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quarta-feira, abril 16, 2014

Goya morreu há 186 anos

Autorretrato, circa 1773 (coleção privada)

Francisco José de Goya y Lucientes (Fuendetodos, 30 de março de 1746  - Bordéus, 15 ou 16 de abril de 1828) foi um pintor e gravador espanhol.

quarta-feira, agosto 21, 2013

A Batalha do Vimeiro, que obrigou Napoleão a dar por terminada a I Invasão de Portugal, foi há 205 anos

A Batalha do Vimeiro foi travada no dia 21 de agosto de 1808, durante a primeira invasão francesa de Portugal, no âmbito da Guerra Peninsular (1807 – 1814). Nesta batalha defrontaram-se as forças anglo-lusas comandadas pelo tenente-general Sir Arthur Wellesley e as forças francesas comandadas pelo general Jean-Andoche Junot. A batalha resultou numa vitória para as forças anglo-lusas e determinou o fim da primeira invasão francesa de Portugal.

Antecedentes
O Exército de Observação da Gironda atravessou a Espanha e entrou em Portugal no dia 17 de novembro de 1807, acompanhado por três divisões espanholas. No dia 30 daquele mês, pelas 09.30 horas, Junot entrava em Lisboa com cerca de 1.500 homens, esgotados da violenta marcha que acabavam de fazer. O grosso do exército chegou nos dias seguintes em condições igualmente deploráveis. Não só não houve resistência à invasão como houve a preocupação das autoridades, seguindo as diretivas reais, não hostilizarem o invasor.
Quando eclodiu a revolta em Espanha (2 de maio de 1808), a posição de Junot tornou-se difícil de sustentar porque nas tropas espanholas que o tinham acompanhado surgiam indícios de simpatia pela revolta. As revoltas surgiram em Portugal em junho e julho de 1808 e conduziram à decisão de enviar um contingente britânico. Após terem sido coordenados os apoios necessários com a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, que se formara no Porto, uma força expedicionária britânica iniciou o seu desembarque em Lavos, imediatamente a Sul da Figueira da Foz, no dia 1 de agosto. O comando da força era, então, da responsabilidade do tenente-general Sir Arthur Wellesley. Das forças de Bernardim Freire de Andrade, que comandava um corpo de tropas portuguesas vindo do norte em direção à península de Lisboa, juntaram-se aos Britânicos 2.592 homens que formaram o Destacamento Português sob o comando do Tenente-Coronel Nicholas Trant.
Informado do desembarque, Junot enviou o General Delaborde, no dia 6 de agosto, com uma força relativamente pequena, com a missão de observar e, se possível, impedir o avanço inimigo. Em consequência, travou-se o Combate da Roliça, no dia 17 de agosto, ao sul de Óbidos. Os Aliados obrigaram os Franceses a retirar mas estes cumpriram bem a sua missão pois deram a Junot o tempo necessário para organizar as suas unidades.
Após o Combate da Roliça, Wellesley dirigiu as suas forças para a região do Vimeiro com a finalidade de proteger o desembarque das brigadas comandadas pelos brigadeiros-generais Anstruther e Acland. Assim, no dia 19 tinha ocupado as posições à volta daquela povoação. A 7ª Brigada tinha desembarcado no dia 19 mas a 8ª Brigada, no dia 21, só tinha desembarcado cerca de metade das tropas. Junot tinha as suas forças concentradas em Torres Vedras. No dia 20 ao fim da tarde, dirigiu-se ao encontro das forças anglo-lusas. Pela meia noite já se ouvia, no Vimeiro, o rumor provocado pelos carros e cavalos.

Campo de Batalha
A povoação do Vimeiro situa-se na margem direita do rio Alcabrichel, a 14 km a noroeste de Torres Vedras e 8 km a sul da Lourinhã. Na parte Sudeste da povoação existe uma colina que foi ocupada pelas brigadas de Anstruther e Fane. Hoje existe nessa colina um monumento comemorativo do centenário da batalha, mandado erguer por El-Rei D. Manuel II.
O rio Alcabrichel corre de sul para norte e, a seguir ao Vimeiro, curva em direção ao mar (oeste). O seu percurso, pouco antes de chegar ao Vimeiro, marca um vale com ladeiras particularmente íngremes na margem esquerda. Nesta, entre o Vimeiro e o mar, forma-se uma linha de alturas de onde se pode dominar o vale do Maceira e as praias junto à sua foz.
Para norte do Vimeiro, entre ravinas difíceis de transpor, situa-se uma linha de alturas por onde se atinge, em estradas secundárias, Ventosa, Santa Bárbara, Casal Novo, Lourinhã. A primeira daquelas povoações marca a posição norte posteriormente ocupada pelas brigadas de Ferguson, Nightingale e Bowes.
O Exército de Wellesley estava organizado em brigadas e apresentava um efetivo de 18.878 homens dos quais 2.100 eram portugueses. As forças que Junot utilizou na Batalha do Vimeiro tinham um efectivo perto dos 14.000 homens. 

Esquema das posições e movimentações na Batalha do Vimeiro (clicar para aumentar)

Batalha
Após a batalha da Roliça (17 de agosto de 1808), Wellesley dirigiu as suas forças para as posições do Vimeiro com a finalidade de proteger o desembarque de mais duas brigadas na praia de Porto Novo, na foz do rio Alcabrichel. A primeira destas brigadas, sob comando do brigadeiro-general Robert Anstruther, desembarcou no dia 19. A segunda brigada, sob comando do brigadeiro-general Wroth Palmer Acland, iniciou o desembarque no dia 20 mas, no dia seguinte de manhã ainda faltava desembarcar cerca de um terço das forças. Wellesley posicionou no terreno todas as forças desembarcadas.
A intenção de Wellesley era, após o desembarque, caso não fosse atacado pelos Franceses, continuar o seu movimento em direcção a Lisboa, pela estrada de Mafra. Entretanto, no dia 20 de agosto, Wellesley tomou conhecimento da chegada do tenente-general Sir Harry Burrard, oficial mais antigo que Wellesley e que, por isso deveria assumir o comando. Os dois generais encontraram-se a bordo do navio Brazen, perto da foz do rio Maceira, e Burrard decidiu que não seriam efectuados quaisquer movimentos para Sul até se lhes juntar uma divisão sob comando do tenente-general Sir John Moore que se encontrava já ao largo da costa portuguesa. Burrard decidiu, contudo, passar mais uma noite a bordo e, dessa forma, o comandante das forças anglo-lusas durante a batalha do Vimeiro foi Wellesley.
As forças anglo-lusas foram colocadas por forma a enfrentar um ataque francês lançado de sul para norte (ver Mapa da Batalha do Vimeiro). Segundo Wellesley, seria esta a sua acção mais provável. Então foram colocados na linha de alturas a sul do rio Maceira, viradas para Sul, numa primeira linha, de oeste para leste (do mar para o interior), as brigadas de Hill, de Craufurd e de Nightingale; numa segunda linha, a brigada (ainda incompleta) de Acland. Na mesma linha de alturas mas viradas para Sudeste estavam as brigadas de Bowes e de Ferguson. Na colina do Vimeiro, imediatamente a sudeste daquela povoação, estava colocada a brigada de Anstruther e, à sua esquerda, a de Fane. As forças portuguesas sob o comando do Tenente-coronel Trant estavam posicionadas a norte do rio Maceira, imediatamente a leste da povoação com o mesmo nome, prontas a serem utilizadas como reserva de Anstruther e Fane. Um corpo de cavalaria com cerca de 500 sabres (240 Britânicos e 260 Portugueses) estava posicionado nas margens do rio Maceira, ocultos pela colina do Vimeiro. A artilharia estava distribuída da seguinte forma: oito peças na linha de alturas a Sul do rio Maceira, seis peças com a brigada de Anstruther e quatro em reserva.
Junot tinha as suas forças concentradas em Torres Vedras de onde saiu ao encontro do exército de Wellesley, no dia 20 ao fim da tarde. À frente, uma guarda avançada de cavalaria, o 3º Regimento Provisório de Caçadores, seguido das divisões de Delaborde e de Loison, da Reserva de Granadeiros, a artilharia e da Divisão de Cavalaria de Margaron. Pela meia noite já se ouvia no Vimeiro o ruído provocado pelos carros e cavalos mas, como Junot deu um período de descanso às sua tropas antes do ataque, só pelas 09.00 horas do dia 21 as forças francesas se aproximaram das posições inimigas. Quando o movimento dos franceses pôde ser observado, ficou claro que não iam atacar as posições a sul do Maceira mas continuavam o seu movimento para norte. Só começaram a desenvolver as suas forças num dispositivo de ataque quando se encontravam a leste do Vimeiro e a sua guarda-avançada de cavalaria, seguida de uma coluna de infantaria (a Brigada Brennier), continuou a avançar para Norte. Ficava claro para Wellesley que os Franceses iriam, por um lado, atacar o centro/esquerda da sua posição e, por outro lado, tornear a sua posição por norte podendo vir a atacar na direcção definida pela estrada da Lourinhã.
Wellesley reagiu prontamente a esta nova situação e alterou o seu dispositivo. Para a posição da Ventosa seguiram de imediato as brigadas de Fergunson e Nightingale que estabeleceram aí uma linha defensiva, indo posicionar-se imediatamente atrás, em reserva, a brigada de Bowes. A brigada de Craufurd e as tropas portuguesas de Trant moveram-se para norte num movimento mais demorado através da linha de alturas mais perto do mar e posicionaram-se na região de Ribamar a fim de protegerem o flanco esquerdo das forças na Ventosa. A brigada de Acland passou para norte de Maceira e foi posicionada junto à estrada para a Ventosa, em reserva, pronta a acudir as forças de Antruther e Fane ou as forças na região da Ventosa. A brigada de Hill permaneceu na linha de alturas a sul do rio Maceira mas posicionou-se mais próxima das posições do Vimeiro.
Junot reagiu ao reajustamento do dispositivo de Wellesley e reforçou o corpo de tropas que ia atacar mais a norte com a Brigada Solignhac, da Divisão Loison. Ao tomar esta atitude colocou no ataque a norte sete batalhões, cerca de 6.450 homens, ou seja, cerca de 56% de toda a sua infantaria. A enfrentá-los, os Franceses iriam encontrar, no mínimo, as brigadas de Ferguson, Nightingale e Bowes, ao todo sete batalhões com um total de 5.782 homens, embora com possibilidade de serem reforçados pela brigada de Craufurd (1.832 homens - dois batalhões), pelo corpo de tropas portuguesas (2.100 homens) e pela brigada de Acland (1.332 homens - cerca de dois batalhões).
O ataque principal seria lançado na direcção da colina do Vimeiro, com as brigadas Thomiéres e Charlot, num total de 5.080 homens organizados em oito batalões de infantaria mais duas companhias suíças, tendo como reserva o corpo formado pelas companhias de granadeiros, 2.100 homens organizados em quatro batalhões, sob comando de Kellermann. A enfrentá-los encontravam-se, numa primeira linha 4.708 homens organizados em sete batalhões (brigadas de Anstruther e Fane) e numa segunda linha 3.990 homens (brigadas de Hill e Acland).
Os ataques no Vimeiro e na Ventosa não foram lançados simultaneamente. O primeiro ataque foi lançado, às 10.00 horas, contra a posição do Vimeiro, com as brigadas de Thomières e de Charlot, e foi repelido. Foram empregues, das forças de reserva, dois batalhões sob comando do coronel St. Claire, num novo ataque que foi igualmente repelido. Junot decidiu ainda empregar os outros dois batalhões em reserva, sob o comando do coronel Maransin, que, apesar de terem entrado na povoação, acabaram igualmente repelidos. Neste combate, além das forças em primeira linha de Anstruther e Fane, foram empregues forças da Brigada de Acland: duas companhias do 95th Rifles e as duas companhias de infantaria ligeira dos seus dois batalhões de linha. A eficácia da artilharia britânica e o emprego de granadas shrapnell - foi a sua primeira utilização em campanha - ajudou ao sucesso dos defensores. Junot iniciou então a retirada da região do Vimeiro e Wellesley fez avançar o seu corpo de cavalaria, sob comando do coronel Taylor. Este perseguiu os Franceses mas as forças portuguesas retiraram em desordem perante a reacção inimiga. Tendo avançado demasiado, este corpo de cavalaria (os britânicos) acabaram por se envolver com a cavalaria do general Margaron e sofreram pesadas baixas, entre elas o coronel Taylor.
No lado da Ventosa, o ataque foi lançado mais tarde, primeiro pela Brigada Solignac e depois pela Brigada Brennier. Solignac, que pretendeu seguir o percurso mais curto, viu o seu avanço muito dificultado por uma ravina profunda que passa imediatamente a Sul de Toledo. No fim da subida para a Ventosa foi surpreendido por uma força britânica mais forte que o esperado e foi batido com alguma facilidade. Brennier tinha seguido um caminho mais longo mas mais praticável e acudiu a partir da linha de alturas que se estende para além de Pragança. As forças de Ferguson foram surpreendidas pelo ataque da Brigada de Brennier e pela cavalaria - cerca de 640 sabres - que o acompanhava mas a reacção britânica foi aficaz e repeliu o ataque com pesadas baixas para os franceses. Solignac foi ferido no ataque assim como Brennier, que ficou prisioneiro.
Os Franceses não tinham mais forças para empenhar e iniciaram a retirada para Torres Vedras. As forças britânicas sofreram 135 mortos, 534 feridos e 51 extraviados. Dos seus batalhões, 7 estavam intactos por não terem chegado a combater (as forças das brigadas de Hill, Bowes, Craufurd e parte da brigada de Acland, assim como o corpo de tropas portuguesas do tenente-coronel Trant). Os Franceses sofreram cerca de 1.400 mortos e feridos e 400 prisioneiros. Das 23 peças de artilharia que levavam, 13 caíram em poder dos Britânicos.
Não foi lançada a perseguição às forças francesas em retirada. Sir Harry Burrard já tinha desembarcado e, no final da batalha, Wellesley entregou-lhe o comando mas ele entendeu que devia esperar pelas forças de Sir John Moore. Entretanto os Franceses só conseguiram voltar a reunir as suas unidades em Torres Vedras no dia seguinte.

Consequências
Sir Harry Burrard, ao assumir o comando das forças determinou que não haveria perseguição e que esperariam pela Divisão de Sir John Moore que deveria desembarcar em breve. Ainda no dia 21 de manhã, desembarcou na praia de Porto Novo outro oficial que deveria assumir por sua vez o comando das forças: Sir Hew Dalrymple. Com pouca experiência de campanha, sem o espírito audacioso de Wellesley, decidiu igualmente por esperar Sir John Moore. Entretanto, o exército que se encontrava no Vimeiro, marchando ao longo da costa, contornou Torres Vedras e dirigiu-se para Mafra. Moore só iniciou o desembarque no dia 25 e este prolongou-se até ao dia 30.
Em Torres Vedras, Junot e os seu generais reuniram-se para analisarem a situação. Resolveram que o exército não estava em condições de enfrentar nova batalha e que a melhor saída desta situação era tentarem negociar com os britânicos. Os Franceses cediam Lisboa com todos os seus armazéns e riquezas intactos, em troca da possibilidade de retirarem o exército para França em condições de segurança. Isto significava também que Kellermann foi encarregue destas negociações. O resultado das negociações que se seguiram foi a Convenção de Sintra, que tão grande escândalo provocou. Em Setembro, as forças francesas saíam de Portugal.

sábado, agosto 17, 2013

Há 205 anos as tropas de Napoleão sofreram a primeira derrota na Guerra Peninsular

O combate da Roliça foi travado no dia 17 de agosto de 1808, durante a primeira invasão francesa de Portugal, no âmbito da Guerra Peninsular (1807–1814). Neste combate enfrentaram-se as forças luso-britânicas, comandadas pelo Tenente-General Sir Arthur Wellesley, e as forças francesas, comandadas pelo general de Divisão Henri-François Delaborde. Foi o primeiro confronto importante entre a força expedicionária britânica e os franceses. Estes, embora obrigados a retirar, cumpriram a sua missão de retardar as forças de Wellesley.
Neste mesmo dia terminava o Cerco de Saragoça (1808), um fracasso dos Franceses frente à guarnição espanhola e à população da cidade que assumiram uma heróica defesa, desde 15 de junho de 1808.

quinta-feira, agosto 15, 2013

Napoleão Bonaparte nasceu há 244 anos

O primeiro-cônsul Napoleão cruzando os Alpes na passagem de Grande São Bernardo, por Jacques-Louis David, 1800, no Kunsthistorisches Museum

Napoleão Bonaparte (em francês: Napoléon Bonaparte, nascido Napoleone di Buonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769 - Santa Helena, 5 de maio de 1821) foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar, por poucos meses, em 1815 (20 de março a 22 de junho). A sua reforma legal, o Código Napoleónico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleónicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa na maior parte da Europa.
Napoleão nasceu em Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana e foi preparado para oficial de artilharia, na França continental. Em 2011, um exame de DNA de costeletas de Napoleão que eram guardadas em relicário confirmou a origem caucasiana de Napoleão desmentindo uma possível ascendência árabe do imperador.
Bonaparte ganhou destaque no âmbito da Primeira República Francesa e liderou com sucesso campanhas contra a Primeira Coligação e a Segunda Coligação. Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como primeiro cônsul. Cinco anos depois, o senado francês proclamou-o Imperador. Na primeira década do século XIX, o império francês, sob comando de Napoleão envolveu-se numa série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleónicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa continental e Napoleão manteve a esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da França. As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo.

domingo, junho 09, 2013

O Congresso de Viena terminou há 198 anos

 O Congresso de Viena por Jean-Baptiste Isabey (1819)

O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre 2 de maio de 1814 e 9 de junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleónica na primavera anterior, restaurar nos respectivos tronos as famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão Bonaparte (como a restauração dos Bourbon) e firmar uma aliança entre os burgueses.
Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de maio de 1814), no qual se estabeleciam as indemnizações a pagar pela França aos países vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo reassumido o poder na França em março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão, na batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815.

Objetivos
Os objetivos eram reorganizar as fronteiras europeias, alteradas pelas conquistas de Napoleão e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime Após o fim da época napoleónica, que provocou mudanças políticas e económicas em toda a Europa, os países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução.

Medidas
Foram adotados uma política e um instrumento de ação:
  • Política: Restauração legitimista e compensações territoriais;
  • Instrumento de Ação: Santa Aliança, aliança político-militar reunindo exércitos de Rússia, Prússia e Áustria prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi criada a "Doutrina Monroe" (América para Americanos).

Participantes
O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado.
Portugal é representado por três Ministros Plenipotenciários: D. Pedro de Sousa Holstein, Conde de Palmela, António de Saldanha da Gama, diplomata destacado na Rússia, e D. Joaquim Lobo da Silveira, diplomata destacado em Estocolmo.
A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e académico Wilhelm von Humboldt.
O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.
A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.
A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros, Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.
Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.
O congresso nunca teve uma sessão plenária de facto: as sessões eram informais entre as grandes potências. Devido à maior parte dos trabalhos ser feito por estas cinco potências (com, algumas questões dos representantes de Espanha, Portugal, Suécia e dos estados alemães), a maioria das delegações pouco tinha que fazer, pelo que o anfitrião, Francisco II, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, oferecia entretenimento para as manter ocupadas. Isto levou a um comentário famoso pelo Príncipe de Ligne: le Congrès ne marche pas; il danse (o Congresso não anda; ele dança).

Princípios
As diretrizes fundamentais do Congresso de Viena foram: o princípio da legitimidade, a restauração, o equilíbrio de poder e, no plano geopolítico, a consagração do conceito de "fronteiras geográficas":
  • O princípio da legitimidade, defendido sobretudo por Talleyrand a partir do qual se consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam antes da Revolução Francesa, garantindo com isso que os Bourbons retornassem ao poder com a anuência dos vencedores. Atendia os interesses dos Estados vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas ao mesmo tempo buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o acesso não foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova organização geopolítica da Europa.
  • O princípio da restauração, que era a grande preocupação das monarquias absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a Europa na mesma situação política em que se encontrava antes da Revolução Francesa, que guilhotinou ao rei absolutista e criou um regime republicano, a República, que acabou com os privilégios reais e instituiu o direito legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos absolutistas defendiam a intervenção militar nos reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.
  • O princípio do equilíbrio, defendeu a organização equilibrada dos poderes económico e político europeus dividindo territórios de alguns países, como, por exemplo, a Confederação Alemã que foi dividida em 39 Estados, tendo a Prússia e a Áustria como líderes, e anexando outros territórios a países adjacentes, como o caso da Bélgica, que foi anexada pelos Países Baixos.
Outra decisão importante das grandes potências reunidas em Viena foi a consagração da ideia de equilíbrio do poder. Segundo essa perspectiva, considerava-se que só fora possível o fenómeno Napoleão na Europa porque ele havia juntado uma tal soma de recursos materiais e humanos que, aliados à sua capacidade política e militar, provocaram todo aquele período de guerras.
As grandes potências decidiram então dividir os recursos materiais e humanos da Europa, de tal maneira que uma potência não pudesse ser mais poderosa que a outra (equilíbrio de poder); sendo assim, nenhum outro Napoleão se atreveria a desafiar seu vizinho, sabedor de que este contaria com os mesmos recursos.
Sendo esse o critério estabelecido, trataram de pô-lo em prática, resultando num mapa europeu em que as etnias e as nacionalidades não foram levadas em consideração, tal como aconteceu com a partilha da Polónia, por exemplo.
Uma vez estabelecida a paz, haveria a necessidade de manutenção de exércitos? Os estadistas reunidos em Viena foram unânimes em responder afirmativamente. Tratava-se de manter forças armadas exatamente para preservar a paz alcançada. A garantia da paz residia, a partir de então, na preservação das fronteiras geográficas estabelecidas justamente para evitar que qualquer potência viesse a romper o equilíbrio, anexando recursos dos seus vizinhos e pondo em risco todo o sistema de estados europeus. O princípio geopolítico das "fronteiras geográficas" perdurou até o término da Segunda Guerra Mundial, quando esse conceito foi substituído pelo conceito de "fronteiras ideológicas", no contexto da Guerra Fria.


Consequências
  • Reconstruir as monarquias absolutistas;
  • A Rússia anexou parte da Polónia, Finlândia e a Bessarábia;
  • A Áustria anexou a região dos Balcãs;
  • A Inglaterra ficou com a estratégica ilha de Malta, Ceilão e a Colónia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas;
  • O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
  • A Suécia e a Noruega uniram-se;
  • A Prússia ficou com parte da Saxónia, da Westfália, da Polónia e com as províncias do Reno;
  • A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos;
  • Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, em que a Prússia e a Áustria participavam da Confederação ;
  • Restabelecimento dos Estados Pontifícios;
  • A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.
  • No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105º do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Apesar de sua inicial resistência a esta disposição, a Espanha terminaria por ratificar o tratado mais tarde, em 7 de maio de 1817, nunca havendo, entretanto, cumprido esta disposição ou restituído o território oliventino a Portugal.
O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa. Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu-se:
  • o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse;
  • a condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador;
  • medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus;
  • e, de suma importância, um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.
Mapa espanhol de 1773 (detalhe), pelo cartógrafo Tomás López de Vargas Machuca: Olivença encontra-se indicada como território português

quinta-feira, outubro 18, 2012

O General Gomes Freire de Andrade foi enforcado há 195 anos

Gomes Freire de Andrade e Castro (Viena, 27 de janeiro de 1757 - Forte de São Julião da Barra, 18 de outubro de 1817) foi um general português.

Biografia
Teve a educação que na época se costumava dar aos filhos da nobreza. Seu pai, António Ambrósio Pereira Freire de Andrade e Castro, fora um óptimo colaborador do marquês de Pombal na campanha contra a Companhia de Jesus, sendo o filho Gomes Freire enviado para Portugal com 24 anos de idade, em fevereiro de 1781, já com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Destinado à carreira militar, assentou praça de cadete no regimento de Peniche, sendo em 1782 promovido a alferes. Passou à Armada Real, embarcando em 1784 na esquadra que foi auxiliar as forças navais espanholas de Carlos III de Espanha no bombardeamento de Argel.
Regressou a Lisboa em setembro, promovido a tenente do mar da Armada Real, e em abril de 1788 voltou ao antigo regimento no posto de sargento-mor.
Tendo alcançado licença para servir no exército de Catarina II, em guerra contra a Turquia, partiu para a Rússia. Em São Petersburgo terá conquistado as maiores simpatias na corte e da própria imperatriz. Na campanha de 1788-1789, comandada pelo príncipe Potemkin, ter-se-á distinguido nas planícies do rio Danúbio, na Guerra da Criméia e sobretudo no cerco de Oczakow, alegadamente o primeiro a entrar na frente do regimento quando a praça se rendeu em 17 de outubro de 1788 depois de cerco prolongado. Na hora das condecorações esqueceram-se dele, negando-lhe a Comenda de São Jorge. Mas ele protesta, pede atestados de heroísmo ao coronel Markoff, e a imperatriz condescende atribuindo-lhe o posto de coronel do seu exército, que em 1790 lhe foi confirmado no exército português, mesmo ausente.
Foi iniciado na Maçonaria antes de 1785, provavelmente em Viena na Loja Zur gekrönten Hoffnung (À Esperança Coroada), a cujo quadro pertencia, juntamente com Wolfgang Amadeus Mozart, em 1790. Tinha então o grau de Mestre. Ocupa o cargo de Venerável da Loja Regeneração.
Depois, na esquadra do príncipe de Nassau, salva-se milagrosamente durante a batalha naval de Schwensk, quando os canhões suecos fazem ir a pique a "bateria flutuante" que ele comandava. Perdeu-se toda a tripulação, mas Gomes Freire conseguiu salvar-se, acabando por receber o hábito de São Jorge, uma das Ordens mais importantes da Rússia, não das mãos da imperatriz, como se tem dito, mas sim das do príncipe de Nassau, em nome da imperatriz. Houve rumores de simpatia e entusiasmo da imperatriz por Freire de Andrade, aparentemente confirmado pelas desinteligências entre ele e o príncipe de Potemkin, favorito conhecido.
Voltou a Lisboa, nomeado coronel do regimento do marquês das Minas, prestes a embarcar para a Catalunha, na divisão que Portugal enviava auxiliar a Espanha contra a República francesa e a que chegou em 11 de novembro de 1793, seguindo por terra. Nesta expedição iam estrangeiros no Estado-Maior: o duque de Northumberland, general e par de Inglaterra, o príncipe de Luxemburgo Montmorency, o conde de Chalons, o conde de Liautaud. O Regimento de Freire de Andrade e o de Cascais ocuparam a povoação de Rebós, na sua linha de batalha, correndo logo às trincheiras da ponte de Ceret, onde o exército espanhol estava a ponto de capitular. A acção do Regimento terá sido brilhante, apesar do mau desempenho de Gomes Freire de Andrade, carregando os franceses com brio em combate a 26 de novembro de 1793. Em Arles, acampou em quartéis de inverno seu Regimento e o de Cascais, que constituíam a 2° Brigada, comandada por ele. Segundo Latino Coelho, começa aí a evidenciar-se o espírito indisciplinado e irrequieto de Gomes Freire; desordeiro e intrigante, "o animo altivo do coronel, avesso, como era a toda a sujeição, difundia na divisão auxiliar o fermento da indisciplina".
Mas apesar das vitórias do exército hispano-português sobre os republicanos da Convenção, a guerra do Roussillon ia-se tornar armadilha, os espanhóis tinham 18 mil feridos em hospitais e os portugueses mil homens fora de combate, enquanto os franceses recebiam constantes reforços. Em 29 de abril de 1794 o general Dugommier atacou a esquerda do exército espanhol, composta de corpos da divisão portuguesa, que sustentou o fogo do romper da manhã às 14.00 horas, salvando o exército espanhol.
Em 1801 reúne-se em sua casa a assembleia que levou à organização definitiva da Maçonaria Portuguesa, com a posterior criação do Grande Oriente Lusitano em 1802, sendo eleito como um dos seus principais dignatários.
Regressado a Portugal, veio a integrar a "Legião Portuguesa" criada por Junot e que, sob o comando do marquês de Alorna, partiu para França em Abril de 1808, onde vem a ser recebida por Napoleão Bonaparte no dia 1 de junho. Participou na campanha da Rússia.
Entretanto, fez parte da Loja Militar Portuguesa Chevaliers de la Croix (Cavaleiros da Cruz), em Grenoble, entre 1808 e 1813, onde vem a ser o 5.º Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, de 1815 ou 1816 a 1817.
(imagem daqui)
Acusação e execução
Libertado Portugal da ocupação das tropas francesas, e após a derrota de Napoleão, Freire de Andrade ao regressar a Portugal, veio a ser implicado e acusado de liderar uma conspiração em 1817 contra a monarquia de Dom João VI, que em Portugal continental era representada pela Regência, então sob o governo militar britânico do marechal William Carr Beresford. Foi detido, preso, condenado à morte e enforcado junto ao Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, por crime de traição à Pátria junto com outras onze pessoas: o coronel Manuel Monteiro de Carvalho, os majores José Campelo de Miranda e José da Fonseca Neves e mais oito oficiais do Exército. Essa data, 18 de outubro, foi, durante mais de um século, dia de luto na Maçonaria Portuguesa. Ainda hoje o seu nome é venerado como um dos grandes maçons e mártires da Liberdade de todos os tempos, tendo sido numerosas as lojas crismadas com o seu nome e abundantes os iniciados que o escolheram como nome simbólico.
Após o julgamento e execução do tenente-general e outros, Beresford deslocou-se ao Brasil para pedir mais poderes. Havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante ordena que se proceda à execução imediatamente".
Este procedimento da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência antibritânica, o que conduziu o país à Revolução do Porto e à queda de Beresford (1820), impedido de desembarcar em Lisboa ao retornar do Brasil, onde conseguira de D. João VI maiores poderes.

sexta-feira, outubro 21, 2011

A Batalha de Trafalgar e a morte do Almirante Nelson ocorreram há 206 anos

 Batalha de Trafalgar, J. M. W. Turner (1806)
 
A Batalha de Trafalgar foi uma batalha naval que ocorreu entre a França e Espanha contra a Inglaterra, em 21 de outubro de 1805, na era napoleónica, ao largo do cabo de Trafalgar, na costa espanhola. A esquadra franco-espanhola era comandada pelo almirante Villeneuve, enquanto que a inglesa era comandada pelo almirante Nelson, para muitos o maior génio em estratégia naval que já existiu. A França queria invadir a Inglaterra pelo Canal da Mancha, mas antes tinha que se livrar do empecilho que era a marinha inglesa. Nelson tinha que evitar isso.
 

terça-feira, outubro 18, 2011

O general Gomes Freire de Andrade foi executado há 194 anos


(...)
Libertado Portugal da ocupação das tropas francesas, e após a derrota de Napoleão, Freire de Andrade regressa a Portugal, onde vem a ser Grão Mestre da Maçonaria. Veio a ser acusado de liderar uma conspiração contra a monarquia de Dom João VI, em Portugal continental representada pela Regência, então sob o governo militar britânico do marechal William Carr Beresford. Foi detido e enforcado por crime de traição à pátria junto com outras onze pessoas: o coronel Manuel Monteiro de Carvalho, os majores José Campelo de Miranda e José da Fonseca Neves e mais oito oficiais do Exército.
Após o julgamento e execução do tenente-general e outros, Beresford deslocou-se ao Brasil para pedir mais poderes. Havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante ordena que se proceda à execução imediatamente".
Este procedimento da Regência e de Lord Beresford, comandante em chefe britânico do Exército português e regente de facto do reino de Portugal, levou a protestos e intensificou a tendência antibritânica, o que conduziu o país à Revolução do Porto e à queda de Beresford (1820), impedido de desembarcar em Lisboa ao retornar do Brasil, onde conseguira de D. João VI maiores poderes.

 in Wikipédia

segunda-feira, setembro 27, 2010

A Batalha do Buçaco foi há dois séculos

A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia antiga), foi uma batalha travada durante a Terceira Invasão Francesa, no decorrer da Guerra Peninsular, na Serra do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810. De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o comando do Tenente-general Arthur Wellesley, primeiro Duque de Wellington. Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças francesas lideradas pelo Marechal André Massena. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente do lado anglo-luso.