, D. Sancho I, dinastia de Borgonha, El-Rei, Guarda, Monarquia, poesia, Povoador
segunda-feira, março 25, 2024
El-Rei D. Afonso II morreu há oitocentos e um anos...
Afonso foi o primeiro filho de Sancho I e de Dulce de Aragão. Teve três irmãs nascidas antes dele, sendo o quarto a nascer. Foi o terceiro rei de Portugal, nasceu no mesmo ano em que o avô Afonso Henriques morreu.
Teve uma vida curta, morreu aos 37 anos de doença. No seu reinado preocupou-se mais em centralizar o poder real do que na conquistas aos mouros.
Casou-se em 1208 com Urraca de Castela, uma prima sua, descendente de Afonso VI de Leão, sendo este o trisavô de Afonso II. Este casamento ia contra a lei canónica, pois eram primos em 5.º grau. O bispo do Porto, Martinho Rodrigues opôs-se à entrada dos noivos por esse motivo, o que desencadeou uma resposta violenta por parte do rei Sancho I, pai de Afonso.
Os seus filhos eram menores quando morreu. O sucessor, D. Sancho II, ainda não tinha os 14 anos ao herdar o trono. O país acabou por mergulhar num período de desordem que levou o irmão de Sancho II, Afonso III, a lutar pela posse do trono, o que acabou por conseguir.
Diz-se que D. Afonso II possa ter morrido de lepra (isso poderá ter justificado um dos seus cognomes, o Gafo, bem como uma célebre e depreciativa frase dita por alguns elementos do povo: Fora Gaffo!), mas a enorme gordura que o rei possuía teria sido a sua causa de morteOs primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos (1211-1216) entre Afonso II e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Santa Sancha de Portugal (a quem seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer - com as respetivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos), numa tentativa de centralizar o poder régio. Este conflito foi resolvido com intervenção do papa Inocêncio III. O rei indemnizou as infantas com muito dinheiro, a guarnição dos castelos foi confiada a cavaleiros templários, mas era o rei que exercia as funções soberanas sobre as terras e não as infantas como julgavam ter e que levou à guerra. O conflito deu-se na altura em que se deu a batalha de Navas de Tolosa e como tal, poucos soldados o rei tinha ao seu dispor.
No seu reinado foram criadas as primeiras leis escritas e pela primeira vez reunidas cortes com representantes do clero e nobreza, em 1211 na cidade de Coimbra, na altura capital. Foram realizadas inquirições em 1220, inquéritos feitos por funcionários régios com vista a determinar a situação jurídica das propriedades e em que se baseavam os privilégios e imunidades dos proprietários. As confirmações entre 1216 e 1221, validavam as doações e privilégios concedidos nos anteriores reinados, após analisados os documentos comprovativos ou por mercê real. Todo o seu reinado foi um combate constante contra as classes privilegiadas, isto porque seu pai e avô deram grandes privilégios ao clero e nobreza e Afonso II entendia que o poder real devia ser fortalecido.O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Leão, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos mouros as cidades de Alcácer do Sal, Borba, Vila Viçosa, Veiros, em 1217, e, possivelmente também Monforte e Moura, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas é de sua autoria e visam principalmente temas como a propriedade privada, direito civil e cunhagem de moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objetivo de estabelecer tratados comerciais. Não teve preocupações militares, mas enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península Ibérica contra os muçulmanos. A única conquista feita foi Alcácer do Sal.
Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu retificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política.
Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu sucessor, Sancho II, pode finalmente Afonso II descansar em paz no Mosteiro de Alcobaça (foi o primeiro monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real).Postado por Fernando Martins às 08:01 0 bocas
Marcadores: D. Afonso II, dinastia de Borgonha, El-Rei, Monarquia
sexta-feira, março 15, 2024
O Fundador conquistou Santarém há 877 anos
Postado por Fernando Martins às 08:07 0 bocas
Marcadores: D. Afonso Henriques, dinastia de Borgonha, reconquista, Santarém
sexta-feira, fevereiro 16, 2024
El-Rei D. Afonso III morreu há 745 anos...
Guerra civil e deposição de D. Sancho II
Postado por Fernando Martins às 07:45 0 bocas
Marcadores: Algarve, D. Afonso III, D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, O Bolonhês, reconquista
domingo, fevereiro 11, 2024
A Rainha Santa Isabel nasceu há 753 anos
Postado por Fernando Martins às 07:53 0 bocas
Marcadores: clarissas, D. Dinis, dinastia de Borgonha, Igreja Católica, Isabel de Aragão, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Rainha Santa, Rainha Santa Isabel, Santos
quinta-feira, fevereiro 08, 2024
El-Rei D. Afonso IV nasceu há 733 anos
Postado por Fernando Martins às 07:33 0 bocas
Marcadores: D. Afonso IV, dinastia de Borgonha, El-Rei, Monarquia
quinta-feira, janeiro 18, 2024
Poesia adequada à data - até ao fim...
Alcobaça
Corpos feitos de pedra - para sempre
aqui
nesta nave de gelo e de sombra,
no incandescente sono a que chamamos
eternidade.
Quem desperta o teu rosto? Quem move
as tuas mãos no gesto com que iludes
a distância dos vivos? Não sabemos
morrer
e repetimos hoje o mesmo abraço
fiel à órbita dos astros
e a esta certeza de que fomos
e somos e seremos
um do outro.
É assim o amor - uma palavra
sonâmbula, uma bênção
que os séculos não apagam
sob as pequenas asas de alguns anjos
guardando e protegendo o nosso imenso
segredo.
Corpos feitos de pedra - ainda e sempre
aqui
até ao fim do mundo,
até ao fim.
in Pena Suspensa (2004) - Fernando Pinto do Amaral
Postado por Pedro Luna às 13:57 0 bocas
Marcadores: amor, dinastia de Borgonha, El-Rei, Fernando Pinto do Amaral, Inês de Castro, Mosteiro de Alcobaça, Pedro I, poesia, Rainha de Portugal
El-Rei D. Pedro I morreu há 657 anos...
Casamentos e descendência
- Primeiro casamento: Branca, princesa de Castela (repudiada)
- Segundo casamento: D. Constança Manuel, do Reino de Castela (1320-1345)
- D. Luís, infante de Portugal (1340)
- D. Maria, infanta de Portugal (1342-137?), casada com D. Fernando, príncipe de Aragão
- El-Rei D. Fernando, rei de Portugal (1345-1383)
- Terceiro casamento: Inês de Castro (1320 - assassinada em 1355)
- D. Afonso, infante de Portugal (1346)
- D. Beatriz, infanta de Portugal (1347-1381)
- D. João, infante de Portugal (1349-1387)
- D. Dinis, infante de Portugal (1354-1397)
- De Teresa Lourenço:
- El-Rei D. João I (1357-1433)
Os Lusíadas - Canto III
136
Não correu muito tempo que a vingança
Não visse Pedro das mortais feridas,
Que, em tomando do Reino a governança,
A tomou dos fugidos homicidas;
Do outro Pedro cruíssimo os alcança,
Que ambos, imigos das humanas vidas,
O concerto fizeram, duro e injusto,
Que com Lépido e António fez Augusto.
137
Este castigador foi reguroso
De latrocínios, mortes e adultérios;
Fazer nos maus cruezas, fero e iroso,
Eram os seus mais certos refrigérios.
As cidades guardando, justiçoso,
De todos os soberbos vitupérios,
Mais ladrões castigando, à morte deu,
Que o vagabundo Alcides ou Theseu.
Luís de Camões
Postado por Fernando Martins às 06:57 0 bocas
Marcadores: D. Pedro I, dinastia de Borgonha, El-Rei, Inês de Castro, Luís de Camões, poesia
domingo, janeiro 07, 2024
Hoje é dia de chorar uma linda Inês...
Drama de Inês de Castro (circa 1901-04) - Columbano Bordalo Pinheiro
Choram ainda a tua morte escura
Aquelas que chorando a memoraram;
As lágrimas choradas não secaram
Nos saudosos campos da ternura.
Santa entre as santas pela má ventura,
Rainha, mais que todas que reinaram;
Amada, os teus amores não passaram
E és sempre bela e viva e loira e pura.
Ó Linda, sonha aí, posta em sossêgo
No teu muymento de alva pedra fina,
Como outrora na Fonte do Mondego.
Dorme, sombra de graça e de saudade,
Colo de Garça, amor, moça menina,
Bem-amada por toda a eternidade!
Postado por Fernando Martins às 13:55 0 bocas
Marcadores: Afonso Lopes Vieira, D. Pedro I, dinastia de Borgonha, Inês de Castro, poesia
Poema para um Rei...
(imagem daqui)
D. DINIS
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.
Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
9-2-1934
in Mensagem, Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 11:11 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, Fernando Pessoa, Mensagem, poesia
El-Rei D. Dinis morreu há 699 anos...
D. Dinis
Dorme na tua glória, grande rei
Poeta!
Não acordes agora.
A hora
Não te merece.
A pátria continua,
Mas não parece
A mesma que te viu a majestade.
Dorme na eternidade
Paciente
De quem num areal
Semeou um futuro Portugal,
Confiado na graça da semente.
in Diário XIV (1987) - Miguel Torga
Postado por Fernando Martins às 06:09 0 bocas
Marcadores: D. Dinis, dinastia de Borgonha, El-Rei, Miguel Torga, poesia
quinta-feira, janeiro 04, 2024
El-Rei D. Sancho II morreu há 776 anos
Postado por Fernando Martins às 07:07 0 bocas
Marcadores: D. Afonso III, D. Sancho II, dinastia de Borgonha, El-Rei, Martim de Freitas, Monarquia