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quarta-feira, junho 07, 2023
Um terramoto destruiu a antiga capital da Jamaica há 331 anos
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sábado, março 25, 2023
Notícia sobre tectónica de placas...
Como África está a partir-se a meio - e a criar um novo super oceano
Os cientistas não sabem ao certo quanto tempo vai demorar até que o processo esteja finalizado, mas estimam um intervalo de pelo menos cinco a dez milhões de anos.
A recente evolução geológica de África motivou um aviso por parte dos especialistas: este continente está a meio de um processo de cisão, o que irá resultar não só na separação de nações inteiras mas também da formação de um superoceano.
O primeiro alerta foi dado em 2009, por cientistas da Universidade de Rochester, no Reino Unido, que num estudo revelaram as mudanças geológicas na região de Afar, na Etiópia.
Recentemente, um novo artigo científico publicado no Geophysical Research Letters, voltou a abordar o tema, argumentando que tudo se deve a uma fenda de 56,32 quilómetros que surgiu no deserto do referido país após um sismo de 2005.
À luz dos dados que constam no artigo, a fenda foi provocada por um processo tectónico em tudo semelhante ao que acontece no fundo do mar e situa-se nos limites de três placas: a da Arábia, Núbia e Somália. Estas estão “lentamente a a afastar-se uma da outra”, avançou Christopher Moore à NBC.
“Durante os últimos 30 anos, a placa da Arábia tem-se afastado da de África, um processo que já criou o Mar Vermelho e o Golfo de Aden entre as duas massas continentais”, especifica o mesmo site. O processo que decorre atualmente vai, eventualmente, “dividir África em duas e criar uma nova bacia oceânica“.
Os cientistas não sabem ao certo quanto tempo vai demorar até que o processo esteja finalizado, mas estimam um intervalo de pelo menos cinco a dez milhões de anos até que um novo oceano se forme e o continente africano se separe. Isto porque a placa da Arábia se afasta de África a um ritmo de 2,54 centímetros por ano, ao passo que as placas africanas se mexem entre 5,08 milímetros e 1,27 centímetros por ano.
Apesar de se tratarem de movimentos quase impercetíveis,os cientistas garantem que estes estão a acontecer. “Podemos ver que uma crosta oceânica se está a formar porque é consideravelmente diferente da crosta continental na sua composição e densidade”, aprofundou Moore.
Mas, e depois?
Estas alterações terão obviamente consequências negativas para os países africanos nas proximidades da fenda – ao mesmo tempo que ali também nascem oportunidades para o resto do mundo. No leque de países afetados destacam-se Ruanda, Uganda, Burundi, República Democrática do Congo, Malawi e Zâmbia. Para além de todos os aspetos negativos, a alteração drástica na geografia permitiria a estas nações “construir portos que os conectariam ao resto do mundo diretamente” e representariam um conjunto de possibilidades.
Há ainda o caso de países que passariam a pertencer a dois continentes, como é o caso do Quénia, a Tanzânia e a Etiópia.
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terça-feira, fevereiro 21, 2023
Notícia sobre tectónica de placas e um novo super-continente
Eis Amásia, o supercontinente que vai engolir o Pacífico
Uma equipa de investigadores usou um supercomputador para calcular o tempo que demorará até o próximo supercontinente da Terra se formar — e descobriu que será o Oceano Pacífico a encolher para formar Amasia.
O próximo supercontinente da Terra irá formar-se daqui a vários milhões de anos — e possivelmente nascerá da fusão entre a América do Norte e a Ásia. E já tem um nome: Amasia.
Um supercontinente como este, descrito por Chris Hartnady e Paul Hoffman em 1992, só se forma a cada 500 ou 700 milhões de anos.
Investigadores da Curtin University usaram um supercomputador para determinar como é que seria o mundo quando o próximo supercontinente fosse formado. De acordo com os seus cálculos, Amásia nascerá daqui a 200 a 300 milhões de anos.
Nos últimos dois mil milhões de anos, escreve a Interesting Engineering, os continentes da Terra colidiram para formar um supercontinente em várias ocasiões. Os cientistas chamam-lhe de ciclo do supercontinente, que ocorre a cada 600 milhões de anos e reúne todos os continentes do mundo.
A teoria da Pangeia sugere que, no início dos tempos, todos os continentes estavam juntos apenas num só. Eventualmente, começou lentamente a fragmentar-se, dando origem a dois megacontinentes: Gondwana e Laurásia.
A parte correspondente à América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia, denominava-se Gondwana. O resto do continente, onde estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico denominava-se Laurásia. A Pangeia era cercada por um único oceano, Pantalassa.
O ciclo de supercontinente em curso significa que, ao longo dos próximos 200-300 milhões de anos, será o Oceano Pacífico (ao contrário do que sugerem teorias anteriores) a encolher, juntando os continentes da América e Ásia para formar Amásia, detalham os cientistas em comunicado.
Por outro lado, é improvável que os oceanos Atlântico e Índico fechem-se na próxima movimentação de placas tectónicas. Os cálculos do supercomputador mostram também que a Austrália deverá colidir com a Ásia antes que ocorra a formação de Amásia.
“A Terra como a conhecemos será drasticamente diferente quando Amásia se formar. Espera-se que o nível do mar seja mais baixo e o vasto interior do supercontinente seja muito árido, com altas temperaturas diárias“, disse o coautor Zheng-Xiang Li.
“Atualmente, a Terra tem sete continentes com ecossistemas e culturas humanas muito diferentes, por isso seria fascinante pensar como o mundo será daqui a 200 a 300 milhões de anos”, acrescentou.
Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista National Science Review.
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quarta-feira, fevereiro 01, 2023
Uma erupção do vulcão Mayon matou mais de mil pessoas há 209 anos
O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
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sexta-feira, janeiro 06, 2023
A teoria da Deriva dos Continentes faz hoje 111 anos
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quinta-feira, novembro 03, 2022
Notícia divertida sobre tectónica de placas...
África está a dividir-se em dois continentes (e vai nascer um novo oceano)
O continente africano vai dividir-se em dois. A Somália, metade da Etiópia, o Quénia, a Tanzânia e parte de Moçambique irão separar-se para formar um novo continente. Vai acontecer daqui a cinco milhões de anos (tempo relativamente curto, na escala geológica) e já começou.
A comunidade científica acredita que em apenas 5 milhões de anos, África não será um continente, mas dois.
Em 2009, investigadores da Universidade de Rochester, no Reino Unido, revelaram pela primeira vez que mudanças geológicas na região de Afar, na Etiópia, estavam a provocar a divisão do continente.
Segundo a New Scientist, o processo teve início em setembro de 2005, após a erupção do vulcão Dabbahu, que terá aberto uma gigantesca fissura em apenas 5 dias.
A fratura da placa continental africana, dizem os cientistas no estudo então publicado na Geophysical Research Letters, irá dar origem a um novo oceano.
A falha não mais deixou de crescer, e mais de uma dezena de novas falhas apareceram entretanto. Desde então, a teoria de que África se vai dividir em dois continentes ganhou bastante popularidade na comunidade científica, mas nem todos estão de acordo.
As discussões entre os cientistas sobre a forma como o continente africano se está a dividir reavivaram-se em 2019, depois de ter aparecido no Quénia uma gigantesca fissura, que rasgou a meio um vale e cortou uma estrada importante da região do Narok, no oeste do país.
As dimensões da fissura foram na altura estimadas em vários quilómetros de comprimento, cerca de 15 metros de profundidade e mais de 20 de largura.
Mas, de acordo com dados de GPS mais recentes, apresentados num estudo publicado em 2021 na revista Geology por investigadores da Virginia Tech, nos EUA, a divisão da placa tectónica africana é ainda mais extensa do que se imaginava.
A enorme fissura do Quénia não foi no entanto o primeiro fenómeno deste tipo a manifestar-se no continente africano. Há dezenas ou centenas de pontos fracos ao longo do chamado Grande Vale do Rift, que atravessa o continente desde o Corno de África, na Somália, até Moçambique.
Esta formação, também conhecida como Vale da Grande Fenda, é um complexo de falhas tectónicas criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectónicas africana e arábica, e estende-se cerca de 5000 km no sentido norte-sul, com largura que varia entre 30 e 100 km e uma profundidade de centenas a milhares de metros.
Segundo o jornal local Daily Nation, o Quénia, atravessado pelo Grande Vale do Rift, está literalmente a partir-se ao meio, e a profunda fissura que se deu a conhecer em março em Narok “é apenas o início“.
A fissura apareceu na zona com menor atividade sísmica do país. Segundo explicou ao jornal catalão La Vanguardia a geóloga Sara Figueras Vila, do Instituto Cartográfico e Geológico da Catalunha, “o último sismo importante nesta região aconteceu em 1928, com uma magnitude de 6.9 na Escala de Richter”.
No fundo do vale encontram-se o vulcão Suswa. Nas proximidades, Monte Longonot. Os dois vulcões poderão ser responsáveis por inúmeras falhas vulcânicas ocultas ao longo do território queniano do Grande Vale do Rift.
“Estas zonas frágeis formam linhas de falha e fissuras que normalmente são preenchidas com cinzas vulcânicas. As fortes chuvas que recentemente assolaram a região poderão ter levado as cinzas, ajudando a descobrir a fissura”, explica ao Daily Nation o geólogo queniano David Adede.
Mas o facto de a região assentar em duas placas tectónicas que estão a divergir lentamente em direções opostas terá consequências inevitáveis.
Inevitavelmente, um novo continente
Dentro de 10 milhões de anos, quatro países do Corno de África – a Somalia, metade da Etiópia, o Quénia e a Tanzania, além de uma parte de Moçambique, irão inexoravelmente separar-se do resto do continente africano e formar um novo continente.
O processo, estimam os geólogos, estará concluído em cerca de 50 milhões de anos: a chamada “placa Somali” ter-se-á tornado por completo um continente novo, separada da sua irmã maior, a “placa Núbia”, por um oceano novo.
Numa entrevista à NTV Kenya, o sismólogo queniano Silas Simiyu sustenta que a fissura de Narok não é uma falha vulcânica, mas apenas resultado das abundantes chuvas que se registaram na região. “As camadas de terra abateram devido às chuvas e encheram os canais subterrâneos de água”, diz o cientista queniano.
Mas Lucia Perez Diaz, do Grupo de Pesquisa da Dinâmica de Falhas da Universidade de Londres, não tem dúvidas. Em termos práticos, as duas placas do continente africano estão a separar-se, diz a geóloga ao The Conversation.
E as fissuras que apareceram no leste do Grande Vale do Rift são um exemplo de que isso já está a acontecer.
Após um dramático processo, durante uns 50 milhões de anos, teremos então inevitavelmente algo como a Grande Núbia e o Corno de África. Mal podemos esperar.
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terça-feira, fevereiro 01, 2022
Há 208 anos, nas Filipinas, uma erupção do Mayon matou mais de mil pessoas
O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
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quinta-feira, janeiro 06, 2022
A teoria da Deriva dos Continentes faz hoje cento e dez anos!
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segunda-feira, fevereiro 01, 2021
Uma erupção do Mayon matou mais de mil pessoas há 207 anos nas Filipinas
O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
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quarta-feira, novembro 11, 2020
Notícia interessante sobre a formação dos Himalaias...
Os Himalaias não se formaram da forma que os cientistas pensavam
O magnetismo das rochas dos Himalaias revela a complexa história tectónica destas montanhas, que têm uma origem diferente daquela que se pensava anteriormente.
Os Himalaias contêm uma estrutura geológica estreita e sinuosa que se estende ao longo da cordilheira. Conhecida como zona de sutura, tem apenas alguns quilómetros de largura e consiste em lascas de diferentes tipos de rochas, todas cortadas por zonas de falhas. Ela marca o limite onde duas placas tectónicas fundiram-se e um antigo oceano desapareceu.
Uma equipa de geólogos viajou até lá para recolher rochas que entraram em erupção como lava há mais de 60 milhões de anos. Ao descodificar os registos magnéticos preservados dentro delas, os cientistas esperavam reconstruir a geografia de antigas massas de terra – e rever a história da criação dos Himalaias.
As placas tectónicas constituem a superfície da Terra e estão constantemente em movimento – à deriva num ritmo impercetivelmente lento de apenas alguns centímetros por ano. As placas oceânicas são mais frias e densas do que o manto abaixo delas, por isso, elas afundam nas zonas de subducção.
Quando toda a placa oceânica desaparece no manto, os continentes de cada lado chocam com força suficiente para erguer grandes cinturões de montanhas, como os Himalaias. Os geólogos geralmente pensavam que os Himalaias formaram-se há 55 milhões de anos numa única colisão continental.
Mas, ao medir o magnetismo das rochas da remota região montanhosa de Ladakh, no noroeste da Índia, uma equipa de investigadores mostrou que a colisão tectónica que formou a maior cordilheira do mundo foi na verdade um processo complexo de vários estágios envolvendo pelo menos duas zonas de subducção.
Mensagens magnéticas, preservadas para sempre
O movimento constante do núcleo externo metálico do nosso planeta cria correntes elétricas que, por sua vez, geram o campo magnético da Terra. O campo magnético aponta sempre para o norte ou sul magnético.
Quando a lava entra em erupção e resfria para formar rocha, os minerais magnéticos internos ficam bloqueados na direção do campo magnético daquele local. Portanto, ao medir a magnetização das rochas vulcânicas, os cientistas podem determinar de que latitude elas vieram. Essencialmente, este método permite desbobinar milhões de anos de movimentos das placas tectónicas e criar mapas do mundo em diferentes momentos da história geológica.
Em várias expedições a Ladakh, a equipa de cientistas recolheu centenas de amostras de núcleos de rocha. Essas rochas formaram-se originalmente num vulcão ativo entre 66 e 61 milhões de anos atrás, na época em que começaram os primeiros estágios da colisão.
Os investigadores pretendiam reconstruir onde é que essas rochas se formaram originalmente, antes de serem ensanduichadas entre a Índia e a Eurásia e erguidas no alto dos Himalaias.
Os autores do estudo levaram as amostras para o Laboratório de Paleomagnetismo do MIT e, dentro de uma sala especial que é protegida do campo magnético moderno, aqueceram-nas até aos 680 graus Celsius para remover lentamente a magnetização.
Traços magnéticos constroem um mapa
Usando a direção magnética média de todo o conjunto de amostras, os cientistas puderam calcular a sua latitude antiga, à qual se referem como paleolatitude.
O modelo de colisão de estágio único original para os Himalaias prevê que essas rochas teriam-se formado perto da Eurásia, a uma latitude de cerca de 20 graus a norte, mas os dados deste novo estudo mostram que essas rochas não se formaram nos continentes indiano ou euroasiático.
Em vez disso, formaram-se numa cadeia de ilhas vulcânicas, no oceano aberto de Neotethys, a uma latitude de cerca de oito graus a norte, milhares de quilómetros a sul de onde a Eurásia estava localizada na época.
Esta descoberta pode ser explicada apenas se houvesse duas zonas de subducção a puxar a Índia rapidamente para a Eurásia, em vez de apenas uma.
Durante um período geológico conhecido como Paleocénico, a Índia alcançou a cadeia de ilhas vulcânicas e colidiu com ela, raspando as rochas que eventualmente foram recolhidas pelos cientistas. A Índia então continuou em direção a norte antes de chocar com a Eurásia, cerca de 40 a 45 milhões de anos atrás – 10 a 15 milhões de anos depois do que geralmente se pensava.
Esta colisão continental final elevou as ilhas vulcânicas do nível do mar até mais de 4.000 metros até à sua localização atual, formando os Himalaias.
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Fernando Martins
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terça-feira, setembro 15, 2020
Uma interessante máquina do tempo virtual cartográfica
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Fernando Martins
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sexta-feira, fevereiro 15, 2019
Notícia sobre a futura Pangeia
O nosso planeta já foi a casa de supercontinentes como o Gondwana ou a Pangeia, que se separaram há milhões de anos e formaram os continentes da forma como os conhecemos hoje. No entanto, uma nova investigação sugere que pode voltar a existir um novo supercontinente num futuro distante.
Por outras palavras, a América do Sul colidiria com a Antártida e com a Austrália e a América do Norte com a Eurásia, que já estará colada com a África.
Assim, o supercontinente que se formaria seria a Nova Pangeia, que ganhou este nome por ser muito semelhante à Pangeia original.
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Pedro Luna
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sexta-feira, fevereiro 01, 2019
Há 205 anos uma erupção do vulcão Mayon matou mais de um milhar de pessoas
O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
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domingo, abril 08, 2018
Notícia sobre Tectónica de Placas...
Segundo um estudo de 2009, realizado por cientistas da Universidade de Rochester, no Reino Unido, o processo parece ter tido início em 2005, com o aparecimento na Etiópia de uma fissura de mais de 60 quilómetros após a erupção do vulcão Dabbahu. A falha não mais deixou de crescer, e mais de uma dezena de novas falhas apareceram entretanto.
Desde então, a teoria de que África se vai dividir em dois continentes ganhou bastante popularidade na comunidade científica, mas nem todos estão de acordo.
Numa entrevista recente à NTV Kenya, o sismólogo queniano Silas Simiyu sustenta que a fissura de Narok não é uma falha vulcânica, mas apenas resultado das abundantes chuvas que se registaram na região. “As camadas de terra abateram devido às chuvas e encheram os canais subterrâneos de água”, diz o cientista queniano.
Mas Lucia Perez Diaz, do Grupo de Pesquisa da Dinâmica de Falhas da Universidade de Londres, não tem dúvidas. Em termos práticos, as duas placas do continente africano estão a separar-se, diz a geóloga ao The Conversation. E as fissuras recentes que apareceram no leste do Grande Vale do Rift são um exemplo de que isso já está a acontecer.
Após um dramático processo, durante uns 50 milhões de anos, teremos então inevitavelmente algo como a Grande Núbia e o Corno de África. Mal podemos esperar.
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sexta-feira, outubro 09, 2015
Está a acabar-se o sossego nas praias portuguesas?
Uma equipa internacional liderada por portugueses detectou os primeiros sinais da formação de uma zona de fractura no fundo do Atlântico e propõe uma explicação "infecciosa" para este fenómeno
Após os grandes terramotos de 1755 e 1969 em Portugal, já se suspeitava que algo estivesse a acontecer no fundo do Atlântico, próximo da Península Ibérica. Porém, tudo parecia muito calmo nas margens continentais deste lado do oceano - ao contrário do que acontece, por exemplo, nas margens do Pacífico, onde uma intensa actividade tectónica conduz regularmente a violentos terramotos e erupções vulcânicas.
Mas agora, graças a modernas técnicas de sondagem, João Duarte - actualmente a trabalhar na Universidade de Monash, na Austrália -, colegas daquela universidade e da Universidade de Brest (França), e Pedro Terrinha, Filipe Rosas e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa, concluem que afinal essa calma era apenas aparente. Os resultados acabam de ser publicados online na revista Geology.
Através do mapeamento dos fundos atlânticos, estes cientistas descobriram, na margem sudoeste ibérica, as primeiríssimas fases da formação de uma zona de subducção, fenómeno geológico em que uma placa tectónica da Terra mergulha debaixo de outra. Um tal fenómeno de transformação de uma margem tectónica "passiva", onde nada acontece, numa margem onde as placas se deslocam - e que deverá decorrer durante uns 20 milhões de anos -, nunca fora observado até aqui em parte alguma do planeta.
"A técnica de "batimetria multifeixe" deu-nos a morfologia e a forma do fundo do mar com alta resolução e a técnica de "sísmica de reflexão" forneceu-nos perfis da crosta terrestre que nos permitiram mapear as estruturas a três dimensões" do fundo oceânico, disse ao PÚBLICO João Duarte. "Ambas as técnicas se baseiam no princípio do sonar: usam ondas e ecos sonoros para "ver" o fundo do mar e a crosta terrestre." Os dados demoraram anos a serem coligidos: "Mapeámos um conjunto de falhas compressivas interconectadas ao longo de uma extensão de aproximadamente 300 km", acrescenta João Duarte.
A confirmarem-se os resultados, isso significa, antes de mais, que, daqui a uns 220 milhões de anos, o oceano Atlântico poderá vir a desaparecer e as massas continentais da Europa e da América poderão juntar-se num novo supercontinente. Este tipo de "rearranjo" continental já terá acontecido várias vezes ao longo dos mais de quatro mil milhões de anos de história do nosso planeta, com o movimento das placas tectónicas a desmembrar antigos supercontinentes (como a célebre Pangeia, que reunia todos os continentes actuais) e a abrir oceanos entre as várias massas continentais resultantes.
A descoberta também permite elucidar o mistério da formação de margens activas, explica o co-autor Filipe Rosas em comunicado da Universidade de Lisboa. O mistério reside no facto de ser difícil explicar de onde vem a força capaz de romper a crosta oceânica muito resistente das margens passivas, o que é indispensável para dar origem a placas activas.
Uma das hipóteses que foram propostas, já nos anos 1980, em particular pelo geólogo António Ribeiro, co-autor dos actuais resultados, era que, dado que seria mais fácil propagar uma rotura do que a formar de raiz, as novas zonas de subducção se criariam por propagação, por migração - por "infecção" - de zonas de subducção existentes noutros locais. É precisamente esta hipótese que a descoberta vem corroborar.
"A ideia nasceu em terra, quando encontrámos falhas que indicavam que havia coisas a acontecer no fundo do mar", disse-nos por seu lado António Ribeiro. "Algumas das falhas que mapeámos (como a falha Marquês de Pombal) já eram conhecidas", frisa João Duarte, "mas o novo mapa que agora apresentamos permite perceber como elas podem estar a funcionar em conjunto."
No caso da margem sudoeste ibérica, esta nova zona de subducção estaria a propagar-se a partir do Mediterrâneo ocidental. "Existe uma outra zona de subducção, por debaixo de Gibraltar, que faz parte de um sistema de subducções que causaram o fecho do Mediterrâneo (que ainda está a fechar-se, devido à colisão da África com a Eurásia, que formou montanhas como os Alpes)", explica-nos ainda João Duarte. "Em Gibraltar, a subducção está "entalada" entre África e a Península Ibérica, mas ela pode ainda gerar forças na margem oeste portuguesa."
O facto de uma zona de subducção estar a formar-se ao largo de Portugal também tem implicações mais imediatas, concretamente em termos da actividade sísmica futura na região envolvente, que inclui países como Portugal. A confirmação conduziria necessariamente, salienta-se no comunicado, "a uma revisão "em alta" da perigosidade sísmica regional (...), tornando ainda mais urgente uma resposta condizente dos governos em causa na adopção das respectivas medidas de prevenção."
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sábado, fevereiro 01, 2014
Há dois séculos uma erupção do vulcão Mayon matou mais de um milhar de pessoas
O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
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quarta-feira, junho 19, 2013
Mais uma notícia sobre a possível zona de subducção ao largo da costa oeste portuguesa
Descoberta fratura tectónica ao largo da costa
por Filomena Naves - 18.06.2013
Até agora era uma suspeita de geólogos portugueses, mas um grupo internacional de investigadores, cujo principal autor foi justamente um português, João Duarte, nesta altura a trabalhar na universidade australiana de Monash, acaba de observar os primeiros sinais de que uma zona de subducção está a formar-se ao largo da costa ocidental de Portugal. No final de contas, essa poderá ser a explicação para a particular violência do sismo que em 1755 arrasou Lisboa.
De forma simples, o que parece estar a acontecer é que, no fundo do Atlântico, ao largo da costa portuguesa, o ponto de contacto (que os geólogos designam como margem), entre o oceano e o continente está a tornar-se activo. E isso significa que está ali a iniciar-se uma nova zona de subdução, em que que a litosfera oceânica mergulha sob a litosfera continental - a litosfera é constituída pela crosta terrestre e a parte superficial do manto terrestre.
Para chegar a esta conclusão, a equipa, que incluiu os portugueses Filipe Rosas, Pedro Terrinha e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa, além de investigadores franceses e australianos, fez mapeamento do fundo oceânico naquela zona. E o que verificou foi que uma fractura está ali em formação. O estudo foi publicado este mês na revista Geology.
"O que detetámos foi o início de uma margem ativa que parece ser uma zona de subducção embrionária", afirmou João Duarte, citado num comunicado da Universidade de Monash.
A ideia de que uma zona de subdução poderia estar a nascer ao largo da costa ocidental da Península Ibérica foi publicada pela primeira vez em 1986 pelos geólogos portugueses António Ribeiro e João Cabral. Para ambos essa era a explicação lógica para a ocorrência de um sismo tão violento como o de 1755 nesta região.
Os dados do estudo agora publicado indicam que os dois geólogos portugueses estavam certos, como nota o principal autor, João Duarte: "Actividade sísmica significativa, incluindo o sismo de 1755 que devastou Lisboa, indicavam que poderia haver movimento tectónico convergente na região. Pela primeira vez, conseguimos encontrar provas de que é esse o caso e de que há um mecanismo na sua base".
Segundo os investigadores, esta zona de subducção incipiente poderá indicar que uma nova fase da vida geológica da Terra pode estar a iniciar-se, neste caso com o fechamento do Atlântico e o retorno à junção dos continentes. O processo ainda vai durar mais 220 milhões de anos, mas também fica claro que sismos como o de 1755 vão voltar a acontecer por cá.
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terça-feira, junho 18, 2013
Começou a subdução ao largo da costa portuguesa?!?
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